Além do esgoto, terra, areia e pedras acabam parando em frente à casa do professor

Laura Tesseti

Além do esgoto, terra, areia e pedras acabam parando em frente à casa do professor
Além do esgoto, terra, areia e pedras acabam parando em frente à casa do professor

O professor de educação física Kaique Macha enviou um vídeo ao JC relatando um problema na rua de sua casa, localizada na Avenida 3, no Jardim Porto Fino. Nas imagens, que também foram publicadas em uma rede social, Macha mostra claramente um bueiro transbordando esgoto após uma chuva.

Procurado pela reportagem do Jornal Cidade, o professor explicou que entrou em contato com a prefeitura municipal de Rio Claro e obteve como resposta que a responsabilidade sobre a situação é da empresa Odebrecht Ambiental. “Também fiz contato com a empresa e técnicos da Odebrecht Ambiental estiveram aqui dez vezes, tentando resolver o problema”, contou.

Após o vídeo ser publicado e novamente o professor e sua esposa entrarem contato com a empresa, eles tiveram uma resposta. “Eles nos ligaram quarta-feira (2) e disseram que o material para a obra já foi comprado e que os equipamentos estão sendo locados para que tudo comece o quanto antes”, explicou Jéssica Fernanda Pedroso, esposa de Kaique.

Em contato com a assessoria de imprensa da Odebrecht Ambiental, a mesma explicou que possíveis problemas das redes de esgoto no bairro Porto Fino ocorrem exclusivamente em razão da existência de ligações irregulares de água de chuva nas redes de esgoto. No caso relatado – de que os transbordamentos acontecem somente em dias de chuva – constata-se a origem desse problema.

Em nota, a empresa ressalta que redes de esgoto não suportam a pressão da água da chuva e, em dias de fortes pancadas como as ocorridas na semana passada, há o risco de ocorrências nos pontos mais baixos. Esta prática de lançamento de água de chuva junto à rede de esgotamento, realizada por parte dos imóveis do município, de forma incorreta, sobrecarrega a mesma e pode gerar perda da eficiência no tratamento, colocando em risco o sistema, já que a rede coletora é projetada para receber apenas os dejetos e encaminhá-los para as estações de tratamento de esgoto, que devolvem a água limpa para o meio ambiente.

A empresa explica que, para atuar diante dessa situação e reduzir a incidência de escoamentos irregulares, vem realizando desde 2013 um intenso trabalho que busca identificar os imóveis da cidade com ligações irregulares da água de chuva para as redes de esgoto. É o programa ProAGIR (Programa de Vistorias de Residências) que já percorreu 14.588 imóveis em Rio Claro identificando lançamentos irregulares e orientando os moradores sobre a necessidade de adequação e do uso correto da rede de esgoto.

Solução do problema

Kaique e Jéssica acreditam que agora o problema será resolvido, pois após tantos contatos e conversas, a empresa prontificou-se diante disso. “Escolhemos esse local para morar, pois achamos calmo e bastante arborizado, aqui na frente, nada mais será construído, então temos uma vista muito bonita, podemos ver a torre do horto. Poderíamos ter comprado um terreno mais para cima e não teríamos mais esse problema, pois somos os únicos aqui no bairro que passamos por isso, mas optamos por um bom lugar para morar, sem saber dessa situação com o esgoto, claro. Mas, já que o problema existe, ele precisa ser resolvido, para que tudo funcione de acordo com o planejado”, finalizou o professor de natação, feliz com a solução do problema, que parece estar se aproximando.

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