Itirapina deve assinar TAC para Estação Experimental

Vivian Guilherme

Estação Experimental de Itirapina
Estação Experimental de Itirapina

Foi realizada na última terça-feira (28), na Câmara de Itirapina, uma reunião pública com o prefeito do município José Maria Cândido, vereadores, o promotor Ivan Carneiro Castanheiro (GAEMA PCJ-Piracicaba), a promotora Fernanda Hamada Segatto, o diretor geral do Instituto Florestal Miguel Luiz Menezes Freitas, Edson Montilha (representante da Fundação Florestal) e a Secretária de Estado do Meio Ambiente, Patrícia Faga Iglecias Lemos.

O intuito foi discutir com a sociedade e comunidade científica o Projeto de Lei nº249/13 e a Lei Complementar nº1243/14, que permitem a concessão de uso da Estação Experimental de Itirapina a uma empresa privada com fins lucrativos ou a uma organização social de direito privado sem fins lucrativos.

A concessão de uso, que seria concedida pelo prazo de 30 anos, prorrogáveis por mais 30, segundo especialistas, pode gerar prejuízos à Estação, onde há vegetação de cerrado em extinção, sendo que ainda pode correr o risco de contaminação ecológica, decorrente das sementes de pinus. Na reunião, ficou demonstrado que os recursos arrecadados com a venda de madeira e com os subprodutos florestais, produzidos na Estação pelo Instituto Florestal, ficam alienados pela Fundação Florestal, que repassa somente 40% dos valores arrecadados para o Instituto, que por sua vez pulveriza esses recursos nas 47 unidades que administra em todo o Estado. Segundo o debate, caso tais recursos permanecessem integralmente nas duas unidades de Itirapina elas seriam financeiramente autossustentáveis.

Dessa forma, os investimentos poderiam ser feitos pelo próprio Instituto Florestal, sem a necessidade de aportes financeiros por parte do Governo do Estado. O MP propôs, durante o evento, a celebração de um Termo de Ajustamento de Conduta com o Governo do Estado, para que os recursos arrecadados na Estação Experimental de Itirapina permaneçam nas duas unidades do município. A comunidade de Itirapina e região, presente à reunião, posicionou-se contrariamente à concessão de uso e favoravelmente ao acordo proposto. De acordo com o GAEMA, posteriormente, haverá reuniões com os órgãos ambientais estaduais, na tentativa de se obter esse entendimento.

Velo Clube vence o Água Santa por 1 a 0 e se livra do rebaixamento

Matheus Pezzotti

Tiago Bernardi cabeceia para marcar o gol da vitória e da permanência do Velo Clube na série A-2
Tiago Bernardi cabeceia para marcar o gol da vitória e da permanência do Velo Clube na série A-2

Ao final da partida, torcedores do Velo Clube disseram que “se não fosse sofrido, não seria o Velo Clube”. E de fato foi.

Na manhã deste domingo (3), o Rubro-Verde venceu o Água Santa por 1 a 0 e, depois de passar momentos do jogo rebaixado, se livrou da degola com o gol do zagueiro e capitão Tiago Bernardi, de cabeça, aos 15 minutos do segundo tempo.

Com o resultado, o Rubro-Verde terminou esta série A-2 na 14ª colocação, com 22 pontos, dois a mais que o Comercial, primeiro time rebaixado. O Netuno terminou em quarto lugar, com 35 pontos, mesma pontuação do Mirassol, Independente e São Caetano e garantiu o acesso inédito para a elite do futebol paulista.

O JOGO
O Netuno começou tocando a bola na defesa, cadenciando o jogo, buscando passes em profundidade nas costas da zaga velista que, bem postada, interceptava. Já o Rubro-Verde, precisando vencer para não depender de outros resultados, jogava ofensivo, buscando a triangulação na intermediária para finalizar.

Aos 31 minutos de jogo, o Comercial fazia 1 a 0 no Catanduvense e com isso, deixava a zona do rebaixamento, trocando de lugar com o Velo, que sofria com a marcação do time de Diadema, principalmente sobre Leleco.

No segundo tempo, o Rubro-Verde, que naquele momento estava rebaixado, começou afobado, errando passes atrás, mas Rafael Pin segurava as investidas do adversário. Aos sete minutos, Judson recebeu na meia-lua e bateu rasteiro no canto, mas Maurício saltou para fazer grande defesa.

