O trabalho será finalizado com a implantação de guias e pavimentação
A prefeitura de Rio Claro iniciou na última semana as obras na área do antigo pontilhão do Jardim Azul. O trabalho resultará no alargamento do espaço destinado a passagem de veículos.
“A obra irá proporcionar melhores condições de tráfego para quem utiliza a via, além de ampliar a segurança no trânsito”, observa o Rodrigo Mussio, secretário Municipal de Obras.
Nesta primeira etapa funcionários da prefeitura estão executando a terraplenagem no local para que posteriormente seja realizada a regularização da base e do subleito. O trabalho será finalizado com a implantação de guias e pavimentação.
Sobre o pontilhão, estavam instalados trilhos da ferrovia, o que delimitava o espaço e impedia a realização da obra. Com a remoção dos trilhos, houve possibilidade de fazer o trabalho que resultará na ampliação na largura da via.
Jardineiro há 11 anos na Praça da Liberdade, localizada em frente ao Fórum de Rio Claro, Djalma Cerino, de 52 anos, conhecido carinhosamente como Didi, vive com a expectativa de um dia conseguir alguma notícia sobre sua mãe e também sobre outros membros da família.
Nascido em Nova Venécia, no Espírito Santo, Seu Djalma foi com o pai para Minas Gerais ainda muito pequeno e diz não se lembrar da mãe. “Morava só com o meu pai, não me lembro da minha mãe, nos mudamos quando eu era muito pequeno, então não sei o que aconteceu com ela”, conta.
O jardineiro mudou-se para o Estado de São Paulo junto do pai biológico com apenas cinco anos de idade. “Sei que morávamos num sítio e íamos para a cidade de Piracicaba, para que meu pai pudesse ir à igreja. Mas eu sempre preferi ficar andando e conhecendo os lugares, gostava muito de fazer isso”, relembra.
O jardineiro trabalha no local há 11 anos e torce todos os dias para encontrar informações sobre a mãe e outros familiares
O pai, nem um pouco satisfeito com o hábito do filho, sempre reclamava. Até que um dia uma família da cidade ofereceu-lhe abrigo e disse que cuidaria dele. “Então meu pai me deu para que eles me criassem e logo nos mudamos para Corumbataí e depois para Rio Claro”, fala.
A vida com a nova família não foi muito fácil. “Eu não era muito bem tratado por eles. Então quando fiz 14 anos, já aqui em Rio Claro, saí de casa e fui morar na rua. Dormia em casas abandonadas e muita gente me ajudava, pois viam que eu não era bandido, estava só tentando encontrar um rumo na minha vida. Conseguia fazer bicos, tudo para poder me virar e muita gente me ajudou.”
O pai biológico de Seu Djalma já é falecido. “Sou sozinho e meu maior sonho é ter alguma informação sobre minha mãe, não sei nem o que eu faria se tivesse a oportunidade de conhecê-la. Posso ter irmãos também. Passo Natal, Dia das Mães sem saber se ainda tenho alguém da minha família, torço para que eu consiga alguma coisa”.
Didi é facilmente encontrado cuidando da Praça da Liberdade e algum contato também pode ser feito pelo telefone (19) 9-9658-8014. “Muitas pessoas que vivem com suas famílias não dão o devido valor, devemos amar nossos pais”, finalizou o jardineiro, emocionado.
Davidy posa com a camisa do Rio Claro FC e com a camisa da seleção da China (Foto: Reprodução Facebook)
Todo jogador de futebol sonha em um dia ser convocado para defender a seleção do seu país, seja nas categorias de base ou na principal. E se, além de realizar este desejo, entrar para a história de um clube por ser o primeiro jogador a estar em uma seleção por este clube?
Este é o caso de Davidy Renan dos Santos Chow. Jogador do time sub-20 do Rio Claro FC. Mesmo tendo apenas 17 anos, o meia foi convocado para a seleção de base Sub-20 da China, sendo o primeiro jogador da história do Galo Azul a ser chamado para alguma seleção.
