Os vereadores da base governista do prefeito Gustavo Perissinotto (PSD) aprovaram nessa segunda-feira (23) o parecer pela rejeição das contas do ex-prefeito Du Altimari (MDB) no Tribunal de Contas do Estado, referentes ao exercício de 2016, último ano de gestão do emedebista. Apenas Rodrigo Guedes (União Brasil), integrante da base partidária de apoio, que votou pela aprovação das contas, assim como o membro do MDB, Hernani Leonhardt.

Os vereadores Carol Gomes (Cidadania), Geraldo Voluntário (MDB), Sivaldo Faísca (União Brasil) e Moisés Marques (PP) não estavam presentes na sessão. Segundo o acórdão do TCE contra Du, houve omissão quanto ao reconhecimento da busca constante pelo equilíbrio orçamentário e pela preservação do erário municipal naquele ano. Na tribuna, Altimari apresentou a defesa aos vereadores numa tentativa de ganhar apoio, em vão.

De acordo com ele, durante o período julgado, todos sabem das “dificuldades enfrentadas no país no ano de 2016, com a retração do PIB, que afetou diretamente as administrações municipais. Porém, ainda que presentes as dificuldades, com apoio do Legislativo foi possível a realização dos investimentos necessários nos setores essenciais do município, sem prejudicar os munícipes bem como a saúde financeira da Prefeitura”, afirmou.

Altimari apontou também supostas controvérsias na decisão proferida pelo Tribunal de Contas do Estado e afirma que ficou evidenciado pelo presidente da Corte “busca pelo equilíbrio dos resultados, preservação da saúde financeira da Prefeitura e economia na execução do orçamento, sendo que as ocorrências registradas na execução orçamentária não desequilibraram os orçamentos futuros”, declarou o ex-prefeito.

O vereador Luciano Bonsucesso (PL) foi o primeiro a se justificar pelo voto a favor do TCE dizendo que o Tribunal “tem mais competência que este vereador para analisar” as contas. Serginho Carnevale (União Brasil) explanou que votou contra o próprio ex-prefeito do seu partido, Juninho, nas contas de 2019 que também foram rejeitadas pela Câmara Municipal e que “desavenças políticas” são naturais.

Hernani Leonhardt (MDB) foi o único a fazer encaminhamento contra o parecer e cutucou o colega anterior afirmando que se tratava de uma votação política. “O voto aqui é político sim, o Tribunal dá um parecer, quem manda no meu voto sou eu. Estamos aqui politicamente”, afirmou. Em todo caso, não foi o suficiente, ganhando apoio – surpreendente – de Rodrigo Guedes, irmão do vice-prefeito Rogério Guedes. Du Altimati teve aprovação anterior nas contas de 2009 até 2015.

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