Representação com fotos de irregularidade foi protocolizada na Promotoria da Infância e Juventude de Rio Claro

Antonio Archangelo/Coluna PolítiKa

Após relatos de irregularidades em ata, a polêmica envolvendo a eleição do Conselho Tutelar de Rio Claro, realizada no início deste mês, ganhou um novo capítulo. Um grupo de candidatos à vaga de conselheiro protocolou no Ministério Público pedido de impugnação da eleição, elencando diversos pontos do edital que foram desrespeitados.

O documento assinado pela advogada Lenira Maria Callau e Maria Regina Gigliotti aponta que, mesmo sendo vedada a vinculação político-partidária das candidaturas, candidatos no citado pleito teriam incorrido em irregularidades, como: o fato de vereadores terem pedido votos; em outra denúncia, um conselheiro teria sido beneficiado por propaganda feita por funcionários públicos; além das vans e carros particulares que transportavam eleitores.

Representação com fotos de irregularidade foi protocolizada na Promotoria da Infância e Juventude de Rio Claro
Representação com fotos de irregularidade foi protocolizada na Promotoria da Infância e Juventude de Rio Claro

“Antes das 12 horas, no interior do recinto das eleições, já se falava que, após o horário de almoço, chegariam ônibus, uma caravana de eleitores, não se sabe para quem seriam destinados os votos, minha fiscal veio me avisar, porém atitude alguma foi tomada por parte da diretoria responsável pela eleição, pois, se os fiscais estavam sabendo, impossível a direção não saber”, cita a denúncia.

Há relatos, de acordo com que apurou a Coluna, de eleitores que compareceram embriagados para votar, após participarem de um churrasco bancado por um dos candidatos a conselheiro. O vale-churrasco incluía o transporte dos eleitores. Em outro caso, uma candidata teria discutido com cabos eleitorais defronte ao local de votação, pelo fato de não ter tido os votos acordados com vereador, cerca de 750, devido ao fato de uma xará ter angariado parte dos votos. “Além de tudo isso, as cédulas de votação não foram rubricadas”, disse a denunciante à Coluna.

Para a promotora Maria Claudia Cruz de Oliveira, o Ministério Público só se pronunciará sobre a denúncia depois de posicionamento da Comissão Eleitoral Especial. Já o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, que tem representação na supracitada comissão, disse que uma reunião deve ser realizada no dia 5 de novembro para abordar o assunto.

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