Charles já é rei e será proclamado neste sábado, mas coroação pode demorar meses

Folhapress

Saudado pela primeira vez por seus súditos nesta sexta-feira (9) ao chegar ao Palácio de Buckingham, em Londres, Charles será proclamado o rei Charles 3º neste sábado. Sua coroação, no entanto, ainda não tem data marcada –e pode acontecer daqui a mais de um ano.

Isso acontece porque há dois ritos diferentes envolvidos no processo de sucessão do trono britânico. O primeiro é a ascensão ao trono em si. O rito marca a passagem do trono para o primeiro na linha de sucessão assim que o soberano anterior morre ou abdica do cargo, e é oficializado assim que possível.

No caso de Charles, isso significa nos próximos dois dias. Nesta sexta, ocorre o encontro do Conselho de Ascensão, formado pela primeira-ministra britânica, Liz Truss, o prefeito de Londres, Sadiq Khan, funcionários públicos, altos comissários dos países da Commonwealth [grupo de 56 países que reúne majoritariamente ex-colônias britânicas], e lideranças religiosas, entre outros –o novo rei não participa da reunião. Os membros do conselho assinam então um documento reconhecendo o soberano.

O conselho se reúne novamente no sábado (10), desta vez com a presença do monarca, que fará uma declaração e, seguindo uma tradição do início do século 18, jurará fidelidade à Igreja da Escócia. Em seguida, ele será proclamado o novo rei diante do povo na sacada do palácio de Saint James.

Ao mesmo tempo em que a proclamação é lida no palácio, cerimônias similares acontecem em Edimburgo, Windsor e York. É tradição que os prefeitos dessas cidades bebam em honra ao novo soberano de um cálice de ouro, segundo o jornal britânico The Guardian.

Já a coroação de Charles pode levar meses devido à preparação necessária. Elizabeth 2ª só foi coroada em junho de 1953, quase um ano e meio depois de ser ascender ao trono, em 1952. A cerimônia foi a primeira do tipo a ser televisionada na história.

Charles será o 40º monarca a ser coroado na Abadia de Westminster, tradição que data de 900 anos. A cerimônia é religiosa anglicana e será conduzida pelo Arcebispo de Canterbury, Justin Welby. É ele quem vai colocar a coroa de santo Eduardo na cabeça de Charles –uma peça de ouro maciço, datada de 1661, que pesa mais de dois quilos. Haverá música, leituras e o ritual de unção do novo monarca. Então Charles lerá o juramento de coroação.

Nem todas as monarquias têm cerimônias de coroação. No regime português, por exemplo, os reis eram aclamados, e não coroados ao assumirem o trono.

A tradição foi iniciada pelo primeiro rei da dinastia de Bragança. Após reconquistar a independência de Portugal junto a Espanha, em 1640, dom João 4º entregou simbolicamente sua coroa a uma imagem de Nossa Senhora da Conceição e afirmou que ela seria a “verdadeira rainha de Portugal”. O novo soberano até recebia uma coroa –mas não a colocava na cabeça.

Renovo promessa de Elizabeth 2ª, diz Charles 3º em seu primeiro discurso como rei

O novo rei Charles 3º disse nesta sexta-feira (9) que ao assumir o trono renova o compromisso da sua mãe, Elizabeth 2ª, de dedicar sua vida ao Reino Unido. Em seu primeiro discurso televisionado após a morte de sua mãe, a rainha Elizabeth 2ª, Charles, 73, declarou que ela foi uma grande inspiração.

O discurso foi gravado no Palácio de Buckingham durante a tarde e televisionado às 18h (14h em Brasília) pela BBC, rede de rádio e televisão estatal.

O filho mais velho de Elizabeth, que segundo pesquisas é menos popular que a mãe, será proclamado rei neste sábado (10), em uma reunião do Conselho de Ascensão realizada no Palácio de St James, seguida de proclamações em todo o país. Sua coroação, no entanto, ainda não tem data marcada -e pode acontecer daqui a mais de um ano.

Príncipe herdeiro por mais de 70 anos, Charles chegou a Londres por volta das 14h (8h em Brasília) desta sexta, após ter ido correndo à Escócia visitar a mãe no Castelo de Balmoral, onde ela acabou morrendo.

Ele e sua mulher, Camilla Parker Bowles, agora rainha consorte, vestiam roupas pretas e foram recebidos por uma multidão em frente ao Palácio de Buckingham.

Antes de seguir para o palácio, onde a bandeira do novo soberano estava hasteada, Charles trocou palavras e apertou as mãos de diversos súditos, além de parar para ver as flores depositadas por britânicos e turistas no portão.

Ele se reuniu com a primeira-ministra, Liz Truss, nomeada na terça-feira pela rainha, no último dever público da antiga soberana.

Monarca mais velho a assumir o trono britânico na história e o que passou mais tempo como príncipe herdeiro, Charles deve fazer de seu reinado um período de transição entre o da mãe, venerada pela dedicação ao serviço público, e o do filho William, 40, visto como a modernização da realeza.

Enquanto Elizabeth assumiu o trono quanto o Reino Unido ainda era uma potência, Charles herda um país que vive uma crise de identidade e se tornou um ator secundário na geopolítica global. Além de ter optado por uma guinada isolacionista com o brexit, o divórcio com a União Europeia, tem sua própria existência sob risco.

