Juntos há cinco anos, a atendente Juliana Carolyne Baldin Dias, 20 anos, e o almoxarife Gustavo da Silva Monteiro, 23 anos, estão com a data do casamento marcada para o dia 16 de março de 2020. Quando o assunto é amor, eles têm a certeza de que querem construir uma família, mas no meio desse sentimento verdadeiro convivem com uma interrogação: a festa de casamento.

“Eu sempre tive esse sonho desde pequena de casar de véu e grinalda, fazer uma festa para receber a família, amigos e celebrar esse momento. Quando encontrei o Gustavo, não tive dúvida de que seria com ele. Depois que ficamos noivos, esse desejo só aumentou, mas hoje em dia é tudo muito caro”, afirmou Juliana.

Diante da situação, tiveram a ideia de ganhar um dinheiro extra com a venda de trufas. O local escolhido foram os semáforos da cidade. Fizeram camisetas personalizadas com o dizer: “Nos ajude a casar” e com muita humildade, um sorriso no rosto e amor comercializam o sonho e compartilham a história com os motoristas, principalmente os que passam pelo cruzamento da Rua 14 com a Avenida Visconde, local que escolheram pelo grande fluxo de veículos.

“Não imaginávamos que a ideia chamaria tanto a atenção. Começamos por volta das 19h30 e vamos até umas 22h, isso de quarta, quinta e sexta. Mas agora, como fiquei desempregado e a situação apertou ainda mais, a nossa ideia é irmos todos os dias. É muito interessante porque, mesmo que às vezes as pessoas não tenham dinheiro para comprar, parabenizam a gente pela iniciativa, falam para não desistirmos e desejam felicidades. Isso motiva ainda mais”, conta Gustavo.

Eles se conheceram nas partidas de futebol amador. Gustavo jogava pelo Unidos da Vila e o pai de Juliana era o técnico da equipe. Ela ainda adolescente, com 15 anos, ia junto com a mãe acompanhar os jogos e se apaixonou: “Eu ficava lá na arquibancada olhando pra ele e ele também me paquerava, mas até assumirmos o namoro foram seis meses”, diz Juliana.

“Eu tinha medo de que o pai dela soubesse e me tirasse do time, então no começo foi escondido mesmo. Muitas vezes eu fazia gol e combinava uma comemoração que ela sabia que era pra ela, mas tudo muito discreto. Só que, quando vimos que era realmente o que queríamos, fui lá e conversei com meu sogro e deu tudo certo, tanto é que estamos de casamento marcado e se Deus quiser com a venda das trufas vou realizar o sonho da Juliana com a festa de casamento, que hoje se tornou o meu sonho também”, conclui o apaixonado Gustavo.

A sua assinatura é fundamental para continuarmos a oferecer informação de qualidade e credibilidade. Apoie o jornalismo do Jornal Cidade. Clique aqui.