Ednéia Silva

Rio Claro enfrentou neste ano a pior epidemia de dengue de sua história. Até o último boletim divulgado pela Vigilância Epidemiológica na sexta-feira (12), foram confirmados 17.577 casos da doença, seis mortes, sete descartadas e quatro suspeitas de óbito em investigação.

Com a chegada do frio, a incidência da dengue diminui, mas a população deve se manter em alerta contra o mosquito Aedes aegypti, para evitar que uma nova epidemia ocorra em 2016.

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Para isso, a comunidade deve manter os cuidados preventivos contra o mosquito. Quem orienta é a bióloga Kátia Curado Nolasco, coordenadora do Programa Municipal de Combate à Dengue. De acordo com ela, se toda a sociedade se engajar na prevenção, não haverá nova epidemia na cidade.

Ela lembra que cerca de 80% dos criadouros do mosquito estão dentro de casa. Então é preciso que cada morador faça sua parte, eliminando os recipientes que possam acumular água parada. Piscinas, calhas, caixas d’água e imóveis fechados devem ter atenção especial. “A estratégia de guerra tem que ser mantida como se estivesse acontecendo epidemia”, recomenda.

Kátia informa que as equipes de combate à dengue continuam trabalhando. Segundo ela, as ações de combate foram intensificadas com visitas, mutirões e remoção de criadouros nos bairros. As equipes de educação promovem palestras e orientação em escolas, empresas e eventos, para lembrar a sociedade sobre a necessidade de manter a prevenção. A bióloga lembra que quem contraiu um tipo de vírus fica imune apenas a ele, podendo contrair os demais. A dengue tem quatro tipos de vírus em circulação no país: 1, 2, 3 e 4.

Assim como Kátia, a VE ressalta que o quadro epidêmico passou, mas os riscos de transmissão da doença continuam, por isso é importante a população se manter em alerta. “O tempo seco facilita o trabalho da fêmea em depositar os ovos do mosquito transmissor, mas qualquer chuva pode favorecer a eclosão e a disseminação do pernilongo”, afirma.

A Vigilância informa que a nebulização que está sendo feita pela empresa contratada pela prefeitura deve continuar por mais três meses, mas isso não exime a população da responsabilidade de eliminar os criadouros em suas casas e quintais. Poder público e comunidade devem fazer a sua parte para evitar o retorno da epidemia.

No Brasil o número de casos de dengue também caiu. Em abril foram registrados 348,2 mil casos contra 111,1 mil em maio, queda de 68%. Com a chegada do inverno, a tendência é de continuar a redução dos casos da doença, mas o órgão reforça que as medidas de prevenção devem ser mantidas durante todo o ano.

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