Rio Claro registrou três casos de dengue nesta semana

Rio Claro tem 351 casos de dengue neste ano, conforme boletim divulgado nesta sexta-feira (9) pela Fundação Municipal de Saúde. Nesta semana foram confirmados três novos casos. O município não tem casos neste ano de chikungunya, zika vírus e febre amarela, doenças também transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

Para evitar aumento no número de casos de dengue, o município tem atuação constante. O Centro de Controle de Zoonoses faz trabalho permanente que inclui visitas casa a casa, vistorias em pontos estratégicos, nebulização e palestras informativas.

A participação da comunidade é fundamental no combate ao Aedes. O mosquito se reproduz em água parada. Por isso é essencial eliminar os recipientes e manter os quintais sempre em ordem, além de descartar corretamente os materiais.

Dívidas no cartão de crédito crescem ao maior valor em 8 anos com inflação e queda de renda

Folhapress

“Chegou um ponto [em] que tinha de escolher: pagar o cartão ou ficar sem comer”, diz Damiana Araújo dos Santos, desempregada. “Como tenho dois filhos, sinto muito, não posso deixar meus filhos passarem fome para pagar cartão”, afirma.

Casos como o dela levaram o país a registrar o maior patamar de dívidas com cartão de crédito em oito anos, refletindo a dificuldade da população em se manter adimplente em um cenário de inflação elevada, renda comprimida e busca por emprego.

O chamado “rotativo”, acionado quando o consumidor não paga a fatura completa do cartão até o vencimento, registrou R$ 159,3 bilhões em novos empréstimos nos seis primeiros meses do ano. De acordo com o Banco Central, esse é o maior nível para o período desde 2014 -quando foram concedidos R$ 174,7 bilhões (na série atualizada pela inflação).

Santos conta que tem quatro cartões e que eles eram usados sobretudo para comprar alimentos no supermercado. “Fui comprando em um, pagando o mínimo, passando para o outro, não consegui pagar, parcelei, aí virou aquela bola de neve”, relata.

Quanto ao volume da dívida, diz nem ter mais ideia do total e evita atender os telefonemas diários de cobrança. “Deve estar um valor bem alto por conta dos juros, mas não sei dizer”, afirma.

Tanto o BC quanto especialistas em finanças recomendam que o cartão de crédito rotativo seja usado apenas emergencialmente e por períodos muito curtos. Com taxas de juros elevadas, essa é a linha de crédito mais cara do mercado.

Em junho, os juros do rotativo atingiram 370,4% ao ano. No acumulado em 12 meses, o aumento da taxa média foi de 41,3 pontos percentuais -bem acima da escalada da taxa básica (Selic), que saiu da mínima histórica de 2% em 2021 até o atual patamar de 13,75% ao ano.

Nem o aumento dos juros tem freado novos empréstimos nessa modalidade, diferentemente de outros períodos. Ao menos agora a população não fica indefinidamente no rotativo.

Desde abril de 2017, os bancos são obrigados a transferir após um mês a dívida do rotativo para uma linha de crédito parcelado, que tem taxas mais baixas.

Especialistas destacam que a mudança da norma atenuou o efeito “bola de neve”, mas que ninguém deve ter como objetivo buscar o crédito parcelado porque os juros -embora mais baixos que o do rotativo- também são altos. Em junho, a taxa média total nessa modalidade ficou em 173,2% ao ano.

O BC alertou na ata da última reunião do Comef (Comitê de Estabilidade Financeira), divulgada na quinta-feira (8), que o crescimento do crédito em modalidades com maiores riscos indica uma tendência de aumento da inadimplência, ainda que dentro de padrões históricos.

“No caso das famílias, o aumento de ativos problemáticos tem superado o crescimento da carteira de crédito. Essa tendência deverá permanecer com o crescimento do crédito em modalidades mais arriscadas”, escreveu a autoridade monetária em nota.

De acordo com Ricardo Teixeira, coordenador do MBA de Gestão Financeira da FGV (Fundação Getulio Vargas), a perda de poder de compra frente à inflação elevada é um dos fatores para o aumento da inadimplência.

“Durante o período da pandemia, muitas famílias passaram por dificuldades, algumas pessoas perderam emprego, o que também pressiona a economia doméstica”, acrescentou.

