Inscrições seguem abertas para concurso público para professores no Estado de SP
O Estado de São Paulo está com 15 mil vagas abertas para professores, com salário inicial de até R$ 5 mil. Os cargos são efetivos e a escolha será feita por meio de concurso público, no dia 6 de agosto. Conforme evolução funcional, os professores podem atingir remuneração de R$ 13 mil. O certame prevê envio de prova técnica em formato de videoaula e títulos para classificação.
As vagas estão divididas por Diretoria de Ensino, são 91 em todo estado e disciplinas, sendo matemática e língua portuguesa em maior quantidade: 4.556 e 4.322, respectivamente. As provas acontecem em dois horários, a depender da disciplina de escolha, sendo no período da manhã: artes, biologia, história, educação física, português, matemática e filosofia. E no período da tarde: ciências, física, geografia, inglês, química, sociologia e educação especial.
O candidato deverá escolher qual a sua disciplina de atuação, sendo possível se inscrever em uma ou duas disciplinas, desde que sejam em horários distintos. A taxa de inscrição é de R$ 40 para uma única opção de disciplina e R$ 60 para duas.
As 15 mil vagas são divididas em: 10.742 a serem exercidas em Jornada Ampliada de Trabalho Docente, caracterizada pela prestação de 40 horas semanais de trabalho, e 4.258 a serem exercidas em Jornada Completa de Trabalho Docente, caracterizada pela prestação de 25 horas semanais de trabalho. Os salários iniciais são de R$ 5.000 e R$ 3.125, respectivamente.
Prefeito recebeu dias atrás a visita de representantes da Infraero. Segundo Gustavo, áreas em direção a Ajapi e a Piracicaba estão pré-aprovadas
O prefeito Gustavo Perissinotto (PSD) deve ir a Brasília na próxima semana para tratar da possível implantação do aeroporto regional em Rio Claro. O projeto, histórico e que permeia a discussão política local há décadas, voltou a ser debatido na atuação gestão.
No mês de maio, representantes da Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) estiveram na cidade para uma visita técnica. Em entrevista na Rádio Jovem Pan News, do Grupo JC de Comunicação, o chefe do Poder Executivo falou sobre a questão.
“É um assunto recorrente que já não tem mais crédito com a população. Eu tenho muito cuidado para tratar desse tema. O fato é que recebi ligação de uma pessoa do Ministério de Portos e Aeroportos, que pediu para contar sobre o aeródromo de Rio Claro e como ele impacta. Se faz extremamente necessário de a gente encontrar um novo local para deslocar o aeródromo (Aeroclube) e a gente poder desenvolver essa área. A gente tem um desejo de trazer alavanca de crescimento para a cidade”, afirma Gustavo à reportagem.
A equipe da Infraero analisará todas as informações coletadas e, a partir do resultado desta primeira análise, será dado o encaminhamento para os próximos passos junto à Prefeitura. Segundo Gustavo, a diferença dessa tratativa para os governos anteriores é que, “desde 2001, quando se anunciou um novo aeroporto para Rio Claro, isso foi tratado internamente. Dessa vez não, dessa vez a Infraero esteve aqui a pedido do Ministério de Portos e Aeroportos. Essa já é uma diferença que nos faz acreditar que iremos conseguir dar um passo em direção à construção do aeroporto”, acrescenta Gustavo.
Um relatório foi elaborado pela Infraero e neste documento aponta-se que, tecnicamente, é possível a instalação do dispositivo na cidade. Há duas áreas em debate, uma em direção ao Distrito de Ajapi e outra no sentido ao município de Piracicaba. A escolha da área para a possível implantação de um novo aeroporto em Rio Claro também irá considerar espaço para a instalação de um porto seco. A Prefeitura deverá contratar a Infraero para a elaboração do projeto básico e licenciamento pela Anac. O Governo Federal poderá aportar recursos para a implantação do projeto que inclui o aeroporto e o porto seco.
História do jovem Samuel Henrique Camargo Monerato foi destaque no JC
No mês de maio, o Jornal Cidade estampou em suas páginas, site e redes sociais a história do jovem Samuel Henrique Camargo Monerato, 12 anos, morador do bairro São Miguel.
Em breve, o jovem Samuel de 12 anos vai poder ter uma nova cadeira de rodas que comporte as necessidades dele.
Solidariedade
Samuel nunca conseguiu andar e a cadeira de rodas é fundamental no dia a dia: “Devido ao desenvolvimento corporal dele, é necessária a troca da cadeira de rodas no máximo a cada três anos e isso tem um custo elevado, que não cabe no nosso orçamento”, contou a mãe Lessandra Camargo à reportagem no mês passado.
