Laura Tesseti

O casal L. C. E. e R. H. L. S., ambos com pouco mais de 20 anos, seguem detidos na cidade de Rio Claro, após serem apontados como supostos curadores do “Baleia Azul”, jogo que incita crianças, jovens e adolescentes à prática de autolesões e até mesmo de suicídio.

A dupla foi presa na manhã de terça-feira (18), na cidade de Ipeúna, após a operação “Aquarius” ser deflagrada pela Delegacia de Repressão a Crimes de Informática da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Ambos seriam “curadores” do jogo – pessoas responsáveis por enviar aos participantes do jogo os 50 desafios que eles devem cumprir diariamente até chegarem ao suicídio.

“O casal segue detido para que as providências cabíveis sejam tomadas, estamos esperando novas recomendações das equipes do Rio de Janeiro, que deram início às investigações e coordenaram as prisões que acontecem em nove estados do país. Recebemos a informação também de que esse casal estaria envolvido em casos de pedofilia no Estado de Sergipe”, explica Alexandre Della Coleta, delegado responsável pela Delegacia de Investigações Gerais da Polícia Civil de Rio Claro.

PEDOFILIA

O casal morava em Sergipe e, segundo o delegado Alessandro Vieira, coordenador da Delegacia de Polícia Interestadual, há pouco meses estaria de volta ao interior de São Paulo. “R. H. L. S. é sergipano e juntamente com sua companheira, que é paulista, se mudaram para a cidade de Ipeúna há cerca de seis meses, mas ambos já atuavam na prática da curadoria do jogo ‘Baleia Azul’ ainda por Sergipe”, fala o delegado. E segue: “O material recolhido ainda não foi periciado, mas as investigações ficam a cargo da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Aqui em Sergipe eles estavam envolvidos em crimes relacionados à pedofilia, estimulavam compartilhamento de imagens contendo exposição sexual infantojuvenil”, finaliza o coordenador, que ressalta a importância do trabalho realizado por todas as equipes envolvidas nas apreensões e detenções feitas durante a operação “Aquarius”.