O Sistema Cross (Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde) é um serviço do Governo do Estado que gera muitas dúvidas na população. Em Rio Claro, os usuários do SUS também demonstram não entender ao certo como funciona a distribuição de recursos do Cross.

Em conversa com a secretária municipal de Saúde, Maria Clélia Bauer, e com a diretora de Gestão do SUS em Rio Claro, Eleni Almeida, o JC busca esclarecer como funciona o Cross.

“O Cross é um serviço que organiza a regulação de recursos disponíveis na saúde pública. O sistema trabalha em vários âmbitos: pré-hospitalar, ambulatorial, regulação entre regiões. Estas são as frentes ordenadas pelo Cross, que é um sistema atualizado pelos próprios médicos, a fim de buscar os melhores recursos, mais próximos do paciente”, explica Maria Clélia.

A presidente da Fundação Municipal de Saúde ainda esclarece que o Cross é um sistema unificado em todo o Estado, mas que funciona, principalmente, de maneira regionalizada, através das regiões de saúde: “Temos, além dos recursos em nossa cidade, alguns que são oferecidos em outros municípios e recebem pacientes de Rio Claro. A ideia é que se encontre o que o paciente precisa no lugar mais próximo, porém às vezes é necessário ir para outros lugares. Assim como recebemos pacientes de outras cidades, algumas pessoas daqui precisam de recursos em outros locais”.

Uma das maiores dificuldades que a população tem com relação ao entendimento do Cross é que, muitas vezes, o serviço é associado apenas à distribuição de vagas em hospitais. “É um sistema de regulação de diversos recursos. Vagas, exames, cirurgias, medicamentos, tudo isso entra no Cross”, comenta Eleni Almeida.

Outra dúvida frequente na população é com relação à forma como é determinado qual paciente receberá os recursos disponíveis. “O Cross não é uma fila de espera. A decisão de quem tem a prioridade é de médicos e segue de acordo com os prognósticos, ou seja, leva em conta o menor risco do paciente e a maior chance de alcançar o resultado com a utilização de determinado recurso. Tudo isso é feito baseado em protocolos médicos e com avaliação de médicos”, explicam as profissionais.

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