Brasil tem 1.248 casos suspeitos de microcefalia registrados em 311 municípios

Agência Brasil

O Ministério da Saúde anunciou nesta segunda (30) que investiga seis casos de mortes de crianças com microcefalia, supostamente relacionadas ao vírus zika. No sábado (28), o ministério confirmou a relação entre o vírus e casos de microcefalia, que aumentaram significativamente no país. Exames feitos em um bebê nascido no Ceará com microcefalia e outras malformações congênitas revelaram a presença do vírus em amostras de sangue e tecidos.

De acordo com o diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, o país tem 1.248 casos suspeitos de microcefalia notificados, em 311 municípios. O estado de Pernambuco registra o maior número de casos (646), sendo o primeiro a identificar o aumento de diagnóstico de microcefalia na região. Em seguida, estão os estados da Paraíba (248), Rio Grande do Norte (79), Sergipe (77), Alagoas (59), Bahia (37), Piauí (36), Ceará (25), Rio de Janeiro (13), Tocantis (12), Maranhão (12), Goiás (2), Mato Grosso do Sul (1) e Distrito Federal (1).

Maierovitch destacou a importância da participação da sociedade no combate ao mosquito Aedes aegypti, que transmite além da dengue, o vírus Zika e a chikungunya. “Teremos que ter uma intensificação muito grande no combate ao mosquito e com um chamamento mais intenso da sociedade pois a ela compete as ações mais intensivas. Os prefeitos devem intensificar a limpeza urbana. Estamos em uma emergência de saúde pública”, disse Cláudio Maierovitch. Ele também informou que o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão garantiu que os recursos emergenciais serão priorizados, para combater o mosquito.

Para o diretor, não existe mágica para acabar com o mosquito vetor. “Infelizmente, conviveremos com esse problema por mais algum tempo”, disse. Para ele, a confirmação da relação entre o vírus e a microcefalia mostram que as medidas de prevenção devem ser reforçadas. O diretor lembrou que as marcas de repelentes de inseto disponíveis no Brasil e aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) podem ser usados pelas gestantes.

“Força, fé e gratidão”, diz professora que enfrenta câncer

Lucas Calore

A professora Zuleica Aparecida Freitas Cegagno
A professora Zuleica Aparecida Freitas Cegagno

A série de reportagens sobre leitores que tiveram que enfrentar a difícil luta contra o câncer termina de uma forma diferente. Foram diversos relatos de pessoas que venceram a doença, mas dessa vez o JC traz a história da professora Zuleica Aparecida Freitas Cegagno, de 43 anos. Ela, que é casada e tem três filhos, atua na área de educação da rede municipal de Santa Gertrudes. O sorriso estampado constantemente em seu rosto esconde uma realidade que existe em sua vida desde abril.

Naquele mês, Zuleica se consultou com um médico, pois estava sentindo uma dor que afetava seu dia a dia. A dor vinha de um caroço em uma das mamas e se estendia para o braço. Apesar de não ter nenhum caso de câncer de mama na família, a suspeita que poderia ser diagnosticada com a doença existia. Alguns dias depois, retornou ao consultório para saber o resultado dos exames. “Estava ansiosa, nervosa, com medo, porém com a esperança de que não fosse nada de mais grave. Lembro-me dos minutos de tortura que antecederam a entrada na sala, (Roger) meu marido, que por sinal esteve sempre comigo, pode falar o quanto minhas mãos suavam e da força que elas exerciam sobre as dele, num pedido de socorro”, detalha.

O resultado foi confirmado e não foi dos melhores, Zuleica estava realmente com câncer. Como o diagnóstico foi precoce, optou por fazer a cirurgia o quanto antes. O procedimento foi realizado em junho e foi um sucesso, sem metástase e com a mama preservada. “Tínhamos a esperança de que não precisasse fazer a quimioterapia, mas dias depois chegou o resultado da análise do tumor retirado, e não só seria necessário, como o único tratamento que traria um resultado mais efetivo para a cura. Criamos coragem e juntos partimos pra luta”, conta a professora.

Zuleica, com toda força que uma mãe tem, não temeu retirar a mama caso precisasse, nem perder os cabelos. “O meu desejo sempre foi ficar bem”, diz. Ela preferiu continuar trabalhando e estudando, e está para finalizar sua segunda pós-graduação. Em alguns dias ela fica afastada dessa rotina após o processo de ‘químio’, às vezes por conta das dores. Quando fica desanimada, logo trata de se animar e enfrentar o dia. “O câncer mexe muito com o psicológico e, se deixarmos, ele nos leva para o fundo do poço, temos que acreditar na nossa força e principalmente em Deus. O trabalho tem me ajudado, sempre que volto sou recebida com alegria e apoio de todos da escola. Meus alunos me recebem com abraços, beijos, são muito carinhosos, vêm com receitas para o cabelo crescer forte, querem saber se meu cabelo está crescendo, quando vou ficar boa. Não me arrependi por ter compartilhado com eles este meu momento”, relata.

