Acima, trecho do vídeo

Lucas Calore

No último dia 9 de março, um dia após o Dia da Mulher, um vídeo publicado pelo Ministério da Defesa do Brasil atingiu a marca de mais de 100 mil visualizações. Quem está no vídeo é Liz, mostrando seu trabalho. A jovem teve aulas escolares de exatas, mas pôde aguçar a sua paixão pela física com o seu tio, o professor doutor Marcos Serzedello, e o interesse pela aplicação da ciência em aeronaves chamou sua atenção.

Acima, trecho do vídeo
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Trabalho
Liz cursou Eletricidade e Instrumentos na Escola de Especialista de Aeronáutica (EEAR), em Guaratinguetá (SP), onde se formam os sargentos da FAB. Lá, realizou atividades técnicas e de vida militar. “Ao final, os formandos optam pela vaga que julgarem melhor”, conta. Assim, a jovem optou pelo ETA6 e foi para Brasília. “Pelo mesmo, desempenha-se a nobre missão de transporte de órgãos, lançamento de paraquedistas e autoridades, dentre elas militares e civis”, detalha.
Além disso, profissionalmente, pode ter acesso a quatro tipos de aeronaves diferentes. Liz trabalha na área de manutenção e inspeção periódica das aeronaves. A responsabilidade está em manter as aeronaves operantes dentro da segurança para a tripulação.

Empoderamento
Sobre a presença feminina na área, ela conta que é comum encontrá-las atuantes. “Na Aeronáutica temos dois pilares fundamentais: hierarquia e disciplina. Portanto, se a mulher seguir este caminho e ainda demonstrar profissionalismo e determinação, não há motivos para a inclusão feminina ter agravantes”, afirma.
Em relação à sua escolaridade no ensino médio, em um tradicional colégio particular do Centro de Rio Claro, Liz conta que seu nível intelectual era tratado de forma justa, nunca levada em consideração a sua cor de pele. Ao JC, Liz afirma também que, mesmo vindo de uma família instruída, as pessoas ainda têm dificuldade para entender como uma mulher e negra é “tão boa quanto elas”, diz.

Clique aqui e confira o vídeo publicado pelo Ministério da Defesa. 

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