Café JC: pesquisa ressalta importância de imigrantes em urbanização

Antonio Archangelo

A pesquisadora e professora universitária Flávia Mengardo Gouvêa durante entrevista realizada no Jornal Cidade
A pesquisadora e professora universitária Flávia Mengardo Gouvêa durante entrevista realizada no Jornal Cidade

Qual a importância da imigração para a formação urbana de Rio Claro? Qual seu impacto e influência até os dias de hoje? Sob este tema, o Jornal Cidade conversou com a pesquisadora formada em Relações Internacionais pela Unesp com mestrado defendido em 2011 em História pela Unesp de Franca, Flávia Mengardo Gouvêa, que realizou o levantamento da imigração em Rio Claro e sua importância para a urbanização da cidade no final do século XIX.

Jornal Cidade – Como chegou a este objeto de estudo?

Flávia – Na graduação estudamos muito história no curso de Relações Internacionais e meu professor José Evaldo de Mello Doin tinha um grupo de estudos sobre a história do café no interior de São Paulo. Ele fez sua livre-docência sobre o interior analisando a modernidade enquanto movimento no interior de São Paulo. Então fui à reunião do grupo Centro de Estudos do Mundo e Urbanização do Café. Neste grupo havia vários pesquisadores que estudavam regiões do interior e acabei fazendo um projeto de iniciação científica sobre Nicolau de Campos Vergueiro, analisando esta época em que Limeira pertencia a Rio Claro.

JC – Qual a importância de Vergueiro para a região?

Flávia – Vergueiro era proprietário da Fazenda Ibicada. Ele criou uma empresa para agenciar a vinda de imigrantes para o Brasil, e aqui essas pessoas vinham trabalhar nas fazendas em regime de parceira, porém esse regime teve muitos problemas, já que os imigrantes alegavam que as condições tratadas não estavam sendo cumpridas, resultando no descontentamento exemplificado, por exemplo, na “Revolta de Ibicaba”. Eles eram obrigados a comprar roupa e alimentos na venda do próprio Vergueiro, ganhavam pouco e ficavam sempre endividados. Vergueiro alegava que os imigrantes não possuíam know-how para trabalhar com a terra, eles vinham de empregos industriais.

JC – Como era Rio Claro no final o século passado?

Flávia – O café que trouxe o dinheiro, e o dinheiro a ideia moderna consolidada com a ferrovia. O comércio do café aqui que gerou tudo isso. Em 1850, Rio Claro era muito internacional, pois a empresa do Vergueiro ia para a Europa para agenciar os imigrantes. Têm jornais da época que traziam uma cotação diária do preço do café. A cidade era grande, sua extensão chegava até os sertões de Araraquara e do outro lado avançava para além de Limeira. Os imigrantes não gostavam desta vida no campo, vieram em condições ruins, sem assistência espiritual, hospitalar. Nesse momento, o imigrante começa, por iniciativa própria, a ocupar o centro da cidade. Em alguns casos, eles eram excluídos da vida social de Rio Claro. Os alemães, por exemplo, se uniram. Casavam-se entre eles, fundaram a escola deles (o Koelle), a igreja deles (Igreja Luterana), e o clube deles (o Ginástico). Os alemães, que estudei com mais profundidade, que vieram ao Brasil sempre desenvolveram estas três instituições. Em Rio Caro, a maioria deles residia em chácaras na recém-criada Vila Alemã. Não houve mescla. Os imigrantes dessa época envolviam, além dos alemães, os suíços e outros povos daquela região. Com a chegada à cidade, após a saída do campo, começaram a desenvolver suas profissões. O dinheiro do café trouxe muita modernidade, mas os imigrantes trouxeram o desenvolvimento cultural. E com isso começam a trabalhar na ferrovia, incluindo também os imigrantes italianos. Desde as bitolas como a parte da operação do trem, além de fundar cervejarias e escolas.

JC – Na política rio-clarense, qual a influência dos imigrantes?