O especialista descreve que muitas dívidas são contraídas quando há o empréstimo do crédito para amigos e familiares que estão passando por dificuldades financeiras. “Mesmo que essa pessoa venha a pagar os juros depois, é o titular do cartão que está usando o rotativo”, disse.

No caso das famílias de classe média, Teixeira cita o aumento das despesas devido ao “novo normal”.

Segundo ele, com o home office e o trabalho em formato híbrido, as famílias tiveram maiores gastos com alimentação no domicílio e equipamentos, e ainda viram a fatura da energia elétrica subir. As contas domésticas ficaram ainda mais pressionadas nos lares com crianças e adolescentes, que passaram a ter aulas por meio de plataformas digitais.

Amanda Rapouzo, diretora da Serasa eCred, destaca que “uma das maiores dívidas do brasileiro é com cartão de crédito”. Quanto ao perfil de pessoas com nome negativado, diz que a maior parcela é composta por jovens de 25 a 35 anos, com renda de um a dois salários mínimos, e gasto médio de R$ 3.000.

Segundo Rapouzo, as melhores alternativas para fugir da linha de crédito mais cara do mercado são os empréstimos com garantia ou empréstimo com antecipação do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).

Os eleitores endividados estão na mira dos candidatos à Presidência da República no pleito de 2022. A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) elabora um programa para viabilizar a renegociação de dívidas, como contas de luz e água, de famílias de baixa renda e de parcela da classe média.

Ciro Gomes (PDT), que está em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, mantém em seu programa uma proposta apresentada na campanha de 2018 de limpar o nome dos brasileiros do SPC/Serasa, com taxas de juros menores e prazos mais longos de pagamento.

Narciso Trevilatto, o guardião das memórias do Jardim Público de Rio Claro

Nos últimos meses, o Jardim Público de Rio Claro começou a receber novos bancos em substituição às antigas peças existentes no local. Vários bancos antigos estavam danificados pelo tempo e pelo vandalismo. Para os visitantes mais antigos, porém, chamou a atenção a retirada das peças históricas, que carregam tanto as lembranças de quem viveu momentos no local como também uma parte importante da trajetória econômica do município, já que em cada um consta a marca do patrocinador, empesas que foram importantes no passado, muitas já extintas.

Temendo que os históricos bancos passem a existir somente na memória dos visitantes mais antigos, o músico Narciso Trevilatto, de 88 anos, decidiu fazer um registro de cada peça antiga, criando uma espécie de “galeria” dos bancos. São 73 bancos registrados nas fotos que o músico faz com seu próprio celular. Faltam apenas algumas unidades, que neste momento estão encobertas por barracas, mas que logo também já estarão devidamente fotografadas. “Acho importante preservar essa história, muitas indústrias, lojas e outros estabelecimentos que hoje não existem mais têm suas marcas nos bancos do Jardim”, explica o aposentado. Após a conclusão do trabalho, pretende doar o acervo para o Museu Amador Bueno da Veiga, para que as futuras gerações possam conhecer como era a praça e também as empresas que um dia existiram em Rio Claro. No vídeo disponível no canal do JC no YouTube é possível conferir as imagens que trazem curiosidades nas propagandas das empresas, como os números de telefone com apenas dois dígitos.

Apaixonado por música e história, Trevilatto já foi integrante do tradicional Demônios da Garoa, símbolo do samba na capital paulista. Deixou o grupo, mas não a música. No próprio jardim, participou da criação do movimento dos seresteiros que culminou com a instalação do Recanto da Saudade, palco de grandes encontros com músicos e o público, sempre ao lado da esposa Dora Russo Trevilatto.

Em 2014, as duas praças que formam o Jardim Público, e já foram divididas pela Avenida 1, foram declaradas patrimônio histórico de São Paulo pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat). A partir do tombamento, todas as reformas e mudanças precisam de aprovação prévia do órgão. A história do jardim começa por volta de 1850, quando o barão de Grão Mogol passou a defender a necessidade de implantação do espaço onde hoje estão mais de 100 espécies de árvores e plantas, além de monumentos, pontos de comércio e pontos de lazer.

