Laudo deve sair no período de quinze dias. Comerciantes que perderam os salões ocuparão dois outros vagos do mercadão

Carine Corrêa

A Polícia Civil investiga as causas que levaram ao incêndio que atingiu o Mercado Municipal na noite dessa terça-feira (18). A investigação está sendo conduzida pelo delegado Carlos Alberto Skil.

A previsão é de que o laudo seja concluído em um período de quinze dias. Com o incêndio, o Mercadão foi fechado e, segundo a Prefeitura de Rio Claro, será reaberto ao público “assim que houver liberação por parte dos órgãos responsáveis, tendo em vista a segurança de comerciantes e frequentadores”.

Laudo deve sair no período de quinze dias. Comerciantes que perderam os salões ocuparão dois outros vagos do mercadão
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O que diz o Corpo de Bombeiros?

A reportagem do JC ouviu o comandante do Corpo de Bombeiros de Rio Claro, tenente Catelani. Ele fornece detalhes técnicos da densidade da fumaça, que podia ser avistada de longe. “Quando um sofá, por exemplo, pega fogo em um ambiente fechado, o que ocorre é que o fogo vai consumindo o móvel lentamente e, quando o ar entra em contato com as chamas, forma-se uma densa fumaça. No caso do Mercado pode ter acontecido a mesma situação”, detalha o comandante.

>>> VÍDEO: incêndio atinge Mercado Municipal

“Para controlar as chamas no Mercadão, ele ressalta que foi deslocado em um primeiro momento o veículo ABS (Auto Busca e Salvamento), que contém um reservatório de água. Sua capacidade de armazenar a água é inferior à do caminhão AB (Auto Bomba), mas para o primeiro momento é o ideal, pois é mais rápido”, especifica Catelani.

As proporções do incêndio foram classificadas de média para alta. “Havia materiais combustíveis e, por isso, todo o cuidado foi tomado”, frisou. O governador Geraldo Alckmin sancionou o Código Estadual de Proteção Contra Incêndios e Emergências de São Paulo, que fortalece o poder do Corpo de Bombeiros para fiscalizar a segurança de imóveis e credenciar bombeiros civis e guarda-vidas. O tenente Catelani lembra que essa lei ainda tem que ser regulamentada.

O que diz a Prefeitura?

Questionada se um curto-circuito pode ter causado incêndio no Mercadão, a prefeitura informou que “sem o laudo da perícia, não é possível afirmar”. Os prejuízos, segundo o governo municipal, estão sendo calculados, “somente será possível analisar após o parecer da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros, e do laudo da perícia”.

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O dia seguinte dos comerciantes

Viviane Romero, filha do proprietário da peixaria, um dos quiosques destruídos pelas chamas, revela que a prefeitura se prontificou a reservar dois quiosques, que estavam vagos, um para o seu comércio e o outro que foi atingido – o Já-Pão & Cia.

>>> VÍDEO: trabalhos no dia seguinte do incêndio no Mercadão

A peixaria já conquistou uma clientela específica no Mercadão Municipal e está instalada na estrutura histórica há 2 anos. Há muito tempo, a família mantinha o comércio no Bairro do Estádio, mas, por motivos de segurança, o imóvel nesse endereço foi fechado. Agora, a peixaria está funcionando na esquina da Rua 14 com a Avenida 27.

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