Monitoramento na Mata Atlântica busca salvar onça-pintada

As onças-pintadas, antas e queixadas da Serra do Mar vão participar de um dos maiores monitoramentos de mamíferos de grande porte já feitos no bioma Mata Atlântica e o primeiro em larga escala realizado na região. O Programa Grandes Mamíferos da Serra do Mar tem o objetivo de gerar dados para subsidiar planos de conservação da anta (Tapirus terrestris), da queixada (Tayassu pecari) e da onça-pintada (Panthera onca).

O projeto será lançado oficialmente no dia 5 de novembro, em evento online nos perfis do Facebook https://www.facebook.com/grandesmamiferosdaserradomar e do Instagram https://www.instagram.com/grandesmamiferosdaserradomar/

O diferencial do programa é o monitoramento em larga escala. São 17 mil quilômetros quadrados (km²) de atuação nos estados de São Paulo e Paraná – uma área equivalente a 11 cidades paulistas –, que integram o território da Grande Reserva da Mata Atlântica, o maior remanescente contínuo de Floresta Atlântica preservada do país.

A implementação de um programa de monitoramento de grandes mamíferos em larga escala é importante para apoiar tomadores de decisão nas ações de proteção e manejo a nível territorial em um dos maiores remanescentes de Mata Atlântica do país e tem o potencial de engajar a sociedade civil nas ações de conservação, por meio de uma estratégia de ação multi-institucional e colaborativa, afirma o responsável técnico do Programa e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN), Roberto Fusco, membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza e pós-doutorando na Universidade Federal do Paraná.

Os resultados esperados desse programa permitirão o acesso em tempo real às informações sobre distribuição de grandes mamíferos para poder identificar processos de recuperação ou declínio populacional ao longo da região; usar fotografias e vídeos obtidos por armadilhas fotográficas para gerar entusiasmo e apoio público; manter uma rede ampla de pessoas e instituições colaborando no monitoramento de grandes mamíferos mediante armadilhas fotográficas e pegadas; facilitar e ampliar a obtenção dos dados de ocorrência das espécies, através da ciência cidadã, com o desenvolvimento de um aplicativo de celular; oferecer recomendações de manejo aos gestores das unidades de conservação (UCs) públicas e privadas da região e auxiliar na realização das ações previstas nos planos nacionais para conservação de mamíferos (PANs) de mamíferos ameaçados de extinção.

O programa é realizado pelo Instituto de Pesquisas Cananéia (IPeC) e Instituto Manacá, com apoio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, WWF-Brasil e dobanco ABN AMRO, e com a parceria da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), Fundação Florestal, do Legado das Águas – Reserva Votorantim, da Fazenda Elguero, do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação da Universidade Federal do Paraná (PPG ECO – UFPR) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Segundo Roberto Fusco, que é responsável técnico pelo programa, ao lado das pesquisadoras Bianca Ingberman e Mariana Landis, a iniciativa surgiu da necessidade de uma agenda integrada para monitoramento e conservação de grandes mamíferos. Isso porque o resultado de 15 anos de pesquisa na região indicou que tais espécies estão mais presentes em locais mais elevados e remotos, deixando muitas áreas de floresta demograficamente vazias de grandes mamíferos, inclusive em unidades de conservação.

“A preocupação com a ausência desses animais é pela viabilidade a longo prazo das espécies, que já estão ameaçadas de extinção. É um sinal de alerta. Grandes mamíferos necessitam de áreas extensas para sobreviver, são extremamente vulneráveis à perda de habitat e à pressão da caça, sendo os primeiros a desaparecer. A proposta, portanto, é oferecer dados robustos e de qualidade que indiquem onde essas espécies estão, se elas estão diminuindo, ou aumentando, e como estão ocupando o território”, explica Fusco.

O monitoramento integrado em larga escala de espécies ameaçadas gera informações para planejamento de conservação e ajuda a criar estratégias mais efetivas para proteção e recuperação das populações desses animais. Além disso, o volume e a qualidade dos dados influenciam diretamente na efetividade das ações, possibilitando uma visão mais ampla e integrada, diz a pesquisadora Bianca Ingberman, doutora em ecologia e conservação pela Universidade Federal do Paraná.

“Para a Grande Reserva Mata Atlântica, uma das regiões mais exuberantes e biodiversas do mundo, o programa visa contribuir de forma significativa com dados e informações para subsidiar o planejamento e estratégias de proteção e recuperação das populações de grandes mamíferos, espécies que são essenciais para o equilíbrio do ecossistema. E, uma vez que a floresta esteja saudável, continuará fornecendo os serviços ecossistêmicos que garantem bem-estar e qualidade de vida à sociedade, principalmente a disponibilidade hídrica e a regulação do clima”, acrescenta Bianca.