Estão no horizonte um novo referendo sobre a independência da Escócia, pressões crescentes para a integração da Irlanda do Norte à República da Irlanda e até um ressurgente nacionalismo em Gales -algo particularmente doloroso para um homem que ficou tanto associado à região.

LUTO ATÉ O FUNERAL

O governo declarou luto nacional até o funeral, cuja data ainda não foi confirmada, mas deve ocorrer em cerca de dez dias, e alertou sobre possíveis atrasos em alguns transportes públicos devido às multidões que se reúnem em frente às residências da realeza.

O Palácio de Buckingham também anunciou um período de luto a ser observado por membros da família e da casa real até uma semana após o enterro.

O Banco da Inglaterra disse que atrasaria em uma semana sua reunião mensal para definir as taxas de juros, devido à morte de Elizabeth.

As sessões regulares no parlamento foram substituídas por uma sessão especial para os legisladores prestarem homenagem à rainha. Os parlamentares também se reunirão no sábado, algo que raramente fazem, para aprovar uma mensagem de condolências ao rei.

“Desde as notícias chocantes de ontem à noite, testemunhamos a mais sincera manifestação de pesar pela perda de sua falecida majestade, a rainha”, disse Truss aos legisladores, que fizeram um minuto de silêncio no início da solenidade.

“Sua Majestade, o rei Charles 3º, tem uma responsabilidade incrível que agora carrega por todos nós”, continuou a primeira-ministra. “Ele já deu uma contribuição profunda por meio de seu trabalho em conservação, educação e sua incansável diplomacia. Devemos a ele nossa lealdade e devoção.”

Elizabeth foi chefe de estado do Reino Unido e 14 outros reinos, incluindo Austrália, Canadá, Jamaica, Nova Zelândia e Papua Nova Guiné.

Charles, que automaticamente a sucedeu como rei, disse que a morte foi um momento de grande tristeza para ele e sua família.

Fernando Haddad, candidato a governador, visita Rio Claro e defende propostas na educação

O município de Rio Claro recebeu nessa quinta-feira (8) a visita dos candidatos Fernando Haddad (PT), ao Governo de São Paulo, e da candidata a vice-governadora Profª Lúcia França (PSB). O encontro aconteceu na praça defronte à Unesp, no bairro Bela Vista, onde se reuniram com estudantes e demais apoiadores e apresentaram suas propostas caso sejam eleitos. Ao Jornal Cidade, Haddad destacou investimentos no interior.

“Na área da Educação, todos os municípios de São Paulo ao final de quatro anos terão oferta de Ensino Superior pública. Ou presencial, com a criação dos Institutos Estaduais nas Etecs e Fatecs, ou através da Univesp com cursos superiores semipresenciais de maneira que todos municípios terão como atender os jovens”, comentou. Na área da Saúde, a cada 400 mil habitantes, a proposta é a criação de um Hospital-Dia. “Com isso essa fila é a maior da história do SUS, 1 milhão e 200 mil procedimentos atrasados. O governador atual disse que contratou 70 mil, menos de 6% do que precisa. Nós vamos fazer a fila andar”, disse Haddad ao JC.

O candidato também apontou a proposta de reindustrialização do Estado, citando como exemplo a recente demissão em massa de mais de três mil trabalhadores na fábrica da Mercedes-Benz no ABC Paulista. “Vamos enfrentar a guerra fiscal e vamos criar um sistema estadual de inovação com as nossas universidades e o setor privado para trazer empregos 4.0 para o Estado para substituir aquilo que foi perdido durante o Governo Doria-Rodrigo”, afirma.

Haddad comentou, durante a entrevista, que pretende também promover uma reforma no Ensino Médio. “Vou trazer a experiência do Instituto Federal [criado por ele enquanto ministro da Educação no Governo Lula] para a Rede Estadual, contanto com o Centro Paula Souza pelas Etecs e Fatecs, e com o Sistema S. Se tivermos todos unidos em torno de um projeto pedagógico revolucionário, todo aluno paulista que concluir seus estudos vai ter uma profissão”, declarou.

A Profª Lúcia França, candidata a vice na chapa, fez discurso durante o ato com os munícipes. “O foco do nosso governo será Educação. Teremos olhos para os alunos do infantil até o Ensino Superior. Acreditamos que a Educação transforma”, finaliza.

Secretário Estadual de Transportes vistoria obras em estradas da região

O secretário estadual de Logística e Transportes, João Octaviano Machado Neto, vistoriou, nessa quinta-feira (8), os serviços em duas estradas na região de Rio Claro. Os investimentos realizados totalizam R$ 84 milhões.

Uma das vicinais vistoriadas faz a ligação da SP-127 (Fausto Santomauro – Rio Claro/Piracicaba) à Fazenda Campo do Coxo. A segunda, a estrada Horácio Pascon (SGT-020), liga a SP-127 à SP-310, em Rio Claro. Os trabalhos de melhorias, nas duas vias, recebem investimento de R$ 46,5 milhões do Governo do Estado de São Paulo.

Os serviços estão sendo executados pelo DER (Departamento de Estradas de Rodagem), órgão ligado à Secretaria de Logística e Transportes, beneficiando a população e a economia locais, facilitando a mobilidade e o transporte de cargas.

Jovem tem gêmeos de pais diferentes em Goiás

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Uma jovem atualmente com 19 anos deu à luz gêmeos de pais diferentes em Mineiros, cidade no interior de Goiás. O nascimento das crianças aconteceu no ano passado, mas só foi revelado agora. O fenômeno -chamado de superfecundação heteropaternal- é bastante raro, diz o médico Túlio Franco.

