Manifestação de protesto realizada em abril deste ano

Antonio Archangelo

Potencializada pela deterioração dos índices de inflação e de desemprego, nova manifestação popular percorrerá as ruas de Rio Claro, ao que tudo indica, no dia 16 de agosto. Denominada nacionalmente de “Mega Protesto contra o PT”, no município, os organizadores ainda dependem de uma reunião que definirá o horário e a indicação do trajeto para os órgãos de segurança.

Manifestação de protesto realizada em abril deste ano
Manifestação de protesto realizada em abril deste ano

Uma das ideias é que a comercialização de camisetas para a manifestação angarie fundos para que o grupo consiga alugar um carro de som para percorrer o trajeto ao lado dos descontentes com a crise econômica e política que atinge o país.

Pelo menos três, dos principais movimentos de rua críticos ao governo de Dilma Rousseff (PT), convocaram uma nova manifestação para o dia 16 de agosto: o Vem Pra Rua, o Movimento Brasil Livre e os Revoltados Online. O novo protesto se concentra na crítica ao ajuste fiscal sem diminuição do tamanho do Estado e ao ritmo negativo de crescimento da economia.

MARÇO

Em março, assim como milhares de brasileiros em diversas regiões do País, os rio-clarenses, também, saíram às ruas na manhã do dia 15, em protesto contra o governo de Dilma Rousseff, marcado por escândalos e denúncias de corrupção. Manifestantes levaram cartazes para exibir no trajeto que saiu de forma pacífica do Jardim Público, na Rua 3. O ato reuniu quatro mil pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar.

Enquanto uns defendem o fim da corrupção, outros pedem intervenção militar no Brasil. Neste sentido, Anne Kepple alerta para que haja consciência sobre as reivindicações. “Centenas de brasileiros foram mortos e milhares torturados e exilados na época do governo militar no Brasil. Pensem bem no que estão pedindo. Pode ser que seus filhos e netos sejam presos, torturados e mortos no futuro, e não terão direito nenhum – nem meios legais – para reclamar. Viva o direito ao voto”, disse na oportunidade.

ABRIL

Mesmo abaixo do esperado, a segunda manifestação contra a presidente Dilma Rousseff (PT) foi realizada em Rio Claro na manhã do dia 12 e repercutiu entre as lideranças políticas locais. Para o atual presidente do PP de Rio Claro, Rogério Marchetti, “as manifestações são válidas e alguma coisa precisa ser feita”.

“Mesmo abaixo do esperado, a manifestação voltou a sinalizar que, se nada mudar, iremos padecer nas urnas”, considerou ao mencionar a aliança de partidos que dão sustentação ao governo petista em Brasília.

O presidente do PPS, o sindicalista Francisco Carlos Quintino da Silva, acreditava, na oportunidade, que faltava sustentação jurídica para a saída de Dilma Rousseff (PT). Já presidente do PCdoB, Luiz Carlos Rodrigues Rezende, dizia: as pesquisas apontam uma grande participação de pessoas que não votaram em Dilma nas manifestações.

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