Aos 15, o gol. Após falta em Valdo Gigante na lateral esquerda da área, Mizael bateu de direita na marca do pênalti, Tiago Bernadi subiu sozinho e escorou, tirando do goleiro para abrir o placar.

Com o gol, o Rubro-Verde recuou e o Água Santa foi para o ataque e ficava mais com a bola e pressionava com jogadas pelas laterais e chutes a longa distância. Aos 28, Tom arriscou de fora da área e Maurício mais uma vez fez excelente defesa. O Netuno ainda teve duas chances, aos 30, com cabeçada de Cícero que passou rente a trave e depois aos 32, com Francisco Alex, em chute de fora da área que Rafael Pin mandou para escanteio.

Com a entrada de Selmir nos 15 minutos finais, o Velo começou a segurar mais a bola no ataque, procurando ter mais posse e o placar seguiu o mesmo até o apito final.

OUTROS RESULTADOS
Ferroviária (campeã 44 pontos) 0 x 0 Guarani (8º 32 pontos); Paulista (11º 27 pontos) 1 x 4 São Caetano (7º 35 pontos); Atlético Sorocaba (13º 22 pontos) 2 x 1 Matonense (18º 17 pontos rebaixado); Mirassol (5º 35 pontos) 3 x 2 União Barbarense (10º 28 pontos); Oeste (3º 36 pontos acesso) 2 x 2 Independente (6º 35 pontos); Monte Azul (16º 21 pontos) 0 x 0 Rio Branco (12º 24 pontos); Batatais (15º 22 pontos) 1 x 0 Novorizontino (2º 36 pontos acesso); Comercial (17º 20 pontos rebaixado) 1 x 0 Catanduvense (19º 12 pontos rebaixado) e Santo André (9º 30 pontos) 3 x 2 Guaratinguetá (20º 3 pontos rebaixado).

FICHA TÉCNICA
VELO CLUBE 1 x 0 ÁGUA SANTA
Local: estádio Benito Agnello Castelano, em Rio Claro.
Público: 1.858 pagantes.
Renda: R$ 32.470,00.
Árbitro: Magno de Souiza Lima Neto.
Assistentes: Bruno Salgado Rizo e Mauro André de Freitas.
Cartões amarelos: Tiago Bernardi, Teco e Diego Higino (Velo Clube) e Russo (Água Santa).
Gol: Tiago Bernardi (cabeça) aos 15’/2T (Velo Clube).

VELO CLUBE
Rafael Pin; Mizael, Dogão, Tiago Bernardi e Calixto (Selmir); Rafinha, Teco, Leleco, Diego Higino (Tom) e Judson, Valdo Gigante (Marquinhos). Técnico: João Vallim.

ÁGUA SANTA
Maurício; Jonathan (Cícero), Rafael Tavares, Augusto e João Paulo; Batista, Russo, Guina (Serginho) e Francisco Alex; Julio Madureira (Makanaki) e Rafael Martins. Técnico: Marcio Ribeiro.

Paulista de Velocidade segue na região

Gilson Santulo

O Campeonato Paulista de Velocidade na Terra acontece neste sábado e domingo em Cordeirópolis
O Campeonato Paulista de Velocidade na Terra acontece neste sábado e domingo em Cordeirópolis

A região será a sede da Primeira Etapa do Campeonato Paulista de Velocidade na Terra neste final de semana. Primeira etapa do Campeonato Paulista de Velocidade na Terra 2015 está marcada para este sábado (2) e domingo (3), no feriado prolongado no autódromo Valdemar Fragnani em Cordeirópolis nas categorias de Turismo mais a Super Tubular e Kart Cross, informações na rede social na internet na página do facebook.com/averacing.

O evento automobilístico tem apoio da Prefeitura e da Secretaria de Esportes e Lazer de Cordeirópolis. No sábado nos treinos das provas terá o sistema de segurança monitorado pela PM funcionários prestadores de serviço do autódromo Valdemar Fragnani, considerado um dos melhores da América do Sul.