A boa notícia é que a família anunciou que conseguiu arrecadar o valor e efetuou a compra da cadeira de rodas que está sendo produzida e deve chegar no máximo em 60 dias: “Estamos muito felizes com essa conquista para o Samuel e aproveitamos também para agradecer a cada um que colaborou. Assim que a cadeira chegar vamos fazer as fotos e também divulgar. A reportagem feita pelo Jornal Cidade foi de extrema importância, deu visibilidade ao caso dele”, finalizou a mãe.
Congresso Nacional tem 90 dias para apreciar matéria
Por Vitor Abdala e Alex Rodrigues – Repórteres da Agência Brasil – Rio de Janeiro e Brasília
Márcia Ribeiro não vê a hora de conseguir limpar seu nome. A auxiliar de serviços gerais de 55 anos tem dívidas com cartão de crédito e com crediários em lojas há vários anos e, com o nome negativado em cadastros de inadimplência, não consegue comprar vários itens necessários para a sua casa.
“É muito ruim a pessoa querer comprar uma coisa e não poder porque está com um débito atrasado. Queria comprar umas coisas para a minha casa, que fazem falta e eu não posso comprar por causa dessas dívidas: um armário, um fogão. Agora, eu fiz uma dívida com uma televisão e um guarda-roupas, mas foi no cartão do meu irmão. Se eu tivesse pago minhas contas, eu teria comprado no meu cartão”, revela.
Márcia espera poder participar do Desenrola Brasil, o Programa Emergencial de Renegociação de Dívidas de Pessoas Físicas Inadimplentes, lançado nessa terça-feira (6) pelo governo federal, em Brasília. “Vai ser um adianto pra mim, porque eu vou liquidar minhas dívidas e vou poder comprar minhas coisas que estou querendo comprar pra minha casa”, conta.
A Medida Provisória (MP) 1.176/2023, que institui o programa, foi publicada no Diário Oficial de terça-feira (6) e tem efeitos imediatos. Mas, para se tornar lei, precisará ser votada e aprovada pelo Congresso Nacional em até 90 dias.
O Desenrola Brasil pretende juntar devedores e credores a fim de que a dívida possa ser renegociada e a situação de inadimplência encerrada. Serão duas faixas. Na primeira, pessoas que ganham até dois salários mínimos ou quem esteja inscrito no Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal – e que foram negativas até 31 de dezembro de 2022 – poderão saldar suas dívidas de até R$ 5 mil.
Prazo
O pagamento poderá ser à vista ou parcelado em até 60 meses, com desconto e juros mais baixos. O dinheiro para pagar as dívidas pode ser obtido através de empréstimo com uma instituição financeira, o qual poderá ser garantido pelo Fundo de Garantia de Operações (FGO), do governo federal.
A segunda faixa, segundo o Ministério da Fazenda, é destinada somente a pessoas com dívidas no banco, que poderá oferecer a seus clientes a possibilidade de renegociação de forma direta. Essas operações não terão a garantia do Fundo FGO.
Segundo o Ministério da Fazenda, o programa funcionará através de um leilão reverso entre credores, organizado por categoria de crédito, onde quem oferecer mais desconto será contemplado no programa, apresentará a dívida com desconto para renegociar com as pessoas físicas e contará com a garantia de que sua dívida será saldada.
Já aqueles que oferecerem menos desconto ficarão de fora do programa. Por isso, é possível que o devedor não encontre todas suas dívidas para renegociar no Desenrola.
Especialistas
O diretor de Diretor de Relações Institucionais da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), Henrique Lian, considera o programa “de extrema relevância no atual contexto de superendividamento de expressiva parcela da população brasileira”.
Para a economista Carla Beni, da Fundação Getulio Vargas (FGV), a medida é importante para que as pessoas com renda mais baixa possam “voltar a respirar e até poder voltar a consumir”. “A inadimplência dificulta muito a vida da pessoa, inclusive afeta até a saúde mental”, afirma.
Ela acredita que o programa poderá reduzir em até 40% a inadimplência no país, que hoje atinge 66,08 milhões de pessoas, ou 40,6% dos brasileiros adultos, segundo dados divulgados em maio pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Carla destaca, no entanto, que será importante pensar em campanhas para garantir a adesão dos devedores ao programa.
