Cinco cães e três gatos foram adotados em feira no sábado

Feira de adoção é realizada mensalmente pelo Canil Municipal

Em sua 9ª edição a Feira de Adoção Audote conseguiu que mais oito animais passassem a ter um lar. Cinco cães e três gatos foram adotados na feira realizada na manhã de sábado (20), na Pet Camp, pelo Canil Municipal.

“Amei este cachorrinho, vou cuidar bem dele”, afirmou o menino Davi, que foi à feira acompanhado da mãe Camila Santos. “A gente queria arranjar um cachorro que tivesse sido abandonado, e o Davi gostou deste”, afirmou Camila.

De acordo com Marina Francischine, veterinária do Canil Municipal, a próxima edição da feira será realizada no mês de junho. “No momento temos 172 cães e 95 gatos para adoção”, informa.

Foto: Divulgação/PMRC.

Os animais que são adotados saem do canil castrados, vacinados e com chipe de identificação. O serviço atende no Distrito Industrial, na Avenida das Indústrias com a Rua Alfa, telefone 3532-4115. O atendimento é de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas, e aos finais de semana e feriados das 8 às 12 horas.

Ao fazer a adoção é importante que a família esteja ciente das responsabilidades que terá no convívio e cuidados com o animal. “Reforçamos sempre a importância da posse responsável”, ressalta o secretário municipal de Meio Ambiente, Leandro Geniselli.

Os interessados em adotar um cachorro ou gato devem apresentar documento pessoal e fotografias do espaço da residência onde o animal irá viver. É necessário também levar guia ou caixa de transporte para que o animal adotado seja conduzido com segurança.

Foto: Divulgação/PMRC.

Rio Claro já tem 27 hortas em escolas

O Departamento de Silvicultura, da Secretaria Municipal de Agricultura, realizou na semana passada a implantação de horta na Escola Municipal Sérgio Hernani Fittipaldi.

A iniciativa faz parte do programa “Horta nas Escolas”, que tem a interação direta dos alunos na formação, plantio e cultivo de verduras e hortaliças. Lançado no ano passado, o programa já abrange 27 escolas e instituições, numa parceria das secretarias municipais da Agricultura e de Educação.

Conforme ressalta Valmir Pinton, secretário municipal de Agricultura, o programa Horta na Escola é uma iniciativa valiosa que traz inúmeros benefícios para as crianças. “Além de ser uma oportunidade de aprendizado prático, a horta escolar promove o desenvolvimento de habilidades socioemocionais, nutricionais e ambientais”, destaca.

Ao cultivarem uma horta na escola as crianças têm a oportunidade de vivenciar a jornada completa de uma planta, desde a semeadura até a colheita. Nesse processo aprendem lições valiosas sobre paciência, perseverança e responsabilidade, enquanto observam o crescimento e a transformação das plantas ao longo do tempo. Além dos benefícios educacionais, a horta escolar também proporciona momentos de interação e trabalho em equipe.

Campanha de agasalho vai até julho em Rio Claro

Doações podem ser feitas em três postos de arrecadação

O município de Rio Claro realiza até no final de julho a arrecadação de agasalhos, cobertores e calçados que serão entregues às famílias que mais precisam. No sábado (20), um posto extra de arrecadação foi montado na portaria do Centro Cultural, no sistema drive-thru.

Os postos fixos de arrecadação funcionam no Paço Municipal (na Rua 3, Centro), no Núcleo Administrativo Municipal (na Rua 6, Alto do Santana) e no Barracão da Solidariedade (na Rua 1B, bairro Cidade Nova).

“Uma vez mais estamos contando com a colaboração da comunidade nesta campanha filantrópica tão importante para as pessoas durante o inverno”, observa Bruna Perissinotto, presidente do Fundo Social de Solidariedade do município.

A campanha do agasalho de Rio Claro tem como tema “Juntos fazemos a diferença, doe”.

As pessoas ou empresas que forem doar grandes quantidades podem ligar para 3526-7171 para que o Fundo Social faça a retirada do material em domicílio.