A professora já terminou as químios vermelhas e iniciou as brancas na semana passada, e dessa vez está sendo mais difícil. Em breve deverá fazer, também, a radioterapia. Seu cabelo caiu entre a segunda e terceira sessão da químio vermelha, há alguns meses. Apesar disso, ela conta que “tirou de letra”. “Ganhei vários lenços, comprei alguns, acho um charme e, sinceramente, a parte que me faz bem é quando alguém elogia as amarrações, ou fala que nem parece que estou em tratamento. Quando estou bem, vou trabalhar, faço caminhada, ando de bicicleta, sempre respeitando os meus limites e com orientação médica, tomo muita água e cuido mais da alimentação. A acupuntura tem ajudado muito”, diz.

Ela revelou que seus cabelos estão começando a crescer novamente – “Que alegria!”. “Minhas unhas que estavam escuras começaram a dar sinal de vida novamente. VIDA que corre dentro de mim”, orgulha-se. Zuleica avalia que a família e os amigos são de fundamental importância neste momento e fazem muita diferença no tratamento com palavras de conforto. “Cuidam e se preocupam com a gente como nunca, fazem tudo para que fiquemos bem”, conta.

“Agradeço ao meu médico, Dr. Ibrahim Buttros, sua equipe e sua esposa Marina por serem tão humanos e atenciosos, aos profissionais da oncologia da Santa Casa de Rio Claro, à Rede de Combate ao Câncer Carmem Prudente e a todas as pessoas que em algum momento passaram ou irão passar por minha vida ajudando na superação desta fase. Resumindo, só tenho a agradecer a Deus por ter me dado uma chance de lutar, mudar a minha vida e dos que estão ao meu redor. Força, fé e gratidão… Sempre!”, finaliza.

HIV/Aids: incidência de casos é maior entre a população jovem em Rio Claro

Ednéia Silva

A incidência de Aids no município de Rio Claro é maior entre a população jovem na faixa etária de 19 a 30 anos, segundo levantamento feito pelo Sepa (Serviço Especializado em Prevenção e Assistência para DST/AIDS/Hepatites Virais SAE/CTA). De acordo com o serviço, a cidade registrada 60 novos casos da doença por ano.

A coordenadora do Programa Municipal de DST/Aids, Neide Heloisa Outeiro Pinto, acredita que tal fato aconteça porque os jovens não vivenciaram os problemas causados pela epidemia de Aids nas décadas de 1980 e 1990. Além disso, o fato de existir tratamento para a doença pode ter interferido na prevenção.

“Como há oferta de tratamento, a população negligencia a prevenção. No início da epidemia muitos faleciam por não existir o tratamento. Hoje, com o tratamento, os óbitos não fazem parte da realidade”, comenta a coordenadora. No entanto, ela ressalta, que as mortes ainda acontecem, geralmente devido ao diagnóstico tardio ou abandono do tratamento. “Ao iniciar o uso da medicação, esta acontecerá para sempre e não pode ser interrompida ao longo do tratamento”, comenta.

Os dados nacionais apontam que nos últimos anos a incidência maior de Aids é entre jovens e idosos. Neide informa que Rio Claro tem registrados casos da doença entre a população idosa, porém com diagnóstico tardio, ou seja, a contaminação aconteceu há anos mas foi descoberta somente agora. Atualmente, o Sepa acompanha 1.600 pessoas em tratamento contra HIV/Aids no município. Desses, 410 fazem uso de medicamentos e o restante (1.190) apenas monitora a infecção por meio de exames. Neide destaca que o tratamento é feito gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

Unidades de saúde fazem testes rápidos para Aids (Foto Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Unidades de saúde fazem testes rápidos para Aids (Foto Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A coordenadora esclarece que todas as unidades de saúde (UBS, PSF, UPA, PA do Cervezão, Cead, Caps III e Sepa) oferecem teste rápido para diagnóstico precoce do HIV/Aids durante todo o ano. “Esta estratégia tem por finalidade facilitar o acesso da população ao diagnóstico o mais rápido e recente possível. O ideal é que toda pessoa que acredite ter se exposto a situação de risco procure uma das unidades e solicite a realização do teste”, orienta. A realização do teste não precisa de encaminhamento ou solicitação do médico. “Os profissionais habilitados podem avaliar a situação e realizar o teste rápido”, observa.