“Vai precisar de orientação e muita campanha de divulgação, porque você precisará de um celular e tudo vai ser feito online. É preciso aguardar os próximos passos para ver como vai ser feita a utilização do aplicativo, como isso vai ser inserido na plataforma e como vai ser a facilidade da adesão. Como temos uma experiência com o Pix e o Brasil teve uma adesão espetacular, acredito que a gente tenha não só uma condição técnica e tecnológica, como a adesão da própria população [ao novo programa]. Ela já está acostumada a usar o celular”, salienta.
Consumo
Izis Ferreira, economista da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), acredita que o programa poderá dar um impulso no consumo das famílias brasileiras.
“O crédito funciona hoje como importante condicionante do consumo, não só de produtos que precisam de prazo para pagamento, de maior valor agregado, mas até produtos do dia a dia e serviços que são consumidos de forma imediata. Então, o crédito hoje é um suporte para o consumo de produtos de primeira necessidade e de maior valor agregado”, destaca.
Por meio de nota, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) informou que o programa está em linha com as tratativas feitas nos últimos meses entre a instituição e o governo federal.
“Quando entrar em operação, os bancos darão sua contribuição para que o Desenrola reduza o número de consumidores negativados e ajude milhões de cidadãos a diminuírem suas dívidas”, diz nota da Febraban.
Na avaliação de Ione Amorim, coordenadora de Serviços Financeiros do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), a urgência com que o Desenrola Brasil foi lançado é importante, mas faltou um pouco mais de diálogo com a sociedade civil. E, por isso, há algumas dúvidas sobre o programa.
Ela questiona, por exemplo, como o consumidor que recorrer ao Desenrola Brasil será tratado pela instituição financeira no futuro. “Hoje, quando a gente tem um desconto muito grande [num banco], esse consumidor fica com uma restrição lá dentro daquela instituição, se ele vai tentar de novo um crédito”, opina.
Redução da inadimplência deverá aumentar o movimento no comércio – Tânia Rêgo/Agência Brasil
Além disso, Ione chama a atenção para as dívidas que já estão prescritas e que nem deveriam mais ser cobradas, mas que poderão entrar no Desenrola. “Quem fará essa análise?”, questiona.
Descontos
Outro ponto destacado por ela é sobre o valor dos descontos. “Essa população de baixa renda é extremamente assediada por empresas que oferecem crédito extremamente predatórios [com taxas de juros muito altas]. Então, qual o valor desses contratos que serão objeto desse acordo? O valor integral já incluindo as taxas de juros abusivas? Quando você fala do desconto, e não tem parâmetro, qual é o referencial?”, pergunta.
Para além do programa, uma causa de preocupação para Ione refere-se a futuras dívidas que podem voltar a envolver o consumidor depois que o programa for encerrado, em dezembro deste ano.
“Esse consumidor, sem nenhum preparo, que foi assediado [para contrair o crédito], continua refém dos mesmos tipos de abordagem. É muito provável que parte desse público, até chegar dezembro, que é o limite desse programa, ele estará de novo com uma série de dívidas. Uma parcela muito grande desse segmento, que ganha até dois salários mínimos, é de aposentados e pensionistas, que são muito expostos à questão do crédito consignado”, alerta Ione.
Ione disse esperar que a regulamentação a ser feita pelo Ministério da Fazenda e a apreciação da matéria pelo Congresso Nacional abram espaço para mais diálogo com as entidades de defesa do consumidor.
Henrique Lian, da Proteste, disse acreditar que o programa poderá ser, futuramente, complementado “com ações de natureza regulatória e educativa com vistas à prevenção da insolvência recorrente.”
A preocupação é a mesma de Izis Ferreira. Para ela, caso não haja um programa de educação financeira para as famílias, há o risco de a inadimplência continuar sendo um problema cíclico no país, com períodos de melhora e outros de piora.
Segundo a CNC, em maio deste ano, a quantidade de pessoas com dívidas há mais de 90 dias representou 45,7% dos inadimplentes. Essa é a maior taxa para um mês em três anos e vem crescendo desde dezembro de 2022 (43,9%).
“O crédito ganhou relevância no pós-pandemia como condicionante do consumo. As pessoas estão concentrando muito gasto no cartão de crédito. Diante desse contexto, a preocupação que a gente tem que ter é: a gente vai resgatar esse consumidor da inadimplência, mas depois será que ele vai entender que precisa ter um pouco mais de cautela, programação e planejamento ao usar o crédito? Ao mesmo tempo que o credor faz a renegociação, ele tem que, forma intensiva, estimular a conscientização financeira desse consumidor. Senão, a gente vai continuar vendo esse ciclo de inadimplência”, afirma a economista.