O bom manejo e conservação de áreas naturais atrai oportunidades de benefício socioeconômico para a região. “A Serra do Mar tem grande potencial econômico. O turismo de natureza é um exemplo. Pode gerar emprego e renda, valorizando a vocação local e mantendo a floresta em pé. São planos de manejo e de conservação bem fundamentados que catalisam essas oportunidades. Além disso, essas áreas podem receber investimento de empresas para projetos de conservação, uma prática que gera reputação e que tem atraído investidores de todo o mundo. A conservação, embasada na ciência, então, se torna um negócio com benefício mútuo”, destaca Mariana Landis, pesquisadora do Instituto Manacá e doutoranda em ecologia aplicada pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo.

Para o coordenador de Ciência e Conservação da Fundação Grupo Boticário, Robson Capretz, a Grande Reserva Mata Atlântica tem grande potencial para contribuir com o desenvolvimento regional baseado no turismo em áreas naturais e em negócios de impacto positivo ao meio ambiente.

“Informações sobre as espécies que habitam a região e práticas efetivas de conservação são essenciais para embasar atividades turísticas responsáveis e sustentáveis, que também prezem pela proteção da natureza”, diz Capretz. Para ele, outro ponto importante é que a presença em grande densidade dessas três espécies indica ótimo status de conservação dos habitats, já que elas são bem territorialistas e seletivas.”

Frentes de ação

O Programa Grandes Mamíferos da Serra do Mar atua em quatro frentes de ação: monitoramento, com coleta de dados de maneira científica e sistemática; planejamento de conservação, para apoiar os tomadores de decisão nas ações de proteção e manejo; sensibilização, para gerar mais conhecimento e valorização da fauna da Mata Atlântica por toda a sociedade e, por fim, a rede de monitoramento.

Esta frente é uma estratégia de ação multi-institucional e colaborativa com o objetivo de integrar e fortalecer os trabalhos de preservação na área por meio da articulação de diferentes atores (gestores, pesquisadores, população local, praticantes de ecoturismo, montanhistas) dentro de uma agenda comum de monitoramento e conservação de espécies ameaçadas presentes na Grande Reserva Mata Atlântica.

Nos estudos que antecederam a criação do programa, também liderados pelo IPeC, a participação de moradores da região gerou resultados: além de contribuir no mapeamento local de ocorrência das espécies, eles ajudaram os pesquisadores a chegar a áreas montanhosas de difícil acesso. Foi assim que a equipe conseguiu, em 2018, registrar, por meio de armadilhas fotográficas, as primeiras onças-pintadas (um casal) na Serra do Mar paranaense e mais um indivíduo macho no ano seguinte.

“Esse fato mudou o status de ocupação da espécie na região, reafirmando que a Serra do Mar no Paraná – que antes do registro era considerada como não ocupada por esse animal – necessita, sim, de investimento em conservação e mais políticas de proteção para a onça-pintada. Com o programa, em uma área muito maior e com mais parceiros, por meio da rede de monitoramento, estamos confiantes de que teremos resultados tão expressivos quanto esse”, diz Fusco. O auxílio de moradores na coleta de dados faz parte do processo de ciência cidadã, importante para o engajamento da sociedade e para o entendimento de como funciona, de fato, uma pesquisa científica, acrescenta.

População local

A frente de atuação sensibilização é feita por meio das redes sociais e da tecnologia. As imagens obtidas em campo com a tecnologia das armadilhas fotográficas são transformadas em conteúdo com conhecimento sobre a Mata Atlântica e sua diversidade, em uma linguagem acessível e cativante, afirma Fusco. “Há alguns anos, obter imagens de animais livres no habitat, mostrando a sua natureza, o seu comportamento, era praticamente impossível, com custos astronômicos. Hoje, qualquer pessoa com um celular, pode conhecer o ‘cotidiano’ de uma onça-pintada na floresta, por exemplo. Vídeos feitos nas câmeras mostram os animais brincando, comendo, as fêmeas com os seus filhotes, ou seja, realmente livres. Essas imagens, portanto, acabam tendo um poder muito grande de sensibilização, gerando um sentimento de querer proteger aquela floresta onde vive aquele animal que viram no vídeo.”