De acordo com o Memorial do Rio Claro FC, o ex-zagueiro André Cruz teve curta passagem na base rio-clarista em 1984, mas, quando foi convocado, não estava mais no Azulão.
Filho de pai chinês com mãe brasileira, Davidy participou do XXI Torneio Internacional de Lisboa, em que os chineses enfrentaram Portugal, Noruega e Sérvia, ficando em terceiro lugar.
“Dos três jogos, participei de dois e foi uma experiência muito boa, aprendi muita coisa, é uma seleção de muita qualidade. Vou me manter treinando para continuar a ser convocado”, relata.
A convocação teve a ‘ajuda’ de outro jogador chinês, conhecido dos brasileiros, principalmente dos corintianos: Zizao. O atacante é amigo da família de Davidy e, na época em que jogou no Timão, em 2012 e 2013, frequentava a casa de sua família, construindo uma relação próxima com o jovem jogador.
No final de 2014, Davidy viajou para China, quando ficou no país de seu pai por dois meses. Nesse período, participou de alguns jogos a convite de Zizao, sendo observado por dirigentes da seleção de base chinesa, culminando em sua convocação no mês de junho deste ano para defender a seleção Sub-20 da China.
“Fiquei sabendo esses dias que era o primeiro jogador do Rio Claro FC a ser convocado. É uma grande emoção em vários sentidos”, comenta.
Davidy conta como chegou ao Azulão e dirigentes falam do seu futuro no clube
Para ser convocado, Davidy estava no lugar certo, na hora certa. Para jogar no Rio Claro FC, o jogador foi até o clube após saber, através de sua mãe, que uma avaliação seria realizada.
“Gosto bastante do clube, tem uma estrutura boa. Minha mãe ficou sabendo que teria uma avaliação para o time Sub-20. Ela me levou, fiz o teste, passei e entrei para o time”, afirma.
No regulamento atual da Fifa, a entidade permite que um jogador possa atuar por uma seleção de base de um país e pela seleção profissional de outro, caso receba esta convocação e seja de sua vontade.
Diante disso, apesar da experiência com a seleção chinesa, do seu pai Hai Ka, Davidy não descarta a seleção de sua mãe Adriana.
“Eu acho que qualquer seleção em que surgir a oportunidade, eu vou jogar”, diz.
De acordo com o diretor de futebol do Galo Azul, Alex Afonso, a intenção é que o jogador fique no clube até a disputa da Copa São Paulo de Futebol Júnior, em janeiro.
“Tecnicamente o Davidy é muito bom. Vem se destacando e também é muito bom na bola parada, um meia canhoto, que tem um bom passe, só precisa um pouco mais de dinâmica, mas isso se consegue com treino”, comenta.
Já segundo o presidente Luiz Balbo, o jogador é do Rio Claro FC e tem proposta para jogar no futebol chinês, mas em sua viagem para Portugal ainda neste mês, o mandatário vai tentar colocar o jogador no mercado europeu.
O diretor de cinema João Paulo Miranda Maria (Foto: 23° Curtas Vila do Conde)
“O mais importante para o Cinema Caipira não é contar estórias, mas absorver em si a História de uma cultura a partir de uma estética própria”, explicou o diretor de cinema João Paulo Miranda Maria no texto manifesto “A estética de um Cinema Caipira“, publicado no site Centro de Análise do Cinema e do Audiovisual em 2010.
Na busca desta identidade cinematográfica, o cineasta realizou centenas de filmes que apresentaram seu modo de ver e fazer cinema. João Paulo travou sozinho uma batalha no cinema brasileiro, e mais especificamente pelo cinema do interior paulista.