Flávia – Nessa época quem começa a ascender na política foi o Marcello Schmidt, filho de imigrante italiano que chega a ser prefeito em 1904, mas já havia ocupado a função de vereador. É preciso citar também a Sociedade do Bem Comum, que foi criada para construírem a igreja que Rio Claro ainda não tinha. Voltando ao Schmidt, é preciso citar que é iniciada a disputa do poder local com Campos Salles.

JC – Você acha que a história de Rio Claro é repassada para as novas gerações?

Flávia – Não. Eu mesma não sabia. A escola hoje tem o intuito de formar o aluno para o vestibular, e esta história acaba sendo esquecida. Tem livro, por exemplo, sobre a história da cidade que não existe em nenhum outro lugar e está no Gabinete de Leitura. O Arquivo Público tem jornais e outros documentos que relatam esta história.

JC – Qual a importância de ser fazer este resgate histórico?

Flávia – Este resgate é importante para o desenvolvimento econômico e até político da cidade. Analisar aquele período para trazer isso para o futuro, em relação a este espírito empreendedor e de pioneirismo. Rio Claro teve energia elétrica antes de São Paulo, imagina?

JC – O que ocasionou o fim desse período áureo?

Flávia – Entre 1880 e 1882, ocorreram muitas mortes. Têm períodos no livro da Igreja Luterana, por exemplo, somente com registros de óbitos, principalmente por causa da varíola, que dizimou muitas pessoas.

Sindicato decide manter a greve até a audiência no TJ

Ednéia Silva

Os rumos da greve dos servidores municipal dos setores de Saúde e Segurança poderão ser definidos no dia 3 de outubro quando haverá audiência de conciliação entre representantes da prefeitura, do sindicato e grevistas. A reunião será realizada às 14h30 no gabinete da vice-presidência do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo em São Paulo.

A audiência foi agendada pelo vice-presidente do tribunal, desembargador Eros Piceli, que acatou parte de ação impetrada pela prefeitura e suspendeu temporariamente a greve. A administração municipal pediu liminar declarando a greve “ilegal e abusiva” sob o argumento de “que os serviços essenciais não estão sendo mantidos” e que a paralisação “causará prejuízos ao patrimônio público, à ordem pública e administrativa”.

Em seu parecer, o desembargador Eros Piceli disse que a documentação apresentada comprova a paralisação dos serviços essenciais, mas há reconhecimento do município quanto ao direito reivindicado pelos servidores. “Assim, defiro o pedido de liminar apenas quanto ao pedido sucessivo, a fim de determinar a suspensão da greve dos servidores da saúde e da segurança até a audiência de conciliação, que será realizada neste tribunal”, disse.

O presidente do Sindmuni (Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Rio Claro), Tu Reginato, explica que, ao contrário do que foi divulgado, a greve não foi considerada ilegal porque o dissídio coletivo ainda não foi julgado. De acordo com ele, até a manhã deste sábado (27), o sindicato ainda não tinha sido notificado oficialmente sobre a decisão judicial. Reginato ressalta ainda que o tribunal pediu para suspender a greve sob o argumento de que a manutenção no trabalho dos 30% do efetivo não estava sendo cumprida.

Porém, ele lembra que o sindicato conseguiu liminar na Justiça local que obriga a Fundação de Saúde a aceitar a escala de trabalho feita pela entidade, justamente para cumprir a exigência legal dos 30%, que tinha sido rejeitada pela autarquia. O presidente informa que essa liminar será apresentada ao tribunal juntamente com as informações apresentadas à Justiça local.

“A greve foi suspensa até a audiência. Se não tiver acordo, volta a paralisação”, afirma Reginato, lembrando que não foi fixada multa em caso de descumprimento. Mas isso pode mudar. Em seu despacho, o desembargador ressalva que a fixação da multa “poderá ser revista caso os servidores não retornem ao trabalho após serem notificados do teor desta decisão”.