Ponto de encontro em todas as fases

Na vida de Trevilatto, o Jardim Público foi e é cenário de muitos momentos. “Na minha juventude, aqui era o ponto de encontro, onde muitos casais se conheceram, como eu e minha esposa Dora”, relembra. No local há também o banco com a propaganda do Panqueca’s, casa noturna que marcou época e era muito frequentada pelo casal que construiu mais de 50 anos de trajetória até o falecimento de Dora Russo Trevilatto, bancária aposentada e cantora, em 2019.

Charles 3º é o novo rei do Reino Unido após 70 anos como ‘príncipe profissional’

Folhapress

Formal ao extremo, ocasionalmente desengonçado e com uma personalidade que se tornou sinônimo de falta de carisma, Charles Philip Arthur George passou 70 anos como príncipe herdeiro do Reino Unido, exercendo esse papel como se fosse uma profissão.

Com a morte da rainha Elizabeth 2ª, nesta quinta-feira (8), o Charles “príncipe” enfim deixará de existir aos 73 anos. Em seu lugar, surge o rei Charles 3º, o mais velho a assumir o trono britânico na história, o que deve fazer de seu reinado um período de transição entre o da mãe, venerada pela dedicação ao serviço público, e o do filho William, 40, visto como a modernização -e, para alguns, salvação- da realeza.

“Mas talvez não seja tão transitório assim. Charles herdou os genes da mãe e do pai e pode muito bem reinar por 20 anos”, afirma Annette Mayer, especialista em monarquia britânica da Universidade de Oxford.

A longa trajetória como príncipe herdeiro, maior que a de qualquer outro na história do Reino Unido, estimulou em Charles um certo sentimento de resignação e até autoironia. “Ser herdeiro do trono não é uma profissão. É uma enrascada”, ele costuma dizer, bem-humorado, quando questionado sobre o tema, segundo relata a biógrafa Catherine Mayer no livro “Born to Be King” (nascido para ser rei), de 2015.

Sob o olhar público desde que nasceu, em 1948, Charles precisou encontrar cedo uma forma de conviver com essa enrascada. Nunca houve um modelo único de como o herdeiro do trono britânico deveria se comportar, e ele teve ainda de lidar com o fato de ser o primeiro príncipe da era televisiva.

Seus passos foram seguidos na juventude, durante a carreira militar e sobretudo em relação à atribulada vida amorosa, que incluiu o desastroso casamento com a princesa Diana e a união com Camilla Parker Bowles, em 2005. Nada contribuiu mais para a imagem de homem insensível, e até cruel, do que o divórcio de Diana, cujo ápice foi a famosa entrevista dada por ela em 1995 à BBC, em que sutilmente sugeriu que Charles não teria condições psicológicas de ser rei e deveria passar o bastão direto para William.

Para a professora de Oxford, o novo rei recuperou parte de sua popularidade desde os distantes anos 1990, em parte porque conseguiu focar sua atuação às inúmeras causas ambientais e sociais que patrocina. “Ele melhorou sua imagem desde os tempos difíceis que teve. Charles agora é um homem mais velho e mais sábio, então é mais respeitado. Mas é difícil ser tão respeitado como sua mãe”, afirma

O ativismo, que inclui um interesse especial pela Amazônia, tornou-se marca registrada. Nunca houve um príncipe tão engajado em assuntos que afetam diretamente os súditos como ele, da defesa do ambiente à educação para jovens desfavorecidos, causa que defende por meio da sua organização Prince’s Trust.

Mesmo se Charles for um monarca de transição, por outro lado deverá marcar o padrão pelo qual futuros príncipes herdeiros serão julgados. Depois dele, inaugurar prédios públicos não será o bastante.

Amigos dizem que o Charles distante e robótico que os britânicos se acostumaram a ver em público é bem diferente de sua personalidade em privado. Afirmam que é um bom contador de piadas e que durante um bom tempo dedicou-se a aprender mímica e ilusionismo. Outros interesses são jardinagem, pintura em aquarela e criação de ovelhas. Até a meia-idade jogou polo e participou de caçadas a raposas, duas atividades que são a expressão máxima da nobreza britânica. Abandonou a primeira por problemas nas costas, e a segunda, não devido ao interesse pelo ambiente, mas apenas porque foi banida pelo governo

Uma afinidade inusitada é com a dança, o que não quer dizer que seja bom nela, como mostrou ao sambar totalmente sem jeito numa visita ao Rio de Janeiro em 1978, imagem que correu o mundo.
Metódico, Charles toma todos os dias um café da manhã com ovos e cereais e não almoça, para desespero de assessores que o acompanham durante longos dias de compromissos.