O resultado do esforço veio com a participação dos filmes do diretor no concurso Screeming Room Móbile Phone Movie Competition CNN (2009); no Festival Internacional de Cinema de Caracas (2003), na Venezuela; na Muestra Iberoamericana de Cine de Taxco (2014), no México; na Mostra Short Film Corner (2014) e na Semana da Crítica do 68º Festival de Cannes (2015), ambos na França. Sem contar outros tantos festivais de cinema no Brasil.
“Pude me aprofundar e explicar mais um pouco sobre esta visão de um cinema do interior e a recepção foi muito boa. Estar aqui entre grandes nomes como participante deste processo é algo indescritível” – João Paulo Miranda Maria sobre o 23º Curtas Vila do Conde .
O Cinema Caipira, que antes era um conceito um tanto abstrato, agora tem rosto, nome e sobrenome. E promete muito mais, se depender da dedicação do cineasta e do grupo Kino-Olho.
VILA DO CONDE
Debate do 23° Curtas Vila do Conde em Portugal (Foto: 23° Curtas Vila do Conde)
Depois do retorno de Cannes, na França, onde além de competir entre os 10 melhores cineastas do mundo garantiu a produção de seu primeiro longa-metragem, o diretor de Rio Claro mais uma vez foi apresentar seu trabalho fora de nossas plagas. Desta vez o destino foi Portugal, na cidade Vila do Conde.
O curta “Command Action”, conforme já havia sido anunciado pelo Jornal Cidade, foi selecionado para concorrer na competição internacional do 23º Curtas Vila do Conde. O trabalho foi exibido nos dias 7 e 10 de julho. “Aqui realmente eles enxergam os realizadores como as tendências. Todos querem entender seu estilo e saber de seus projetos”, informou de Portugal o cineasta.
Ele vê com bons olhos a participação e já projeta o futuro. “Antes me parecia tudo muito distante e agora fazendo parte de tudo parece bem claro e próximo. Boas coisas estão acontecendo e realmente a mudança na carreira é definitiva”, garante.
“Vir aqui e conhecer mais detalhes sobre a história do meu país e ao mesmo tempo ser ‘descoberto’ por eles se torna uma oportunidade única”, finaliza o cineasta que retorna a Rio Claro na terça-feira (14).
EQUIPE DE PRODUÇÃO CONTOU COM MAIS DE 20 PROFISSIONAIS
Parte da equipe de produção do curta-metragem
Com direção de João Paulo Miranda Maria e roteiro de Fernanda Tosini, o curta-metragem “Command Action” teve produção de Cláudia Seneme do Canto e Fernanda Tosini. Thiago Ribeiro Pereira foi responsável pela direção de fotografia e Léo Bortolin, pelo desenho de som. Marina Butolo fez a direção de arte. O elenco contou com David Martins, além de Cláudio Lopes, Luana Menezes e João de Lima Neto. Integram ainda a produção Bruno Barrenha e Alessa Camarinha (som direto), Rogério Borges (assistente de direção),Gabriel Ávila e Thierry Vasques (assistentes de produção), Júnior Melito (assistente de fotografia), Eliana Palmero Butolo e Giuliana Ferraresso (assistentes de arte), Larissa Morari (fotografia still), Thomas May (steadcam), Valcir Bulgarelli (eletrecista), além de atores profissionais da Cia de Artes Cênicas Tempero D’alma e Feirantes e fregueses da feira livre do bairro Cervezão.
ROTEIRISTA FALA SOBRE PROCESSO CRIATIVO
A roteirista Fernanda Tosini, que escreveu e produziu o curta-metragem “Command Action”
A roteirista Fernanda Tosini foi a responsável pelo roteiro do curta “Command Action”. Esposa do cineasta João Paulo Miranda Maria e uma das principais figuras do grupo Kino-Olho, ela falou sobre o processo criativo para a construção da história.
“Em 2010 fizemos um documentário sobre a Feira Livre do Cervezão. Na época já achei interessante a atmosfera. Na feira temos todos os elementos para a construção do nosso Cinema Caipira: os personagens, os conflitos, o ritmo. Não precisamos interferir na realidade construindo esses elementos, tudo já está lá”, disse.