Neide destaca ainda que as unidades de saúde também fornecem gratuitamente preservativos femininos e masculinos para a população. “Os preservativos ficam à disposição em locais de fácil acesso sem que se faça necessária a identificação ou restrição para o acesso”, declara.

Fora isso, diz Neide, o Sepa/CTA é responsável por realizar as campanhas extramuros em locais de maior vulnerabilidade. Isso inclui as campanhas realizadas nas empresas, boates e locais com grande concentração de público, para incentivar e facilitar o acesso aos exames.

Neide finaliza dizendo que o HIV e a Aids são patologias de fácil prevenção, entretanto a população negligencia esse fato preferindo se expor ao risco para posteriormente procurar ajuda. “É preciso lembrar que a Aids ainda mata e que as pessoas devem ser conscientes de seus atos não colocando em risco a sua vida e a do outro. O diagnóstico precoce tem por finalidade colaborar na qualidade de vida das pessoas”, conclui.

1º DE DEZEMBRO

Nesse dia é comemorado o Dia Mundial de Luta contra a Aids. Em Rio Claro, o Sepa, por meio do CTA Itinerante, irá realizar testes rápidos no Jardim Público e no AME (Ambulatório Médico de Especialidades), das 8 às 11 horas.

Show com Marco Schultz acontece na quarta (2)

Lucas Calore

Rio Claro recebe pela primeira vez, na próxima quarta-feira (2), o cantor Marco Schultz, reconhecido como um dos principais nomes da tradição da yoga no Brasil. Acompanhado por músicos, Marco Schultz apresentará seu novo trabalho, chamado “Simplesmente Satsang”, com cantos sagrados de várias tradições, por momentos de meditação, contemplação e breves ensinamentos.

O show beneficente é uma realização da associação das professoras de yoga do município e todo lucro será revertido para o Clube das Mães – Maria Rainha do Lar da Igreja do Bom Jesus. A apresentação acontecerá às 20h no Buffet Pinhatt, localizado na Rua 1-B, 356, Cidade Nova. Para participar não é necessário ter experiência prática ou conhecimento de yoga, meditação ou mantras. A organização sugere que os interessados levem uma almofada para se sentar.

Show especial traz um dos principais nomes da tradição da yoga no Brasil a Rio Claro (Foto: reprodução)
Show especial traz um dos principais nomes da tradição da yoga no Brasil a Rio Claro (Foto: reprodução)

MARCO SCHULTZ

Marco Schultz é formado em Educação Física, Ciência do Exercício e Letras pela California State University (San Diego) e especializou-se em atividades de integração corpo e mente. Começou a trabalhar com Yoga e Meditação em 1991 na Espanha e nos Estados Unidos, país em que viveu por dez anos. Há mais de quinze anos lidera grupos de estudos em viagens a importantes centros de peregrinação pelo mundo.

ADESÕES

Os ingressos podem ser adquiridos pelo valor de R$ 30,00 cada. Mais informações nos telefones 3523-3025, 9-9611-8985, 3524-3118 e 9-9459-0699.

Rede de serviços oferece ajuda na luta contra a dependência química

Adriel Arvolea

A luta contra as drogas não envolve somente o usuário. A inclusão da família no tratamento é um ponto fundamental para a eficácia da recuperação. Seja a portadores de transtornos psiquiátricos ou dependentes químicos, esse apoio somado ao acesso a serviços públicos são uma dinâmica para a busca de resultados.

Rio Claro, por exemplo, estruturou uma rede de serviços de saúde mental/atenção psicossocial baseada na lógica antimanicomial e que valoriza o cuidado no território e com apoio e participação familiar. Os serviços de atenção psicossocial fora de unidade hospitalar destinados ao atendimento de pessoas com problemas de saúde mental são chamados de CAPS – Centro de Atenção Psicossocial.

De acordo com a Fundação Municipal de Saúde, no serviço é realizado atendimento individualizado e personalizado para cada usuário, ou seja, estabelece-se o projeto terapêutico singular. “Os CAPS, conforme a sua modalidade, são compostos por equipes multidisciplinares com assistentes sociais, psicólogos, terapeutas ocupacionais, enfermeiras, médicos psiquiatras e clínicos gerais, técnicos de enfermagem e outros profissionais de apoio administrativo”, explica.