Membros do Conselho de Saúde visitam obras do Hospital Público Municipal

A Comissão de Obras do Conselho Municipal de Saúde de Rio Claro na semana passada realizou visita às obras do Hospital Público Municipal. “A avaliação em relação à obra foi muito boa, deixando expectativa positiva”, destaca Américo Valdanha Netto, presidente do Conselho Municipal de Saúde, que esteve no local com demais membros da comissão do conselho. Os trabalhos foram acompanhados por Peterson Santilli, diretor da Fundação de Saúde e equipe de engenharia do setor.

As obras para construção do Hospital Público Municipal de Rio Claro avançam em ritmo intenso. Na quarta-feira (17) foi realizado o concreto da laje do primeiro pavimento. A etapa seguinte das obras inclui a alvenaria do segundo pavimento. A expectativa é que o prédio do hospital público, que terá dois pavimentos, seja concluído em 2024. O novo equipamento de saúde contará com 60 leitos SUS e está sendo construído em área anexa à UPA, no Cervezão.

“É mais qualidade no atendimento ofertado e também mais 60 leitos para atender os pacientes”, destaca o prefeito Gustavo.

Em investimento de R$ 6,3 milhões, o hospital público municipal de Rio Claro terá dois centros cirúrgicos, leitos de enfermaria e de UTI, áreas para exames de imagem, exames laboratoriais, refeitório, alas de internação e farmácia. A estimativa é investir mais R$ 2 milhões na compra de móveis e equipamentos.

“O trabalho está sendo feito para que a população receba na rede pública municipal de saúde atendimento cada vez com mais qualidade”, observa o médico Marco Aurélio Mestrinel, presidente da Fundação Municipal de Saúde.

Em sua construção, além de investimento municipal, o Hospital Público utiliza recursos federais, conseguidos por meio de emenda do deputado federal Miguel Lombardi, e recursos do Claretiano – Centro Universitário.

Colisão entre ciclista e caminhão deixa uma pessoa morta no bairro Cachoeirinha

Acidente fatal foi registrado às 18h45 deste sábado (20) na Estrada Vicinal Nicolau Marotti, próximo ao bairro Cachoeirinha, acesso ao Distrito de Ajapi. A vítima, Sérgio da Silva de 54 anos, estava conduzindo sua bicicleta quando por motivos a serem esclarecidos, colidiu contra um caminhão.

O motorista do caminhão, placas de Iracemápolis, relatou aos policias que trafegava dentro da velocidade permitida, quando de repente avistou um ciclista saindo do acostamento e acenando para entrar na pista. Ele ainda tentou desviar para a outra faixa, mas não conseguiu impedir o choque. A vítima teve lesões graves na sua face e morreu no local. Uma testemunha, que vinha logo atrás, disse ter apenas visto o caminhão trocando de faixa e logo em seguida a vítima já caída ao chão. O motorista do caminhão permaneceu no local e foi submetido a teste de alcoolemia, que resultou negativo.

Os pertences da vítima foram entregues para um familiar que o reconheceu através de suas vestes, documentação que ela portava no bolso e a própria bicicleta. A ocorrência foi registrada como homicídio culposo, sem intenção de matar, artigo 302 do Código Penal.

Sérgio da Silva foi sepultado neste domingo, dia 21, no cemitério municipal São João Batista, em Rio Claro.

Fatec de Rio Claro irá disponibilizar também certificações intermediárias

Diferencial facilita entrada dos estudantes no mercado de trabalho antes de concluírem o curso

A unidade da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) que está sendo construída pelo Centro Paula Souza (CPS) em Rio Claro terá como um de seus diferenciais a disponibilidade de certificações intermediárias que facilitem a entrada dos estudantes no mercado de trabalho mesmo antes de concluírem o curso. A informação foi confirmada ao prefeito Gustavo pela vice-diretora superintendente do CPS, Emilena Lorenzon Bianco, em reunião em Rio Claro.

A Fatec Rio Claro contará com equipamentos de conectividade, disposição de mobiliário e tecnologias integradas ao ambiente empresarial. O investimento do Governo do Estado de São Paulo é de R$ 13,8 milhões nas obras de construção, reforma e adequação do espaço, e teve o então deputado estadual Aldo Demarchi como grande articulador para que o projeto fosse realizado.

Foto: Divulgação/PMRC.

“Antenada aos desafios da nova economia cada vez mais digital, a futura Fatec de Rio Claro será referência, tanto pelo ambiente de aprendizagem colaborativo quanto pela abordagem pedagógica alinhada às necessidades do mundo corporativo”, afirma Emilena Lorenzon Bianco.

