Fabíola Cunha

Para a pesquisa foi estudado o genoma de um gato da raça Abissínio
Para a pesquisa foi estudado o genoma de um gato da raça Abissínio

Uma pesquisa norte-americana começa a comprovar o que muitos donos de gatos domésticos já desconfiam: que seus animais não estão assim tão longe dos parentes selvagens, como leões, tigres e onças.

O trabalho realizado no Instituto Genoma na Universidade Washington, em St. Louis, Missouri, Estados Unidos, comparou o genoma de um exemplar da raça Abissínio, chamado Cinnamon (Canela), aos humanos, tigres, vacas, cães e outro gato, esse da raça Sagrado da Birmânia.

Em entrevista ao jornal Los Angeles Times, o pequisador Wes Warren, explica: “Nós acreditamos ter criado a primeira evidência que descreve gatos domésticos como não tão afastados de população de gatos selvagens”.

O resultado da comparação feita levou os pesquisadores a entender que os gatos domésticos retém muitos traços de caça, sensoriais e digestivos das espécies selvagens, apesar da domesticação que já dura 9 mil anos ter feito diferença em algumas de suas características.

Cientistas acreditam que os cães começaram sua associação com humanos há cerca de 30 mil anos, bem mais que os 9 milênios dos gatos. Essa estimativa é sustentada por evidências arqueológicas, que sugerem que os gatos adentraram as sociedades humanas quando começamos a produzir alimentos em maior escala, plantando, colhendo e estocando.

É possível que os gatos tenham se mostrado então úteis para controle populacional de roedores que consumiam os grãos produzidos, tendo o “serviço” retribuído com um pouco mais de comida e abrigo.

Com informações do jornal Los Angeles Times

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