Café JC: advogado analisa mudanças nos direitos trabalhistas

Ednéia Silva

Jouber Natal Turolla, entrevistado desta edição
Jouber Natal Turolla, entrevistado desta edição: “Se está difícil com a CLT, imagine sem ela”

Em homenagem ao Dia do Trabalho, comemorado na sexta-feira (1ºde maio), o Café JC deste domingo (3) entrevista o advogado trabalhista, Jouber Natal Turolla, que há mais de 30 anos atua nessa área. A entrevista foi feita pelos jornalistas Ednéia Silva e Lucas Calore.

“Direitos conquistados pelo trabalhador na ditadura têm sido reduzidos na democracia” – Jouber Natal Turolla, advogado trabalhista

Jornal Cidade – O trabalhador tem o que comemorar nesse 1º de maio?

Jouber Natal Turolla – Nesse ano de 2015 não tem o que se comemorar no 1º de maio. Esse é um dia de luta e não apenas de comemoração. Infelizmente os fantasmas do desemprego e da terceirização estão aterrorizando a classe trabalhadora. Quem está trabalhando tem medo de perder o emprego e quem está desempregado teme não conseguir uma vaga.

JC – O que pode mudar com a terceirização?

Turolla – Se a lei for aprovada, todo o trabalho poderá ser terceirizado, inclusive a atividade-fim. Na atividade-meio a terceirização já era possível. Quando eu comecei a advogar nem isso era permitido, qualquer tipo de terceirização era proibida. Então o TST (Tribunal Superior do Trabalho) aprovou a Súmula 331, editada em 1994, que criou jurisprudência sumulada (mais peso que a julgada) para a terceirização que foi permitida nas atividades-meio. A questão da terceirização envolve a responsabilidade da tomadora do serviço. Se a empresa prestadora não pagar a tomadora será responsável pela dívida. No setor público, a terceirização é diferente. O poder público só é subsidiariamente corresponsável quando comete falhas na fiscalização. Na contratação não pode haver falhas porque o processo é feito por licitação. A fiscalização deverá verificar se a lei está sendo cumprida. Se não houver isso o poder público tem privilégio.

JC – Os defensores do PL 4330 defendem que os trabalhadores terceirizados têm os mesmos direitos dos regulares. Você concorda?

Turolla – O grande problema do projeto é terceirizar a atividade-fim. Dizem que o terceirizado vai ter direito a 13º, férias, FGTS, mas quero saber o valor do salário, se irá receber o mesmo valor do empregado contratado diretamente. O terceirizado ganha menos, sempre foi assim e se não for dessa forma não interessa para as empresas. Não é somente a questão salarial, mas também benefícios. Nenhum empresa terceirizada quer dar benefícios ao trabalhador.

JC – E a questão das MPs 664 e 665?

Turolla – As medidas provisórias mexeram com o seguro-desemprego e a pensão por morte. Hoje, para requerer o seguro pela primeira vez o trabalhador precisa ter carência de 18 meses na primeira solicitação, 12 meses na segunda e seis meses a partir da terceira. Antes a carência era de seis meses. No caso da pensão, o valor foi reduzido para 50% do valor do benefício. O governo entende que se o salário que sustentava duas pessoas, a metade pode sustentar uma. Se a viúva tiver 21 anos ou menos a pensão só vale por três anos.

JC – Como você avalia essa flexibilização da legislação trabalhista?

Turolla – Os direitos conquistados pelos trabalhadores na ditadura têm sido diminuídos na democracia. No governo de Getúlio Vargas (1930-1945) e na ditadura militar (1964-1985), os trabalhadores ganharam muito, mas têm perdido esses ganhos na democracia, inclusive pelo governo que se diz do trabalhador.

JC – O PL 4330 será aprovado pelo Senado?

Turolla – O deputado Eduardo Cunha falou que ia votar o projeto e cumpriu. O Renan Calheiros, mesmo sendo do PMDB, é contra e com certeza vai amarrar o projeto. No Senado não vai ter a mesma facilidade que teve na Câmara. E se o projeto for aprovado ainda pode ser vetado pela presidente Dilma Rousseff.

JC – E a situação da Vara do Trabalho?

Turolla – A Vara do Trabalho de Rio Claro tem sérios problemas de estrutura física. A mudança para o novo prédio, que seria realizada no dia 13 de maio, foi cancelada. Desde que foi criada, em novembro de 1962, a Vara do Trabalho nunca teve boas instalações, um prédio que prestasse, nunca ficou bem instalada. Além desse problema, a Vara sofre com o acúmulo de processos. São cerca de 12 mil em estoque. Em 1962, o município foi pioneiro na criação da vara, mas depois parou no tempo. A vara local foi instalada antes das de Limeira e Piracicaba, mas hoje Limeira tem duas unidades e Piracicaba três, e Rio Claro continua com apenas uma, tendo condições de ter mais duas.