Costuma calcular a quantidade de água que precisa beber para não sentir sede nem vontade de ir ao banheiro, algo especialmente útil em dias de agenda pesada. Antes de dormir, dispara por escrito pedidos para auxiliares relacionados às tarefas do dia seguinte.

Seu círculo de convívio social é pequeno, em sua maioria restrito a conhecidos da juventude, incluindo algumas namoradas pré-Diana, como um dia a própria Camilla foi. Uma das amigas mais famosas é a atriz Emma Thompson, que, ao menos até onde se sabe, nunca esteve romanticamente envolvida com ele.

Na infância, o futuro rei era tímido e considerado inseguro pelo pai, o príncipe Philip, morto em 2021 aos 99 anos. “O duque [Philip] notou que Charles era uma criança sensível -ao contrário de sua irmã mais nova, Anne- e concluiu que o melhor curso de ação seria endurecê-lo”, afirma a biógrafa do novo rei.

Do choque de personalidades nasceu uma relação mal resolvida com o pai severo e uma ligação bem mais próxima com o tio-avô Louis Mountbatten, um militar condecorado, o último vice-rei da Índia e uma espécie de tutor para o jovem Charles. O assassinato de Mountbatten num atentado a bomba cometido pelo IRA (Exército Republicano Irlandês) em 1979 é tido como o maior trauma da vida do novo rei.

Num gesto de modernização notável nos anos 1950, Charles foi o primeiro herdeiro a não receber educação domiciliar. Assim, frequentou diversas escolas da elite britânica. Também cumpriu o ritual de servir nas Forças Armadas e aos dez anos recebeu o título pelo qual ficaria conhecido: príncipe de Gales.

Em 1977, conheceu Diana Spencer, de família aristocrática, com quem se casaria em 1981 e teria dois filhos, William e Harry. A tumultuada relação, desfeita em 1996, com direito a infidelidade conjugal de lado a lado, seria o período mais danoso não apenas para a imagem do príncipe, mas de toda a monarquia.

A morte de Diana, num acidente de carro em Paris, em 1997, gerou comoção global e acusações de falta de empatia pela família real. Pela primeira vez imprensa e especialistas trataram seriamente da possibilidade de o país virar uma República. Desde então, a monarquia readquiriu grande parte de seu prestígio, e hoje pesquisas indicam que tem apoio em torno de 70%.

Mas a ascensão de Charles poderá destravar o sentimento republicano, ao menos num primeiro momento, diz Mayer, de Oxford. Ela faz um paralelo entre a sucessão de Elizabeth 2ª e a de outra mulher que marcou sua época, a rainha Vitória, que morreu em 1901 após um reinado de quase 64 anos.

“Quando a rainha Vitória morreu, não houve questões sobre a sobrevivência da instituição. Mas haverá muito rapidamente perguntas sobre para onde vai a monarquia agora”, afirma ela.

Isso acontece, diz a acadêmica, porque falta a Charles o peso histórico da mãe, coroada quando o Reino Unido ainda era uma potência, embora já na descendente. Hoje, ao contrário, o país vive uma crise de identidade e é claramente um ator secundário na geopolítica global. Além de ter optado por uma guinada isolacionista com o brexit, o divórcio com a União Europeia, tem sua própria existência sob risco.

Estão no horizonte um novo referendo sobre a independência da Escócia, pressões crescentes para a integração da Irlanda do Norte à República da Irlanda e até um ressurgente nacionalismo em Gales -algo particularmente doloroso para um homem que ficou tanto associado à região.

“Não há nada que ele possa fazer caso haja uma divisão, e é algo que pode acontecer. Ele sofrerá muito, afinal foi príncipe de Gales e tem ligações fortes com a Escócia [onde estudou na infância]”, diz Mayer.

Sem autoridade política real, restará ao novo soberano o “poder suave” de tentar influenciar o humor do eleitorado, enfatizando as vantagens de manter o reino intacto, em pronunciamentos e eventos.