Com obras em estágio avançado, a unidade será instalada em parte do local que foi ocupado pelo Colégio Vocacional e mais recentemente pela Escola Chanceler Raul Fernandes, na Rua 2 com a Avenida 38, no bairro Vila Operária. “Tão esperada pelos rio-clarenses, nossa Fatec está se tornando realidade e será pioneira no estado de São Paulo com uma metodologia de ensino inovadora”, destaca o prefeito Gustavo.

Foto: Divulgação/PMRC.

Os cursos de graduação, que vão incluir seis trilhas profissionais – inteligência artificial, ciência de dados, internet das coisas, computação em nuvem, segurança da informação e ESG – serão oferecidos em parceria com a iniciativa privada, com foco em tecnologias habilitadoras da indústria 4.0.

As trilhas serão híbridas com aulas presenciais, online síncronas e assíncronas, ministradas por professores do CPS e profissionais das empresas parceiras. Outro diferencial é disponibilizar certificações intermediárias que facilitem a entrada dos estudantes no mercado de trabalho mesmo antes de concluírem o curso.

Quatro bigtechs, grandes empresas de tecnologia, apoiam este modelo pedagógico inovador que utilizará metodologias ativas de ensino, envolvendo os alunos em projetos integradores e de resolução de problemas reais para auxiliar empresas em processos de transformação digital ou de economia verde.

Santuário de Caravaggio em Rio Claro tem programação especial para semana da padroeira

O mês de maio é muito representativo para a comunidade de Nossa Senhora do Caravaggio pois comemoram-se duas datas extremamente importantes: 13/05, dia de Nossa Senhora de Fátima, a co-padroeira do Santuário e no próximo 26/05, dia de Nossa Senhora de Caravaggio, a grande padroeira do Santuário. Assim sendo, após as festividades já comemoradas de Nossa Senhora de Fátima, está semana será especial para comemorar o dia na nossa preciosa Mãe.

Nesta segunda-feira, dia 22/05 será celebrada uma missa especial de Benção, Cura e Libertação às 19h30.Terça, quarta e quinta-feira, dia 23, 24 e 25/05, teremos o Tríduo a Nossa Senhora de Caravaggio com início às 18 horas. O Tríduo será online, transmitido via YouTube e Facebook nos canais do @PadreJocelir.

Na sexta-feira, dia 26/05, dia da Padroeira, Missa comemorativa especial a partir das 19h30 com a apresentação e coroação da nova imagem de Nossa Senhora de Caravaggio. Essa imagem foi doada por um fiel e parceiro do Santuário e será apresentada com exclusividade na sexta-feira. Ela foi esculpida em madeira por um artista plástico de Portugal, o mesmo que fez a imagem de Nossa Senhora de Fátima. Será um momento de grande representatividade a todos os presentes nesta missa.

No domingo, dia 28/05 para encerrar o mês com chave de ouro, teremos Missa às 9 horas almoço comemorativo a Nossa Senhora de Caravaggio a partir das 12 horas, preparado com muito carinho pelo Padre Jocelir e equipe de voluntários. Será servido: Carnes Assadas: Costela Fogo de Chão, Carne de Porco, Salamito, Frango. Acompanhamentos: Saladas, Maionese, Arroz e Farofa. Bebidas e sobremesas serão vendidas a parte. Também teremos a venda de marmitas.

As adesões deverão ser adquiridas antecipadamente na secretaria do Santuário durante o dia ou nos horários das missas, e também podem ser adquiridos pelo nosso WhatsApp 19 99217.9840. O Santuário de Nossa Senhora do Caravaggio está localizado em Rio Claro, na Estrada Velha Rio Claro – Ipeúna, Km 01, próximo ao bairro Bom Sucesso.

Histórias com final feliz: 10 anos de casamentos homoafetivos no país

Até abril de 2023, Brasil registrou 76.430 uniões em cartório 

Por Rafael Cardoso – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro

“Foi um ato de amor, mas também um ato político”. Essa convicção une os três casais homoafetivos que aceitaram conversar com a Agência Brasil sobre os 10 anos da decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de que nenhum cartório no Brasil poderia recusar a celebração do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Desde 14 de maio de 2013, portanto, esse registro civil deixou de ser um privilégio de pessoas heterossexuais. 