Antes da edição da MP do Desenrola Brasil, a CNC estimava que o percentual de famílias com dívida há mais de 90 dias só cairia no final do dia, fechando 2023 em 44,5%. Com o lançamento do programa, no entanto, a confederação fará uma nova previsão.
Inadimplência
Segundo Izis Ferreira, apesar de o programa ser focado mais no público de renda mais baixa, a inadimplência tem crescido também na classe média. Por isso, para ela seria importante estimular a renegociação de dívidas também para essa faixa de renda.
Para aqueles que têm dificuldade em manter o orçamento sob controle, a economista Carla Beni tem duas dicas: a primeira é conversar com todos os membros da família para que se entenda até quanto pode ser gasto sem comprometer a renda. A segunda é anotar – numa planilha de computador ou mesmo numa folha de papel – todas as contas que precisam ser pagas.
“As pessoas deveriam conversar mais dentro das famílias sobre suas contas a pagar e suas dívidas”, explica Carla. “E também fazer uma lista das contas a pagar. Um simples papel com caneta ajuda muito a colocar – nos meses futuros – todas as contas que aquela família tem para pagar que já estão comprometidas. Isso pode até ser colocado na porta da geladeira. Isso ajuda com que a família toda caminhe no mesmo sentido, porque a redução das dívidas traz um alívio, um conforto e uma qualidade de vida para todos da casa”.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, na terça-feira (6), que o Desenrola terá um segmento de educação financeira. Na segunda-feira (5), Haddad havia dito que o programa deverá entrar em vigor em julho.
Em abril, após adequações e reformas em seus procedimentos internos, a empresa retomou a produção, comercialização, distribuição e o uso de todos os alimentos em estoque, mas a Anvisa manteve a suspensão da fabricação de produtos com ingredientes alergênicos e a distribuição, comercialização e o uso de itens acabados em estoque fabricados até 27 de março deste ano, além de polpas de tomate utilizadas como matéria-prima, fabricadas ou adquiridas até essa data.
Alergênicos
Com a medida publicada agora, está liberada a fabricação de todos os produtos, incluindo aqueles com ingredientes alergênicos. Também foram autorizadas a comercialização, distribuição e uso de produtos acabados em estoque na fábrica, produzidos até o dia 27 de março, e de polpas de tomate utilizadas como matéria-prima, fabricadas ou adquiridas até a mesma data.
A liberação foi possível, segundo a Anvisa, “após análise dos registros do controle de qualidade da empresa e a ausência de resultados insatisfatórios que representassem risco à saúde do consumidor”.
Ainda de acordo com a agência, os produtos que tiveram o recolhimento determinado não foram afetados por essa revogação e a Anvisa segue monitorando o processo de recolhimento em execução pela empresa.
Abertas novas habilitações para municípios de maior vulnerabilidade
Por Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil – Brasília
O governo federal retomou nesta quarta-feira (7) o programa Farmácia Popular do Brasil, com a proposta de expandir a oferta de medicamentos gratuitos e credenciar novas unidades em municípios de maior vulnerabilidade. Até o momento, eram disponibilizados medicamentos gratuitos para asma, hipertensão e diabetes, enquanto os demais tratamentos eram oferecidos com preços mais baixos, no modelo de copagamento.
Confira a seguir as principais mudanças anunciadas:
Bolsa Família
A partir de agora, os 55 milhões de brasileiros beneficiários do programa Bolsa Família poderão retirar gratuitamente todos os 40 medicamentos disponíveis no rol do Farmácia Popular. Para fazer a retirada, o usuário precisa procurar uma farmácia credenciada e apresentar receita médica, documento de identidade e CPF. O reconhecimento do vínculo com o Bolsa Família, de acordo com o Ministério da Saúde, será feito automaticamente pelo sistema, não sendo necessário cadastro prévio.
Saúde da mulher
Outra novidade anunciada pelo governo federal é que, no novo formato do Farmácia Popular, todas as mulheres podem retirar gratuitamente medicamentos indicados para o tratamento da osteoporose, além de contraceptivos. Cálculos do Ministério da Saúde apontam que cerca de 5 milhões de mulheres em todo o país, que antes pagavam a metade do valor por esse tipo de medicamento, devem ser beneficiadas com a retirada dos produtos de graça.
Povos indígenas
O Farmácia Popular também passa a atender a população indígena. A proposta, de acordo com a pasta, é ampliar e facilitar o acesso, de forma complementar, à assistência farmacêutica básica oferecida atualmente nos distritos sanitários especiais indígenas (DSEI). Com a ação, todos os 40 medicamentos do rol do programa passam a ser disponibilizados de forma gratuita para povos originários.