JC – Os sindicatos preveem problemas nas campanhas salariais neste ano por causa do cenário econômico. Qual sua opinião?

Turolla – O problema é na negociação coletiva. Não existe reajuste automático. A lei não obriga as empresas a concederem aumento de salário. A Lei 6.708/1979 obrigava a dar o INPC e os sindicatos negociavam o índice acima da inflação. O Fernando Henrique Cardoso revogou isso. Agora, a negociação começa do zero. É um contra-senso. A lei dada por um ditador foi derrubada por um democrata. FHC ainda fez um grande esforço, felizmente sem sucesso, para mudar a CLT e impor a vigência do negociado sobre o legislado. Ou seja, vale o acordo feito na convenção coletiva, a lei não vale. A flexibilização da lei é perigosa. Se está difícil com a CLT, imagine sem ela.

Aikido: corpo, mente e espírito

Adriel Arvolea

aikido
Arte marcial criada por Morihei Ueshiba, por volta de 1942, tem sido difundida no Brasil.

O Aikido é uma arte marcial japonesa criada pelo fundador Morihei Ueshiba, por volta de 1942. Ele foi um estudioso de várias artes marciais, tendo-o criado com a combinação de várias modalidades, como o Daito-ryu, Aikijutsu, Esgrima, entre outras.

A técnica destina-se, fundamentalmente, para o desenvolvimento da mente, corpo e espírito, conforme explica o instrutor Fabrício Trivelato. O princípio é a busca para o desenvolvimento do Ki – energia interior. “O Aikido ajuda a pessoa a ter disciplina, coordenação motora, resistência física e muscular. Também, trabalha o sistema circulatório, cardiorrespiratório e flexibilidade do corpo, além de queimar muitas calorias”, aponta Trivelato.

Juntamente com o instrutor Leandro Miranda Maria, ele explica que o treino consiste no aprendizado de movimentos de esquivas, imobilizações, torções e projeções, utilizando-se de movimentos de alavancas, utilizando o menos possível de força física. “No Aikido não há competições. Os treinos utilizam técnicas em pé e sentado, além de espada (bokken – espada de madeira) e bastão (jo – madeira também, nome que se dá)”, reforça o profissional.

Os golpes utilizados no treino são basicamente de imobilização de projeção. De acordo com o instrutor, a aula começa com aquecimento das articulações do corpo, com ênfase no alongamento. Depois, passa-se para o treino de rolamentos (quedas) e após, para as técnicas. As aulas têm, em média, 1h30 de duração. Não há restrições de idade e sexo. Recomenda-se o treino a partir dos quatro anos.

“É possível qualquer pessoa praticar essa arte marcial. É necessário, entretanto, conversar com o praticante para saber de suas limitações físicas para adaptá-las aos exercícios e recebimento das técnicas”, conclui o instrutor.

Jardim Público: nem tudo é igual

Adriel Arvolea

Jardim Público
Jardim Público

Inaugurado no século XIX, a área do Jardim Público reúne as Praças XV de Novembro e Tenente Otoniel Marques Teixeira. Ostentando um amplo espaço verde, suas características paisagísticas tornam o local com aspecto de bosque. Em seu valor histórico-cultural, monumentos de autoria do artista Vilmo Rosada remontam à história da cidade e do País, recriando cenários e ambientes em seus quase 20 mil metros quadrados.

Mas as características que tornam a praça peculiar acabam se perdendo com a correria do dia a dia. A insegurança, também, é outro fator que afasta os frequentadores, principalmente no período noturno. A presença de moradores de rua e garotas de programa motiva queixas recebidas pelo Jornal Cidade. Na discussão sobre o assunto, até que ponto essas interferências urbanas são prejudiciais aos que ali frequentam, ou descaracterizam o local?