Otávio e Fernando, Fabia e Gabi, Toni e David. Os casais que você vai conhecer melhor nessa reportagem estão entre os 76.430 que registraram a união em cartório desde 2013 em todo o país. Uma média de 7,6 mil casamentos por ano: 56% entre casais femininos e 44% entre casais masculinos. A lista dos estados com mais celebrações é liderada por São Paulo (38,9%), seguido pelo Rio de Janeiro (8,6%), Minas Gerais (6,6%), Santa Catarina (5%) e Paraná (4,6%). Os números são da Central de Informações do Registro Civil (CRC Nacional), administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil). 

Até 2011, os cartórios eram obrigados a pedir uma autorização judicial para registrar uniões homoafetivas. E a sorte do casal dependia do magistrado que julgasse o caso, que em muitos casos negava o pedido. A justificativa era a ausência de lei, que, vale lembrar, continua não tendo sido contemplada no Congresso Nacional. O que mudou em 2011 foi uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que igualou uniões estáveis homoafetivas às heteroafetivas. Mas foi só a partir da Resolução nº 175, de 2013, do CNJ que foi autorizado o casamento civil em todos os cartórios do país. 

Otávio e Fernando 

Quando Otávio Furtado (44 anos, jornalista) e Fernando Gomes (44 anos, advogado) decidiram que era a hora de se casar, havia a certeza de que seria preciso travar longa disputa judicial. O ano era 2012 e apenas a união estável homoafetiva era oficialmente permitida no país. Os poucos que tinham conseguido o registro civil de casamento tinham entrado com ações na Justiça. Mas por uma coincidência feliz, a união foi oficializada de forma mais simples e rápida do que pensavam. 

“A gente deu entrada nos papéis em maio de 2013 e normalmente o processo todo levava 30 dias, que era o tempo padrão para o Ministério Público manifestar se existia algum tipo de irregularidade. Isso para qualquer casal, inclusive hétero. Nesse tempo, a CNJ determinou que nenhum cartório poderia negar o registro para casais homoafetivos. E o nosso pedido foi o primeiro a ser aprovado no estado do Rio”, lembra Fernando. 

Em julho, eles estavam legalmente casados e, em setembro, celebravam em uma festa com amigos e família. Todo o processo até o dia cerimônia acabou despertando nova consciência no casal. Eles contam que até, então, não tinham passado por situações mais graves de homofobia. O que admitem ter muita relação com algumas posições de privilégio: são homens, brancos, de classe média, morando em um bairro como Ipanema, que concentra um número grande de pessoas LGBTQIA+. 

“Eu sempre falava que não queria ficar levantando bandeira por ser gay. E o nosso casamento foi a grande virada de chave na minha vida. Pela primeira vez, de forma repetida, eu tive que lidar com situações de homofobia. Na hora de organizar o casamento, por exemplo, a maior parte dos fornecedores não estava preparada para celebrar uma relação homoafetiva. E tinha de tudo, desde a pessoa que achava que na cerimônia ia descer uma drag queen do teto, até as pessoas que perguntavam quem ia fazer o papel da noiva”, conta Otávio. 

A partir desse conjunto de experiências, os dois passaram a se preocupar com pautas que iam além da própria “bolha”. 

 “A gente pensava no casamento como um momento só nosso. E começou a perceber que era egoísmo pensar daquele jeito. Na cerimônia, uma das nossas madrinhas falou de como nossa decisão iria atingir outras pessoas. E aí, mais uma vez, caiu a ficha de que aquilo também era um ato político, que já tinha começado lá atrás quando a gente decidiu registrar em cartório. Outras situações foram surgindo e mostrando que eu deveria aprofundar esse caminho do ativismo. Usar o nosso privilégio para abrir portas a outras pessoas”, afirma Otávio. 

Fabia e Gabi 

Gabi Torrezani (31 anos, produtora audiovisual e doula) conseguiu uma oportunidade de estágio na produtora de vídeo da Fabia Fuzeti (47 anos, videomaker). Durante meses, a relação entre as duas evoluiu das conversas sobre trabalho para a amizade e, então, o namoro. Depois de dois anos, veio a ideia do casamento. O pedido, feito pela Fabia, está registrado em áudio no início do documentário “Vestidas de Noiva”, produzido pelas duas para falar tanto do processo de casamento delas, que aconteceu em 2014, quanto do histórico da união homoafetiva no Brasil. 