Adicionalmente, pelas redes sociais, as pessoas poderão acompanhar como é uma unidade de conservação e quais são as atividades e ações ali desenvolvidas. “Pessoas bem engajadas com conhecimento e informação, fazem escolhas melhores e mais conscientes, tendo consequências diretas na conservação da biodiversidade brasileira”, finaliza Fusco. 

Atualmente, a rede de monitoramento conta com cerca de 20 membros, que contribuem com levantamento de dados, equipes e outros recursos. Um dos membros é Caio Pamplona, chefe do Núcleo de Gestão Integrada (NGI) Antonina-Guaraqueçaba, do ICMBio, que reforça a importância da parceria. “É um importante passo na proteção do maior contínuo de Mata Atlântica preservada do país. Para as espécies, é parte de um trabalho decisivo, principalmente para a onça-pintada, visto que a estimativa é de uma população de apenas 250 indivíduos e que, se nada for feito, em 60 anos, podem desaparecer completamente do bioma. Integrar e distribuir esses dados em rede será um grande diferencial para ações coordenadas e efetivas. Estamos felizes em contribuir”, afirma Pamplona.

Mamíferos brasileiros

O Brasil é o país com maior riqueza de mamíferos conhecidos no mundo. São 701 espécies, das quais mais de 10% estão oficialmente ameaçadas de extinção. Desse total, 90 espécies são endêmicas à Mata Atlântica, ou seja, só ocorrem nesse bioma, explica Fusco. 

Mamíferos de grande porte como a onça, o porco-do-mato, a anta, o veado e a capivara, entre outros, sofrem com a perda de habitat e pressão de caça. Os grandes mamíferos herbívoros, como a anta e a queixada, são essenciais para a manutenção da floresta, por serem dispersores e predadores de sementes.Tais espécies são responsáveis pela dispersão de mais de 100 tipos de sementes, por extensão de cerca de 40 quilômetros, diariamente. “Florestas e áreas vazias desses animais podem sofrer com a perda de diversidade vegetal, consequentemente, o afastamento de outros animais que dependem dessas espécies da flora para sobreviver. A longo prazo, não seria exagero dizer que a viabilidade da floresta corre um grande risco”, alerta o pesquisador. 

Já os grandes mamíferos carnívoros, como a onça-pintada, por estarem no topo da pirâmide alimentar, são essenciais no controle e equilíbrio de populações de outros animais que fazem parte da sua dieta, influenciando diretamente em toda dinâmica do ecossistema. “É como um efeito em cascata: na ausência de um predador, a abundância de outras pode aumentar, causando diversos prejuízos, inclusive econômicos, por invasão de espécies animais em agriculturas”, conclui Fusco.

Fonte: Agência Brasil

Ação de flanelinhas em RC será fiscalizada

O feriado de Finados, que acontece nesta segunda (2), tem por tradição atrair muitas pessoas até os cemitérios. Diante desta movimentação que se intensifica, uma prática desponta, ganha visibilidade e até mesmo status de concorrência: a ação de flanelinhas que são os “famosos” guardadores de carros.

Já prevendo tal situação, a PM afirmou que estará atenta a possíveis abusos contra aqueles que forem prestar homenagens aos entes queridos neste feriado.

“Iremos intensificar o patrulhamento em torno dos cemitérios de Rio Claro com a utilização dos programas de Rádio-Patrulha, Força Tática, ROCAM e Dejem. Não se trata de reprimir também, porque entendemos que em uma situação de pandemia, de crise, a pessoa quer ganhar um dinheiro, mas o que não vamos tolerar é que o flanelinha exija esse pagamento. A contribuição tem que ser espontânea e não imposta às pessoas que estiverem chegando ao local em veículos. É importante também alertar para que o proprietário do veículo nunca deixe a chave do veículo em poder do flanelinha ou permita que ele faça manobras, pois de repente a pessoa nem é habilitada”, alerta o tenente Daniel, que é do setor de Comunicação do 37º BPM/I.

Cemitérios recebem visitantes no Dia de Finados em Rio Claro

Depois de meses fechados por conta da pandemia do novo coronavírus, os cemitérios de Rio Claro recebem visitantes no Dia de Finados com diversas medidas e orientações, como o uso obrigatório de máscara e higienização das mãos com álcool em gel na entrada dos locais.

HORÁRIOS
No Cemitério Municipal São João Batista no domingo ficam abertos dois portões: o principal na Rua 16 (das 7 às 18 horas) e o da rua 20 (das 7 às 17 horas). Já na segunda-feira (02), Dia de Finados, os quatro portões serão abertos às 7 horas. Os quatro portões serão abertos às 7 horas e em todas as entradas haverá álcool em gel para que os visitantes higienizem as mãos. Será proibida a entrada sem máscara. Os portões laterais (nas avenidas 19 e 23) e o portão do fundo (Rua 20) serão fechados às 17 horas. O portão principal (Rua 16) será fechado às 18 horas.