No sábado de manhã o sindicato programou uma passeata pelo Centro da cidade, mas a atividade foi cancelada por causa da chuva. Os grevistas se reuniram sob a marquise do paço municipal e decidiram continuar a greve até a audiência, inclusive com planos de ampliação para outros setores.

Segundo Reginato, na segunda ou terça-feira o sindicato deve impetrar ação contra a liminar obtida pela prefeitura. Os grevistas também vão participar da sessão da Câmara Municipal de segunda-feira (29).

E nota enviada anteriormente, a prefeitura ressaltou que vem pagando os salários em dia como tem feito desde 2009. De acordo com o governo municipal, “neste momento de queda na arrecadação municipal, não foram pagas apenas as horas extras nos meses de julho e agosto e parte do 13º salários. A maioria dos funcionários já recebeu antecipadamente metade do 13º no mês de aniversário”. Na nota, a administração “reafirma seu entendimento de que as áreas de segurança e saúde devem funcionar com 100% dos servidores, sob pena de prejuízo aos serviços à comunidade”.

De Canindé para Rio Claro, 40 anos depois

Fabíola Cunha

Raimundo em frente à sede da Subprefeitura do Cervezão, onde é coordenador
Raimundo em frente à sede da Subprefeitura do Cervezão, onde é coordenador

Raimundo, como muitos Raimundos, veio de longe. Para ser mais específico, 2.690 km longe. Quando saiu de Canindé, interior do Ceará, em 1971, Raimundo de Almeida Silva não sabia o que iria encontrar em Rio Claro. Ele tinha 25 anos e estava acompanhado da esposa Maria de Fátima, na época com apenas 16 anos.

Lá se vão 43 anos e o estranhamento virou familiaridade. Como uma muda de planta resistente, ele aguentou a distância, a saudade e fez crescer suas raízes no interior paulista.

Apenas da cidade de Canindé, Raimundinho, como é conhecido, estima que haja duas mil pessoas estabelecidas em Rio Claro: “Aqui é uma cidade fácil de se viver, uma cidade boa, sempre foi assim, quando eu vim havia a fábrica da Skol e muitos trabalhavam lá”, diz.

Dos 13 irmãos canindeenses, 6 vieram no decorrer dos anos para cá.

Durante 15 anos, Raimundo não voltou para o Ceará. O bairro onde foi morar era ainda em grande parte inabitado, com extensas porções de vegetação: “Quando cheguei à Lagoa Seca, era uma lagoa mesmo, pescava nela. Onde fica o Jardim Hipódromo, o Sesi, tudo aquilo era mato”, recorda.

Começou como trabalhador braçal na administração municipal da época, seguindo como funcionário público até hoje – é coordenador da Subprefeitura do Cervezão. Com segurança, ele afirma: “Eu sei que é dor de cabeça, mas estou aqui pela competência”.

Em 1986, com a vida mais estável, comprou sua primeira casa e pôde visitar a terra natal. Recentemente, esteve em Canindé, onde participou da Festa de São Francisco das Chagas, evento religioso tradicional que atrai milhares de pessoas anualmente para o município de 77 mil habitantes.

Raimundo conta com bom humor que a visita dos filhos à cidade natal dos pais foi um choque gastronômico: “A comida lá é muito forte, com muita carne de cabrito, de carneiro, eles estranharam bem”.

A primeira onda de imigrantes chegou a Rio Claro em navios, após 1840: alemães e italianos em busca de trabalho e perspectivas mais animadoras nas fazendas de café da região. Depois deles, muitos outros, e nos anos 70 do século passado, chegaram cearenses, paraibanos, pernambucanos, baianos. A mesma esperança, a mesma vontade de trabalhar e construir futuro.

Segundo o Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010, Rio Claro tem 12.468 residentes nascidos em estados da região Nordeste, ou seja, 6,7% da população de 186.253 contabilizada pelo IBGE em 2010.

