Lucas Calore

A rotina de quem mora próximo à antiga linha férrea de Rio Claro é um tanto complicada. O que se vê no percurso é falta de cuidado com a área pública, que vai desde depósito de lixo indevido à ocupação indevida do espaço.

O projeto de transformar a área na grande Avenida Paulista ainda não saiu do papel. O anúncio da abertura da primeira licitação para transferência da oficina que fica no Centro de Rio Claro para o Jardim Guanabara foi feito no Diário Oficial da União em outubro de 2015.

Com a transferência, o município terá uma área de cerca de 150 mil metros² para utilizar. O orçamento executivo do projeto para implantação do complexo de oficina ferroviária é estimado em R$ 2,7 milhões.

Paralisação

A reportagem falou com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), órgão do Ministério dos Transportes, sobre a questão. Em nota, revelou que o edital de licitação de nº 0425/15-00, na modalidade pregão, encontra-se suspenso por decisão judicial da juíza federal da 5ª Vara – SJ/DF, desde 28 de outubro de 2015.

“Até o momento não se conseguiu a revogação da suspensão da licitação, porém, quando finalizada, o prazo para a execução do objeto do contrato será de seis meses”, confirmou a assessoria.

Em janeiro deste ano, o então secretário de Gestão dos Programas de Transporte, Luciano Castro, disse ao JC que, após aprovação do projeto executivo, o ministério colocará no orçamento do ano que vem em torno de R$ 60 milhões para construção da obra, se não houver parte administrativa. E R$ 100 milhões se houver a parte administrativa.

Problemas no percurso

Ao lado da oficina na Avenida 24-A, na Vila Alemã, população descarta incorretamente lixo e entulho
Ao lado da oficina na Avenida 24-A, na Vila Alemã, população descarta incorretamente lixo e entulho

A reportagem do JC percorreu a extensão da linha desde a Avenida 24-A até o pontilhão da Rua 6, no Grande Cervezão. No trecho onde havia a linha férrea, na marginal da Rua 3-A, entre avenidas 24-A e 32-A, a população usa o espaço para depositar lixo. No outro lado da cidade, Diane Hennica, funcionária de um restaurante que fica em frente ao pontilhão da Rua 6, no Grande Cervezão, queixa-se da sujeira deixada no local.

“Os próprios moradores que jogam. Depois que o caminhão do lixo passa, eles vão e depositam os sacos ali. Não têm capacidade de colocar o lixo em frente da casa para ser recolhido”, revela. No local, além do acúmulo de resíduos e entulho, a segurança também é outro ponto a ser melhorado. Pouca iluminação, mato alto e presença de indivíduos suspeitos fazem parte das queixas.

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