A Secretaria Municipal de Saúde de Rio Claro integra desde o dia 15 de outubro a Campanha Estadual de Prevenção à Hanseníase.

A ação visa alertar as pessoas sobre a importância do diagnóstico precoce da doença. Além do tratamento precoce como condição essencial para a cura da doença, o diagnóstico precoce também rompe a cadeia de transmissão e evita sequelas causadas pela doença. A campanha vai até 31 de outubro em todas as unidades básicas de saúde e unidades de saúde da família. As ações desenvolvidas pela Rede de Atenção à Saúde e instituições parceiras incluem ainda busca ativa nas casas, realização de exame físico para detecção de casos. Nesse encontro com os pacientes os agentes de saúde perguntam aos usuários sobre a presença dos sintomas e orientações para o início imediato do tratamento em casos positivos.

A gerente da Vigilância Epidemiológica, Dinorá Santos, explica que todas essas atividade de prevenção à hanseníase são realizadas continuamente por profissionais de saúde. “Durante a campanha há uma intensificação dessas ações para a detecção de novos casos”, informa Dinorá.

Qualquer pessoa pode procurar a unidade de saúde de sua preferência e solicitar uma avaliação.

Em Rio Claro atualmente estão sendo tratados pelo Ambulatório de Especialidades 10 pacientes, que ao final receberão a cura. As vagas para as consultas encaminhadas pelos serviços de saúde são de livre demanda.

É preciso estar alerta aos sinais como manchas na pele de cor variada (esbranquiçadas, avermelhadas ou acastanhadas) com perda de sensibilidade, pele seca e queda de pêlos, dor, sensação de choque e “fisgadas” ao longo dos nervos dos braços e pernas e diminuição da força muscular. Podem ainda aparecer nódulos (caroços) dolorosos por várias partes do corpo.

O tratamento é realizado somente pelo SUS, é gratuito, podendo durar de 6 a 12 meses conforme cada caso.

A Hanseníase, conhecida popularmente como lepra, ainda é um problema de saúde pública em diversas partes do mundo. Três países com grandes populações como Índia, Brasil e Indonésia notificam mais de 10 mil casos novos anualmente. Juntos, representam 81% dos pacientes recém diagnosticados e notificados no mundo, segundo os dados do estudo “Estratégia Global Para Hanseníase (2016-2020)”.

A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa, causada por uma bactéria (M. leprae) que atinge principalmente a pele e os nervos, causando a diminuição ou perda de sensibilidade. A transmissão se dá pelo contato direto e prolongado com a pessoa doente sem tratamento, que elimina o bacilo pelas vias aéreas superiores (tosse, fala e espirro). As pessoas que convivem ou conviveram com o doente sem tratamento, também devem passar por avaliação com profissional de saúde.

Importante salientar que após o início do tratamento, a pessoa deixa de transmitir a doença sendo desnecessário o isolamento, ou seja, pode conviver normalmente com os contatos sociais.

Os sinais e sintomas mais comuns são as manifestações dermatológicas e neurológicas que sem tratamento adequado e precoce pode causar incapacidades físicas edeformidades.

É importante apoiar as pessoas doentes, incentivando o tratamento até a cura e manter um bom convívio quebrando os preconceitos.

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