Rio de Janeiro/RJ 21/05/2023 10 anos de casamentos homoafetivos no país. Gabi Torrezani e  Fabia Fuzeti.Foto  Ivson
Rio de Janeiro/RJ 21/05/2023 10 anos de casamentos homoafetivos no país. Gabi Torrezani e Fabia Fuzeti.Foto Ivson – Foto Ivson.

“Com a gente foi super fácil, o juiz de paz foi bem fofo, quis tirar foto com as noivas. Mas a gente sabe que nem todos os cartórios foram assim. Na época, muitas pessoas ainda escreviam para a gente e falavam que tinham tentado casar na cidade em que moravam e não deixaram. Era obrigatório, mas muitos cartórios alegavam que não faziam o registro lá”, diz Fabia Fuzeti. 

Até o dia oficial do “sim”, as duas tiveram de passar por algumas situações desconfortáveis. A mãe de Fabia teve dificuldades para lidar com o fato de a filha estar namorando uma mulher. Mas ao ver que outras pessoas ao redor não se importavam com a situação, não só superou o estranhamento como ajudou nos preparativos do casamento. Os avós da Gabi não compareceram no dia da cerimônia, o que a deixou muito triste pela proximidade que tinha com eles. Mas um ano depois estavam presentes no lançamento do documentário. 

As duas dividem um blog de viagem chamado Estrangeira, que com o tempo passou a focar em experiências específicas do público LGBTQIA+. Além das dicas de viagens sobre destinos mais atrativos e mais seguros, compartilham momentos do casal. Dizem que estavam cansadas de ver histórias com mulheres homossexuais sempre a partir de um viés negativo, seja na ficção ou no noticiário: “A gente queria ser um modelo de final feliz”, diz Fabia. 

Por ser uma história ainda em construção, elas pensam nos próximos capítulos e em novas lutas que precisam ser superadas. O casal planeja ter filhos e lamenta não ver uma movimentação política mais contundente sobre a igualdade quando se trata dos direitos de maternidade para as mulheres homossexuais. 

“Para a mulher que não é a gestante do casal registrar o bebê como filho dela, tem que ter feita a fertilização em uma clínica. As duas têm que levar um papel provando que são casadas e que fizeram o processo na clínica. Quando um casal hétero vai ao cartório, ninguém pede para ver o papel com o registro da relação sexual que gerou o bebê. Simplesmente chega lá e registra. Isso faz com que mulheres que não tenham grana para procurar uma clínica, que topam uma inseminação caseira, estejam à margem da lei e precisem entrar com uma petição judicial. Isso, para a gente, é muito violento”, afirma Gabi. 

As duas defendem a necessidade de que o Sistema Único de Saúde (SUS) possa oferecer o direito de fertilidade assistida para todos os que desejarem. Hoje, a legislação privilegia apenas casais heterossexuais. 

“A fertilidade assistida no SUS é para pessoas que eles consideram inférteis, que são basicamente os casais héteros que passam por uma triagem. Mulheres saudáveis, férteis, que precisam do tratamento para engravidar e ter acesso ao banco de sêmen não se encaixam nessa categoria. Toda uma população fica excluída de um serviço de saúde que teoricamente é universal”, diz Gabi. 

Toni e David 

Toni Reis (59 anos) e David Harrad (65 anos) se conheceram na saída da estação de metrô Highgate Station, em Londres, em uma noite de março de 1990. Nascido no interior paranaense, Toni tinha se formado há um ano em letras na Universidade Federal do Paraná (UFPR) e passava uma temporada na Europa para estudar e conhecer novas culturas. Nascido no interior da Inglaterra, David era casado com uma mulher quando conheceu Toni. Do encontro veio a convicção de que era o momento certo para viver um relacionamento homoafetivo. Ele se separou da mulher e em 1991 os dois vieram juntos para o Brasil. 

No novo país, David viveu um tempo com a documentação irregular e acabou sendo preso em 1995. Tinha duas opções para não ser deportado e conseguir o visto de permanência: se casar com uma mulher brasileira ou assinar um contrato de trabalho com uma empresa local. A segunda alternativa era a única viável naquele momento, porque o casamento homoafetivo estava longe de ser autorizado no Brasil. Até que em 2011, depois da decisão do STF, o casal conseguiu registrar a união estável. 