Questionada, a publicitária Anita Morais, que mora nas proximidades, não sabe se as ‘meninas’ incomodam. Fala das ‘meninas’, das prostitutas que pontuam o Jardim Público, que talvez causem incômodo pelo desenho corporal. “Vejo-as pousando como estátuas vivas lutando pela sobrevivência diária, assim como outros que ocupam a grande praça o fazem”, opina Anita. “Por que estão ali e não em outro lugar? Porque querem e devem ser vistas. Assim como as mercadorias dos camelôs”, completa.

A publicitária lança, ainda, uma provocação: o que incomoda de fato nas meninas?. “Penso que o descaso. A hipocrisia. O faz de conta. A dúvida. O anonimato. As provocações, que por alguns segundos nos conectam com as camadas quase invisíveis da sociedade”, justifica. Em contrapartida, volta o olhar para o que realmente incomoda no espaço público, como as ações urbanas realizadas sem a preservação da sua história e valor cultural.

“Quem sabe neste momento passemos a nos incomodar com as agressividades e interferências mais definitivas que foram ao longo do tempo sendo incorporadas ao Jardim Público, como: o banheiro público, os postes e fiação aérea, a cabine de energia, o laguinho da Diana e a proliferação dos camelôs. E no lugar destes apêndices absorvidos, que demonstram claramente a falta de cuidado e respeito com os espaços públicos, venhamos a exigir calçadas conservadas com pisos recuperados, iluminação adequada, segurança, limpeza e cuidados com os canteiros e árvores”, sugere Anita.

O frequentador do Jardim Público, José Silvério Lima, se diz um pouco desconfortável com a presença dos moradores de rua e garotas de programa, uma vez que a situação prejudica o conceito familiar de uma praça. “A cidade cresceu, óbvio. Mas, não é admissível o estado de abandono em que se encontra o Jardim Público. Não há um controle sobre isso. São moradores de rua, garotas se prostituindo e daqui a pouco o que será?”, indaga.

Frente às reclamações de frequentadores, a Prefeitura informa que tem realizado atividades no Jardim Público com o objetivo de atrair a comunidade para aquele local e preservar um dos cartões postais da cidade. Em relação aos moradores de rua, a administração afirma que oferece atendimento por meio de assistentes sociais, que prestam orientações e disponibilizam encaminhamentos de acordo com as necessidades identificadas em cada caso.

Projetos sobre “cotas” são votados nesta segunda

Antonio Archangelo

Estão incluídos na Ordem do Dia, projetos que dispõem sobre reserva aos negros de 20% das vagas oferecidas em concursos
Estão incluídos na Ordem do Dia, projetos que dispõem sobre reserva aos negros de 20% das vagas oferecidas em concursos

Na sessão ordinária de segunda-feira (3), os dois projetos de lei que instituirão reserva de vagas para negros em concursos públicos realizados em Rio Claro começam a ser votados. Estão incluídos na Ordem do Dia, o projeto 71/2015 – que dispõe sobre a reserva aos negros de vinte por cento das vagas oferecidas nos concursos públicos para provimento de cargos efetivos e empregos públicos no âmbito da administração pública municipal, das autarquias e fundações municipais. E o projeto 068/2015 – que dispõe sobre a reserva aos negros de vinte por cento das vagas oferecidas nos concursos públicos para provimento de cargos efetivos na Câmara.

PL 60/2015

Em segunda discussão, os parlamentares analisam projeto que denominará de Avenida “Cidade Judiciária” o logradouro que foi projetado para acesso ao novo Fórum Estadual e à Vara Regional do Trabalho.

PL 72/2015

Em primeira discussão, os vereadores analisam o projeto de lei 72, que renova a cessão de Direito Real de Uso ao “Juventude Futebol Clube” aumentando a área cedida. Na justificativa, o prefeito Du Altimari (PMDB) lembra que se aprovado, permitirá que o Município renove e aumente a área cedida ao clube fundado em dezembro de 1938 e “que tantos benefícios vem trazendo à nossa comunidade, com sua Escolinha de Futebol de vários níveis”.

“Pode-se pensar que bastaria alterar o artigo que se refere ao prazo na lei anterior. Mas isso só não seria suficiente, já que a área descrita e cedida, tem um acréscimo de aproximadamente dois mil metros quadrados, que o Clube já vem utilizando, com a instalação de um campo de futebol que vem sendo utilizado por mais de cem crianças carentes”, conclui.

