Há pessoas fascinadas por grandes carrões e outras apaixonadas por pequenos carrinhos. Pequenos, mesmo. É o caso do personagem desta edição do ‘Meu Carro, Meu Xodó’. Nesta reportagem, o leitor vai passear entre várias miniaturas de modelos e marcas produzidas ao longo dos anos. Pegue o cafézinho e boa viagem!

O JC encontrou em Rio Claro o contabilista Alberto Martins Rohrig, de 48 anos. Em sua casa, na Vila Indaiá, ele passou os últimos 38 anos colecionando miniaturas vindas de diversos países da Europa, tais como Alemanha, França e Itália, e também da América do Norte, mais precisamente dos Estados Unidos. 

Ele explica que as marcas convencionais de veículos produzem peças de diversas escalas, em relação aos automóveis reais, que permitem diferentes níveis de detalhamento. Nas prateleiras do escritório caseiro, de Rohrig, algumas peças chamam a atenção, como alguns modelos tunados – aqueles rebaixados, com rodas grandes e muita personalização. Outros também se destacam, como os americanos Muscle Car (Plymouth Barracuda, Pontiac Firebird, Chevrolet Camaro, Chevrolet Chevelle). Há, também, os modelos nacionais representados por veículos policiais e militares. 

Em outra repartição, o acervo inclui veículos Monsters Jam – que são caminhonetes adaptadas para saltos. Elas são um show à parte. Adentrando o escritório, destaque para um Fusca azul claro escalada 1:24, uma Ferrari também em escala  1:18 – edição especial e  algumas miniaturas escala 1:43 de ambulância.

Ele conta que começou no universo das réplicas aos 10 anos de idade, com um Hot Wheels Lamborghini, Diablo Amarela, de 1990. O contabilista ganhou a peça de um amigo, quando foi passar umas férias na casa de sua avó, na capital paulista. 

“Aos poucos fui comprando outros e também ganhando de amigos e familiares. No começo, eu buscava mais qualidade. No entanto, com o tempo, o meu gosto foi se aprimorando. Agora, procuro mesmo por peças exclusivas e cada vez mais raras”, explica.

Em outro móvel do escritório estão expostas versões de Fusca, Kombi e outras raridades nacionais, como o Karmann Ghia e o Dodge Charger RT – os preferidos do rio-clarense. “Meu pai sempre teve um Volkswagen na garagem. Fosse ele o fusquinha, uma kombi. Então, são referência e, para mim, isso conta.

Xodó em que ninguém mais coloca as mãos 

Rohrig tem dois filhos. O mais velho, de 14 anos, e a mais nova, de 9. Ele disse ao JC que, em hipótese alguma, os deixa chegarem perto do acervo, do qual cuida com muito carinho e cuidado. “Eu compro carrinho para eles e não dou dos meus. É sempre assim. Quando eles me pedem, corremos para alguma loja. Mas nesses aqui, ninguém encosta”.

Os filhos, inclusive, o acompanham em encontros de carros antigos pela região, como em Águas de Lindóia, São Pedro e Cosmópolis. “[O encontro] é um ambiente familiar, por isso faço questão de levá-los. Eles curtem muito conhecer as histórias dos carros de verdade. É um aprendizado que eles levarão para a vida inteira”.

O hobby virou até negócio

Hoje, além de colecionar, o rio-clarense também comercializa as pequenas relíquias em eventos da cidade e região. “Vou para alguma loja e compro dois, três, iguais. Aí, vou juntando, colocando no estoque. E torcendo para que ele fique cada vez mais difícil de encontrar. Com o passar do tempo, criei uma lista de fornecedores de São Paulo e de outras cidades do Brasil”, destaca.

Quem se interessar pelas preciosidades, basta entrar em contato com o contabilista. Ele garante ter prazer em ajudar as pessoas que estão começando os seus acervos, ou pensam em ampliar a coleção. O telefone para contato é (19) 98135-2603.

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