Professor do hospital-escola Famp (Faculdade Morgana Potrich), em Mineiros, ela soube do caso depois que sua equipe atendeu a mulher.

Segundo o médico, esse tipo de gravidez pode acontecer quando a mulher ovula várias vezes em intervalos de horas e tem relações sexuais com dois homens em um curto intervalo de tempo. Só assim é possível que dois óvulos sejam fecundados por espermatozoides de pessoas diferentes. “Há uma duplicidade de fecundação”, diz ele.

Ainda de acordo com Franco, só há outros dois casos notificados no Brasil. A equipe planeja publicar um artigo científico sobre o tema.

A mãe disse à reportagem que não sabia que isso poderia ocorrer. Ela descobriu que os gêmeos eram de pais diferentes quando um deles aceitou fazer o exame de DNA pouco após o nascimento e o resultado foi positivo para apenas um dos bebês. As crianças tinham cerca de um mês, diz ela.

Segundo a jovem, um dos pais se recusou a fazer o teste de paternidade. Já o outro pai biológico prestou ajuda e decidiu registrar os dois no nome dele.

Mãe também de uma menina, ela cuida dos filhos em casa. Atualmente com um ano e três meses, eles nasceram de 37 semanas.

Liberdade de imprensa: JC cumpre papel de informar os cidadãos com jornalismo ético

A tradição do Jornal Cidade frente à informação de credibilidade em Rio Claro é um dos fatores primordiais para a construção de uma sociedade mais justa e plural no município. Há décadas que o JC vem cumprindo seu papel de bem informar os cidadãos e hoje, ao completar 88 anos de história, renova seu compromisso com a comunidade rio-clarense.

Isto porque o papel da imprensa é defender as demandas da população de maneira a contemplar a todos os pensamentos e, conforme prevê a Constituição Federal, de forma livre e sem censura. Para o juiz e diretor do Fórum de Rio Claro, Dr. Cláudio Luis Pavão, a democracia protege os direitos fundamentais da pessoa, sobretudo a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa.

“Esta última, aliás, é que permite fiscalizar a administração pública e os representantes do povo, cobrando ações e exigindo transparência. Tanto assim que frequentemente a imprensa é chamada de o ‘quarto’ poder, ao lado do Executivo, Legislativo e Judiciário”, recorda. Segundo Pavão, além disso, a imprensa ainda informa, esclarece e ajuda os cidadãos na compreensão dos diversos mecanismos que compõem a máquina pública. “Isso é o que tem feito o Jornal Cidade ao longo de sua longa trajetória de 88 anos de vida. Parabéns, portanto, ao JC e que continue firme na sua trajetória de servir à comunidade de Rio Claro”, declara.

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O Jornal Cidade completa 88 anos de história nesta sexta-feira, 9 de setembro. E ao longo das décadas oferece informação de qualidade para os leitores

Essa função de bem informar os cidadãos é reiterada pelo juiz da Vara do Júri, Execuções Criminais e Infância e Juventude, e atual juiz eleitoral, Dr. Wander Benassi Junior. Conforme ele expõe, a liberdade de imprensa possui patamar constitucional desde 1988 (art. 220), o que chama a atenção para o tamanho de sua importância no Brasil, consequentemente, em Rio Claro, onde o JC já atua desde a década de 1930. Vale lembrar que os 88 anos do Cidade estão sendo comemorados em meio à mais recente campanha eleitoral brasileira.

“Depois de mais de trinta anos de história constitucional democrática, [a liberdade de imprensa] traduziu-se na consolidação dos direitos de informar, informar-se, e ser informado. Esses [direitos] que, na sociedade local rio-clarense, se traduzem pela importância da missão da classe jornalística em informar sobre os problemas locais – aqui inclusive criticando o necessário sobre as instituições, estimulando a população à reflexão. E à população para conhecer seus direitos e a importância histórica desta cidade, e assumir seu protagonismo no cuidado dela, e no desenvolvimento da cidadania”, pontua.

“Se modernizou para novas plataformas”, diz jornalista que iniciou carreira há décadas no JC

O jornalista e doutor em Educação, Belarmino Cesar, ex-diretor da Faculdade de Comunicação da Unimep, onde também atuou como coordenador do Curso de Jornalismo da Universidade, iniciou sua carreira enquanto jornalista no Jornal Cidade no final da década de 1970. A convite da reportagem, trouxe uma reflexão sobre as mudanças que observou ao longo das últimas décadas no JC e seu papel perante a sociedade rio-clarense.

O comunicador lembra que desde a fundação do Jornal Cidade profundas transformações ocorreram nos suportes midiáticos, sobretudo na tecnologia, de forma que essas mudanças implicaram também em reestruturação das sociedades, em suas condições econômicas e culturais, nos modos de conviver, e através de processos descentrados de circulação de informações.

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O jornalista Belarmino Cesar na Unimep (foto: arquivo)

“No contexto de hipervalorização da imagem, de conteúdos noticiosos fragmentados e motivados, muitas vezes, pelo sensacionalismo, passa a ser ainda mais importante a postura ética e de compromisso social do jornalismo, a exemplo do que tem sido a prática do jornal ‘Cidade de Rio Claro’, que soube, ao longo do tempo, preservar dimensões tradicionais e se modernizar para a ambientação nas novas plataformas midiáticas”, afirma.