Na rede local, há todas as modalidades do serviço, que são: CAPS III, CAPS AD II e CAPS I. Com relação às drogas lícitas e ilícitas, o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas – CAPS AD “Luzan Yara Pereira” caracteriza-se pela atenção às pessoas com problemas relacionados ao uso abusivo de álcool e outras drogas, com idade superior a 18 anos, prestando atendimento em regime de atenção diária, promovendo ações de reabilitação psicossocial.

Atento aos menores, o Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil – CAPS I- é um serviço da rede de atenção psicossocial especializada que atende somente crianças e adolescentes do município de Rio Claro, de 3-18 anos incompletos, que apresentem transtornos severos/persistentes, e uso abusivo de álcool e outras drogas.

Tanto a família quanto a rede de serviços são fundamentais para a luta contra as drogas
Tanto a família quanto a rede de serviços são fundamentais para a luta contra as drogas

Como funciona?

O atendimento no CAPS é realizado durante o dia e o usuário do serviço retorna para casa ao final da tarde, mantendo seus laços familiares e vínculos sociais, reduzindo, desta maneira, a necessidade de recorrentes internações hospitalares. Também há a possibilidade de contenção das crises agudas psiquiátricas nos leitos dos próprios CAPS da modalidade III, sem a necessidade de encaminhamento.

“Em todos os CAPS do município são realizados os ‘acolhimentos’ diariamente, sem necessidade de agendamento prévio, ou seja, a ‘porta de entrada’ da saúde mental deve ser diretamente no serviço. Lá na unidade, um profissional avalia o caso e discute com a equipe se o mesmo poderá ser incluído no serviço do CAPS ou se será encaminhado para outros serviços da rede”, informa a Fundação.

O objetivo é a reabilitação psicossocial das pessoas que dele necessitam, ou seja, propiciar que os pacientes sejam capazes de se manter autônomos e com o maior nível de independência possível no contexto da família e da comunidade, com oportunidade de moradia, convívio, trabalho e lazer. A manutenção dos laços sociais e muitas vezes a reestruturação desses laços é um grande desafio e ultrapassa a área de atuação da saúde, envolvendo outras áreas.

Serviços

CAPS AD – Avenida 2, 522, entre as ruas 6 e 7, Centro. Telefone: 3525-7204

CAPS I– Rua 11, 1.945, esquina Avenida 18, Santa Cruz. Telefone: 3523-3754

As unidades funcionam de segunda a sexta-feira, no horário comercial.

JC Verde Vida: bem cuidada, praça agrada a gertrudenses

Laura Tesseti

Uma praça localizada na região central de Santa Gertrudes é ponto de encontro de muitas famílias durante os fins de tarde no município. Situada entre a Remolo Tonon e a Avenida 4, com a Rua 5, o local é muito bem cuidado pela administração pública e também recebe o zelo dos moradores da região e usuários do local.

Comércios e residências rodeiam a praça, que é bastante arborizada, possui bancos novos e canteiros muito bem cuidados, com a grama sempre aparada, além de iluminação condizente com a necessidade do local.

Espaço recebe diversos públicos durante o dia e, no final da tarde, crianças e famílias costumam aproveitar
Espaço recebe diversos públicos durante o dia e, no final da tarde, crianças e famílias costumam aproveitar

Para os moradores da região, as condições para usufruir são ótimas. “Gosto muito de passar pela praça, é um espaço agradável, na parte da tarde muitas crianças brincam por aqui, andam de bicicleta, os pais e avós aproveitam para conversar, desfrutamos do espaço muito bem, aproveitamos pois é uma praça muito gostosa de ficar algum tempo”, fala uma moradora.

Para os comerciantes, as boas condições também são vantajosas. “Com árvores bem cortadas, tudo limpo, podemos ficar mais tranquilos com nosso comércio, sabemos que não irão aparecer bichos e insetos devido à grama alta, como acontece em alguns lugares, a manutenção é feita sempre por aqui”, conta o proprietário de um comércio na região.

Diferentemente de outras praças da cidade, diversos cactus completam o visual dos canteiros. Alguns bancos encontram-se depredados, com pichações, mas, segundo alguns moradores, infelizmente algumas pessoas não sabem a forma mais correta de aproveitar espaços públicos e acabam por destruir o que é de toda população, mas em suma todos curtem e aproveitam ao máximo tudo o que essa área verde dentro de Santa Gertrudes proporciona.

Delegados federais de Rio Claro ratificam ações de combate à corrupção na política

Antonio Archangelo

O Jornal Cidade conversou essa semana com dois delegados da Polícia Federal que vivem no município. Confira a entrevista:

Júlio Monfardini e Henrique Guimarães conversam com o jornalista durante entrevista especial feita ao Grupo JC
Júlio Monfardini e Henrique Guimarães conversam com o jornalista durante entrevista especial feita ao Grupo JC

JC – Rio Claro, qual a relação com a cidade?