“Aparecíamos nas paradas LGBTI+ vestidos iguais de smoking, de noivos, para chamar a atenção pelo direito ao matrimônio igualitário. Mas além do significado político, o registro da união estável proporcionou uma segurança jurídica que nós não tínhamos antes como casal. Cansei de conhecer histórias de famílias que queriam tomar os bens do parceiro do filho, quando este faleceu. Também possibilitou que pudéssemos finalmente realizar o sonho de adotar filhos e ser pais”, explica David. 

O casamento civil dos dois no cartório, apesar de autorizado pelo CNJ desde 2013, só aconteceu em 2018. Até então, consideravam a união estável suficiente. O que os fez mudar de ideia foi o medo de que a eleição de Jair Bolsonaro provocasse a perda de direitos, uma vez que sempre foi explícito o posicionamento homofóbico do ex-presidente. Eles cogitaram morar fora do país e queriam mais uma proteção jurídica caso precisassem viajar com os três filhos, então adolescentes. 

Rio de Janeiro/RJ 21/05/2023 10 anos de casamentos homoafetivos no país. Toni Reis, David Harrad e filhos. Foto divulgação.
Rio de Janeiro/RJ 21/05/2023 10 anos de casamentos homoafetivos no país. Toni Reis, David Harrad e filhos. Foto divulgação. – Foto divulgação.

“A gente nunca precisou do papel para o amor. Porém, ele dá segurança jurídica para o patrimônio e para os filhos. Então, tem as vantagens legais. E tem o significado político. Hoje, ninguém pode falar que nós não somos uma família”, afirma Toni Reis. 

Toni se tornou uma referência na luta pelos direitos da população LGBTQIA+. Ele foi o primeiro presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), fundada em Curitiba em 1995. É especialista em sexualidade humana, mestre em filosofia e doutor e pós-doutor em educação. Para ele, o direito ao casamento foi uma vitória importante, mas ainda existe uma série de desafios a serem superados. 

“Todas as nossas decisões sobre direitos LGBT foram tomadas pelo STF. O que nós precisamos é colocar todas essas decisões de adoção, casamento, doação de sangue, discriminação em leis que passem no Congresso Nacional. Pode durar cinco, dez ou 50 anos, mas nós vamos conseguir. Nós queremos ter também o nosso Estatuto da Diversidade Sexual e um estatuto que proteja todas as famílias”, diz Toni Reis. 

Edição: Graça Adjuto

Em derrota do Real Madrid, Vini Jr sofre racismo novamente

Jogador brasileiro ainda seria expulso nos minutos finais do jogo

Por Igor Santos – Repórter da EBC – Rio de Janeiro

O atacante brasileiro Vinicius Junior, do Real Madrid, foi vítima de mais uma ação racista em um estádio espanhol na tarde deste domingo (21). Durante a derrota da equipe dele para o Valencia por 1 a 0, no Estádio Mestalla, casa dos adversários, Vini escutou insultos racistas e gritos de ‘macaco’ vindos das arquibancadas. O jogo foi paralisado por cerca de oito minutos e, posteriormente, o jogador foi expulso ao se envolver em confusão.

O lance que deu origem ao episódio aconteceu aos 29 da segunda etapa. Jogando em ambiente hostil, Vinicius Junior tentou jogada pela esquerda quando uma segunda bola que havia sido arremessada no campo instantes antes foi chutada por Eray Cömert, atleta do Valencia, de maneira proposital para interromper o lance. Naquele momento, Vini se dirigiu à parte da torcida valencianista que estava localizada atrás do gol do time local e apontou para torcedores que o insultavam chamando-o de macaco.

O árbitro De Burgos Bengoetxea paralisou a partida e o sistema de som avisou que o jogo só seria retomado se as ofensas parassem. Vini sinalizou que estava bem para retornar e o jogo prosseguiu depois de aproximadamente oito minutos pausado, com a polícia comparecendo ao local das ofensas.