“Para evitar o deslocamento, um representante da comunidade será escolhido para retirar os medicamentos indicados. Assim, também não será necessário ter um CPF para ser atendido pelo programa. Essa iniciativa entrará em prática em um projeto piloto no território yanomami e, em seguida, expandida de forma gradual para as outras regiões. As ações serão implementadas com a participação dos conselhos distritais de saúde indígena”, informou o Ministério da Saúde.
Demais públicos
Os medicamentos para asma, hipertensão e diabetes que integram o rol do Farmácia Popular seguem gratuitos para todos os públicos.
Novos credenciamentos
A pasta retomou ainda novas habilitações, priorizando municípios de maior vulnerabilidade que aderiram ao programa Mais Médicos. Ao todo, 811 cidades poderão solicitar credenciamento de unidades em todas as regiões do país, sendo 94,4% delas no Norte e Nordeste.
Com as novas habilitações, a expectativa é que, até o fim do ano, o Farmácia Popular passe a ter unidades em 5.207 municípios, o equivalente a 93% do território nacional.
Por Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil – Brasília
Há 14 anos, a pediatra Natália Bastos atende desde pacientes recém-nascidos a adolescentes. Ela lembra, entretanto, que o atendimento pediátrico, sobretudo nas emergências de todo o país, mudou drasticamente ao longo das últimas décadas. Ela cita como exemplo a triagem de crianças com suspeita de meningite. “Antigamente, a gente tinha inúmeras crianças esperando para fazer punção lombar, a gente já não tinha vaga no isolamento. Hoje, os residentes mal têm como fazer a punção lombar porque, graças a Deus, são poucas as crianças com quadro de meningite devido à vacinação”.
Em meio a um consultório repleto de brinquedos, a médica, vestindo um jaleco decorado com temas de desenhos infantis, admite que o maior desafio é a lida com os pais, sobretudo quando o assunto é a imunização dos pequenos. “No caso da vacina da gripe, por exemplo, sempre lançam fake news, dizendo que a dose não é segura, que contém cepa antiga, que não protege contra novos sorotipos. Tenho que ficar trabalhando pra desmistificar essas informações e garantir que a vacina é segura e protege as nossas crianças”.
“Temos também o exemplo da vacina contra a covid e como ela mudou o aspecto padrão da pandemia. Hoje, a gente pode sair sem máscara na rua graças à vacinação em amplo espectro”, disse.
Pediatra Natália Bastos. Arquivo pessoal
Outra dose comumente questionada pelos pais, segundo Natália, é a contra o HPV, indicada atualmente para crianças a partir dos 9 anos de idade. A infecção pelo vírus pode causar lesões na pele associadas ao câncer de colo de útero. “Há sempre todo um trabalho de explicar que a vacina é segura e pode mudar a vida de uma mulher no futuro”, destacou.
Para o também pediatra e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri, o Dia Nacional da Imunização, lembrado nesta sexta-feira (9), funciona como uma oportunidade para reforçar a urgência na retomada das altas coberturas vacinais em todo o país.
Em entrevista à Agência Brasil, ele lembrou que, este ano, comemora-se ainda os 50 anos do Programa Nacional de Imunizações, primeiro programa de imunizações estruturado da região das Américas.
“O Brasil foi pioneiro no continente na eliminação de doenças, na erradicação e no controle de outras. Certamente a data nos remete a esse histórico de conquistas, a todos os avanços que conseguimos em 50 anos de um programa de vacinação que, infelizmente, nos últimos anos, vem sofrendo abalos na sua estrutura, falta de investimento na sua manutenção, desconfiança da população no valor da vacinas e chegada de grupos antivacina que têm colocado todas essas conquistas sob risco”.
Segundo Kfouri, o momento é de comemoração de êxitos e, ao mesmo tempo, de preocupação. “Não há exagero nenhum em dizer que o país está sob risco de retorno de diversas doenças já erradicadas”, alertou, ao citar que, atualmente, três em cada dez crianças que completam 1 ano de idade no país estão sem as três doses contra a poliomielite. “E não só isso. O Brasil não faz uma boa vigilância de casos suspeitos, não monitora o vírus em esgoto. A Organização Pan-americana da Saúde (Opas) classifica o Brasil, junto com Haiti, Honduras e Peru, como um dos países de mais alto risco de reintrodução da poliomielite. É um risco real”.