Henrique – Minha família é daqui, meu vô é daqui. Meu avô era primo de Ulysses Guimarães, parente por parte do pai. Minha avó tem nome de escola “Djiliah Camargo de Souza”. Tive o prazer de conhecer Ulysses na Constituinte, estava entrando para a faculdade. Era uma pessoa muito lúcida.

Júlio – Vim para cá porque a família da minha mulher é de Rio Claro. Tomei a decisão: vamos para São Paulo ou para Rio Claro? Tomei a feliz decisão de vir para cá.

JC – Como veem o município?

Júlio – Eu adoro esta cidade, ser rico é você poder comer pão fresco na padaria. E essa cidade te dá isso aqui. Você tem bons restaurantes, bons hospitais, você tem tudo aqui. Foi uma feliz decisão. Eu só tenho elogios.

Henrique – Você se sente bem na cidade, sempre fui criado aqui. Fiz um vínculo de amigos e conhecidos. Já morei em outras cidades, mas meu objetivo era sempre voltar. Meu filho estuda na mesma escola onde meu pai estudou, onde minha mulher estudou e onde estudei. Então a cidade permite este vínculo.

Júlio – A cidade tem os seus problemas, mas se você for pra Santa Gertrudes você também terá. Mas ainda está num padrão aceitável de qualidade de vida.

JC – Em cima desta constatação sua, lembro que a Opinião Pública vive se queixando da violência em Rio Claro. Como encaram esta concepção?

Henrique – Como fui criado aqui, lembro-me que com 10 anos eu poderia ficar na rua. Quem viveu em Rio Claro dez anos atrás vai se achar inseguro. Mas quem convive com outros municípios, você vê que não está tão ruim.

Júlio – Esta visão macro permite ver assim. Uma coisa que faz parte é a globalização da notícia. Isso aumenta inclusive a sensação ou não de segurança. Que aumentou , aumentou, mas proporcionalmente a cidade tem índices aceitáveis.

JC – O que precisa melhorar na cidade?

Júlio – No meu bairro não tenho reclamação. Mas é uma visão fechada. Minha rotina é uma reta só. Não tenho essa dimensão.

Henrique – A classe política tem que mudar urgente. O sistema continua o mesmo em Rio Claro. Isso afeta as instituições locais. Percebemos que existem muitas coisas a melhorar, minha esposa dá aula numa escola municipal. Uma política educacional complicada. As mesmas carinhas de sempre, precisa haver uma renovação.

JC – Já que tocaram no tema “política”, qual a análise que fazem de Rio Claro?

Henrique – Quando falo da necessidade de renovação, uso como exemplo disso a votação do Calixto, que acredito que foi um voto de protesto. O que acontece, o candidato do Bonsucesso é fulano, o das Palmeiras é o ciclano, então esse lance de curral eleitoral é muito forte.

Júlio – Vou votar pela primeira vez em Rio Claro no ano que vem. Mas pelo que sei, na última eleição, não tinha opção. Tinha o que foi reeleito, e um senhor. Não teve concorrência, isso eu sei. Na eleição passada trabalhei, fizemos até alguns flagrantes. Normalmente eu consulto meu sogro. Nascido aqui, antigo daqui, é aposentado do Banespa, com certeza vou me basear nele.

JC – E com a análise da política nacional?

Henrique – As notícias falam por si mesmas. Nunca se roubou tanto neste país. Quem leu sobre a Intentona Comunista, você vê que existem fases para se manter o poder. E estamos na próxima fase: desacreditar nas instituições. E algumas destas instituições estão se mantendo. O STF deu essa prisão do Delcídio mais para resguardar a instituição. Se elas forem desacreditadas, é um caminho sem volta.

Júlio – Uma coisa legal é que existe esperança sim. Olha o trabalho da Polícia Federal, do Ministério Público e dos Judiciais que estão fazendo. A polícia está fazendo sua parte. Segue-se uma doutrina que sempre foi utilizada para prender pessoas poderosas com o recrutamento de pessoas de várias unidades. Essa oxigenação minimiza o descrédito, melhora a qualidade e dificulta os acordos. Na Lava-Jato tem gente do país inteiro.

JC – Existe um controle governamental da Polícia Federal?

Júlio – Eu nunca sofri uma vírgula.

Henrique – Nem eu. Penso que a classe está pleiteando muita coisa: autonomia financeira, o direito de eleger o diretor-geral por votos dos integrantes, como o Ministério Público fez. Foi assim que o MP se fortaleceu tendo essa autonomia. A PF tinha que ter essa autonomia, para que o diretor não seja nomeado pelo ministro da Justiça. Quem vai decidir o futuro da instituição são os políticos.