Apesar de manifestações xenofóbicas de paulistas contra nordestinos serem frequentes, principalmente nas redes sociais, Raimundinho afirma que nunca foi prejudicado por atos discriminatórios em quatro décadas de Rio Claro: “Nunca senti discriminação, todos aqui são meus amigos e passei por tantas administrações sem problemas”. Para o futuro, vislumbra viagens à terra natal e também à Região Nordeste: “Mas também quero tomar sorvete no Jardim Público”.

Apae festeja 50 anos de serviços em Rio Claro

Adriel Arvolea

A instituição recebe alunos de todas as idades e com diversas necessidades
A instituição recebe alunos de todas as idades e com diversas necessidades

Neste domingo, 28 de setembro, a Apae Rio Claro (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) completa 50 anos de fundação. Presidida por Ruy Philadelpho Machado Filho, a entidade atende 286 pessoas, sendo 246 na escola.

Nestas cinco décadas de serviços prestados, recebe alunos de meses de vida a 70 anos, com deficiência intelectual, múltipla e transtorno global do desenvolvimento. Com estrutura dividida em quatro áreas – gestão, saúde, educação e assistência -, conta com equipe multidisciplinar para o atendimento . “Pensamos o indivíduo num processo de inclusão, fornecendo-lhe ferramentos para que possa participar da sociedade”, comenta o presidente.

Para festejar a data, a programação começa às 10h e terá apresentação do Tiro de Guerra, seguida de homenagem à instituição e cerimônia de lançamento do selo dos 50 anos. Também, haverá lançamento do livro escrito pelos alunos com mensagens e depoimentos sobre suas percepções.

Serão inaugurados dois novos espaços: o Centro de Equoterapia “Emílio Beltrati”, grande idealizador da equoterapia em Rio Claro; e o Jardim de Interações “José Hartung”, ex-presidente da Apae. Depois, será realizada Casa Aberta com exposições de trabalhos e apresentações dos alunos.

BNDES vai liderar mobilização em Rio Claro

Da Redação

Prefeito se reuniu em SP com o presidente do BNDES, que deverá liderar uma mobilização entre empresários e políticos
Prefeito se reuniu em SP com o presidente do BNDES, que deverá liderar uma mobilização entre empresários e políticos

O município de Rio Claro está habilitado captar recursos da ordem de R$ 37 milhões para a construção do Museu Ulysses Guimarães, conforme projeto aprovado em Brasília, ao Ministério da Cultura, para receber incentivos fiscais pela Lei Rouanet. Diante disto, o prefeito Du Altimari está ampliando os contatos visando à concretização da obra, antigo sonho da cidade em homenagear seu ilustre conterrâneo.

Na sexta-feira, o prefeito se reuniu em São Paulo com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, que deverá liderar uma mobilização entre empresários e políticos na tentativa de encontrar interessados em participar da execução do projeto com a aplicação de parcelas do Imposto de Renda, a título de doações ou patrocínios.

“Desde o primeiro momento Luciano Coutinho se manifestou à disposição da proposta e, agora, com o suporte da Lei Rouanet, voltamos a conversar e ele de pronto nos comunicou que vai auxiliar em tudo o que for possível”, afirma o prefeito Du Altimari, acrescentando que “Coutinho era amigo pessoal de Ulysses e sempre teve grande admiração pela sua conduta como homem público”.

Revista destaca o acervo de Plínio Salgado

Da Redação

O lançamento da 86ª edição da Revista Brasileiros será realizado em Rio Claro, neste domingo (28), a partir das 18h, na sede da Sociedade José do Patrocínio (Patrô). A revista dedica seis páginas dessa publicação ao tema do Integralismo e destaca a importância do amplo acervo de Plínio Salgado, que se encontra sob guarda e acesso no Arquivo Público e Histórico de Rio Claro.

O samba de lançamento da Revista Brasileiros será aberto ao público e conta com a apresentação do grupo Casa do Timbó.

Segundo Teresa Arruda, esse artigo é importante para Rio Claro, porque a Revista Brasileiros tem um reconhecimento nacional e credibilidade, além da grande tiragem de 40 mil exemplares que circulam pelas grandes capitais do país.