Nos acréscimos da partida, Vini se envolveu em uma confusão com o goleiro Giorgi Mamardashvili e, após ser contido pelo adversário Hugo Duro com uma gravata, acertou o rosto do atleta do Valencia ao tentar se desvencilhar. No fim, apenas o brasileiro foi punido, sendo expulso. Vinicius Junior saiu fazendo gestos mostrando o número dois com a mão, em provocação à torcida do Valencia. O clube briga para não cair para a segunda divisão espanhola.

Após a partida, as figuras envolvidas se manifestaram nas redes sociais. Em sua conta no Instagram, Vinicius Junior disse que os racistas foram premiados com a expulsão dele e ironizou: “Não é futebol, é La Liga (liga de futebol da Espanha)”

O Valencia emitiu comunicado dizendo que embora se tratasse de um “episódio isolado”, não há lugar para insultos deste tipo no futebol. A nota também reitera que os fatos estão sendo investigados pelo clube.

Também houve comunicado da liga espanhola, que afirmou ter solicitado todas as imagens da partida para melhor investigar o ocorrido e que também está atenta a possíveis ofensas ao brasileiro do lado de fora do estádio Mestalla. Ainda na nota de La Liga, é dito que foram apresentadas denúncias de práticas racistas contra Vinicius Junior em outras nove ocasiões nos últimos dois anos.

Na entrevista coletiva após o jogo, o técnico do Real Madrid, o italiano Carlo Ancelotti, se mostrou revoltado e incrédulo com o acontecimento.

“Não quero falar de futebol, mas sim do que aconteceu aqui. Isto não pode ocorrer, um estádio inteiro gritando algo assim. Ele não queria continuar e eu acharia justo, porque é a vítima. Isto não pode acontecer”, opinou Ancelotti.

Edição: Marcelo Brandão

Rádio Jovem Pan News Rio Claro agora é sintonizada na frequência 106,1 FM

É com grande entusiasmo que anunciamos a mudança da estação da Rádio Jovem Pan News Rio Claro, do Grupo JC de Comunicação, do AM 1410 para a frequência 106,1 FM. Essa transição representa um salto significativo em termos de qualidade de áudio, alcance e experiência auditiva para nossos ouvintes fiéis.

Com a migração para a frequência 106,1 FM, a JP News Rio Claro está se adaptando aos avanços tecnológicos e oferecendo uma experiência sonora ainda mais envolvente, pois a FM oferece maior clareza, fidelidade de áudio aprimorada e menor interferência, permitindo que você desfrute de uma experiência ainda melhor com programas de notícias, entrevistas e coberturas com uma qualidade excepcional.

Além disso, a mudança para a 106,1 FM nos permite expandir nosso alcance e oferecer um serviço de maior qualidade para nossa comunidade com nossos programas locais, eventos e informações relevantes para a região em uma plataforma mais moderna e versátil.

Como parte dessa mudança, o Grupo JC de Comunicação está comprometido em preservar a essência do nosso conteúdo e valores já conhecidos. A transição para a 106,1 FM é apenas uma evolução natural para nos mantermos relevantes e proporcionar a você a melhor experiência radiofônica possível.

Sempre empenhados em oferecer o melhor, convidamos todos a sintonizar conosco na nova frequência 106,1 FM. Prepare-se para se surpreender com a qualidade de som aprimorada, maior alcance e a mesma dedicação em trazer a você o melhor conteúdo informativo que o Grupo JC tem a oferecer.
A partir de agora, a JP News Rio Claro está mais vibrante, moderna e conectada com a comunidade. Acompanhe-nos nessa nova jornada na frequência 106,1 FM na sua nova Jovem Pan News Rio Claro.

Comerciantes da área central de RC questionam onda de furtos e cobram por mais segurança

Eunice Camargo é proprietária de uma loja há seis anos na Rua 5 entre as avenidas 4 e 6, área central de Rio Claro. Nesse tempo ela conta que o comércio foi alvo de criminosos por cinco vezes, sendo que nessa última semana ela recebeu a ‘visita indesejada’ por duas vezes: “A loja teve os vidros estourados e roupas, perfumes e dinheiro saqueados. O prejuízo total foi de 6 mil reais com vidros e grades, e 15 mil em mercadorias”, relata a vítima.