PARQUE DAS PALMEIRAS
O Memorial Parque das Palmeiras, localizado na Avenida 53 Particular, sem número, no bairro Jardim Residencial Copacabana, funcionará das 7 às 18 horas tanto no domingo (1º), quanto na segunda-feira (2), no Dia de Finados.
De acordo com a administração do local, não haverá programação especial para data e todas as medidas preconizadas pela Organização Mundial da Saúde, como a higienização das mãos com álcool em gel e o uso de máscaras, deverão ser seguidas durante a visitação.

EVANGÉLICO
O Cemitério Evangélico, localizado na Avenida 23, 721, no bairro Jardim Donangela, funciona tanto no domingo, quanto na segunda-feira, das 7 às 11 e das 13 às 17h30, também seguindo todas as orientações necessárias devido à pandemia do novo coronavírus.

Fundação CASA retorna visitas presenciais de familiares

A partir desta semana, a Fundação CASA retoma as visitas presenciais dos familiares para os adolescentes em internação em todos os centros socioeducativos da Instituição no Estado de São Paulo. Nos locais, os servidores orientarão as famílias sobre todas as medidas de segurança e higiene necessárias para evitar a propagação da Covid-19.

Cada jovem receberá a visita quinzenal de um membro da família, previamente autorizado pela equipe de referência do adolescente no centro socioeducativo.

Para ingressar no local, o visitante terá a temperatura auferida; responderá a um questionário sobre o seu estado de saúde; preencherá uma declaração de que não pertence ao grupo de risco da doença; deverá utilizar máscara; e, ainda, tomar os cuidados de higiene, como lavar as mãos e utilizar álcool em gel.

Familiar com temperatura corporal acima de 37,2ºC ou que teve contato com pessoa com suspeita ou diagnosticada com Covid-19 há menos de 14 dias não poderá realizar visita.

“As visitas presencias só foram suspensas devido à gravidade da pandemia da Covid-19, mas o contato entre adolescente e familiar continuou garantido por meio de videochamada, telefonema, correspondência manuscrita e e-mails”, explica o secretário da Justiça e Cidadania e presidente da Fundação CASA, Fernando José da Costa. Mesmo com a retomada das visitas presenciais, os adolescentes ainda terão contatos via online com seus familiares.

A duração da visita presencial será de uma hora, observando distanciamento social de 2 metros, em local aberto e procurando evitar o contato físico. Cada centro socioeducativo programará o horário da visitação, que pode acontecer entre 10h e 12h ou entre 14h e 16h. A cada hora será permitido o ingresso de até 15 familiares.

Operação Piracema tem início hoje e pesca tem restrições

A “Operação Piracema” desencadeada pela Polícia Militar Ambiental começa hoje, dia 1º de novembro, e segue até 28 de fevereiro de 2021.
“Aquelas pessoas que gostam de pescar podem continuar com a prática, porém é importante que tenham consciência de que, uma vez o peixe nativo capturado, ele tem que ser devolvido imediatamente ao corpo hídrico. Se a fiscalização ambiental chegar e encontrar o peixe guardado em algum recipiente, o pescador será multado.”, afirmou o sargento Daniel, que pertence a Cia de Rio Claro.
Cabe ressaltar que no período da Piracema a restrição é maior e a distância mínima dos locais proibidos aumenta, como por exemplo das corredeiras que passa de 200 metros para 1500 metros à montante ou à jusante.
Nesse período ainda é permitido fazer a pesca, apenas de peixes não nativos, com quantidade estipulada para pesca amadora, com vara simples (caniço).
Dessa forma, é proibida a captura de espécies da fauna nativa da região como “corimbata”, “piau”, “traíra”, “dourado”, cascudo”, “lambari”, piapara, etc. Já para as espécies que não são provenientes da bacia do Paraná, como “corvina”, “tilápia”, “tucunaré”, “zoiudo”, “carpa”, entre outras têm pesca permitida, na quantidade máxima de 10 quilos por pescador amador.
“Quanto a adoção de medidas de responsabilização para quem desrespeita as normas previstas para o período da Piracema, destaca-se que o valor da multa se inicia em R$ 700,00 sendo acrescida de R$ 20,00 para cada Kg de pescado capturado e a pessoa ainda vai responder por crime ambiental”, disse o comandante Raimundo José Alves de Lima, que está a frente da 7ª Companhia de Policiamento Militar Ambiental de Rio Claro.

