Vista do prédio da Santa Casa de Misericórdia de Rio Claro, que atende moradores da cidade e ainda de municípios da região por meio do SUS (foto arquivo)

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Vista do prédio da Santa Casa de Misericórdia de Rio Claro, que atende moradores da cidade e ainda de municípios da região por meio do SUS (foto arquivo)
Vista do prédio da Santa Casa de Misericórdia de Rio Claro, que atende moradores da cidade e ainda de municípios da região por meio do SUS (foto arquivo)

A Santa Casa de Rio Claro anunciou nessa segunda-feira (22) que fará coro à paralisação nacional das Santas Casas no dia 25 de setembro. A mobilização acontecerá em todo o país para alertar a sociedade sobre o subfinanciamento do Sistema Único de Saúde, com ênfase na realidade da crise vivenciada há anos pelos filantrópicos.

O objetivo é conscientizar a todos sobre o insuficiente recurso de custeio alocado e o crescente endividamento das instituições, já que o subfinanciamento e o brutal déficit dele decorrente não tem perspectiva de solução próxima. No caso de Rio Claro, o problema ainda se agrava pelo atraso do repasse da subvenção municipal. Até o dia de hoje (terça-feira, 23), encontram-se em atraso todas as parcelas de 2014 (R$ 2.812.500,00), além do parcelamento referente a 2013 (R$ 1.250.000,00), que também está atrasado.

Nomeado de “Dia Nacional de Luto pela Crise das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos”, o ato prevê bloquear todo o agendamento eletivo nesta data, como ação de protesto e sensibilização pública em nível nacional.

“Manteremos a manutenção da assistência nas urgências e emergências, primordial para que a população não sofra desassistência generalizada, o que não é nossa intenção, pois temos o povo como principal aliado e beneficiado dessa nossa luta. Não estamos brigando apenas por nós, mas pela saúde de todos os brasileiros, principalmente aqueles que dependem do SUS”, afirmou o diretor-presidente da Fehosp (Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Estado de São Paulo), Edson Rogatti.

Também na data, os funcionários e profissionais que trabalham nas instituições vestirão trajes na cor preta, representando o luto pelo setor, que atualmente amarga uma dívida de mais de R$15 bilhões.

Esta ação é parte de uma mobilização nacional, que conta com a participação das mais de 2.100 instituições do país e surgiu após a reunião de representantes do setor no último congresso da CMB (Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas), promovido em Brasília no mês de agosto.

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