Por meio de dados fornecidos pela ANP, é possível comparar os valores da região e constatar o maior preço na Cidade Azul

Laura Tesseti

Os motoristas de Rio Claro, que já questionam há muito o preço praticado pelos postos de combustíveis em relação à gasolina, terão mais motivos para essa insatisfação. O governo anunciou no fim desta semana o aumento do imposto sobre os combustíveis, mas quem abastece seu automóvel com gasolina terá um peso ainda maior no bolso.

O PIS/Cofins incidente sobre a gasolina mais que dobrou, passando de R$ 0,38 para R$ 0,79 por litro. Se a alta de impostos for repassada na íntegra para o consumidor, o litro da gasolina deverá ficar R$ 0,41 mais caro no país. A Cide, que é um tipo de contribuição e custa R$ 0,10 por litro, também pesa sobre a gasolina.

REGIÃO

A cidade de Rio Claro é conhecida pelos motoristas por aplicar os preços mais altos nas bombas e, entre os dias 9 e 15 de julho de 2017, o levantamento feito pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis aponta que os consumidores seguem com a razão. O valor médio da gasolina na Cidade Azul é de R$ 3,472 por litro. O valor máximo atinge os R$ 3,599 e o mínimo R$ 3,349.

Já nas cidades da região, como Limeira, por exemplo, o valor médio cobrado do litro da gasolina é de R$ 3,302, já o máximo registrado durante o mesmo período da análise feita em Rio Claro é de R$ 3,699 e o mínimo R$ 3,099. Piracicaba apresenta uma média de R$ 3,285, máxima de R$ 3,499 e mínima de R$ 3,079. Já Araras apresenta o menor preço médio, R$ 3,213, máximo de R$ 3,499 e valor mínimo de R$ 2,939.

PROCON

Questionado, o Procon respondeu que, em relação aos preços praticados pelos postos de combustíveis, desde que não ocorra a elevação injustificada dos mesmos, o órgão não interfere na fixação dos valores, em vista do princípio da livre iniciativa, não havendo, portanto, fiscalização nesse sentido. “Contudo, caso o comerciante eleve injustificadamente os preços dos combustíveis, estará cometendo prática abusiva”, esclarece Thiago Falcão.

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