PL 73/2015

Também em primeira discussão, o projeto, se aprovado, possibilitará ao Executivo fixar em 6,41% reajuste salarial dos servidores ativos da Administração Direta, das Autarquias, das Fundações, da Câmara Municipal do Instituto de Previdência Municipal, dos inativos e dos pensionistas.

PLC 74/2015

Na mesma sessão, os vereadores avaliam o projeto que alterá a lei que instituiu a “taxa” de iluminação pública, que se faz necessária “em virtude” da liminar concedida para a Elektro nos autos do Mandado de Segurança, onde se reconheceu a ineficácia da redação original do artigo 3° da lei.

PDL 07/2015

Que confere o Título de Cidadão Emérito a Capitão Marcos Antonio Queiroz “pelos relevantes serviços prestados à comunidade”. Em sua justificativa, o parlamentar Dalberto Christofoletti (PDT), alega que “Queiroz tem por merecimento o título de Cidadão Emérito de Rio Claro devido a sua trajetória demonstrar destaque em sua passagem pelo Exército, Corpo de bombeiros, Defesa civil, recebendo do presidente Fernando Henrique Cardoso a Comenda Ordem dos Cavaleiros, devido a seus métodos de planejamento, organização e execução dos serviços a Custo Zero”.

Circuito Sesc leva shows ao Lago Azul

Divulgação

Banda Tribo de Jah, projeto Leve Livro e espetáculo circense “Se chove, não molha” são as atrações do Circuito Sesc de Artes
Banda Tribo de Jah, projeto Leve Livro e espetáculo circense “Se chove, não molha” são as atrações do Circuito Sesc de Artes

Com apresentações gratuitas de música, dança, circo, artes visuais e literatura, o ‘Circuito Sesc de Artes – Conectando lugares, circulando ideias’ acontecerá no domingo (3) em Rio Claro. A atividade tem o apoio da Prefeitura e será realizada a partir das 16 horas no Lago Azul. A previsão é de que as atividades se estendam até as 21h.

Na programação, destaque para a banda de reggae Tribo de Jah (do Maranhão), uma das pioneiras do reggae no Brasil. Na literatura, a Muda Práticas de Leitura (de São Paulo) estimula diálogos literários com a atividade Leve Livro. Photolink Remix levará a artemídia ao público, que também poderá conferir apresentação de dança da Trupe Benkady (de São Paulo). O espetáculo circense Se chove, não molha, encenado pelo Circo Vox (de São Paulo), completa a programação.

Ao todo, o Circuito Sesc oferece 68 atrações e 615 apresentações e intervenções artísticas nos finais de semana, no período de 24 de abril a 10 de maio, com 392 artistas.

TRIBO DE JAH

Uma das pioneiras do reggae no Brasil, a Tribo de Jah nasceu em 1986 quando quatro de seus cinco integrantes começaram a tocar juntos na Escola de Cegos de Maranhão. Dos bailes do interior conheceram o vocalista Fauzi Beydoun, que apresentava um programa de rádio dedicado ao reggae. Nesses vinte e nove anos de carreira o grupo já lançou quinze discos.

LEVE LIVRO

Uma estante móvel montada na praça, com cerca de 200 livros para ler e trocar. É só chegar, escolher um e sentar-se num dos bancos da sala de leitura ao ar livre. Essa ação busca criar aproximações entre os leitores, estimulando diálogos literários, conversas sobre os livros que cada um já leu, proporcionando a troca de opiniões e histórias.

Filho de idoso avalia julgamento de agressores

Adriel Arvolea

Benedito Santana de Oliveira e o filho Silvio Santana de Oliveira (foto arquivo JC)
Benedito Santana de Oliveira e o filho Silvio Santana de Oliveira (foto arquivo JC)

Em 2013, Benedito Santana de Oliveira foi agredido por dois jovens na região central de Rio Claro. O ato, praticado nas imediações da Rua 2 com a Avenida 3, fez com que o guardador de carros ficasse internado por quinze dias na UTI da Santa Casa. Uma semana depois de receber alta, Benedito retornou ao hospital pela primeira vez e, depois de uma sequência de complicações, acabou morrendo no dia 1º de julho.

Dois anos após o crime, ocorreu a condenação de Helcio Alves Carvalho e Axel Leonardo Ramos, acusados pela morte do idoso, decidida após 14 horas de julgamento na última terça-feira (28). Os jurados decidiram que a dupla vai responder por homicídio qualificado por motivo torpe e homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e meio cruel, respectivamente.