Eunice conta também que depois destas duas ações chegou a dormir no comércio com o marido e que os criminosos tentaram abrir a porta de aço com uma barra de ferro, mas como viram a movimentação dos proprietários, fugiram: “O sentimento é de falta de proteção, revolta porque trabalhamos arduamente para termos tudo levado em minutos. Eu acredito que deveria haver mais viaturas e policiais nas ruas, é difícil ver passando aqui pela loja”.

O caso da comerciante se assemelha aos outros na área central. Ações criminosas têm acontecido com frequência.

Procurado, o comando do 37º BPM/I informou que o problema chegou ao seu conhecimento e agradece as pessoas que registraram os incidentes, pois é muito importante o registro das ocorrências, para que haja o mapeamento da criminalidade e direcionamento do policiamento. A nota ainda diz: “Com intuito de prevenir mais incidentes informamos que ampliamos nossas ações ostensivas na região com o emprego de viaturas ostensivas 4 rodas bem como o apoio de viaturas 2 rodas. Também foi criado um grupo de Vizinhança Solidária na área comercial que facilitará a comunicação entre os comerciantes atuando na identificação de indivíduos com imagens e dados que chegarão com maior agilidade ao nosso conhecimento. Além disso, seria interessante que os comerciantes que puderem instalem equipamentos de segurança, isto é um fator que além de atuar preventivamente ajuda na identificação de pessoas suspeitas. E é muito importante que os comerciantes orientem seus funcionários para ficarem atentos às movimentações estranhas e, se notarem a presença de pessoas em atitudes suspeitas, ligarem para o telefone 190 da Polícia Militar e, em caso de denúncias, o 181 Disque-Denúncia”.

Maio Amarelo: 47% dos atropelamentos nas rodovias concedidas são próximos às passarelas

Levantamento feito pela ARTESP – Agência de Transporte do Estado de São Paulo aponta que 47% dos 694 atropelamentos que ocorreram nos 11,1 mil quilômetros de rodovias sob concessão em 2022 aconteceram a 600 metros ou menos de passarelas. Diante destes números, o movimento Maio Amarelo, por meio de ações como Café na Passarela e Pedestre na Via, organizados pelas concessionárias que administram a malha concedida, reforça a importância da utilização deste equipamento para fazer a travessia segura.

“A velocidade nas rodovias é alta e à noite, principalmente, há dificuldade em enxergar o pedestre que eventualmente esteja na pista, e o risco de ocorrer um atropelamento é muito grande. Por isso, a recomendação é usar a passarela para garantir a sua segurança”, alerta Milton Persoli, diretor geral da ARTESP.

A implantação de passarelas faz parte das obrigações dos contratos do Programa de Concessões Rodoviárias do Estado. Atualmente, as rodovias concedidas possuem 403 passarelas, número 60% maior que em 2022 (quando eram 238). Para a instalação dos equipamentos são feitos estudos que identificam as áreas de maior fluxo de pedestres, especialmente próximo a áreas urbanizadas adjacentes às rodovias.

Além disso, a estrutura do equipamento também obedece a especificações técnicas para atender às necessidades dos pedestres e também dos ciclistas, como largura e nível de inclinação dentro das diretrizes estipuladas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABTN).  Vale lembrar que motos não podem utilizar as passarelas; algumas delas contam, inclusive, com trava-motos, acessórios que impedem que motociclistas utilizem essa travessia.   Entretanto, além da implantação do equipamento, é essencial que a população esteja consciente da necessidade de sua utilização.

Confira algumas orientações para fazer a travessia segura:

• Evite atravessar as rodovias pelas faixas de rolamento, especialmente em vias duplicadas. Prefira usar preferencialmente as passarelas ou travessias sinalizadas;

• Em trechos rodoviários com características urbanas, utilize as passagens nas pontes e viadutos destinados exclusivamente a pedestres e ciclistas;

• Ciclistas devem descer da bicicleta e empurrá-la, não é permitido fazer a travessia pedalando;   • Embarque e desembarque dos ônibus nos pontos de parada regulamentados e só atravesse a rodovia após a saída do veículo;

• Motocicletas não podem utilizar as passarelas e devem fazer a travessia apenas nos retornos permitidos.

• Caminhar próximo às rodovias é perigoso. É mais seguro andar atrás de defensas metálicas ou barreiras de concreto, quando possível, e sempre no sentido oposto aos veículos para ser visto mais facilmente.

Jornal Cidade RC
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.