Belarmino pontua que o JC reflete a liberdade de imprensa com “espaço editorial para debate público de temas de interesse da comunidade local/regional, reportagens com valorização do contraditório, apreço pela interação com leitores e registro de suas opiniões, além de conter a narrativa dos fatos cotidianos e das matérias sobre nossa gente, cultura e arquitetura, dentre outras qualidades, têm sido as marcas da impressão do jornal ‘Cidade de Rio Claro’, antes compostas pelos caracteres tipográficos de linotipo e atualmente pela fluidez do mundo digital. Em cada época, suporte e condições de produção, tem sido importante que prevaleça sempre a isenção e o rigor informativo”, finaliza.

Rio Claro registrou três casos de dengue nesta semana

Rio Claro tem 351 casos de dengue neste ano, conforme boletim divulgado nesta sexta-feira (9) pela Fundação Municipal de Saúde. Nesta semana foram confirmados três novos casos. O município não tem casos neste ano de chikungunya, zika vírus e febre amarela, doenças também transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

Para evitar aumento no número de casos de dengue, o município tem atuação constante. O Centro de Controle de Zoonoses faz trabalho permanente que inclui visitas casa a casa, vistorias em pontos estratégicos, nebulização e palestras informativas.

A participação da comunidade é fundamental no combate ao Aedes. O mosquito se reproduz em água parada. Por isso é essencial eliminar os recipientes e manter os quintais sempre em ordem, além de descartar corretamente os materiais.

Dívidas no cartão de crédito crescem ao maior valor em 8 anos com inflação e queda de renda

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“Chegou um ponto [em] que tinha de escolher: pagar o cartão ou ficar sem comer”, diz Damiana Araújo dos Santos, desempregada. “Como tenho dois filhos, sinto muito, não posso deixar meus filhos passarem fome para pagar cartão”, afirma.

Casos como o dela levaram o país a registrar o maior patamar de dívidas com cartão de crédito em oito anos, refletindo a dificuldade da população em se manter adimplente em um cenário de inflação elevada, renda comprimida e busca por emprego.

O chamado “rotativo”, acionado quando o consumidor não paga a fatura completa do cartão até o vencimento, registrou R$ 159,3 bilhões em novos empréstimos nos seis primeiros meses do ano. De acordo com o Banco Central, esse é o maior nível para o período desde 2014 -quando foram concedidos R$ 174,7 bilhões (na série atualizada pela inflação).

Santos conta que tem quatro cartões e que eles eram usados sobretudo para comprar alimentos no supermercado. “Fui comprando em um, pagando o mínimo, passando para o outro, não consegui pagar, parcelei, aí virou aquela bola de neve”, relata.

Quanto ao volume da dívida, diz nem ter mais ideia do total e evita atender os telefonemas diários de cobrança. “Deve estar um valor bem alto por conta dos juros, mas não sei dizer”, afirma.

Tanto o BC quanto especialistas em finanças recomendam que o cartão de crédito rotativo seja usado apenas emergencialmente e por períodos muito curtos. Com taxas de juros elevadas, essa é a linha de crédito mais cara do mercado.

Em junho, os juros do rotativo atingiram 370,4% ao ano. No acumulado em 12 meses, o aumento da taxa média foi de 41,3 pontos percentuais -bem acima da escalada da taxa básica (Selic), que saiu da mínima histórica de 2% em 2021 até o atual patamar de 13,75% ao ano.

Nem o aumento dos juros tem freado novos empréstimos nessa modalidade, diferentemente de outros períodos. Ao menos agora a população não fica indefinidamente no rotativo.

Desde abril de 2017, os bancos são obrigados a transferir após um mês a dívida do rotativo para uma linha de crédito parcelado, que tem taxas mais baixas.

Especialistas destacam que a mudança da norma atenuou o efeito “bola de neve”, mas que ninguém deve ter como objetivo buscar o crédito parcelado porque os juros -embora mais baixos que o do rotativo- também são altos. Em junho, a taxa média total nessa modalidade ficou em 173,2% ao ano.

O BC alertou na ata da última reunião do Comef (Comitê de Estabilidade Financeira), divulgada na quinta-feira (8), que o crescimento do crédito em modalidades com maiores riscos indica uma tendência de aumento da inadimplência, ainda que dentro de padrões históricos.

“No caso das famílias, o aumento de ativos problemáticos tem superado o crescimento da carteira de crédito. Essa tendência deverá permanecer com o crescimento do crédito em modalidades mais arriscadas”, escreveu a autoridade monetária em nota.

De acordo com Ricardo Teixeira, coordenador do MBA de Gestão Financeira da FGV (Fundação Getulio Vargas), a perda de poder de compra frente à inflação elevada é um dos fatores para o aumento da inadimplência.

“Durante o período da pandemia, muitas famílias passaram por dificuldades, algumas pessoas perderam emprego, o que também pressiona a economia doméstica”, acrescentou.

O especialista descreve que muitas dívidas são contraídas quando há o empréstimo do crédito para amigos e familiares que estão passando por dificuldades financeiras. “Mesmo que essa pessoa venha a pagar os juros depois, é o titular do cartão que está usando o rotativo”, disse.

No caso das famílias de classe média, Teixeira cita o aumento das despesas devido ao “novo normal”.