O rol de doenças que voltaram a assombrar o país inclui ainda a rubéola, a difteria, a rubéola congênita, o tétano e o sarampo. “Na verdade, são todas as doenças, mas essas estão em um radar mais próximo em função do risco mais acentuado pela epidemiologia da região”, explicou o pediatra. Para ele, diversos fatores explicam a queda nas coberturas vacinais no Brasil ao longo dos últimos anos e as estratégias para reverter esse cenário devem levar em consideração as particularidades de regiões, estados e municípios.
“O que tem diminuído a cobertura vacinal num país tão grande e desigual como o nosso não são os mesmos fatores. O que faz uma pessoa não se vacinar numa grande metrópole não é, certamente, o mesmo que motiva a não vacinação em outras regiões do país. É preciso enfrentar cada uma dessas realidades, dificuldades de comunicação são fundamentais, acesso, treinamento e capacitação dos profissionais de saúde. Precisamos investir muito também na produção de vacinas, para não haver falta”.
“Notificação, registro de doses aplicadas, sistema de informação. Há muito o que avançar. O Brasil tem um programa absolutamente democrático, descentralizado, que hoje contempla mais de 38 mil salas de vacina em todo o país. Precisamos de investimento. Só vamos começar a recuperar essa cobertura vacinal com um grande programa, um grande pacto entre sociedade civil, ministério, estados e municípios, que realizam na prática a vacinação”, recomenda o pediatra.
09/06/2023 – Brasília – Arte produzida pelo ministério da saúde para o dia Nacional da Imunização. Arte: Agência Brasil – Agência Brasil
Em um grande estudo com milhares de mamografias, os algoritmos de IA superaram o modelo de risco clínico padrão para prever o risco de cinco anos para câncer de mama. Os resultados do estudo foram publicados na Radiology.
O risco de câncer de mama de uma mulher é normalmente calculado usando modelos clínicos, como o modelo de risco do Breast Cancer Surveillance Consortium (BCSC), que usa informações autorrelatadas e outras sobre a paciente – incluindo idade, histórico familiar da doença, se ela deu à luz e se ela tem mamas densas – para calcular uma pontuação de risco.
“Os modelos de risco clínico dependem da coleta de informações de diferentes fontes, que nem sempre estão disponíveis ou coletadas”, disse Vignesh A. Arasu, MD, PhD, cientista pesquisador e radiologista praticante da Kaiser Permanente Northern California. “Os avanços recentes no aprendizado profundo de IA nos fornecem a capacidade de extrair centenas a milhares de recursos mamográficos adicionais.”
No estudo retrospectivo, o Dr. Arasu usou dados associados a mamografias 2D de rastreamento negativo realizadas na Kaiser Permanente Northern California em 2016. Das 324.009 mulheres rastreadas em 2016 que atenderam aos critérios de elegibilidade, uma subcoorte aleatória de 13.628 mulheres foi selecionada para análise. Além disso, todas as 4.584 pacientes do grupo de elegibilidade que foram diagnosticadas com câncer dentro de cinco anos da mamografia original de 2016 também foram estudadas. Todas as mulheres foram acompanhadas até 2021.
“Selecionamos todo o ano de mamografias de rastreamento realizadas em 2016, então nossa população de estudo é representativa das comunidades no norte da Califórnia”, disse Arasu.
Os pesquisadores dividiram o período de estudo de cinco anos em três períodos de tempo: risco de câncer de intervalo, ou cânceres incidentes diagnosticados entre 0 e 1 ano; risco futuro de câncer, ou cânceres incidentes diagnosticados entre um e cinco anos; e todo o risco de câncer, ou cânceres incidentes diagnosticados entre zero e cinco anos.
As mamografias de rastreamento oblíquas medial direito (RMLO) mostram resultados negativos de 2016 em (A) uma mulher de 73 anos com escore de risco de inteligência artificial (IA) Mirai com risco de mais de 90º percentil que desenvolveu câncer de mama direito em 2021 com 5 anos de acompanhamento e (B) uma mulher de 73 anos com escore de risco Mirai AI com risco inferior ao percentil 10 que não desenvolveu câncer em 5 anos após 5 anos de acompanhamento.
A “caixa preta” da IA
Usando as mamografias de rastreamento de 2016, as pontuações de risco para câncer de mama durante o período de cinco anos foram geradas por cinco algoritmos de IA, incluindo dois algoritmos acadêmicos usados por pesquisadores e três algoritmos disponíveis comercialmente. Os escores de risco foram então comparados entre si e com o escore de risco clínico do BCSC.