Tosini esclareceu ainda que escrever o roteiro pensando nas imagens é a maior dificuldade. “Sempre que estou escrevendo me pergunto se aquela história ou aquela cena ou diálogo realmente vai funcionar. Muitas vezes achamos um texto muito ‘funcional’ no papel, mas o cinema é outra linguagem, para mim essa passagem é sempre difícil”, relata.
Sobre o curta “Command Action”, contou que o trabalho já foi pensado para participar do Festival de Cannes. “Trabalhei mais sua construção utilizando e valorizando elementos da nossa cultura, como nas gírias e temas dos diálogos ou o estilo dos personagens. Também me preocupei bastante em não fazer uma história tão óbvia. Muito mais do que contar uma história linear, quis capturar uma realidade”, finaliza.
CINEASTA FAZ REGISTRO FOTOGRÁFICO DE SUA VIAGEM A PORTUGAL
João Paulo Miranda Maria fez registro fotográfico da cidade de Vila do Conde, em Portugal. Entre os registros está o topo de um mastro de caravela, do período do descobrimento. “Como se diziam aqui, ‘vai para o caralho!’. Agora entendo o significado”, legendou o cineasta sobre a imagem. Faça um tour por Vila do Conde na ótica do diretor.
Manuel Neuer, eleito melhor goleiro da Copa, levanta a taça de campeão na Copa do Mundo (Lars Baron/FIFA/Getty Images)
Há um ano os brasileiros estavam mais tristes. Não a tristeza diária pela falta de recursos, falta de esperança ou apenas pelo estresse cotidiano, era uma tristeza pela decepção. A expectativa pela vitória “em casa” foi sufocada por um 7 a 1 e o choro foi inevitável, naquele inesquecível dia 8 de julho do ano passado.
A derrota ‘vergonhosa’ para a Alemanha e o quarto lugar na Copa do Mundo, que deveria ser do Brasil e no Brasil, trouxe o questionamento: somos realmente invencíveis e os melhores do mundo? Há algumas semanas, a resposta veio: com mais uma derrota, desta vez para o Paraguai e a decorrente saída da Copa América.
Onde está o perfeito esquema tático de 1958, o time dos sonhos de 1962, a formação inconteste de 1970, a garra de 1994 ou o brilhantismo de 2002? Afinal, a seleção brasileira não é mais a mesma? “Não. Nosso futebol decaiu muito tecnicamente nos últimos anos”, responde Geraldo José Costa Junior, que há 19 anos trabalha nas categorias de base em clubes amadores e profissionais de Rio Claro.
A mesma visão é compartilhada por Luiz Fernando Moreira, professor e organizador do Campeonato Dente de Leite no município. “A deficiência da Seleção Brasileira, por não ter obtido bons resultados nas últimas competições, no meu ponto de vista, é por falta de melhor elaboração do calendário brasileiro, falta de planejamento de qualidade antes das competições e, principalmente, um padrão eficiente de jogo”, aponta o professor, que trabalha com meninos de 7 a 13 anos, muitos deles que nunca chegaram a ver o Brasil campeão da Copa.
“As crianças participantes do nosso Campeonato Dente de Leite têm, como todo jogador de futebol, o sonho de estar à frente da Seleção Brasileira. Isso se torna um objetivo que todos os jogadores de futebol buscam”, lembra Moreira, que acredita que a única forma de resgatar a reputação da Seleção Canarinho é mudar a política administrativa: “a gestão deve ser feita de forma profissional, e não por gestores de clubes e federações amadores que estão no cargo. Esse formato de gestão interfere diretamente no desempenho dos atletas”.