Segundo ele, com o home office e o trabalho em formato híbrido, as famílias tiveram maiores gastos com alimentação no domicílio e equipamentos, e ainda viram a fatura da energia elétrica subir. As contas domésticas ficaram ainda mais pressionadas nos lares com crianças e adolescentes, que passaram a ter aulas por meio de plataformas digitais.

Amanda Rapouzo, diretora da Serasa eCred, destaca que “uma das maiores dívidas do brasileiro é com cartão de crédito”. Quanto ao perfil de pessoas com nome negativado, diz que a maior parcela é composta por jovens de 25 a 35 anos, com renda de um a dois salários mínimos, e gasto médio de R$ 3.000.

Segundo Rapouzo, as melhores alternativas para fugir da linha de crédito mais cara do mercado são os empréstimos com garantia ou empréstimo com antecipação do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).

Os eleitores endividados estão na mira dos candidatos à Presidência da República no pleito de 2022. A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) elabora um programa para viabilizar a renegociação de dívidas, como contas de luz e água, de famílias de baixa renda e de parcela da classe média.

Ciro Gomes (PDT), que está em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, mantém em seu programa uma proposta apresentada na campanha de 2018 de limpar o nome dos brasileiros do SPC/Serasa, com taxas de juros menores e prazos mais longos de pagamento.

Narciso Trevilatto, o guardião das memórias do Jardim Público de Rio Claro

Nos últimos meses, o Jardim Público de Rio Claro começou a receber novos bancos em substituição às antigas peças existentes no local. Vários bancos antigos estavam danificados pelo tempo e pelo vandalismo. Para os visitantes mais antigos, porém, chamou a atenção a retirada das peças históricas, que carregam tanto as lembranças de quem viveu momentos no local como também uma parte importante da trajetória econômica do município, já que em cada um consta a marca do patrocinador, empesas que foram importantes no passado, muitas já extintas.

Temendo que os históricos bancos passem a existir somente na memória dos visitantes mais antigos, o músico Narciso Trevilatto, de 88 anos, decidiu fazer um registro de cada peça antiga, criando uma espécie de “galeria” dos bancos. São 73 bancos registrados nas fotos que o músico faz com seu próprio celular. Faltam apenas algumas unidades, que neste momento estão encobertas por barracas, mas que logo também já estarão devidamente fotografadas. “Acho importante preservar essa história, muitas indústrias, lojas e outros estabelecimentos que hoje não existem mais têm suas marcas nos bancos do Jardim”, explica o aposentado. Após a conclusão do trabalho, pretende doar o acervo para o Museu Amador Bueno da Veiga, para que as futuras gerações possam conhecer como era a praça e também as empresas que um dia existiram em Rio Claro. No vídeo disponível no canal do JC no YouTube é possível conferir as imagens que trazem curiosidades nas propagandas das empresas, como os números de telefone com apenas dois dígitos.

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Apaixonado por música e história, Trevilatto já foi integrante do tradicional Demônios da Garoa, símbolo do samba na capital paulista. Deixou o grupo, mas não a música. No próprio jardim, participou da criação do movimento dos seresteiros que culminou com a instalação do Recanto da Saudade, palco de grandes encontros com músicos e o público, sempre ao lado da esposa Dora Russo Trevilatto.

Em 2014, as duas praças que formam o Jardim Público, e já foram divididas pela Avenida 1, foram declaradas patrimônio histórico de São Paulo pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat). A partir do tombamento, todas as reformas e mudanças precisam de aprovação prévia do órgão. A história do jardim começa por volta de 1850, quando o barão de Grão Mogol passou a defender a necessidade de implantação do espaço onde hoje estão mais de 100 espécies de árvores e plantas, além de monumentos, pontos de comércio e pontos de lazer.

Ponto de encontro em todas as fases

Na vida de Trevilatto, o Jardim Público foi e é cenário de muitos momentos. “Na minha juventude, aqui era o ponto de encontro, onde muitos casais se conheceram, como eu e minha esposa Dora”, relembra. No local há também o banco com a propaganda do Panqueca’s, casa noturna que marcou época e era muito frequentada pelo casal que construiu mais de 50 anos de trajetória até o falecimento de Dora Russo Trevilatto, bancária aposentada e cantora, em 2019.

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Charles 3º é o novo rei do Reino Unido após 70 anos como ‘príncipe profissional’

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Formal ao extremo, ocasionalmente desengonçado e com uma personalidade que se tornou sinônimo de falta de carisma, Charles Philip Arthur George passou 70 anos como príncipe herdeiro do Reino Unido, exercendo esse papel como se fosse uma profissão.

Com a morte da rainha Elizabeth 2ª, nesta quinta-feira (8), o Charles “príncipe” enfim deixará de existir aos 73 anos. Em seu lugar, surge o rei Charles 3º, o mais velho a assumir o trono britânico na história, o que deve fazer de seu reinado um período de transição entre o da mãe, venerada pela dedicação ao serviço público, e o do filho William, 40, visto como a modernização -e, para alguns, salvação- da realeza.

“Mas talvez não seja tão transitório assim. Charles herdou os genes da mãe e do pai e pode muito bem reinar por 20 anos”, afirma Annette Mayer, especialista em monarquia britânica da Universidade de Oxford.