Em entrevista ao Jornal Cidade, o filho da vítima, Silvio Santana de Oliveira, fez um desabafo sobre o crime e o julgamento. Confira:
“A sensação, num primeiro momento, é de alívio. Num segundo momento, de revolta. Esperávamos uma pena maior, pois não foi justa pelo ato e o requinte de crueldade. Por meio do nosso advogado, vamos recorrer para tentar aumentar a pena. Foi realmente chocante. Não acreditamos quando recebemos a notícia que meu pai tinha sido agredido, enquanto guardava carros em frente a um clube de Rio Claro. Nos demos conta da gravidade quando o vimos no hospital. Foi muito doloroso para todos. Meu pai sempre foi uma pessoa muito mansa. Quem o conhecia testemunha isso e sabe que ele não mataria nem uma formiga. Ouvir no Tribunal que ele teria empurrado os jovens, que teria motivado a violência, foi revoltante. São dois anos sem meu pai. Uma vida que se foi de forma cruel e não natural. Então, é algo que eu e minha família não conseguimos entender. Morte natural é uma coisa. Outra coisa é morrer brutalmente, como é o caso do meu pai. Perdoar os agressores? Difícil é praticar o perdão; mas estando longe dos agressores, é fácil perdoar. No mais, sinto-me aliviado”.

Iluminação está comprometida em praça

Adriel Arvolea

A praça está conservada, mas peca quando o assunto é iluminação. Situação traz insegurança ao local
A praça está conservada, mas peca quando o assunto é iluminação

A praça pública em frente à Unesp – Bela Vista, localizada entre as Avenidas 22-A e 24-A e Ruas 16-A e 17-A, está recebendo serviços de manutenção. Equipes trabalham na roçagem e poda das árvores do espaço.

Além de arborizada, conta com bancos, ponto de táxi e de ônibus, aproximando-se da comunidade. Apesar do bom estado, o problema, ainda, reside na iluminação pública. Apenas um poste está com as lâmpadas funcionando.

Reclamantes apontam que o local é passagem de estudantes por conta da universidade, o que torna insegura a travessia. “A praça tem muitas árvores e a área é um tanto pacata. Seria necessário melhorar a iluminação para a segurança da comunidade. É uma região sossegada que merece cuidados”, comenta o munícipe Cléber Souza.

O estudante Guilherme Rodrigues reforça que é perigoso circular por ali à noite, já que houve ocorrência de roubo contra pedestres e ciclistas. “A violência está em todo lugar. Mas quando falta iluminação e outros fatores colaboram para a insegurança, o problema torna-se inevitável”, opina.

Rio Claro tem, aproximadamente, 110 praças públicas. A Secretaria Municipal de Manutenção e Paisagismo realiza serviços de varrição, corte de mato, poda de árvores e retirada de entulho, além da limpeza dos canteiros centrais.

“Os serviços de manutenção são feitos em todo o município, que é dividido por setores para a realização de limpeza e corte de mato nas praças. O trabalho segue uma programação que visa atender todo o município de maneira equânime e apenas em casos especiais ou emergenciais a Secretaria de Manutenção e Paisagismo antecipa o trabalho”, esclarece.

Rio Claro e Velo em estudo

Adriel Arvolea

O Estádio dos Eucaliptos de Analândia está confirmado para ser a sede da “Pequena Taça Regional” de Futebol Extra-Amador.
Felipe Altarugio, 22 anos, graduando em Jornalismo pela Unesp – Bauru, desenvolveu, juntamente com o professor orientador Dr. José Carlos Marques, o livro-reportagem ‘Uma Cidade em Azul e Vermelho – 100 anos de rivalidade entre Rio Claro e Velo’.

O projeto aborda a rivalidade entre Rio Claro e Velo Clube, instituições mais que centenárias do município. Em ordem cronológica, são apresentados fatos históricos relacionados aos dois clubes, mas sempre contados pela ótica de alguém que tenha se envolvido diretamente com o time, desde torcedores e jornalistas até jogadores, treinadores e dirigentes.

