Foram avaliados 45 painéis na quarta edição do evento

Vivian Guilherme

No ano de 2015, o interior de São Paulo foi o maior exportador de “ladrilhos e placas (lajes), para pavimentação ou revestimento, vidrados ou esmaltados, de cerâmica; cubos, pastilhas e artigos semelhantes, para mosaicos, vidrados ou esmaltados, de cerâmica”, conforme dados disponibilizados pelo Sistema de Análise das Informações de Comércio Exterior (ALICEWeb).

As exportações do polo cerâmico de Santa Gertrudes, que compreende os municípios de Rio Claro, Cordeirópolis, Santa Gertrudes e Ipeúna representam mais de 30% de toda exportação nacional do produto. Sendo que, Cordeirópolis, figura como o município brasileiro que mais exportou revestimentos cerâmicos em 2015, foram US$39.149.469,00.

O Estado de São Paulo é também o maior exportador do produto, com 48,2%, seguido por Santa Catarina (39,2%) e Paraná (9,5%). Dois países estão entre os maiores importadores de revestimentos brasileiros: Paraguai e Estados Unidos.

EXPORTAÇÕES EM ALTA

Com a crise que atinge o setor produtivo brasileiro, muitas empresas encontram dificuldades em comercializar os seus produtos. Uma das alternativas encontradas por alguns segmentos industriais é o investimento na exportação dos produtos, com o intuito de manter a produção em alta. Dados do Aliceweb mostram que o volume em dólares de exportações brasileiras, praticamente, se manteve no comparativo entre os cinco primeiros meses de 2015 e 2016.

No setor cerâmico, as notícias são ainda mais animadoras, as exportações aumentaram entre os primeiros cinco meses de 2015 e 2016. No comparativo entre o primeiro trimestre de 2015 e de 2016, Santa Gertrudes foi o município que apresentou o maior aumento no volume de exportação de revestimentos cerâmicos no país, enquanto que mais da metade dos municípios registrou queda nas vendas.

Segundo o presidente da ASPACER e do SINCER, Benjamin Ferreira Neto, a internacionalização das empresas tem trazido bons resultados para as indústrias brasileiras. “Num cenário de crise econômica, buscar parceiros no exterior ou fortalecer o relacionamento com empresas e compradores internacionais, é uma alternativa que favorece o segmento e estimula a indústria nacional, apostando em novas tecnologias, mão de obra qualificada e otimização do produto”, comenta.

O presidente fala ainda sobre a busca por novos mercados. “Aliás, a 14ª edição da Expo Revestir, realizada no mês de março deste ano, que conta com a presença da maioria das empresas cerâmicas da nossa região, mostrou que os produtos brasileiros não param de evoluir nos quesitos qualidade e diversidade e que têm conquistado cada vez mais o gosto de outros países. Nesse sentido, fica patente a disposição do setor cerâmico paulista e brasileiro em buscar novos mercados, ampliando nossas fronteiras, através de ações estrategicamente planejadas e executadas”, conclui Ferreira Neto.

 

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