A longa trajetória como príncipe herdeiro, maior que a de qualquer outro na história do Reino Unido, estimulou em Charles um certo sentimento de resignação e até autoironia. “Ser herdeiro do trono não é uma profissão. É uma enrascada”, ele costuma dizer, bem-humorado, quando questionado sobre o tema, segundo relata a biógrafa Catherine Mayer no livro “Born to Be King” (nascido para ser rei), de 2015.

Sob o olhar público desde que nasceu, em 1948, Charles precisou encontrar cedo uma forma de conviver com essa enrascada. Nunca houve um modelo único de como o herdeiro do trono britânico deveria se comportar, e ele teve ainda de lidar com o fato de ser o primeiro príncipe da era televisiva.

Seus passos foram seguidos na juventude, durante a carreira militar e sobretudo em relação à atribulada vida amorosa, que incluiu o desastroso casamento com a princesa Diana e a união com Camilla Parker Bowles, em 2005. Nada contribuiu mais para a imagem de homem insensível, e até cruel, do que o divórcio de Diana, cujo ápice foi a famosa entrevista dada por ela em 1995 à BBC, em que sutilmente sugeriu que Charles não teria condições psicológicas de ser rei e deveria passar o bastão direto para William.

Para a professora de Oxford, o novo rei recuperou parte de sua popularidade desde os distantes anos 1990, em parte porque conseguiu focar sua atuação às inúmeras causas ambientais e sociais que patrocina. “Ele melhorou sua imagem desde os tempos difíceis que teve. Charles agora é um homem mais velho e mais sábio, então é mais respeitado. Mas é difícil ser tão respeitado como sua mãe”, afirma

O ativismo, que inclui um interesse especial pela Amazônia, tornou-se marca registrada. Nunca houve um príncipe tão engajado em assuntos que afetam diretamente os súditos como ele, da defesa do ambiente à educação para jovens desfavorecidos, causa que defende por meio da sua organização Prince’s Trust.

Mesmo se Charles for um monarca de transição, por outro lado deverá marcar o padrão pelo qual futuros príncipes herdeiros serão julgados. Depois dele, inaugurar prédios públicos não será o bastante.

Amigos dizem que o Charles distante e robótico que os britânicos se acostumaram a ver em público é bem diferente de sua personalidade em privado. Afirmam que é um bom contador de piadas e que durante um bom tempo dedicou-se a aprender mímica e ilusionismo. Outros interesses são jardinagem, pintura em aquarela e criação de ovelhas. Até a meia-idade jogou polo e participou de caçadas a raposas, duas atividades que são a expressão máxima da nobreza britânica. Abandonou a primeira por problemas nas costas, e a segunda, não devido ao interesse pelo ambiente, mas apenas porque foi banida pelo governo

Uma afinidade inusitada é com a dança, o que não quer dizer que seja bom nela, como mostrou ao sambar totalmente sem jeito numa visita ao Rio de Janeiro em 1978, imagem que correu o mundo.
Metódico, Charles toma todos os dias um café da manhã com ovos e cereais e não almoça, para desespero de assessores que o acompanham durante longos dias de compromissos.

Costuma calcular a quantidade de água que precisa beber para não sentir sede nem vontade de ir ao banheiro, algo especialmente útil em dias de agenda pesada. Antes de dormir, dispara por escrito pedidos para auxiliares relacionados às tarefas do dia seguinte.

Seu círculo de convívio social é pequeno, em sua maioria restrito a conhecidos da juventude, incluindo algumas namoradas pré-Diana, como um dia a própria Camilla foi. Uma das amigas mais famosas é a atriz Emma Thompson, que, ao menos até onde se sabe, nunca esteve romanticamente envolvida com ele.

Na infância, o futuro rei era tímido e considerado inseguro pelo pai, o príncipe Philip, morto em 2021 aos 99 anos. “O duque [Philip] notou que Charles era uma criança sensível -ao contrário de sua irmã mais nova, Anne- e concluiu que o melhor curso de ação seria endurecê-lo”, afirma a biógrafa do novo rei.

Do choque de personalidades nasceu uma relação mal resolvida com o pai severo e uma ligação bem mais próxima com o tio-avô Louis Mountbatten, um militar condecorado, o último vice-rei da Índia e uma espécie de tutor para o jovem Charles. O assassinato de Mountbatten num atentado a bomba cometido pelo IRA (Exército Republicano Irlandês) em 1979 é tido como o maior trauma da vida do novo rei.

Num gesto de modernização notável nos anos 1950, Charles foi o primeiro herdeiro a não receber educação domiciliar. Assim, frequentou diversas escolas da elite britânica. Também cumpriu o ritual de servir nas Forças Armadas e aos dez anos recebeu o título pelo qual ficaria conhecido: príncipe de Gales.

Em 1977, conheceu Diana Spencer, de família aristocrática, com quem se casaria em 1981 e teria dois filhos, William e Harry. A tumultuada relação, desfeita em 1996, com direito a infidelidade conjugal de lado a lado, seria o período mais danoso não apenas para a imagem do príncipe, mas de toda a monarquia.

A morte de Diana, num acidente de carro em Paris, em 1997, gerou comoção global e acusações de falta de empatia pela família real. Pela primeira vez imprensa e especialistas trataram seriamente da possibilidade de o país virar uma República. Desde então, a monarquia readquiriu grande parte de seu prestígio, e hoje pesquisas indicam que tem apoio em torno de 70%.

