Clube de lazer localizado no bairro Jardim das Flores está fechado desde 2013 e, segundo o proprietário, não há pretensão de reabri-lo

Laura Tesseti

O Clube Águas do Rio Claro, localizado no bairro Jardim das Flores, tem sido alvo de reclamações de alguns sócios que, em 1993, adquiriram o título antes mesmo de sua construção e há alguns anos não estão mais podendo utilizar suas dependências.

De acordo com Antônio José dos Santos, um dos sócios reclamantes, em meados de 1993, foram vendidos 1.000 títulos remidos, ainda para a construção do clube. “Quando comprei o título, o Águas do Rio Claro ainda não existia. O dinheiro da venda teria sido usado para a construção do espaço. Na época, o valor pago foi cerca de cinco mil cruzeiros”, conta.

Santos conta que, depois de inaugurado, os associados começaram a frequentar o clube e anos mais tarde uma empresa do município arrendou o local. “Aproximadamente um ano após a mudança de proprietário, o clube foi fechado e não pudemos mais utilizá-lo. Então reunimos um grupo e estamos cobrando por meio da Justiça o que nos é de direito”, fala.

O advogado Osmar Cabo Winter, que representa o grupo de sócios, esclareceu ao JC que seus clientes reclamam por terem sido impedidos de frequentar o clube, local que pertenceria a eles, como era dito após a compra do título, sem terem sido reembolsados dos valores pagos como prevê o estatuto da associação, ficando sem o local para prática de esportes, lazer e encontros entre amigos e familiares, e com o prejuízo financeiro.

AÇÕES

Procurado para falar sobre o caso, o proprietário do terreno onde o clube está instalado, Luiz Balbo, diz que também atua como presidente do Rio Claro Futebol Clube – que não tem ligação com o Águas do Rio Claro, pois quando fundado possuíam registros distintos no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas, e informou que algumas ações já estão sendo julgadas improcedentes.

“Em 2012 adquiri o espaço e a parceria com a empresa teve fim. Como não acontecia o pagamento de mensalidades – que deveria acontecer conforme o antigo estatuto do clube, fechamos as portas. Não havia como manter funcionários, manutenção do espaço, entre outros problemas”, explica Balbo.

O empresário reforça ainda que está cuidando da questão jurídica e comparecerá em juízo para resolver toda a situação. “Nosso objetivo é resolver o problema de uma vez por todas e cobrar também por meio da Justiça tudo o que é de direito do clube. Sobre a reabertura, no momento não existe essa perspectiva”, fala Luiz Balbo.

ENTENDA

O clube Águas do Rio Claro passou a pertencer ao empresário após Balbo tornar-se presidente do Rio Claro Futebol Clube, no ano de 2012. “Quando assumi a presidência do time, assumi também a dívida que o RCFC possuía e o terreno do clube de lazer passou a pertencer a mim”, finaliza.

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