Interessados podem retirar o convite grátis com antecedência no Arquivo Público. O “Patrô” se localiza na Rua 15 com a Avenida 19, Bairro do Estádio. Mais informações 3522-1938.

Shopping Rio Claro realiza o 9º Agitacão no domingo

Entre as atrações do Agitacão haverá uma pista de agility, onde todos poderão brincar e cumprir o roteiro de obstáculos
Entre as atrações do Agitacão haverá uma pista de agility, onde todos poderão brincar e cumprir o roteiro de obstáculos

Neste dia 28 de setembro (domingo), o Shopping Rio Claro vai receber a nona edição do Agitacão a partir das 9h, na parte inferior do estacionamento. Nesta edição, o evento será aberto com uma Cãominhada até a sede administrativa da Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade e, depois, donos e cachorros voltam para a tenda que será montada no estacionamento. No ano passado, o evento reuniu 1.300 pessoas e 700 cães.

Samuel de Oliveira Nunes, organizador do evento, informa que o Agitacão começou na página do Facebook com a postagem de fotos, que irão concorrer nas seguintes categorias: Maior Cão Fantasiado, Médio Cão Fantasiado e Menor Cão Fantasiado, além de Cão Chique e Cão Cover, para os animais que são parecidos com cães famosos do cinema, da TV e dos desenhos animados. Para participar, basta acessar o Agitacão no Facebook e postar uma foto de seu melhor amigo.

A organização também montará um palco para o desfile de cães que estão para adoção e que são animais recolhidos, tratados e que aguardam por um lar.

A inscrição pode ser feita nos pontos indicados no site www.portalagitacao.com.br, local de venda da camiseta do evento.

Frente fria se intensifica e traz mais chuva para Rio Claro e região

Sidney Navas

Depois do longo tempo de estiagem, a chuva chegou e trouxe alívio, aumentando a umidade relativa do ar
Depois do longo tempo de estiagem, a chuva chegou e trouxe alívio, aumentando a umidade relativa do ar

Conforme informações fornecidas pela Defesa Civil, a chuva deve persistir durante todo o final de semana. Isso porque a frente fria que estava no sudoeste do continente acabou se intensificando e estacionando na região, provocando chuva desde a noite de quinta-feira (25), estendendo-se durante toda a madrugada e o dia de sexta-feira. Segundo o diretor da Defesa Civil, Danilo de Almeida, nas últimas 24 horas choveu em Rio Claro o equivalente a 11 milímetros, índice esse considerado satisfatório. A previsão era de que o tempo se estabilizasse neste sábado (27), mas isso não deve mais acontecer e a chuva se estende pelo menos até domingo (28).

Segundo relatos dos internautas feitos nas redes sociais, a Avenida 13 não comportou o volume de água, causando um pequeno alagamento. Já, no São Miguel, os moradores disseram que parte do bairro ficou sem energia elétrica durante ao menos uma hora. As avenidas 16 e Castelo Branco também ficaram alagadas por conta do aguaceiro. A chuva também teria provocado pontos de alagamento no Ginásio Municipal de Esportes, mas a Defesa Civil disse desconhecer esse fato. Na escola municipal Clara Freire Castellano as goteiras tomaram conta de algumas salas e os funcionários usaram balde para evitar alagamentos.

O mesmo ocorreu na Escola Sérgio Hernani Fittipaldi, onde estava acontecendo uma casa aberta. O evento ficou comprometido e as mães de alunos reclamaram das goteiras pelo prédio inteiro. “A frente fria vinda do sudoeste se fortaleceu nas últimas horas, trazendo toda essa chuvarada para Rio Claro e região. Esse cenário não deve mudar até domingo”, explica Danilo de Almeida. “Felizmente nenhuma ocorrência grave, por conta da precipitação, foi registrada, mas houve alguns pontos de alagamentos em trechos das avenidas Visconde do Rio Claro e Tancredo Neves”, ressalta Almeida.