De acordo com o universitário, a narrativa valoriza o aspecto humano do futebol rio-clarense e a proximidade entre as equipes de futebol e a cidade. “Rio Claro não é de grande porte, mas conta com dois times de futebol, o que por si só já é incomum. Cada equipe tem mais de 100 anos de existência. Dessa forma, estabeleceu-se um vínculo profundo entre Rio Claro F.C., Velo Clube e a identidade cultural da comunidade”, explica Altarugio.

A pesquisa começou em novembro de 2014, quando foi protocolado e aprovado o pré-projeto pela universidade. Depois disso, foi realizada uma fase de levantamento de dados e fontes, para seleção dos temas que estariam no livro. Ao final do processo, foram mais de vinte entrevistas realizadas, além de consulta a materiais documentais. A partir da metade de março de 2015, foi encerrada a fase de coleta de informações e iniciado o processo de redação e diagramação do livro.

Altarugio acredita que o mais importante do trabalho é que, apesar da rivalidade, Rio Claro e Velo são igualmente presentes no imaginário da população e elemento fundamental na construção da identidade cultural da cidade. A paixão, inclusive, supera a razão matemática, já que os dados fornecidos pelos clubes sobre quem venceu mais dérbis, por exemplo, diferem entre si. Inclusive, o dérbi já foi apitado por um árbitro oficial da Liga Inglesa de Futebol na década de 1940, habituado a apitar partidas entre Everton e Liverpool. “No final das contas, o que realmente importa é a ligação profunda dos dois times com os torcedores e com a cidade, o lado humano que só o futebol do interior pode proporcionar”, avalia.

A atual edição tem 167 páginas. A apresentação do projeto acontece no próximo dia 6 de maio, na Unesp – Bauru. Se aprovado, o livro deve sofrer algumas adaptações e alterações para divulgação pública e, possivelmente, estará disponível para aquisição sob encomenda. Por se tratar de um trabalho acadêmico que, ainda, não foi apresentado e aprovado, não há detalhes sobre a possibilidade de viabilizá-lo ao público.

Ataque deixa CEU Mãe Preta sem energia elétrica

Carine Corrêa

CEU Mãe Preta
Após atos de vandalismo, centro de esportes no Mãe Preta fica sem energia

A informação foi repassada pelo vice-presidente de Centro de Artes e Esportes Unificado (CEU), bispo Antonio Esteves. Durante três dias seguidos nesse mês, o complexo foi depredado por pessoas que não foram identificadas. Em uma das ações, atearam fogo no registro geral de energia do CEU e a estrutura está sem iluminação. “Segundo a Secretaria de Cultura, vai demorar trinta dias para a licitação dos materiais de reparação do quadro de energia do CEU. Todos os eventos foram suspensos e todas as instalações se encontram sem energia, o que é um perigo para a comunidade”, denunciou Antonio.

Por sua vez, a Secretaria Municipal de Cultura informou via assessoria de imprensa que “está trabalhando para que a situação seja normalizada no menor tempo possível”. A pasta ainda disse em nota que depois da realização de tomada de preços, solicitou a compra do material necessário para os reparos. “Vale ressaltar que muitas atividades estão acontecendo normalmente durante o dia no CEU, como aulas de zumba e atividades esportivas, como vôlei, futebol de salão e skate. A biblioteca também manteve seu funcionamento, assim como o Cras. Os idosos continuam praticando exercícios físicos no local e o parque infantil pode ser utilizado pelas crianças”, alega. Para evitar novas ações de vandalismo, a Prefeitura informou que Guarda Municipal está realizando rondas no prédio, em apoio ao trabalho executado pela Polícia Militar.

Em outra ocasião, o bispo Antonio encaminhou o assunto a Brasília. “Conversei com o prefeito e sugeri a colocação de grades nas janelas para dificultar a ação de pessoas mal intencionadas. Ele sugeriu para colocar grade em torno do centro de esportes, mas acredito que não será aceito pela comunidade”, disse na oportunidade.

Depredações
Muitos prejuízos ocorreram no prédio. A sala que abriga o Centro de Referência da Assistência Social (Cras) teve um dos vidros quebrados. Na sala que abrigará o futuro telecentro do CEU, houve uma tentativa de furto dos computadores que serão utilizados para funcionamento da atividade. Já foram subtraídos do espaço também espelhos dos toaletes, um liquidificador, torneiras e outros objetos dos banheiros.

Jornal Cidade RC
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