Segundo especialistas na realeza, ele tentará, logo de início, tomar atitudes para fugir um pouco da longa sombra da mãe e marcar um estilo próprio. Charles deverá simplificar rituais da monarquia, reduzir seus custos e focar a riqueza do reino como uma nação multicultural. Especula-se que, na coroação, fará uma adaptação do juramento, prometendo defender “as fés”, em vez de “a fé” anglicana, religião oficial do país.

Outra diferença provável é na maneira de se expressar sobre temas cotidianos. Como príncipe, Charles notabilizou-se por falar o que pensa sobre diversos assuntos e chegou a enviar memorandos a ministros, arranhando o princípio basilar, que sua mãe sempre respeitou, de não envolver a Coroa na política.

A grande questão é saber se manterá essa prática como rei, o que no limite poderia levar a crises constitucionais. Analistas da monarquia apostam que Charles sabe que, sentado no trono, precisará ser mais cuidadoso com as palavras. Uma importante exceção deverá ser a questão ambiental, indelevelmente associada à imagem do novo monarca.

Neste sentido, a relação do trono britânico com o Brasil poderá se aprofundar, diz o diplomata aposentado Flávio Perri, que coordenou no Itamaraty a organização da conferência ambiental da ONU Rio-92, em que Charles foi uma das principais estrelas. “Lembro-me de um cavalheiro de alta estirpe, de educação aprimorada, culto, que tinha curiosidade sobre o Brasil, queria conhecer mais, saber das coisas brasileiras”, afirma Perri, sobre os contatos com o príncipe durante o evento.

Embora tivesse um papel cerimonial, Charles comportava-se como um verdadeiro chefe de delegação, diz o diplomata. “Em uma monarquia constitucional como a britânica, todo o poder se realiza por meio do primeiro-ministro. Mas o príncipe Charles teve o valor de trazer o prestígio da Coroa britânica para a conferência do Brasil, um efeito simbólico muito importante naquele momento”, afirma.

A presença do herdeiro do trono britânico se tornou, durante a conferência, uma espécie de contraponto à do então presidente dos EUA, George Bush, que confirmou sua participação apenas na última hora e era visto como porta-voz dos interesses das empresas petrolíferas do seu país.

Charles é presidente de honra do World Wildlife Fund (WWF) no Reino Unido, uma das mais influentes ONGs do planeta, além de ter criado em 2010 a International Sustainability Unit, espécie de guarda-chuvas de todas as suas iniciativas ambientais. Dificilmente abrirá mão totalmente dessas atividades, embora certamente não poderá dedicar tanto tempo a elas.

Após sete décadas de ativismo, exposição pública e escândalos que o tornaram uma das personalidades mais conhecidas do planeta, o septuagenário Charles chega ao ponto final da trajetória que foi traçada para ele no berço, sem que tivesse podido escolher. A figura vista mundialmente mais como príncipe do que como ser humano viveu períodos turbulentos, em que sofreu desprezo e até ódio em escala mundial.

Hoje, afirma sua biógrafa, dificilmente haja alguém que odeie Charles, mas também é difícil encontrar alguém que o adore. Essa personalidade cinzenta talvez combine bem com um reinado de transição.
Para Charles, começa uma nova enrascada.

Rei Charles 3º chega a Londres e cumprimenta público

O rei Charles 3º chegou na manhã desta sexta-feira (9) a Londres vindo da Escócia, onde morreu na quinta (8) a rainha Elizabeth 2ª, e foi cumprimentar o público que o aguardava na entrada do palácio de Buckingham. Charles estava acompanhado de Camilla, rainha consorte.

O novo rei será oficialmente proclamado como monarca do Reino Unido neste sábado (10), durante uma cerimônia no Palácio de St. James, em Londres, informou o palácio de Buckingham. Esse processo é um dos ritos formais que Charles será submetido a fim de substituir Elizabeth, a mais longeva rainha britânica.

Segundo comunicado do Conselho de Adesão, grupo formado para organizar os trâmites de uma passagem de reinado, a leitura da proclamação de Charles como rei será feita às 11h (horário local, 15h pelo horário de Brasília). Uma segunda proclamação será feita no prédio do Royal Exchange, um centro de comércio aberto em 1565.

Também são esperadas outras proclamações reais na Escócia, na Irlanda do Norte e no País da Gales, integrantes do Reino Unido. Essas cerimônias serão realizadas no domingo (11).

