Assim como o lendário apresentador norte-americano, um químico de Rio Claro tem três coleções incríveis de veículos antigos. O JC foi conhecer esses acervos e traz para ‘Meu Carro, Meu Xodó’ na forma de três episódios

Nos Estados Unidos, o icônico comediante e apresentador Jay Leno é referência não só pela carreira na TV, mas pela sua invejável coleção de veículos antigos. A paixão deu origem ao igualmente bem sucedido programa ‘A Garagem de Jay Leno’, que no Brasil vai ao ar no canal pago History.

Porém, para quem não assina canais fechados, não tem problema – é só digitar o nome do programa para ver os episódios no Youtube, plataforma de compartilhamento de vídeos na Internet. E quem quiser conhecer uma versão local do colecionador, em Rio Claro, mesmo há um personagem impressionante: o químico Guido Dantas, que aceitou o convite do JC para abrir as portas de sua garagem ao Showcar e participar da série de reportagens especiais ‘Meu Carro, Meu Xodó’.

E serão necessários três episódios – com publicações intercaladas – para mostrar não uma, mas três coleções que ele possui.  De carros antigos, de motocicletas e ainda mais uma – de bicicletas, tudo de época. Nessa primeira reportagem, ele apresentou sua coleção de carros antigos. Aos 76 anos, acumula um acervo de mais de 40 preciosidades.

O rio-clarense de coração é colecionador de carros há mais de 30 anos. O seu primeiro automóvel foi um Gordini 65, fabricado pela Willys no final dos anos 50. Na sua coleção, automóveis dos mais variados anos, modelos e marcas que passaram por longos processos de restauração para manter o padrão de originalidade.

“Comprei esse terreno justamente para fazer um espaço só para essa finalidade. Sonhei em tê-lo e consegui. Fui comprando o primeiro [carro] sem dinheiro, o segundo, o terceiro também, até que chegou uma hora que as coisas foram mudando e eu conquistei todos com o suor do meu trabalho”, explicou ele.

Claro que o conteúdo que vamos revelar em instantes, com exclusividade ao JC, enche os olhos. Mas não é só isso que chama atenção não. Para acomodar os carros, Guido construiu um galpão na garagem de casa de 460 metros quadrados. É difícil não se impressionar com as dezenas de veículos com restaurações impecáveis – e muitas realizadas por ele mesmo – posicionados milimetricamente, um ao lado do outro.

Logo na entrada, um dos preferidos do químico está em destaque: o esportivo nacional Santa Matilde 78, chassi 30, que está com ele há 22 anos.  O carro tem muita história e surgiu em meados dos anos 70. “Comprei há 27 anos e paguei R$1.200 na época. Uma piada! Desmontei inteiro, tirei a tinta da fibra para aplicar outra pintura, a mecânica é toda nova, e é um xodó que eu nunca dirigi, acredita? Quem pilota ele é meu neto”, conta entusiasmado.

Outros modelos chamam atenção no local, como um Préfet 47, Chevrolet 39, Caminhão Ford 34, vários Fuscas anos 66, 74, 78 e 96, Kombi Corujinha, Sta Matilde 78, Karman Ghia 71, Brasilia 74 e 81, Gurgeis Supermini,  Br 800 e Motomachine, Tempra Stile 96, Tempra turbo 95, Tempra HLX 97, Tempra ouro 95 , Tempra ie 95, Variante 74, Santana GLS 2.0 87, Santana Quantum 97, Lada Laika 95, Fiat fiorino 86, Passat TS 80 e outros.

A história de cada carro impressiona e Guido sabe uma por uma, até porque vistoria cada preciosidade antes de adquiri-las. Há modelos que vieram de Araras, Caraguatatuba, Poços de Caldas, e muitos outros, de várias regiões do Brasil.

Para manter a coleção tinindo, Guido toma inúmeros cuidados com os clássicos. “Todos ficam cobertos por aqui. Passo diariamente para dar uma olhada, conferir o carburador, colocar para funcionar, sabe? E banho. Isso é de praxe também”, conta.

O químico disse que foi vendo seu pai dirigir que surgiu o amor pelos autos antigos. “Eu tinha de 7 para 8 anos e lembro que meu pai tinha um Chevrolet 51, depois comprou outro 52 e vários Jeeps. Com 14 anos eu já dirigia, veio de berço”.

Pelo jeito, a coleção não vai parar de crescer. Questionado se vai continuar comprando, a resposta foi sim e que já está em negociação para outros modelos. E será mais um vermelho.

Nas próximas semanas, o leitor do JC vai conhecer as duas outras coleções mantidas por Guido com extremo capricho. Só pra lembrar – são de lambretas e bicicletas antigas. Um ‘spoiler’: há raridades incríveis e boas histórias sobre como cada peça foi adquirida. Quem gostou, pode aguardar que tem mais.

A sua assinatura é fundamental para continuarmos a oferecer informação de qualidade e credibilidade. Apoie o jornalismo do Jornal Cidade. Clique aqui.

Mais em Meu Carro, Meu Xodó:

Fusca “Charada” é um modelo 75/76 e tem cor da Ranger

Miura: luxo das décadas de 70 e 80 desfila pelas ruas da cidade

Golf encantou moradores de Rio Claro no último Natal