Carine Corrêa

Além de vencer as dificuldades motoras, o advogado Marçal Casagrande agora tem outra luta: conseguir ser admitido para o cargo de escrevente técnico judiciário do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), concurso em que foi aprovado em 1º lugar. A concorrência na época era de 32 pessoas com deficiência para uma vaga.

O problema é que o advogado tem sido reprovado pelas juntas médicas. “Fui considerado inapto pelas perícias. Alegaram que não consigo tirar a blusa sozinho e que tenho tatuagem na perna esquerda”, explica Marçal.

O advogado conta ainda que, em uma das juntas médicas, os médicos que integravam o grupo de avaliação não eram especializados em sua deficiência, conforme prevê o edital. “Tive que entrar com recurso para ser avaliado pelo presidente do TJ. No entanto, novamente fui considerado inapto”, contou.

Casagrande comenta que o próximo passo agora será a Justiça. “No âmbito administrativo, as possibilidades já se esgotaram. Agora irei à Justiça”, disse.

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