DISCURSO

O primeiro discurso de Charles 3ª para a população do Reino Unido será transmitido no início da noite desta sexta pelo horário local -14h no horário de Brasília. Aos 73 anos, Charles é o monarca mais velho a assumir o trono.

Além disso, o governo do Reino Unido anunciou nesta sexta que o período de luto pela morte da rainha Elizabeth 2ª começa hoje e vai durar até o dia do funeral. Já os membros da família e os funcionários da Casa Real ficarão de luto mais sete dias após o sepultamento, de acordo com o Palácio de Buckingham.

O dia seguinte à morte da rainha é conhecido como Dia D+1 no plano chamado de Operação London Bridge, que estipulou todos os passos a serem seguidos pelo Conselho de Adesão para a sucessão ao trono.

Originalmente, se esperava que Charles fosse proclamado rei nesta sexta-feira. Mesmo com essa alteração, outros trâmites oficiais estão previstos para acontecer, como o encontro de Charles com Liz Truss, a primeira-ministra do Reino Unido que foi empossada na terça-feira (6) pela rainha Elizabeth 2ª.

Também está previsto que Charles receba uma moção de condolências no Westminster Hall antes de uma “viagem de luto” pelo Reino Unido, iniciando na Escócia. Haverá uma sessão parlamentar e também religiosa.

Prefeitura faz recapeamento e interdita trânsito na Rua 1

Em virtude de recapeamento asfáltico que está sendo realizado pela prefeitura, o trânsito de veículos precisou ser interditado em trecho da Rua 1, na região central de Rio Claro.

Os serviços estão sendo realizados entre as avenidas 9 e 3 e foram iniciados nesta sexta-feira  (9). Na quinta-feira (8) a prefeitura providenciou recapeamento asfáltico em trechos de dois bairros. No Centro, o serviço foi feito na Rua 1 entre as avenidas 11 e 7. Na Vila Cristina, em parte da Avenida 64-A, na região nordeste.

O serviço deu continuidade ao programa Rio Claro em Ação, a maior iniciativa em zeladoria da história do município, anunciada pelo prefeito Gustavo na semana passada.

Nesta fase serão atendidos mais de 50 bairros, com investimentos da ordem de R$ 51 milhões. “Serão feitos 482.000 m² de recapeamento”, informa o secretário municipal de Obras, Valdir de Oliveira Junior.

Na terça-feira (6) trecho da Rua 8-A no bairro São Miguel recebeu o serviço. Na segunda-feira (5) o trabalho foi feito na Rua 1 entre as avenidas 21 e 11, no bairro Cidade Jardim. Na quarta-feira (31) os serviços foram realizados na Rua 7-A entre as avenidas 58 e 64, no bairro Vila Nova. O primeiro trecho atendido foi a Rua 1 entre as avenidas 21 e 29, também no Cidade Jardim. “Até o final de 2024 deveremos investir R$ 190 milhões no programa Rio Claro em Ação”, explica o prefeito de Rio Claro.

Vale apena investir em um seminovo? Confira dicas

Será que um carro usado pode ser tão funcional quanto um zero? Segundo especialistas sim, mas tudo depende do motorista e da funcionalidade. E, por incrível que pareça, para algumas ocasiões o carro usado pode ser até mais indicado, porém é preciso ter alguns cuidados na hora de decidir. E para saber que cuidados são esses, o SHOWCAR desta semana foi conversar com alguns profissionais para ajudar você a escolher o seu seminovo.

O primeiro passo, e um dos mais importantes, é estabelecer o valor-limite que você pretende gastar, evitando aborrecimentos futuros e possível desistência do bem. É muito importante também lembrar que, além do valor do carro, existem outros gastos que pesam no bolso, como a transferência da documentação, possíveis reparos e aquela manutenção constante como combustível, óleo de freio e motor, entre outros.

Importante também ressaltar que, ao examinar um veículo usado, você não pode observar somente a parte externa, é essencial atentar para o motor. Um motor saudável tem um barulho constante, diferente disso pode ser que o motor foi reparado ou que ele necessitará disso, o que significa gastos. Bruno Ramaciotti ressalta a importância de falar com um profissional da área “mecânica e funilaria é muito importante” e “se você não conhece ninguém, peça para o lojista indicar algum” principalmente para quem estiver comprando seu primeiro carro.

