A PF investiga fraudes no “Minha Casa, Minha Vida”

Antonio Archangelo

Duas operações distintas da Polícia Federal desembarcaram em Piracicaba e Santa Gertrudes na terça-feira (24). A Polícia Federal deflagrou a Operação Tyrannos para desarticular organização criminosa responsável por desvios no programa “Minha Casa, Minha Vida” na região de Manhuaçu/MG.

Os desvios apurados já ultrapassam R$ 1,6 milhão apenas em Martins Soares e Durandé. Em pouco mais de cinco anos, a organização criminosa teria celebrado contratos totalizando mais de R$ 56 milhões para executar o PNHR em aproximadamente 25 municípios. A investigação criminal contou com o apoio da Controladoria-Geral da União.

Foram cumpridos seis mandados de prisão preventiva, seis mandados de prisão temporária, 19 mandados de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva, todos expedidos pela Subseção Judiciária de Manhuaçu, com a participação do MPF da mesma cidade. Cerca de 100 servidores federais estão cumprindo os mandados nas cidades mineiras de Durandé, Martins Soares, Governador Valadares, Belo Horizonte, além de Manhuaçu, e em Santa Gertrudes/SP.

A PF investiga fraudes no “Minha Casa, Minha Vida”
A PF investiga fraudes no “Minha Casa, Minha Vida”

A Polícia Federal não confirmou o motivo da inclusão de Santa Gertrudes, e se limitou a dizer que faz parte das investigações. A reportagem apurou que os golpes aplicados em Minas Gerais envolviam indivíduo hoje morador de Santa Gertrudes.

Em Piracicaba, a 21ª fase da Operação Lava-Jato apreendeu documentos. Denominada de “Passa Livre”, a operação envolveu 140 policiais federais e 23 auditores fiscais que cumprem 25 mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão preventiva e seis mandados de condução coercitiva nas cidades de São Paulo, Lins, Piracicaba, Rio de Janeiro, Campo Grande/MS, Dourados/MS e Brasília.

O empresário José Carlos Bumlai, amigo do ex­presidente Lula, foi preso preventivamente em Brasília. Foram conduzidos coercitivamente Cristiane Dodero Bumlai, Guilherme Bumlai e Mauricio Bumlai, nora e filhos do empresário, respectivamente, além dos administradores Natalino Bertin e Silmar Bertin, ligados ao Grupo Bertin, e o policial militar Marcos Sergio Ferreira.

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