Canais de denúncia
Quem flagrar irregularidades pode telefonar no 190 ou ligar diretamente nas sedes do Pelotões que integram a 7ª Companhia da Polícia Polícia Militar Ambiental: Pirassununga (19) 3565-1288, São João da Boa Vista (19) 3630-1700 e Rio Claro (19) 3522-1260.

Dica aos pescadores
É fundamental sempre consultar a legislação de onde você costuma pescar, até porque as leis mudam de acordo com o tipo de pescaria: a pesca esportiva tem, evidentemente, definições e restrições diferentes da pesca comercial e de subsistência.

A Piracema se caracteriza pelo movimento de migração dos peixes durante o período reprodutivo, no qual eles saem do local de alimentação até o lugar onde realizam a desova.

Anderson Silva perde luta que pode ter sido sua despedida

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Na luta que pode ter sido a última de sua carreira, Anderson Silva, 45, foi derrotado por nocaute técnico pelo jamaicano Uriah Hall, 36, em Las Vegas, na noite de ontem, sábado (31).

Maior nome da história brasileira no MMA e considerado um dos maiores lutadores da história, Silva perdeu pela 11ª vez na carreira. Seu cartel é de 34 vitórias, 11 derrotas e uma luta que teve o resultado anulado.

Apesar de ter iniciado bem o combate, acertando jabs no rosto do rival, nove anos mais jovem, Anderson perdeu o controle da luta no terceiro dos cinco rounds. No quarto, foi derrubado por Hall, que desferiu diversos socos no brasileiro, até que o juiz paralisou o combate.

“Eu te amo. Eu ainda acho que você é o maior de todos”, disse Hall para Silva ao abraçá-lo, após o combate. O jamaicano chorava copiosamente e chegou à 17ª vitória em 26 combates.

A luta foi tratada como a despedida de Anderson Silva do MMA, mas o brasileiro deixou em aberto a possibilidade de voltar a entrar no octógono. Ainda resta um combate em seu contrato com o UFC.

“Eu acho que pode ser que seja a última luta no UFC, sim. Mas foi em comum acordo entre o Dana [White, presidente do UFC] e a gente. Vamos ver. Pode ser que eu faça a outra luta que eu tenho no contrato, pode ser que não. Tudo pode acontecer”, disse ele, em entrevista na última quarta-feira (28).

Toda a publicidade feita pelo UFC a respeito da luta teve como maior atração o adeus de Anderson Silva. Uriah Hall foi escolhido para enfrentar o brasileiro após ter se destacado no The Ultimate Fighter, reality show realizado para dar chances a lutadores.

Dono do mais longo reinado da história do UFC, como campeão do peso médio do UFC de 2006 a 2013, Anderson teve dez vitórias em defesas de título, até perder para Chris Weidman em julho de 2013. Na revanche, ele quebraria a perna ao tentar acertar um chute.

O resultado de seu combate de retorno, vitória contra Nick Díaz, em janeiro de 2015, foi considerado nulo porque ele teve resultado positivo no teste antidoping. Silva sempre negou ter consumido substâncias proibidas, mas foi suspenso por um ano e o multado em US$ 380 mil (cerca de R$ 2,5 milhões em valores atuais).

Fundação Florestal regulamenta observação de primatas em unidades de conservação

Fundação Florestal publicou em 22 de outubro uma portaria normativa que regulamenta a prática de observação de primatas (monkey watching) em áreas protegidas. A atividade, assim como o ecoturismo, é de grande relevância para a estratégia de conservação da biodiversidade e para o desenvolvimento regional, ao se tornar uma oportunidade para as comunidades locais de participar e de receber benefícios advindos dessas práticas.

Na África e em parte da Ásia, a observação de primatas de grande porte, como gorilas e chimpanzés, é bem consolidada e atrai observadores de toda parte. Como atividade econômica regulamentada, o monkey watching movimenta a economia local, gerando recursos para as comunidades. Além disso, a prática ordenada de observação de primatas é responsável, em grande parte, pela conservação dessas espécies.

No estado de São Paulo, ocorrem dez espécies de primatas, sendo o muriqui-do-sul (Brachyteles arachnoides) o maior da América e uma das mais procuradas por primatologistas e interessados na prática da observação. Ele é endêmico da Mata Atlântica e está criticamente ameaçado de extinção, segundo dados da International Union for Conservation of Nature 2019 (IUCN).

