Ator, diretor e músico era de Rio Claro e dedicou sua vida às artes cênicas

Adriel Arvolea

Rio-clarense nascido em 2 de agosto de 1935, o diretor musical Paulo Herculano morreu nesse sábado (28), em São Paulo, aos 81 anos, em decorrência de problemas pulmonares. Ele estava internado no Hospital Universitário da USP.

Formado em piano no Conservatório Carlos Gomes, de Campinas, participou dos seminários musicais Pró-Arte, alcançando destaque na área da música de câmera com o conjunto Musicantiga, prestígio que o levou a cursar musicologia, na Sorbonne, em Paris, entre 1969 e 1970.

Como diretor musical no teatro, foi responsável pela montagem de A Megera Domada, de William Shakespeare, em 1965. Teve destaque com o espetáculo Hair, adaptando as músicas originais e preparando o elenco vocalmente. Dois grandes exemplos de seus inúmeros trabalhos. Integrou, ainda, o elenco da montagem de Eva Perón, como o ditador portenho.

Imagem do elenco de Nostradamus, preparado por Herculano em 1986 (Imagem: reprodução)
Imagem do elenco de Nostradamus, preparado por Herculano em 1986 (Imagem: reprodução)

Para o jovem ator e diretor Felipe Toledo, Herculano deixa importante legado para o cenário cultural. “Paulo Herculano foi e sempre será de extrema importância para o teatro brasileiro e, principalmente, fonte de inspiração para o cenário cultural de Rio Claro. Com a vitória da APCA pela direção musical de ‘Bodas de Sangue’, Herculano além de diretor, professor e ator, traçou no teatro nacional grande impacto trabalhando com grandes nomes como Antunes Filho”, destaca Toledo. Conforme avalia, os trabalhos deixados por Herculano no meio artístico servem de exemplo às novas gerações (com informações Itaú Cultural).

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