Entre a prudência e a imprudência

Jaime Leitão

Quem é prudente, cauteloso, antes de tomar uma decisão, é tachado muitas vezes de medroso.

A prudência, em situações que exigem cautela, cuidado, é mais do que necessária. Já os imprudentes fazem pouco da ciência, saem por aí sem máscara ou com a máscara no queixo, como se fossem invencíveis, invulneráveis.

Inúmeras pessoas que morreram de Covid não haviam se vacinado e não utilizavam máscara.

Seguiram a linha negacionista do presidente e se deram mal, além de contaminar parentes e pessoas próximas.

Vi alguns depoimentos de sobreviventes que se disseram arrependidos por se contaminar por não terem tomado vacina, usado máscara e feito distanciamento social.

Amigo meu, advogado, reclamou de um funcionário de cartório que o atendeu sem máscara. O funcionário tentou argumentar, dizendo que não há provas da eficácia da máscara. Diante do olhar de reprovação de todos que lá estavam, colocou a máscara e se desculpou.

A imprudência desse comportamento irresponsável pode contaminar e até matar o imprudente e causar a morte de um significativo número de pessoas.

Sou pela prudência. Os estádios de futebol, lotados, com milhares de torcedores, a maioria sem máscara, são um exemplo de uma imprudência em grau máximo que poderá levar às piores consequências.

A suspensão do Carnaval em vários municípios é sinal de prudência. A Covid continua em cena. E a nova variante, a Ômicron, ainda é uma incógnita e não pode ser ignorada.

Sou prudente e prefiro ser assim a sair por aí como se tudo estivesse normal e a pandemia tivesse ido embora para sempre. Não foi.

O colaborador é cronista, poeta, autor teatral e professor de redação.

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