Na praia ou piscina, o ideal é molhar pulsos, pés e rosto antes de mergulhar na água (Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas)

Adriel Arvolea

Na praia ou piscina, o ideal é molhar pulsos, pés e rosto antes de mergulhar na água (Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas)
O índice de perda atinge 39% antes que a água chegue ao consumidor final (Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas)

O Brasil ocupa a 20ª posição num ranking de 43 países com desperdício de água tratada, segundo levantamento do IBNET (International Benchmarking Network for Water and Sanitation Utilities), dados de 2011. Com ligações clandestinas e vazamentos, o índice de perda atinge 39% antes que a água chegue ao consumidor final.

Na lista, o Brasil fica atrás de países como Vietnã (que perde 31%), México (24%), Rússia (23%) e China (22%). O que mais perde água tratada na lista é Fiji, um país insular da Oceania que desperdiça 83% da água que trata. Já entre os com menor índice de perda estão Estados Unidos (13%) e Austrália (7%).

Com os investimentos em infraestrutura, o índice de perdas de água tratada em Rio Claro vem sendo reduzido de forma gradativa, atualmente estimado em 25% – segundo o Daae (Departamento Autônomo de Água e Esgoto). O índice do município, portanto, está abaixo da média nacional. A redução de perdas de 2009 para cá atinge quase 50%.

Neste sentido, existem vários fatores para perda de água no sistema de distribuição. “Há perdas provocadas por hidrômetros antigos, que não registram corretamente a quantidade de água consumida; fraudes com adulterações em hidrômetros e ligações clandestinas, conhecidas como ‘gatos’; vazamentos decorrentes de rompimento de tubulações na rede de distribuição e, em alguns casos, há perdas associadas às necessárias manutenções nas Estações de Tratamento de Água (ETA)”, esclarece o Daae.

A autarquia afirma que vem realizando ações de combate às perdas físicas com troca sistemática de redes, implantação de setorização do sistema hidráulico, troca de tubulações antigas com substituição de 120 mil metros de rede de abastecimento e a recirculação da água no uso operacional, orientando e aplicando multas quando há rompimento de lacres dos hidrômetros e realizando a troca de mais de 20 mil desses equipamentos.

Com as ações, o índice de perda em Rio Claro vem sendo reduzido de forma gradativa. “Também, vale a pena citar outras ações pontuais do Daae contra perdas, como a substituição das comportas da ETA 1 e da ETA 2; revestimento da Central de Distribuição de Água da ETA 2, localizada no Distrito Industrial, recuperação e reativação do reservatório elevado de concreto da Vila Martins, que ficou desativado por cerca de 25 anos; implantação do monitoramento do nível dos reservatórios de água e início do processo de setorização e macro medição do sistema de abastecimento”, reforça.

Além disso, no município houve a implantação de mais de 24 quilômetros de novas adutoras; construção de sete reservatórios elevados; ampliação da Estação de Tratamento de Água (ETA 2) e construção da barragem no Rio Corumbataí. “Muitas destas obras já foram realizadas e outras estão em fase final de implantação”, conclui o Daae.

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