Turismo receptivo

No Parque Estadual Carlos Botelho, onde a atividade já ocorre, a normatização   contribui para criar novas possibilidades para a geração de renda tanto para a manutenção da unidade de conservação quanto para as comunidades do entorno, que podem se beneficiar com o turismo receptivo.

“A portaria traz segurança para o desenvolvimento da atividade, gerando oportunidade de renda para a população, mas, principalmente para garantir a integridade comportamental e ecológica dos primatas do estado de São Paulo”, destacou o gerente da Fundação Florestal, Edson Montilha.

Além muriqui-do-sul, outras espécies de primatas como bugio, macaco-prego e mico-leão-preto podem ser avistadas na natureza em diversas unidades de conservação paulistas.

De acordo com Pietro Scarascia, gestor do Parque Estadual Carlos Botelho, a portaria normativa foi desenvolvida de forma participativa, envolvendo desde monitores ambientais a especialistas e pesquisadores de primatas, incluindo empresas que operam a atividade, técnicos e gestores da Fundação.

Os interessados devem consultar, pela internet, o Guia de Observação de Primatas de São Paulo, um manual prático e conciso no qual é possível identificar espécies e a ocorrência em alguns parques paulistas.

O acesso ao texto completo da Portaria Normativa FF/DE nº 324/2020 também pode ser feito pela internet.

Estado de SP assina convênio para a realização do Verão no Clima 2021

Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado (SIMA) assinou em 23 de outubro um convênio com a empresa TM Lab Produções Criativas, que ficará responsável por realizar a nova edição do Projeto Verão no Clima. A iniciativa, da Coordenadoria de Educação Ambiental (CEA), será realizada entre 6 de janeiro e 28 de fevereiro de 2021.

“Cada um de nós tem responsabilidade na preservação do meio ambiente e na conservação das nossas praias. A ideia do projeto é conscientizar a população e estimular a mudança no hábito do descarte irregular. É uma iniciativa de educação ambiental, que estimula o cuidado com a geração de resíduos sólidos”, destacou Eduardo Trani, subsecretário de Meio Ambiente.

Interessados em patrocinar a 4ª edição do projeto tiveram até 1º de outubro para apresentar propostas para o chamamento público nº 01/2020/CEA.

Atividades

Com o patrocínio da empresa habilitada TM Lab Produções Criativa, serão contratadas 31 equipes para a realização das ações de conscientização distribuídas os municípios de Bertioga, Cananéia, Caraguatatuba, Cubatão, Guarujá, Iguape, Ilha Comprida, Ilhabela, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande, Santos, São Sebastião, São Vicente e Ubatuba. As ações serão às sextas-feiras, sábados e domingos.

“O Verão no Clima tem como objetivo conscientizar a população sobre o descarte de resíduos nas áreas de lazer que atraem alta concentração de público. A ideia é estimular a mudança de hábito do consumo e descarte, de forma a melhorar a qualidade desses ambientes naturais”, ressaltou a coordenadora de Educação Ambiental, Malu Freire.

O projeto também prevê ações de impulsionamento para além do público das praias, com outras atividades educativas nestes municípios e campanha nas redes sociais.

“Apoiamos o Verão no Clima por acreditarmos no cuidado e respeito com as praias e com os banhistas. Por isso, o investimento financeiro e em gestão no projeto em 2021”, destacou Rodrigo Clemente, presidente do Grupo JVMC, proprietário da TM Lab.

Balanço

Desde a retomada do projeto (que é derivado da Operação Praia Limpa, iniciada em 1988), em 2018, foram abordadas aproximadamente 547 mil pessoas. Também já foram realizadas ações como mutirões de limpeza, corridas, caminhadas, documentários a céu aberto sobre lixo no mar e ações nas redes sociais, atingindo cerca de 280 mil pessoas.

Registros de lixo no mar vêm crescendo ao longo dos últimos anos e atitudes em relação ao descarte de materiais em praias não podem ser desconsideradas sobretudo as atitudes que vêm do consumo. Para se ter uma ideia, em 15 mutirões de limpeza realizados por meio do projeto, no ano passado, foram crescentes, cerca de 5,3 mil toneladas de lixo, sendo a maioria itens de plástico e bitucas de cigarro.

Febre Aftosa: Campanha de vacinação tem início

A segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa no estado de São Paulo tem início hoje, domingo (1º). Nesta etapa, deverão ser vacinados os bovídeos (bovinos e bubalinos) com idade entre zero e 24 meses. O prazo para imunização se encerra no dia 30 de novembro, informa a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado.

