Morreu nesta quarta-feira (6) Durval Augusto, um dos fundadores da escola de samba Grasifs – Voz do Morro, que foi criada em 1956 com a influência dos movimentos afrodescendentes, como as danças Tambu e Umbigada. Vinculada inicialmente à Sociedade José do Patrocínio, reunia sambistas natos e quem realmente entendia da festa, como os irmãos Celso e Durval Augusto e Dadá. A partir desse referencial, a Voz do Morro teve incorporado ao nome o título de Faculdade do Samba.

Nas redes sociais, Hélio do Carmo, ex-presidente da escola, lamentou a morte: “Ser sambista não é só quem toca e canta samba, até porque o samba é uma cultura e não apenas um gênero musical. Ele tem uma função sociocultural e política. E nesse processo a Grasifs – Voz Do Morro tem papel principal na história do samba de nossa cidade. E esse é o legado que nosso querido Durvalzinho nos deixa. Pessoas podem destruir fotos, afastar protagonistas por um tempo, mas a história… não existe borracha que a atinja”.

Durvalzinho, como era conhecido, fez seu último desfile em 2016. Debilitado e em uma cadeira de rodas, emocionou a todos ao cruzar a Passarela do Samba. A despedida do carnaval foi em grande estilo, já que a Vermelho e Branco levou o título de campeã do carnaval com um samba pela luta da igualdade social. A comemoração foi dupla, pois naquele ano a Grasifs completou 60 anos de fundação.

O velório do sambista teve início ao meio-dia e o sepultamento será no Cemitério Municipal às 17h.

*Confira o vídeo que conta um pouco da história do sambista produzido pelo Arquivo Público de Rio Claro

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