“Todos os cinco algoritmos de IA tiveram um desempenho melhor do que o modelo de risco BCSC para prever o risco de câncer de mama em 0 a 5 anos”, disse Arasu. “Este forte desempenho preditivo durante o período de cinco anos sugere que a IA está identificando cânceres perdidos e características do tecido mamário que ajudam a prever o desenvolvimento futuro do câncer. Algo na mamografia nos permite rastrear o risco de câncer de mama. Esta é a ‘caixa preta’ da IA.”
Alguns dos algoritmos de IA se destacaram em prever pacientes com alto risco de câncer de intervalo, que muitas vezes é agressivo e pode exigir uma segunda leitura de mamografias, rastreamento suplementar ou imagens de acompanhamento de curto intervalo. Ao avaliar mulheres com o maior risco de 10% como exemplo, a IA previu até 28% dos cânceres em comparação com 21% previstos pelo BCSC.
Mesmo algoritmos de IA treinados para horizontes de tempo curtos (tão baixos quanto três meses) foram capazes de prever o risco futuro de câncer até cinco anos, quando nenhum câncer foi clinicamente detectado pela mamografia de rastreamento. Quando usados em combinação, os modelos de risco de IA e BCSC melhoraram ainda mais a previsão de câncer.
“Estamos procurando um meio preciso, eficiente e escalável de entender o risco de câncer de mama de uma mulher”, disse Arasu. “Os modelos de risco de IA baseados em mamografia fornecem vantagens práticas em relação aos modelos de risco clínico tradicionais porque usam uma única fonte de dados: a própria mamografia.”
Arasu disse que algumas instituições já estão usando IA para ajudar radiologistas a detectar câncer em mamografias. A pontuação de risco futura de uma pessoa, que leva segundos para a IA gerar, poderia ser integrada ao relatório de radiologia compartilhado com o paciente e seu médico.
“A IA para previsão de risco de câncer nos oferece a oportunidade de individualizar o cuidado de cada mulher, que não está sistematicamente disponível”, disse ele. “É uma ferramenta que pode nos ajudar a fornecer medicina personalizada e de precisão em nível nacional.”
“Local de Escuta” é um espetáculo musical que será apresentado neste sábado (10), às 20 horas, no Centro Cultural Roberto Palmari, em Rio Claro. A entrada é gratuita.
O espetáculo independente, que não tem financiamento público ou privado, une rock, teatro e dança, e performance “drag”, e celebrará o lançamento do álbum “Autofalante”, do grupo Manxs.
Em seu enredo, o espetáculo musical “Local de Escuta” trata das diferentes emoções, necessidades e camadas existenciais que permeiam a vida das pessoas LGBTQIAP+ no Brasil.
O viés de comédia proporciona aos espectadores uma experiência crítica reflexiva e ao mesmo tempo divertida.
Foto: Divulgação/PMRC.
A apresentação será um show musical elaborado sob a direção cênica de Marcos Calegari. Uma obra integralmente inédita, com repertório autoral produzido pelo grupo Manxs em parceria com a produtora rio-clarense Garden Room Music e outros artistas e músicos de Rio Claro, e com a Engenharia Musical do Estado de São Paulo que, juntos, lançaram em maio o álbum musical Autofalante, que será apresentado no show.
O show musical Local de Escuta deste sábado, além de gratuito, estreia a turnê, de mesmo nome, do grupo Manxs que irá circular pelo Brasil, a princípio de forma independente e autônoma.
As Manxs, assim como o show Local de Escuta, visam promover o entretenimento cômico e reflexivo sobre a comunidade LGBTQIAP+ brasileira, por meio do rock, gênero musical que majoritariamente é protagonizado por corpos brancos e heteronormativos. O grupo transgride esse estereótipo, mostrando que é possível usar arte como linguagem e que não há fronteiras de gênero e sexualidade no processo de expressão, produção e apreciação da arte.
O grupo é composto pelas artistas LuisAff, Vikky e a Ashilleyy Extravaganzza que, em 2022, representou Rio Claro no “reality show” Queen Stars Brasil, transmitido mundialmente pela HBO MAX.
A realização da apresentação deste sábado é do grupo Manxs, com apoio da Secretaria Municipal de Cultura.
