Depois de compartilhar com os leitores do JC seu amor por carros antigos, o ‘Jay Leno de Rio Claro’ nos mostra uma incrível coleção de bicicletas. Segure o guidão e viaje na leitura!

Na estrutura, aço, alumínio ou ferro. Nas cores, tons avermelhados, azuis e verdes. Nos bancos, couro. Sua utilidade é a locomoção. Falando assim, até parece que estamos descrevendo um carro. Que nada! É apenas mais uma paixão do químico Guido Dantas. Ele mantém em casa muitas bicicletas históricas de época.

Essa é a segunda reportagem da série ‘Meu Carro, Meu Xodó’ com Dantas, que respeitosamente chamamos e comparamos ao apresentador e colecionador norte-americano Jay Leno.

A primeira reportagem da série foi sobre sua bela coleção de carros antigos, que foi veiculada há exatos 15 dias. Ela pode ser revista nas multiplataformas do JC. Acesse o site: jornalcidade.net e pesquise a sessão ‘Meu Carro, Meu Xodó’. E, nesta quinta-feira (28), vamos mostrar as ‘magrelas’.

No acervo centenário, há mais de 200 unidades com modelos diferentes. As outras 50, que estão no andar de cima da casa, aguardam a chegada das peças que, na maioria das vezes, são importadas. A primeira foi uma Monark São Paulo, da década de 1960, que o rio-clarense de coração ganhou de seu pai quando tinha 11 anos de idade.

“Meu pai tinha fazenda e mexia com esse tipo de coisa. O sonho dele era ver eu andando a cavalo. Ou seja, só fui ganhar uma [bicicleta] quando eu estava no quarto ano do primário. Hoje não gosto muito de cavalo não, meu negócio é mais bicicleta”, relatou.

Ao JC, Dantas contou que na adolescência, com aproximadamente 14 anos, perto de casa, tinha um japonês que mantinha uma bicicletaria e, que foi vendo-o restaurar as bicicletas, que começou a se interessar por elas. E que foi o próprio japonês que o ajudou por anos. Um dos frutos dessa parceria foi uma Lambreta, fabricada em 1958.

“Eu o via fazendo e comecei também a montar, desmontar e pintar. Foi com esse dinheiro que eu comprei a minha primeira bicicleta, que também foi restaurada por mim”, relata.

A coleção começou por acaso, quando comprou duas bicicletas de um amigo de Rio Claro. Uma Goricke e uma Kalkhoff. O entusiasmo ao falar desses modelos é impressionante, de tão lindas e raras que ele as considera. Afinal, até hoje, segundo ele, ainda não viu outras iguais com outros colecionadores que conhece.

Raridades fabricadas em várias partes do mundo

Dos muitos modelos que estão na casa de Dantas há raridades que foram produzidas em países como Suíça, Alemanha, França, Itália e no Brasil. Entre as marcas mais famosas é possível encontrar Caloi e Monark. Já as importadas foram fabricadas pela Victoria, Phillips, Monark Sueca, Piloto, Centrum, Vega, Sieger, Olympia, Bristol, além de muitas outras. Algumas chegam a pesar 20 quilos.

Mas a mais difícil de adquirir foi uma Club Japonesa. Além disso, na época, foi a mais cara que já comprou. “Tinha dó de gastar tanto com ela, aí não resisti. É muito bonita. Tem muitos detalhes e foi fabricada nos anos 40”, descreve, mas sem especificar o montante pago.

Curiosidades e fatos marcantes sobre a coleção não faltam em seu belo acervo que, aliás, abriga também muitas lambretas de época, que serão focadas na terceira e última reportagem da série sobre esse rio-clarense e suas preciosidades. Fique atento e não perca.

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