Além da mecânica e funilaria, defeitos nos freios podem transformar a aquisição de um automóvel usado em um grande problema. São “carros com peças que não seriam adequadas para aquele tipo de carro, né, que o pessoal adapta de um carro para o outro”, afirma o empresário Ézio Ferreira, que diz receber muitas vezes carros assim no seu estabelecimento.

E a dica final é verificar a quilometragem do carro seminovo. O ideal é comprar um seminovo com menos de 10 mil quilômetros rodados, dessa forma você garante um bom estado de conservação.

Falecimento: confira a necrologia de 09/09/2022

Henrico Milani Bento Moreira – 8 anos. Faleceu dia 8, às 06h50, em Rio Claro. Deixou os pais Weber Ambrosio Moreira e Thais Fernanda Milani Bento. Foi sepultado no Cemitério São João Batista;

Adalberto Gonçalves Cunha – 59 anos. Faleceu dia 7, às 04h40, em Rio Claro. Deixou a mãe Margarida Hummel Gonçalves Cunha. Foi sepultado no Cemitério Memorial Cidade Jardim;

Arquileu Dias da Silva, Tel – 68 anos. Faleceu dia 7, às 13h50, em Rio Claro. Deixou irmãos e sobrinhos. Foi sepultado no Cemitério Memorial Cidade Jardim;

Benedicta dos Santos Batista de Oliveira, Bene – 94 anos. Faleceu dia 7, às 15h50, em Rio Claro. Era viúva de Pedro Batista de Oliveira, deixou irmã. Foi sepultada no Cemitério Memorial Cidade Jardim;

Eva Bernardes Torres – 87 anos. Faleceu dia 7 em Rio Claro. Era viúva de Manoel Torres, deixou os filhos Sônia, Edson, e Denise e Eliana (ambas falecidas), 10 netos e 11 bisnetos. Foi sepultada no Cemitério São João Batista;

Francisco Barros Pereira, Chiquinho – 50 anos. Faleceu dia 7, às 12h30, em Rio Claro. Deixou viúva Vera Lucia Moreira Mendes Pereira, a mãe Antonia Nordestina de Jesus Pereira, os filhos Lucas e Laura. Foi sepultado no Cemitério Municipal de Corumbataí;

João Amadeu dos Santos – 88 anos. Faleceu dia 7, às 07h45, em Rio Claro. Era viúvo de Aparecida Miquelina Pereira dos Santos, filhos e netos. Foi sepultado no Cemitério São João Batista;

José Maria de Camargo – 87 anos. Faleceu dia 5, às 18h35, em Aparecida do Taboado. Era viúvo de Neisir Ribeiro de Camargo, deixou os filhos Benedito c/c Silvia, Maria Eugenia c/c Simone, Maria Helena, Gilberto c/c Eliana, a irmã Benedicta, filhas do coração Jaide, Raquel e Marilia, netos Guilherme, Marcela, Livia, Juliana, Junior, Giu, Talita, Diego, Tatiane e Sabrina, os bisnetos João, Pedro, Maria Julia, Heleninha e Benicio. Foi sepultado no Crematório Memorial Cidade Jardim;

Margarida Assad de Oliveira – 89 anos. Faleceu dia 6, às 06h46, em Rio Claro. Era viúva de Antonio Neves de Oliveira, deixou os filhos José c/c Soraia, Carlos c/c Nadir, Luís c/c Shirlei, Lindinalva (falecida), 5 netos e 3 bisnetos. Foi sepultada no Crematório Memorial Cidade Jardim;

88 anos: rio-clarense festeja a mesma idade do Jornal Cidade

Aos 88 anos, dona Leonilda de Campos é uma virginiana muito vaidosa e comunicativa. Gosta sempre de estar bem informada e para isso conta com um companheiro e tanto: o Jornal Cidade. Quando o impresso nasceu ela tinha apenas um dia de vida. Ambos fazem aniversário coladinhos. Nessa relação que já dura 88 anos, ela conta que tem o hábito de ler todas as páginas do jornal mas sempre começa por uma seção: “Vocês não vão acreditar mas eu sempre começo pela necrologia. Depois de ler eu vou para a página do intervalo onde vejo os aniversariantes do dia e na sequência eu vejo qual a cor que o meu signo, virgem, no horóscopo, orienta eu usar naquele dia. Nem sempre tenho a cor no meu guarda-roupa mas procuro colocar alguma coisa parecida para dar sorte”, diz.