JC – E essa sensação de impunidade? É comum os presos chorarem durante as operações?

Henrique – Será que se não houvesse os ministros citados no áudio do Delcídio haveria sido determinada a prisão dele? Fizeram isso para se preservar ou porque era um caso grave? Eu quero acreditar que é pelo fato ser grave. Estamos em outros tempos, as garantias que colocaram na Constituição para manter o regime democrático deveriam ser revistas. A legislação não ajuda. Estamos num outro patamar, temos que evoluir na questão legislativa. Sobre os presos, é comum.

Júlio – Neste sentido que entra nosso trabalho, nossa técnica. Para você revelar a verdade. Às vezes ele vem com uma história. A polícia federal trabalha basicamente com inteligência. Quando vem a prisão, já existe um conjunto probatório construído. Sobre a necessidade de atualização da legislação para eliminar a impunidade, vou dar um exemplo, aqui o direito de silêncio dá a possibilidade da pessoa mentir. O que não acontece em países de primeiro mundo.

JC – Nesta situação de descrédito das instituições, muitas pessoas estão pedindo a volta da ditadura. O que pensam?

Júlio – Um absurdo. Essa parte da sociedade vislumbro como um outro extremo ideológico. Em hipótese nenhuma podemos querer a volta do militarismo. Precisamos reforçar as instituições. Garantir liberdade de imprensa, ter uma polícia forte, ter uma receita forte, um Judiciário forte. Por exemplo, se um juiz for pego estuprando, ele vai ser aposentado com rendimentos integrais, isso é um absurdo e acaba gerando este sentimento de volta à Ditadura, o que é inconcebível.

Henrique – Precisamos acabar com as prerrogativas políticas. Tem que ser mudado. Mas considero um absurdo cogitar a volta da Ditadura, nem mesmo eles querem. O militarismo não resolverá nada.

Atleta de Rio Claro é cotada para as Olimpíadas 2016

Divulgação

O próximo ano será de marcantes eventos para os atletas brasileiros com a realização dos Jogos Olímpicos. Por contar com atletas de todas as partes do mundo, estar entre os finalistas para participar das Olimpíadas no Rio de Janeiro já propõe a sensação de vitória aos esportistas.

Em Rio Claro, a aluna do sexto semestre do curso de educação física da ASSER, Talita Fernandes Djalma, de 27 anos, tem ótimas chances de representar o Brasil no taekwondo. A paixão e a prática pelo esporte começaram há pouco mais de 15 anos, depois de Talita assistir a uma disputa em que a amiga participou.

Natural de São Paulo, Talita vive há sete anos em Rio Claro e faz parte da equipe Carmen Carolina Pro Team de Taekwondo
Natural de São Paulo, Talita vive há sete anos em Rio Claro e faz parte da equipe Carmen Carolina Pro Team de Taekwondo

A arte marcial é de origem coreana e chegou a São Paulo nos anos 70, no entanto foi a partir dos anos 2000 que as modalidades de tal esporte seriam integradas aos Jogos Olímpicos. E, para Talita, conhecer a filosofia do esporte, combinado com a prática, são motivos do encanto de tantos anos.

A esportista, natural de São Paulo, vive há sete anos em Rio Claro e faz parte da equipe Carmen Carolina Pro Team de Taekwondo, formada por 16 atletas e dois técnicos, Márcio Miyashiro e Carmen Carolina Pigozzi, também formada no curso de educação física da instituição.

Também faz parte das Forças Armadas, sendo a terceiro-sargento da Aeronáutica. Desde criança, tinha dois sonhos, os quais ela diz já estar vivendo: ser campeã mundial e militar. “O curso de educação física me ajudou a criar o amadurecimento necessário para tomadas de decisão, além da percepção corporal que adquiri. Tenho uma visão muito mais ampla”, diz a atleta.

Com simpatia e simplicidade, a lutadora ainda dá um conselho para quem está começando um grande sonho. “Independentemente da dificuldade, nunca desista do seu sonho. Amanhã, será nele que você vai lembrar”, finaliza.

SUL-AMERICANO

No dia 20 de novembro, representando a Seleção Brasileira no Campeonato Sul-americano, na cidade de Lima, no Peru, Talita Djalma conquistou o primeiro lugar na categoria até 57 quilos. A atleta é uma das finalistas da seletiva que irá decidir a equipe Olímpica nos jogos do Rio 2016.

