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CHUVAS E DESTRUIÇÃO

Por Jaime Leitão

Chuva faz falta. Sem ela, perecemos. Falta água, falta vida, falta tudo.

Só que, quando ela vem de maneira avassaladora, causa estragos, mortes, destruição.

Quem mora em regiões montanhosas, em morros sem vegetação e sem obras de infraestrutura , sofre em praticamente todos os Verões, perdendo casa, móveis ,  a própria  vida e também a dos seus familiares.

Neste nosso Verão de 2022, veio mais chuva do que era esperado, e a avalanche de água e terra provocou  lamentavelmente mais de trinta mortes só no Estado de São Paulo. Essas mortes poderiam ser evitadas se os moradores tivessem moradia em locais seguros, não ficassem  pendurados em morros, passando as noites em sobressalto, com medo de que ocorra um desabamento.

Bolsonaro, ao afirmar que falta para muitas dessas vítimas do descaso visão de futuro, demonstra uma insensibilidade chocante.

Ninguém vive em áreas de alto risco por opção. E o resultado dessa falta de um plano diretor que coloque os moradores em área segura é que inúmeras  famílias sejam destruídas pela incapacidade do Poder Público de evitar que novas tragédias aconteçam   como as  que ocorreram em Franco  da Rocha, Várzea Paulista e outros municípios.

É triste demais ver a destruição tomando conta de cidades, obrigando os moradores a utilizar barcos improvisados para não serem tragados pelas águas.

O colaborador é cronista, poeta, autor teatral e professor de redação.

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