Ela que aprendeu a ler e a escrever sozinha, frequentou a escola apenas por três meses quando tinha sete anos. Seu pai a retirou para trabalhar na roça e colher algodão. Tudo o que sabe foi do esforço próprio e do dom. A família é algo que a comove muito. Viúva atualmente, teve cinco filhos e enterrou três. Para ela as maiores tristezas em todos esses anos: “Sempre procurei levar a vida com alegria mas sem dúvida ter que enterrar três filhos foi algo que eu não esperava. A saudades é muita”, relembra Leonilda emocionada.

Da dor ela retira a superação para seguir em frente todos os dias. Essa rio-clarense faz trabalhos manuais como ninguém uma de suas grandes paixões: “Bordados, costura, ponto cruz, pintura, crochê. Sem dúvida tudo isso ocupa um espaço em minha vida que me deixa feliz. Eu nunca fiz nenhum curso e tudo o que sei foi vendo e treinando. Minhas linhas e agulhas são fiéis companheiras, assim como meu carrocho e passarinhos. São com eles que passos meus dias já que quase não saio de casa”, afirma a idosa.

Nesta importante data para ela, onde celebra a vida, fez questão de mostrar ao JC as flores que recebeu e alguns presentes. Na simplicidade agradeceu a visita da nossa equipe em uma data tão importante. Porém, o que ela nem imagina é que o presente é para o Jornal Cidade, poder contar com leitores tão memoráveis e receptivos como ela, dispostos a compartilhar a caminhada.

Vida longa a essa dupla: Dona Leonilda e Jornal Cidade – rumo às nove décadas de histórias!

Jornal Cidade: 88 anos de tradição em credibilidade e qualidade

Com 88 anos de trajetória a serviço da população de Rio Claro e da região, o Jornal Cidade se mantem fiel à tradição de credibilidade e qualidade da informação, mas sem deixar de lado os investimentos para o futuro e a busca por novas tecnologias. Juntamente com as edições impressas que diariamente chegam aos leitores, o JC também foi ampliando sua atuação ao longo dos anos, passando a ser um produtor de conteúdos para diferentes plataformas.

Há 18 anos, também produzimos com muito carinho para nossos leitores a JC Magazine, publicação que já se tornou uma referência no mercado.

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Destaque também para o parque gráfico, que hoje atende não somente ao JC como também é responsável pela impressão de jornais da várias cidades da região, além de material publicitário.

Festa das Bibliotecas será sábado no Jardim Público

Neste sábado (10) será realizada a Festa das Bibliotecas, evento dedicado a toda à família, especialmente os amantes da literatura.

O evento conta com a participação de escritoras e escritores, exposição de livros do acervo das bibliotecas públicas municipais e doação de livros. A festa também terá espaço literário kids. Haverá pipoca, algodão-doce e pintura facial de forma gratuita, conforme informa a Secretaria Municipal da Cultura, organizadora do evento.

Como atração artística, a Festa das Bibliotecas terá a presença da Street Band Municipal, apresentações teatrais e o caminhão de poesias Gotas Poéticas.

A Festa das Bibliotecas não terá cobrança de ingresso e será realizada a partir das 9 horas no Jardim Público, próximo ao coreto, na Rua 3 com Avenida 1.

Festival celebra comida de boteco neste fim de semana na Estação

Começa nesta sexta-feira (9) em Rio Claro o Festival de Comida de Buteko, evento que prossegue até o domingo (11) na antiga estação ferroviária.

“O público terá a oportunidade de provar comidas tradicionais de boteco e ouvir música de qualidade”, convida o secretário Guilherme Pizzirani.

Nesta sexta-feira e no sábado o festival tem atividades a partir das 18 horas. No domingo (11), a programação começa às 15 horas. Não há cobrança de ingresso.

A programação musical tem a banda Balaio de Gato, nesta sexta-feira; Yasmin Nascimento e Pago10, no sábado; e Júlio Neri e Samba D’Aninha, no domingo.

Para as crianças haverá espaço de diversão, sem cobrança de ingresso.

Jornal Cidade RC
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