Mas a ascensão de Charles poderá destravar o sentimento republicano, ao menos num primeiro momento, diz Mayer, de Oxford. Ela faz um paralelo entre a sucessão de Elizabeth 2ª e a de outra mulher que marcou sua época, a rainha Vitória, que morreu em 1901 após um reinado de quase 64 anos.

“Quando a rainha Vitória morreu, não houve questões sobre a sobrevivência da instituição. Mas haverá muito rapidamente perguntas sobre para onde vai a monarquia agora”, afirma ela.

Isso acontece, diz a acadêmica, porque falta a Charles o peso histórico da mãe, coroada quando o Reino Unido ainda era uma potência, embora já na descendente. Hoje, ao contrário, o país vive uma crise de identidade e é claramente um ator secundário na geopolítica global. Além de ter optado por uma guinada isolacionista com o brexit, o divórcio com a União Europeia, tem sua própria existência sob risco.

Estão no horizonte um novo referendo sobre a independência da Escócia, pressões crescentes para a integração da Irlanda do Norte à República da Irlanda e até um ressurgente nacionalismo em Gales -algo particularmente doloroso para um homem que ficou tanto associado à região.

“Não há nada que ele possa fazer caso haja uma divisão, e é algo que pode acontecer. Ele sofrerá muito, afinal foi príncipe de Gales e tem ligações fortes com a Escócia [onde estudou na infância]”, diz Mayer.

Sem autoridade política real, restará ao novo soberano o “poder suave” de tentar influenciar o humor do eleitorado, enfatizando as vantagens de manter o reino intacto, em pronunciamentos e eventos.

Segundo especialistas na realeza, ele tentará, logo de início, tomar atitudes para fugir um pouco da longa sombra da mãe e marcar um estilo próprio. Charles deverá simplificar rituais da monarquia, reduzir seus custos e focar a riqueza do reino como uma nação multicultural. Especula-se que, na coroação, fará uma adaptação do juramento, prometendo defender “as fés”, em vez de “a fé” anglicana, religião oficial do país.

Outra diferença provável é na maneira de se expressar sobre temas cotidianos. Como príncipe, Charles notabilizou-se por falar o que pensa sobre diversos assuntos e chegou a enviar memorandos a ministros, arranhando o princípio basilar, que sua mãe sempre respeitou, de não envolver a Coroa na política.

A grande questão é saber se manterá essa prática como rei, o que no limite poderia levar a crises constitucionais. Analistas da monarquia apostam que Charles sabe que, sentado no trono, precisará ser mais cuidadoso com as palavras. Uma importante exceção deverá ser a questão ambiental, indelevelmente associada à imagem do novo monarca.

Neste sentido, a relação do trono britânico com o Brasil poderá se aprofundar, diz o diplomata aposentado Flávio Perri, que coordenou no Itamaraty a organização da conferência ambiental da ONU Rio-92, em que Charles foi uma das principais estrelas. “Lembro-me de um cavalheiro de alta estirpe, de educação aprimorada, culto, que tinha curiosidade sobre o Brasil, queria conhecer mais, saber das coisas brasileiras”, afirma Perri, sobre os contatos com o príncipe durante o evento.

Embora tivesse um papel cerimonial, Charles comportava-se como um verdadeiro chefe de delegação, diz o diplomata. “Em uma monarquia constitucional como a britânica, todo o poder se realiza por meio do primeiro-ministro. Mas o príncipe Charles teve o valor de trazer o prestígio da Coroa britânica para a conferência do Brasil, um efeito simbólico muito importante naquele momento”, afirma.

A presença do herdeiro do trono britânico se tornou, durante a conferência, uma espécie de contraponto à do então presidente dos EUA, George Bush, que confirmou sua participação apenas na última hora e era visto como porta-voz dos interesses das empresas petrolíferas do seu país.

Charles é presidente de honra do World Wildlife Fund (WWF) no Reino Unido, uma das mais influentes ONGs do planeta, além de ter criado em 2010 a International Sustainability Unit, espécie de guarda-chuvas de todas as suas iniciativas ambientais. Dificilmente abrirá mão totalmente dessas atividades, embora certamente não poderá dedicar tanto tempo a elas.

Após sete décadas de ativismo, exposição pública e escândalos que o tornaram uma das personalidades mais conhecidas do planeta, o septuagenário Charles chega ao ponto final da trajetória que foi traçada para ele no berço, sem que tivesse podido escolher. A figura vista mundialmente mais como príncipe do que como ser humano viveu períodos turbulentos, em que sofreu desprezo e até ódio em escala mundial.

Hoje, afirma sua biógrafa, dificilmente haja alguém que odeie Charles, mas também é difícil encontrar alguém que o adore. Essa personalidade cinzenta talvez combine bem com um reinado de transição.
Para Charles, começa uma nova enrascada.

Rei Charles 3º chega a Londres e cumprimenta público

O rei Charles 3º chegou na manhã desta sexta-feira (9) a Londres vindo da Escócia, onde morreu na quinta (8) a rainha Elizabeth 2ª, e foi cumprimentar o público que o aguardava na entrada do palácio de Buckingham. Charles estava acompanhado de Camilla, rainha consorte.

O novo rei será oficialmente proclamado como monarca do Reino Unido neste sábado (10), durante uma cerimônia no Palácio de St. James, em Londres, informou o palácio de Buckingham. Esse processo é um dos ritos formais que Charles será submetido a fim de substituir Elizabeth, a mais longeva rainha britânica.