Costa também critica a forma de gestão do futebol como é feita atualmente. “Tem que corrigir o que acontece fora do campo e, depois, dentro do campo. O futebol brasileiro sempre foi vitorioso porque sempre se adaptou às inovações táticas e físicas, sem jamais abrir mão da essência de sua técnica refinada. A base é para formar jogador para o clube. E hoje trabalha para vender jogador para o exterior, porque os clubes formadores estão entregues aos empresários. Isso também precisa mudar”, pondera.
Sobre os garotos que passam pelas categorias de base, Costa comenta que os jogadores veem com desconfiança a Seleção do Brasil. “Na verdade, o futebol já não desperta o mesmo interesse na garotada, muito por causa dos novos hábitos e costumes introduzidos na sociedade contemporânea”, diz o técnico que afirma que, na teoria, muitos destes meninos poderiam integrar a sonhada Seleção nas próximas Copas. “Mas, infelizmente, a gente sabe que hoje em dia não é o mérito do atleta que define uma convocação. Como treinador, o objetivo é sempre buscar o máximo rendimento, tudo depende de quem os orienta, dentro e fora do campo.”
O delegado e professor da Academia de Polícia, José Gustavo Viégas Carneiro
Retornando à Secretaria Municipal de Segurança e Defesa Civil, o delegado e professor da Academia de Polícia, José Gustavo Viégas Carneiro (PV) conversou com a reportagem do Jornal Cidade sobre o novo período comandando a pasta.
JORNAL CIDADE – Mesmo não estando na secretaria nos últimos anos, o senhor continuou a estudar o tema Segurança Pública, tendo uma tese de doutorado premiada. É uma necessidade este contínuo aprimoramento?
DR. GUSTAVO – Este é o papel fundamental, inclusive é um papel da Guarda Civil hoje, com a nova lei federal, o Estatuto Geral das Guardas cobra que a Guarda tenha uma participação mais dinâmica, mais interativa, que tenha um setor de inteligência e saiba compreender este papel. Recentemente estive em Parati vendo as palestras dos escritores e uma coisa que me chamou a atenção foi uma geógrafa que pensava a cidade sob um viés feminino. É uma questão que me passou a minha atenção e vou estudar esta questão, pois uma cidade pensada pelas mulheres é mais inclusiva do que a pensada pelos homens.
JC – Falando na questão da mulher, os índices criminais divulgados, em relação a Rio Claro, apontam para o aumento dos casos de estupro registrados pela polícia. Falta uma rede de apoio a estas mulheres, já que, paralelamente, existe uma luta para reativar a Delegacia da Mulher no município?
VIÉGAS – Entendo que as políticas das mulheres devem ser incentivadas cada vez mais. Acho que a sociedade ainda é extremamente machista. E a mulher ainda é tratada como uma Amélia, além de tudo como um produto. Quando você vê uma campanha publicitária, você infelizmente vê isso, um produto de consumo mesmo, o que é lamentável. Agora, acho que um fator decisivo é a questão da Delegacia de Apoio à Mulher. Muitos casos de estupro nem chegam à polícia por esta dificuldade de acesso. Existe até uma subnotificação. As obras da Delegacia da Mulher estão em fase adiantada e tão logo será inaugurada.
JC – Em relação aos outros tipos de crime, qual vem sendo o papel da Guarda?