Choveu mais forte em alguns bairros, como o Jardim Progresso, Nova Rio Claro, no Santana, no Alan Grey no distrito de Ajapi, entre outros. Já em algumas localidades a chuva foi menos intensa, segundo os relatos dos internautas. As temperaturas já começam a cair em razão da chuvarada. A máxima, de acordo com a Defesa Civil, fica na casa dos 28 graus e a mínima não deve ser inferior a 20 graus.

Moradores relatam desrespeito à sinalização de trânsito

Fabíola Cunha

Localizadas nas calçadas, em cruzamentos, as placas de Pare e a sinalização de solo não são enfeites: estão lá para impedir que dois ou mais veículos se choquem, alertando o condutor sobre a necessidade de esperar a passagem de outro veículo.

Assim, parece simples, mas a moradora do bairro Bela Vista, Luciana Barsoti, sabe que a realidade é muito mais complicada – e perigosa: “O problema é constante e não existe nenhum tipo de fiscalização. Temos comércios e escolas nessa região, o perigo é 24 horas”, explica.

Um dos locais críticos é o cruzamento da Avenida 20-A com a Rua 13-B, onde, segundo Luciana, “o ônibus da Rápido São Paulo que trafega pela Rua 13- B não respeita a sinalização e vara o sinal de pare constantemente”.

Na Avenida 22-A, os cruzamentos com as ruas: 13-B ou 16-A (praça em frente à Unesp); ruas 12-B ou 15-A (da Igreja Santa Luzia), ruas 11-B ou 14-A e ruas 9-B ou 12-A são locais de desrespeito também.

Por fim, na Avenida 24-A, o cruzamento com a Rua 14-A “é o trecho mais perigoso, que necessita de atenção e fiscalização, principalmente ao pessoal que chega atrasado à Unesp e faz da avenida uma pista de corrida”, pontua ela. No dia em que a reportagem visitou alguns dos cruzamentos, o auxiliar de escritório Ronaldo Batista atravessava a rua. Segundo ele, que mora em um bairro vizinho, além dos carros e motos, há o perigo das bicicletas na contramão: “O pessoal anda em ziguezague, falando ao celular”, explica.

João Felipe Martins, que é ciclista, diz não usar a contramão, mas que já “tomou susto” de um motorista que ignorou o Pare em outro bairro da cidade: “As pessoas pensam que por ser bairro residencial não tem ninguém na rua, aí correm mesmo”, diz.

Luciana relata um acidente causado por desrespeito à parada obrigatória: “Um ônibus descia a Avenida 22-A, quando, no cruzamento da Rua 12-B, um motorista não respeitou o sinal de pare e colidiu com o ônibus”, conta.

Pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), ignorar a sinalização é infração gravíssima (7 pontos).

Simpósio “Mais Forte que a DMD” supera expectativas

Wagner Gonçalves

As expectativas foram superadas e o evento foi sucesso em cidadania
As expectativas foram superadas e o evento foi sucesso em cidadania

Realizada nos dias 20 e 21 de setembro, a segunda edição do Simpósio Mais Forte que a DMD (Distrofia Muscular de Duchenne) foi promovida pela ONG Mais Forte que a Deficiência. Recebeu profissionais da área da Saúde, Educação, familiares e deficientes físicos.

De acordo com a presidente da ONG, Carla Hoffmann de Lima, esta é uma forma de desmistificar o tema e propor adesão popular para lidar melhor com as deficiências, por meio da conscientização. “Estamos muito felizes com o resultado, pois preparamos tudo com muito carinho”, disse Carla.

As expectativas foram superadas e o evento foi sucesso em cidadania. Por meio dele, a entidade ganhou duas cadeiras de rodas e um transferidor, para auxiliar os cuidadores. “Quero agradecer a todos os profissionais, apoiadores e participantes envolvidos nessa causa”, exclamou.

