Passageiros lotam ônibus intermunicipal da linha Rio Claro-Piracicaba. Foto tirada por leitor na manhã dessa segunda-feira

Ednéia Silva

Passageiros lotam ônibus intermunicipal da linha Rio Claro-Piracicaba. Foto tirada por leitor na manhã dessa segunda-feira
Passageiros lotam ônibus intermunicipal da linha Rio Claro-Piracicaba. Foto tirada por leitor na manhã dessa segunda-feira

Essa não é a primeira vez que o JC recebe queixas sobre a superlotação nos ônibus que fazem o transporte intermunicipal entre Rio Claro e Piracicaba. Em horários de pico, a situação é mais grave. Luciana Sartori enviou fotos à redação que foram tiradas na manhã dessa segunda-feira (30), na linha das 6h40. Segundo ela, o número de passageiros em pé ultrapassava o máximo permitido por lei que é de 25.

Para ela, transporte público coletivo e privado deveriam ter regras iguais. “Se o motorista de veículo trafega pela rodovia sem cinto de segurança é multado e por que o mesmo não é feito com os ônibus?”, pergunta.

As regras para a prestação de serviços de transporte são estabelecidas pela Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) por meio do Decreto 29.913/1989. Luciana pede que o documento seja reanalisado e alterado pelas autoridades competentes para que haja maior segurança para os passageiros pagantes que utilizam o transporte diariamente.

“É incompreensível da minha parte que os ônibus que fazem trajetos intermunicipais, como esse Rio Claro-Piracicaba, que percorre 35 km na rodovia Fausto Santomauro, não disponibilizar de cintos de segurança e poltronas para todos os seus usuários”, comenta.

Ela observa que uma freada brusca emergencial poderá causar grandes danos às pessoas que estiverem viajando de pé. “A falta de segurança me faz refletir o quanto nós cidadãos estamos ausentes das realidades cotidianas com as quais nos deparamos diariamente. Infelizmente, somente nos revoltamos e decidimos reivindicar quando acontecem tragédias irrecuperáveis”, declara.

O gerente da VB, Odair Marques Carvalho, explica que em algumas viagens o veículo pode transportar um número maior de passageiros, mas a empresa respeita a legislação. Esse fato foi comprovado por fiscalização feita no final do ano passado pela Artesp e pela Polícia Rodoviária. Durante 15 dias os ônibus da empresa foram parados na estrada e não foram encontradas irregularidades. A Artesp foi procurada pela reportagem, mas até o fechamento desta edição não deu retorno.

A sua assinatura é fundamental para continuarmos a oferecer informação de qualidade e credibilidade. Apoie o jornalismo do Jornal Cidade. Clique aqui.