Laura Tesseti

O consumo de peixe no Brasil cresceu. De modo geral, o país não é culturalmente habituado a ter o peixe como principal proteína em sua alimentação. Porém, é perceptível essa mudança.

De acordo com levantamento da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, o consumo anual de pescado por pessoa pulou de 6,46, em 2003, para 9,03 quilos, em 2009; atualmente, são 14 quilos.

A importação de um peixe com um ótimo custo-benefício, que chega a custar 50% menos que outras espécies, também tem colaborado com essa realidade. É o caso do panga, conhecido popularmente como peixe-gato, uma espécie muito versátil de carne branca, textura firme, sem espinhos e de fácil preparo, criado por meio de técnicas avançadas no Vietnã.

O panga ainda é alvo de retaliações disseminadas principalmente por meio de boatos na Internet, que colocam em dúvida sua origem e procedência. A professora da UFSCar assegura que o Vietnã – onde o peixe é fortemente cultivado, possui mecanismos de controle e regulamentação sérios com instituições que realizam o monitoramento. “O panga é totalmente seguro para alimentação e exportação. Os boatos estão mais relacionados à questão comercial, já que o panga, no Brasil, chega a custar menos que as espécies mais baratas.”.

E em Rio Claro o consumo segue bem, segundo Clayton Roth, dono de uma peixaria na Cidade Azul.

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