Polícia Rodoviária registra acidente com vítima fatal na vicinal que liga Rio Claro a Santa Gertrudes

Antonio Archangelo

SP-316

A Polícia Rodoviária registrou neste sábado (28), ocorrência de acidente de trânsito com vítima fatal na Estrada Vicinal  Constantine Peruchi (SP-316). De acordo com as primeiras informações,  o acidente ocorreu por volta das 20h20. A Polícia Rodoviária ainda apura a qualificação da vítima.

ATUALIZAÇÃO 01h10

A Polícia Rodoviária informou por volta de 01h que não poderia passar a identificação da vítima.

A Polícia Civil informou ao JC que “ainda não possuía no momento” a qualificação.

ATUALIZAÇÃO 01H50

A Polícia Civil confirmou que a vítima fatal é o morador de Santa Gertrudes Luciano Viturino da Silva, 38 anos. Ele conduzia uma motocicleta quando foi atingido por um automóvel.

DUPLICAÇÃO

Cabe lembrar que a SP-316 é objeto de obra de duplicação custeada com dinheiro do Banco Interamericano de Desenvolvimento após empréstimo angariado pelo Governo Paulista.

Dados do DER apontam que mais de 5.700 veículos trafegam no trecho que liga Rio Claro a Santa Gertrudes. Muitos acidentes já aconteceram nessa rodovia e vidas foram ceifadas, então essa é uma reivindicação antiga para garantir mais segurança a quem trafega pelo local.

No trecho de Rio Claro a Santa Gertrudes, cerca de cinco quilômetros serão duplicados e também receberão uma ciclovia.

Segundo informações do deputado Aldo Demarchi, os R$ 52,6 milhões destinados às obras representam o maior investimento em infraestrutura de transportes na região nos últimos anos. As obras começaram pela cidade de Cordeirópolis e já caminham sentido Santa Gertrudes.

Papai Noel chega em Santa neste domingo

Laura Tesseti

Papai Noel chega em Santa Gertrudes
Papai Noel chega em Santa Gertrudes

A chegada do Papai Noel na cidade de Santa Gertrudes acontece neste domingo (29), a partir das 15 horas no Paço Municipal, localizado na Rua 1-A, 332, no Centro.  Segundo informações divulgadas pela Prefeitura Municipal, o Bom Velhinho estará até as 17 horas recebendo as crianças, jovens e adultos que quiserem conversar, fazer pedidos e tirar fotos ao lado de um dos símbolos do Natal.

A chegada de Noel está previsa para acontecer de helicóptero, assim como no ano anterior e, ao que tudo indica, animará a tarde de domingo de Santa Gertrudes. Além daquele abraço carinhoso e das tradicionais fotos, Papai Noel ainda distribuirá muitas balas aos presentes. Caso sua cartinha já esteja escrita, é só levar, pois o Bom Velhinho estará no local recebendo-as com muito carinho.

Jogos Olímpicos são tema para JC Magazine

Laura Tesseti

Filipe Fuzaro é um dos atletas que conversaram com a JC Magazine sobre a expectativa de carregar a Tocha Olímpica em RC
Filipe Fuzaro é um dos atletas que conversaram com a JC Magazine sobre a expectativa de carregar a Tocha Olímpica em RC

Mais uma edição da tão esperada JC Magazine será lançada. A 24ª revista está recheada de novidades e trará o que acontece de melhor em Rio Claro e região. Abordando assuntos de grande repercussão, a JC conversou com importantes personagens do esporte rio-clarense que marcarão presença nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016.

Além da expectativa das competições, o repórter Antonio Archangelo tratou sobre a passagem da tocha olímpica por Rio Claro e conversou com o secretário de Esportes do município, que deu detalhes sobre o acontecimento.

VOLUNTARIADO

A reportagem que trata das olimpíadas também trará uma voluntária que passou pelo processo seletivo e trabalhará nos jogos. Archangelo também conseguiu contato com o Comitê Olímpico e Paralímpico Brasileiro, que falou sobre o revezamento da tocha olímpica. Sobre as chances da cidade nos Jogos Olímpicos, a reportagem fala com os profissionais em relação ao trabalho de preparação e também sobre a expectativa para as provas no ano que vem.

LANÇAMENTO

A festa de lançamento da 24ª JC Magazine acontece no próximo dia 9, no salão de festas do Floridiana Tênis Clube. Para que tudo de melhor aconteça durante a festa, a cerimonialista Fatima Moreno está cuidando de todos os detalhes. Com toda pompa e circunstância que a ocasião pede, as mulheres deverão comparecer de longo e os homens de terno e gravata. A Sensei Sushi marcará presença também durante o evento, servindo suas delícias, assim como o Chopp Brahma, que é parceiro da revista.