De acordo com o médico veterinário Luciano Lagatta, diretor do Grupo de Defesa Sanitária Animal, da Coordenadoria de Defesa Agropecuária, órgão da Pasta, que coordena a campanha no estado, “a expectativa é de que sejam vacinados 4,6 milhões bovídeos que estão dentro desta faixa etária”.

Apesar das medidas de combate ao novo coronavírus que ainda estão sendo realizadas, as atividades relacionadas à imunização contra as doenças que apresentam alto impacto comercial e em saúde animal, como a febre aftosa, devem ser mantidas.

“É importante que os proprietários de bovinos e bubalinos busquem adotar medidas que minimizem o contato social para adquirirem as doses da vacina, entrando em contato com as revendas por telefone ou outro meio de comunicação à distância e agendando, quando possível, a entrega diretamente na propriedade rural”, orienta o médico veterinário Adriano Macedo Debiazzi, que junto à Coordenadoria responde pelo Programa Estadual de Controle e Erradicação da Febre Aftosa.

Declarações

As declarações das vacinações devem ser realizadas preferentemente por meio eletrônico, por meio do sistema informatizado Gestão de Defesa Animal e Vegetal (Gedave), em www.gedave.sp.gov.br.

Quando não for possível, o produtor poderá encaminhá-la por e-mail. Para isso é preciso acessar a declaração na internet, em https://www.defesa.agricultura.sp.gov.br/www/programas/getdocdoc.php?idform=319, preencher e enviar o formulário.

“Em último caso, o produtor poderá entrar em contato com as regionais através dos telefones e endereços eletrônicos disponíveis no site da Coordenadoria [http://www.defesa.agricultura.sp.gov.br] para verificar a melhor forma de realizar a declaração”, explica Debiazzi.

A data limite para entrega da declaração da vacinação é 7 de dezembro de 2020, devendo ser declarados também os demais animais do rebanho como equídeos (equinos, asininos e muares), suídeos (suínos, javalis e javaporcos), ovinos e aves (granjas de aves domésticas, criatórios de avestruzes).

Como vacinar

A primeira providência é adquirir as vacinas em estabelecimentos cadastrados junto à Coordenadoria de Defesa Agropecuária. Isso porque todo o estoque de vacina disponível no Estado para comércio durante a etapa da campanha é cadastrado pela revenda no sistema informatizado Gedave.

No momento da compra, o volume adquirido pelo criador é transferido, por meio do sistema, para o estoque da propriedade, o que facilita a declaração da vacinação pelo criador. A legislação proíbe o uso de vacinas adquiridas em etapas de vacinações anteriores.

A vacina, que nunca pode ser congelada, deve ser mantida entre 2 e 8 graus Celsius, tanto no transporte como no armazenamento, usando uma caixa de isopor, com dois terços de seu volume em gelo para que a vacina não perca sua eficácia.

Para realizar a vacinação deve ser escolhido o horário mais fresco do dia, classificando os animais por idade (era) e sexo, para evitar acidentes.

Usar seringas e agulhas novas e higienizadas, sem o uso de produtos químicos (nem álcool, nem cloro). O local da aplicação é no terço médio do pescoço (tábua do pescoço) por via subcutânea (abaixo do couro). Independentemente da idade, a dose é de 2 ml de vacina. As agulhas devem ser substituídas com frequência (a cada 10 animais), para evitar infecções e os frascos devem ser mantidos resfriados durante a operação.

Prazo

O criador deve se organizar para fazer a vacinação dentro do prazo estabelecido pela legislação, ou seja, de 1º a 30 de novembro. É preciso comunicar a vacinação ao órgão oficial de Defesa Agropecuária diretamente no sistema informatizado Gedave até o dia 7 de dezembro.

É preciso declarar todos os animais de outras espécies existentes na propriedade, tais como equídeos (equinos, asininos e muares), suídeos (suínos, javalis e javaporcos), ovinos, caprinos e aves (granjas de aves domésticas, criatórios de avestruzes).

A vacinação é obrigatória. Deixar de vacinar e de comunicar a vacinação sujeita o criador a multas de 5 Ufesps (138,05 reais) por cabeça por deixar de vacinar, e 3 Ufesps (82,83 reais) por cabeça por deixar de comunicar. O valor de cada Ufesp – Unidade Fiscal do Estado de São Paulo é 27,61 reais.

Comércio online: reclamações aumentam 208%

O segundo semestre de 2020 ainda não fechou e a Fundação Procon-SP já registrou 120.714 mil reclamações relacionadas a problemas sobre compras online, praticamente o mesmo número do primeiro semestre inteiro que foi de 121.173. Demora ou não entrega do produto e problemas com cobrança são os questionamentos mais recorrentes.