Fim de parceria coloca em risco o funcionamento da Casa D’Avó

Adriel Arvolea

26092014-131

Ofício encaminhado à Casa D’Avó – assistência à criança carente – surpreendeu pais e sua direção no último dia 16. Assinado pela secretária municipal da Educação, Heloísa Maria Cunha do Carmo, informa que a prefeitura, a partir de 2015, cessará a parceria com a entidade para adequação orçamentária. De acordo com o presidente da Casa D’Avó, João Gilberto da Silva, a justificativa não procede.

“A prefeitura mantém funcionários, que são concursados, e parcela mínima da merenda. Os demais gastos – alimentação, material e manutenção predial – são mantidos pela própria entidade. Ou seja, o funcionamento não compromete o orçamento municipal”, comenta Silva. Outro ponto é que equipamentos e móveis cedidos pela prefeitura terão que ser devolvidos ao final da parceria. “Sem mesas, cadeiras e outros recursos, como as crianças serão atendidas?”, indaga o presidente.

Desta forma, o atendimento será prejudicado e existe a possibilidade de a instituição ser fechada, que funciona há mais de 60 anos. “Ninguém nos procurou oficialmente, só mandaram ofícios. Temos uma história que é referência e modelo para Rio Claro. No momento, esta é a situação. Se for concretizado, faremos campanhas junto à comunidade e empresariado”, pontua.

A prefeitura informa que a Secretaria da Educação está reorganizando o atendimento da rede pública de ensino e, por isso, deixará de utilizar, a partir de 2015, o espaço cedido pela entidade como polo do programa Presença Esperança. A orientação é para que os pais que têm crianças no projeto escolham outro polo de seu interesse, que funcione em escola municipal. “O objetivo da mudança é otimizar recursos”, esclarece.

A administração afirma que o polo do Presença Esperança na Casa D’Avó atende 70 crianças – Silva fala em 45. Dessa forma, avalia que o número é baixo e torna-se custoso manter professores, funcionários e alimentação para atender poucos alunos. “É mais viável descentralizar o atendimento desse polo. Como os alunos são de várias regiões da cidade, a tendência é de que eles passem a frequentar um polo mais próximo de suas casas”, conclui em nota.

Bancários ameaçam entrar em greve a partir da próxima terça

Edneia Silva

Pelo 11º ano consecutivo, os bancários devem entrar em greve devido a impasse na campanha salarial. Os trabalhadores ameaçam cruzar os braços a partir de terça-feira, dia 30 de setembro, caso os bancos não atendam às reivindicações da categoria. Em sete rodadas de negociação não houve acordo entre as partes. Os bancos ofereceram 7% de reajuste contra 12,5% reivindicados.

A paralisação foi aprovada por assembleias realizadas em vários estados na quinta-feira (25). Em São Paulo, o indicativo de greve foi aprovado por unanimidade por 1.500 bancários. Nova assembleia será realizada na segunda-feira (29) para definir os detalhes do movimento e analisar nova proposta, caso seja apresentada pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos).

Após o anúncio da aprovação da greve, a Fenaban contatou a Contraf-CUT e agendou uma nova rodada de negociação com o Comando Nacional dos Bancários para as 11 horas deste sábado (27). O ofício foi enviado na manhã dessa sexta-feira (26).

As principais reivindicações dos bancários são reajuste salarial de 12,5%; PLR de três salários mais parcela adicional de R$ 6.247; 14º salário; vales alimentação, refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta e auxílio-creche/babá de um salário mínimo (R$ 724,00) ao mês para cada; melhoria das condições de trabalho etc. A Fenaban ofereceu aumento de 7% para salários, PLR, vales e auxílios e 7,5% para o piso.

O Sindicato dos Bancários de Rio Claro realizou assembleia na quinta-feira (25) e a greve também foi aprovada. Segundo Reginaldo Breda, a entidade vai aguardar o resultado da reunião deste sábado (27). Se for apresentada proposta, ela será votada em assembleia na segunda-feira, às 19 horas. Se houver nova rodada de negociação, a reunião será adiada. Caso contrário, a paralisação terá início na terça-feira (30), conforme programado.

Jornal Cidade RC
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