A equipe da Central Cocktail irá preparar seus deliciosos drinks aos convidados e a Perfil Segurança garantirá uma excelente festa a todos. As bandas Neon e Brega e Chique comandarão animados shows na noite do próximo dia 9 de dezembro, com sucessos de todas as épocas que farão, com certeza, todos caírem na pista sem hora para acabar.

JC avalia o sinal das operadores de celular em RC

Antonio Archangelo

Utilizar a telefonia móvel, nos últimos anos, virou sinônimo de reclamação para rio-clarenses nos quatro pontos da cidade. As queixas vão desde sinal inexistente, inconstante, e queda de ligações envolvendo as quatro operadores da telefonia móvel: Vivo, Claro, Oi e Tim. Na primeira semana de novembro, o JC catalogou, em um mapa interativo, todas as reclamações registradas pelos internautas na fanpage do Jornal Cidade e enviou os dados para cada uma das operadoras. Confira a justificativa:

VIVO: A Telefônica Vivo informa que alguns clientes da empresa em Rio Claro, estão encontrando dificuldades na utilização da telefonia e internet móvel 2G e 3G devido à falha em um dos equipamentos que atendem à região. Equipe técnica está trabalhando para normalizar a situação dentro do menor prazo possível. A empresa mantém a Central de Atendimento *8486 e 1058 (a partir do telefone fixo) para informações sobre os serviços de telefonia móvel, que funciona 24 horas 7 dias por semana. A empresa reforça o compromisso com a melhoria constante de seus serviços e do atendimento prestados aos clientes. Em 2015, na cidade de Rio Claro, foram ativadas duas novas antenas da tecnologia 3G e realizadas quatorze ampliações. Na tecnologia 4G, disponibilizada exclusivamente pela Telefônica Vivo, foram realizadas duas ativações. Essas medidas visam melhorar a qualidade da rede, principalmente em áreas onde há maior concentração de tráfego.

CLARO: A Claro informa que trabalha constantemente para cumprir todas as metas de cobertura e qualidade exigidas pela Anatel, e investe continuamente em infraestrutura para oferecer a melhor experiência em telefonia móvel. A operadora foi a que mais atendeu às metas de qualidade – acesso e queda das redes de voz e dados, nas avaliações do Plano Nacional de Ação de Melhoria da Prestação do Serviço Móvel Pessoal (2012 a 2014). Além disso, obteve excelente desempenho nas medições de banda larga móvel realizadas entre janeiro e julho/2015; entre as quatro maiores empresas do setor, foi a que mais cumpriu as metas estabelecidas nos dois indicadores avaliados (velocidade média e instantânea) nos estados mensurados.

OI: A Oi informa que cumpre os critérios de cobertura determinados pela Anatel e está comprometida com a evolução da qualidade do atendimento dos serviços de telecomunicações em Rio Claro (SP). A Companhia acrescenta possui 20 sites 2G /3G no município. Os sites são os locais onde ficam as antenas que realizam a transmissão do sinal do telefone celular.

TIM: A TIM esclarece que a cobertura na cidade de Rio Claro atende todos os indicadores da Agência Nacional de Telecomunicações, a Anatel. A operadora informa que no triênio de 2015 a 2017 investirá R$ 14 bilhões no país, grande parte destinado à infraestrutura de redes. As melhorias feitas pela companhia podem ser acompanhadas no site Portas Abertas (www.tim.com.br/portasabertas). Em setembro deste ano, a companhia assumiu a liderança na cobertura 4G no Brasil, em municípios cobertos, atingindo um total de 265 cidades com cobertura de internet móvel de quarta geração no país e projeta ultrapassar a marca de 400 até dezembro.

ANATEL

A Agência Nacional de Telecomunicações cita que determinou às operadoras Claro, Oi, Vivo, Tim, Algar, Nextel e Sercomtel patamares mínimos de qualidade da rede da telefonia móvel para todos os municípios brasileiros, com prioridade para aqueles atendidos por apenas uma empresa. Os Despachos Cautelares de abril de 2015 determinaram que nenhum município poderá ter, na média trimestral, resultados abaixo de 85% para os indicadores de Acesso às Redes* de Voz e de Dados e acima de 5% para os indicadores de Queda** de Voz e de Dados, à partir de:

  • 6 (seis) meses para os municípios atendidos exclusivamente por uma operadora;
  • 9 (nove) meses para os municípios atendidos por duas operadoras;
  • 15 (quinze) meses para todos os demais municípios.
Jornal Cidade RC
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