Até o dia 17 de outubro deste ano já somam 241.887 demandas contra 78.419 de todo o ano de 2019, um aumento de 208%.

Para o diretor executivo do Procon-SP, Fernando Capez, “Independente do aumento da demanda gerada pela pandemia ou quaisquer outras ocasiões específicas, os dados demonstram que as empresas não se preparam para as vendas online. Fornecedores vendem o que não têm no estoque, atrasam a entrega, não avisam sobre a cobrança do frete, são muitas reclamações e, por parte das empresas, respostas automáticas e protelatórias”.

Diante desse panorama e, já antecipando os problemas que poderão se repetir na Black Friday, o Procon-SP convocará uma reunião com as principais empresas do comércio varejista eletrônico. “Vamos solicitar que tomem providências para atender aos direitos dos consumidores. Esses fornecedores precisam investir mais no seu pós-venda, o consumidor não pode ser refém de empresas que só pensam em vender”, afirma Capez.

Para o consumidor que tiver problemas com compras pela internet ou outra questão de consumo, o @proconsp disponibiliza canais de atendimentos à distância: no site (www.procon.sp.gov.br), aplicativo – disponível para Android e iOS – ou via redes sociais; para as denúncias, marque @proconsp, indicando o endereço ou site do estabelecimento.

Procon-SP

Assessoria de Comunicação

Pacote de 5 kg de arroz tem variação de 71%

Pesquisa do Núcleo de Inteligência e Pesquisas do Procon-SP em convênio com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), revelou que o preço médio do pacote de 5 kg de arroz em fevereiro desse ano, antes de ser decretada a pandemia, custava R$ 12,78 e, em outubro (valor apurado até o momento, já que o mês ainda não fechou) passou para R$ 21,83, aumento de 71%.

A maior variação mensal do ano de 2020 ocorreu em setembro, 21% (tomando-se como base o mês de agosto/20). O pacote que custava R$ 16,87 em agosto passou para R$ 20,35 em setembro.

A pesquisa foi realizada em 40 supermercados distribuídos nas cinco regiões do município de São Paulo e abrange 39 itens dos grupos de alimentos, higiene pessoal e limpeza doméstica.

Como o levantamento leva em consideração a média dos preços mínimos encontrados, o valor está longe da realidade constada pelas equipes de fiscalização do Procon-SP. Em operação realizada em todo o estado para coibir preços abusivos de produtos da cesta básica, dentre eles o arroz, na capital paulista o pacote de 5kg de arroz tipo 1 chegou a ser encontrado por R$ 32,16 e no interior, R$ 36,79.

Em todo o estado 625 estabelecimentos foram notificados por fiscais do Procon-SP a apresentar notas fiscais de compra e venda de itens da cesta básica como arroz, óleo de soja e carnes vermelhas e, caso seja identificado um aumento desproporcional nos valores, responderão a processo administrativo, podendo ser multados.

Embora não exista tabelamento de preço é inadmissível que fornecedores queiram abusar e aumentar desproporcionalmente seus lucros em plena pandemia”, afirma o diretor executivo do Procon-SP, Fernando Capez.

Procon-SP

Assessoria de Comunicação

BAEP prende idoso por posse ilegal de arma em Brotas

Durante Operação Finados, em apoio ao 37°BPM/I um equipe de Ações Especiais de Polícia (10ºBAEP) em patrulhamento pelo bairro Patrimônio, sub distrito de Brotas, foram solicitados por um transeunte o qual segundo ele estaria sendo caluniado pelo crime de estupro.

Após indagá-lo sobre o motivo de tal desavença, e perguntado se possuiria alguma arma de fogo em sua residência o que de pronto foi confirmado por ele.

Realizada busca pessoal nada de ilícito foi encontrado. Indagado ao senhor de 69 anos onde estaria a referida arma indicou um “quartinho” na parte externa da casa.

A arma, uma Pistola marca Taurus, cal. .25 municiada com nove munições integras foi encontrada envolta numa sacola plástica dentro de um saco de ração.

Diante dos fatos, foi lido seus direitos constitucionais e o indivíduo foi conduzido ao Plantão Policial de Itirapina onde o delegado elaborou BOPC de flagrante de posse ilegal de arma de fogo.

Arbitrada a fiança no valor de R$ 1.200,00 que até o término da apresentação não havia sido pago.

Jornal Cidade RC
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