Segundo comunicado do Conselho de Adesão, grupo formado para organizar os trâmites de uma passagem de reinado, a leitura da proclamação de Charles como rei será feita às 11h (horário local, 15h pelo horário de Brasília). Uma segunda proclamação será feita no prédio do Royal Exchange, um centro de comércio aberto em 1565.

Também são esperadas outras proclamações reais na Escócia, na Irlanda do Norte e no País da Gales, integrantes do Reino Unido. Essas cerimônias serão realizadas no domingo (11).

DISCURSO

O primeiro discurso de Charles 3ª para a população do Reino Unido será transmitido no início da noite desta sexta pelo horário local -14h no horário de Brasília. Aos 73 anos, Charles é o monarca mais velho a assumir o trono.

Além disso, o governo do Reino Unido anunciou nesta sexta que o período de luto pela morte da rainha Elizabeth 2ª começa hoje e vai durar até o dia do funeral. Já os membros da família e os funcionários da Casa Real ficarão de luto mais sete dias após o sepultamento, de acordo com o Palácio de Buckingham.

O dia seguinte à morte da rainha é conhecido como Dia D+1 no plano chamado de Operação London Bridge, que estipulou todos os passos a serem seguidos pelo Conselho de Adesão para a sucessão ao trono.

Originalmente, se esperava que Charles fosse proclamado rei nesta sexta-feira. Mesmo com essa alteração, outros trâmites oficiais estão previstos para acontecer, como o encontro de Charles com Liz Truss, a primeira-ministra do Reino Unido que foi empossada na terça-feira (6) pela rainha Elizabeth 2ª.

Também está previsto que Charles receba uma moção de condolências no Westminster Hall antes de uma “viagem de luto” pelo Reino Unido, iniciando na Escócia. Haverá uma sessão parlamentar e também religiosa.

Prefeitura faz recapeamento e interdita trânsito na Rua 1

Em virtude de recapeamento asfáltico que está sendo realizado pela prefeitura, o trânsito de veículos precisou ser interditado em trecho da Rua 1, na região central de Rio Claro.

Os serviços estão sendo realizados entre as avenidas 9 e 3 e foram iniciados nesta sexta-feira  (9). Na quinta-feira (8) a prefeitura providenciou recapeamento asfáltico em trechos de dois bairros. No Centro, o serviço foi feito na Rua 1 entre as avenidas 11 e 7. Na Vila Cristina, em parte da Avenida 64-A, na região nordeste.

O serviço deu continuidade ao programa Rio Claro em Ação, a maior iniciativa em zeladoria da história do município, anunciada pelo prefeito Gustavo na semana passada.

Nesta fase serão atendidos mais de 50 bairros, com investimentos da ordem de R$ 51 milhões. “Serão feitos 482.000 m² de recapeamento”, informa o secretário municipal de Obras, Valdir de Oliveira Junior.

Na terça-feira (6) trecho da Rua 8-A no bairro São Miguel recebeu o serviço. Na segunda-feira (5) o trabalho foi feito na Rua 1 entre as avenidas 21 e 11, no bairro Cidade Jardim. Na quarta-feira (31) os serviços foram realizados na Rua 7-A entre as avenidas 58 e 64, no bairro Vila Nova. O primeiro trecho atendido foi a Rua 1 entre as avenidas 21 e 29, também no Cidade Jardim. “Até o final de 2024 deveremos investir R$ 190 milhões no programa Rio Claro em Ação”, explica o prefeito de Rio Claro.

Vale apena investir em um seminovo? Confira dicas

Será que um carro usado pode ser tão funcional quanto um zero? Segundo especialistas sim, mas tudo depende do motorista e da funcionalidade. E, por incrível que pareça, para algumas ocasiões o carro usado pode ser até mais indicado, porém é preciso ter alguns cuidados na hora de decidir. E para saber que cuidados são esses, o SHOWCAR desta semana foi conversar com alguns profissionais para ajudar você a escolher o seu seminovo.

O primeiro passo, e um dos mais importantes, é estabelecer o valor-limite que você pretende gastar, evitando aborrecimentos futuros e possível desistência do bem. É muito importante também lembrar que, além do valor do carro, existem outros gastos que pesam no bolso, como a transferência da documentação, possíveis reparos e aquela manutenção constante como combustível, óleo de freio e motor, entre outros.

Importante também ressaltar que, ao examinar um veículo usado, você não pode observar somente a parte externa, é essencial atentar para o motor. Um motor saudável tem um barulho constante, diferente disso pode ser que o motor foi reparado ou que ele necessitará disso, o que significa gastos. Bruno Ramaciotti ressalta a importância de falar com um profissional da área “mecânica e funilaria é muito importante” e “se você não conhece ninguém, peça para o lojista indicar algum” principalmente para quem estiver comprando seu primeiro carro.

Além da mecânica e funilaria, defeitos nos freios podem transformar a aquisição de um automóvel usado em um grande problema. São “carros com peças que não seriam adequadas para aquele tipo de carro, né, que o pessoal adapta de um carro para o outro”, afirma o empresário Ézio Ferreira, que diz receber muitas vezes carros assim no seu estabelecimento.

E a dica final é verificar a quilometragem do carro seminovo. O ideal é comprar um seminovo com menos de 10 mil quilômetros rodados, dessa forma você garante um bom estado de conservação.

Jornal Cidade RC
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