A Polícia Rodoviária informou que um Fiat Uno invadiu a pista contrária da Rodovia SP-304 e bateu de frente com um caminhão
Na noite desta quinta-feira, dia 8, às 22h15, um grave acidente aconteceu no Km 208 da Rodovia Geraldo de Barros (SP-304), em São Pedro (SP), após colisão frontal entre um veículo de passeio e um caminhão. Quatro pessoas, todas ocupantes do automóvel morreram no local. São elas Maria Luiza Venerando da Silva (70 anos), Luiz Carlos de Souza (47 anos), Angelica Cristina Bezerra da Silva (34 anos) e Jeniffer Caroline Bezerra Souza (16 anos).
Segundo a Polícia Rodoviária, a pista está em boas condições e bem sinalizada. No local é permitida a ultrapassagem, porém, segundo a declaração do motorista da carreta, o condutor do veículo de passeio não estava realizando nenhuma manobra, repentinamente invadiu a pista contrária e a colisão não pode ser evitada. Ainda de acordo com a polícia, não é possível afirmar se o motorista dormiu ou teve um mal súbito. Essas e outras questões terão que aguardar os resultados da investigação feita pela Polícia Civil e o resultado da perícia feita pela Polícia Técnico Científica.
O motorista do caminhão não se feriu e fez o teste do bafômetro, o resultado foi negativo. A rodovia ficou interditada para o trabalho das equipes de resgate. Os corpos das vítimas foram levados ao IML (Instituto Médico Legal) de Piracicaba (SP).
Na tarde desta quarta-feira (7), a Polícia Militar de Rio Claro atendeu a uma ocorrência de acidente fatal onde um jovem de 18 anos morreu pela Avenida 14 com a Rua 28, bairro Jardim São Paulo. Andrei Henrique Pin morreu na hora. Ainda não há informações sobre seu velório ou sepultamento.
De acordo com o boletim de ocorrência, o motorista da carreta, que estava só, ao convergir da Rua 18 para a esquerda da Avenida 14 avistou um rapaz parado com sua bicicleta sobre a calçada, pelo lado esquerdo, e assim lhe avisou que iria virar a carreta tendo o rapaz respondido que tudo bem e ainda deu um passo para trás. No entanto após fazer a conversão foi avisado por uma mulher que havia pegado a bicicleta.
O motorista submetido ao teste do etilômetro não se constatando uso de álcool. Foi formalmente ouvido sobre os fatos sendo a primeira vez que se envolve em acidente. Ainda no boletim consta a informação de que não se verificou vestígio hematóico nos pneus do caminhão, mas apenas no último paralama e de que é possível que a vítima estando na calçada tenha se desequilibrado e caído sobre o leito da via sem contudo ser pisada pelos pneus da carreta, pois a bicicleta estava inteira sem ser amassada pela carreta.
O condutor do caminhão ficou no local até a chegada da PM e prestou esclarecimentos. A vítima foi encaminhada para o Instituto Médico Legal de Rio Claro onde ainda não há informações sobre velório e sepultamento. A Polícia Civil irá investigar a ocorrência.
Esta é a segunda morte envolvendo ciclista em menos de um mês em Rio Claro. No dia 20 de maio, Sérgio da Silva de 54 anos, estava conduzindo sua bicicleta na Estrada Vicinal Nicolau Marotti quando por motivos a serem esclarecidos, colidiu contra um caminhão.
Um avião cargueiro oriundo da Colômbia chegou ao Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), trazendo 50 toneladas de rosas destinadas a abastecer o mercado nacional para o Dia dos Namorados, celebrado na próxima segunda-feira (12). A carga foi importada por quatro empresas brasileiras e passou pela inspeção da Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) antes de ser liberada a entrada no Brasil.
Por se tratar de produto perecível, necessita de transporte e armazenamento sob temperatura controlada (2 a 8°C) para garantir sua qualidade até a comercialização no varejo, no dia 12 de junho. Ao desembarcarem, as rosas colombianas ocuparam duas câmaras frias do terminal de cargas e a fiscalização do produto demandou uma operação especial, objetivando a agilidade no desembaraço.
Ao todo, foram mais de 36 horas para a conferência física e documental de toda carga, visto que as rosas eram de diversos produtores com variados tamanhos de haste e cores, especialmente a de cor vermelha. “Coube à equipe do Vigiagro realizar o minucioso trabalho de inspeção fitossanitária das rosas para assegurar a ausência de pragas que pudessem prejudicar a agricultura nacional”, explicou a chefe do Vigiagro em Viracopos, Rita Lourenço.
Após a inspeção, com nenhuma ameaça encontrada, a carga foi liberada para o transporte terrestre. A operação realizada demonstra o trabalho do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) atuando na salvaguarda do agronegócio brasileiro.