VIÉGAS – Entendo que a Polícia Militar e Polícia Civil fazem um bom trabalho em Rio Claro. A Guarda Civil vem trabalhando, em caráter colaborativo, com estas forças policiais. E neste sentido a Guarda vem sempre sendo solicitada. Mas entendo que o papel da Guarda deve ser de policiamento de proximidade, descentralizado, mais próxima da população. Vejo aquele projeto, que iniciamos no passado das bases comunitárias, deve ser retomadas. Este é o papel da Guarda. Percebo, mesmo ainda fazendo um diagnóstico, vejo que a atividade-fim – já que a Guarda, dentro da administração pública, é uma das carreiras mais bem remuneradas atualmente. A Guarda Civil Municipal de Rio Claro é uma das mais bem remuneradas do Estado de São Paulo. Os rendimentos se aproximam aos dos escrivães e investigadores de Polícia. Então a Guarda deve ser cobrada. Ela recebe muito bem, tem uma aposentadoria especial, e agora está na hora do guarda dar uma contribuição maior à população de Rio Claro. Sendo assim, tem que se ocupar em funções-fim, e menos em cargos burocráticos. Então estamos lá, tomando pé da situação. Estou pedindo apoio das demais secretarias, principalmente a de Administração, que forneça servidores administrativos para desonerar a Guarda para ir à atividade-fim. Este é um dos desafios da nova gestão.
JC – A população cobra esta proximidade e a ocupação destas bases comunitárias?
VIÉGAS – É uma cobrança positiva. A população está reconhecendo o papel da Guarda. Lá no Jardim São Paulo, a população fez um investimento e está na razão de cobrar o retorno. Agora, como isso vai ser feito é problema nosso. Como vamos operacionalizá-la. Desde quando assumi, incentivei que o guarda voltasse a estudar, e boa parte já tem nível universitário. Por outro lado, muitos migram para outras carreiras e, com isso, reduziu-se nosso quadro. O problema será amenizado com a desoneração administrativa.
Confira no player abaixo o áudio da entrevista na íntegra.
Carine Corrêa
Bafômetro constatou que motorista que conduzia carro estava alcoolizado. Homem foi preso em flagrante pelas autoridades
Depois de ser constatada a presença de álcool no organismo do motorista que se envolveu em um acidente nessa sexta-feira (10), ele foi preso em flagrante pelas autoridades. Anderson Cano Rodrigues, de 22 anos, morreu em um acidente na Rodovia Fausto Santomauro, pista que liga Rio Claro ao município de Piracicaba.
A reportagem do Jornal Cidade fez contato com a Polícia Militar Rodoviária, que afirmou que o motorista do outro veículo envolvido estava alcoolizado. Por esse motivo, ele foi preso em flagrante. O delegado Paulo Nabuco, da Polícia Civil de Rio Claro, confirmou a prisão do motorista.
O acidente ocorreu na altura do quilômetro 2,5, entre o Clube de Campo e um motel situado na pista, por volta das 21h30, Segundo a Polícia Rodoviária, Anderson conduzia uma motocicleta que foi atingida na traseira por um automóvel Cobalt, com placas de Itapecerica da Serra.
O motorista que conduzia o carro e estava alcoolizado seria um homem de 47 anos. Um escrivão informou que o motorista pode ser transferido para Penitenciária de Itirapina na segunda-feira (13).
Pelo Grupo B, o líder UPU FC encara o EC Panorama e o Independência FC, o EC Paulistão
Neste domingo (12), será realizada a décima e penúltima rodada da primeira fase, com três jogos duplos. Destes, somente um com as duas partidas pela mesma chave. No Grupo A, no Distrital do Panorama, às 8h, jogam Botafogo FC e AA Boa Vista e, às 10h, AA Santa Maria e Minativa FC.
O Distrital do Juventude sediará um jogo de cada chave. Pelo Grupo B, às 8h, o líder UPU FC encara o EC Panorama/Belmare e, às 10h, o CA Juventus joga contra o São Paulinho FC. O mesmo acontece na Lagoa Seca. Pelo Grupo B, às 8h, Independência FC e EC Paulistão se enfrentam e, às 10h, pelo Grupo A, a líder AE Pisos Nice joga contra o CSA Ajapi/Tranenge.
Ainda pelo Grupo B, no Distrital do IX de Julho, às 8h, o Unidos da Vila FC encara o IX de Julho FC/Cidade Nova FC; no Distrital do São Miguel, a AE Ribeirão Claro disputará os três pontos com o EC Novo Wenzel e, às 9h15, no Distrital do Paulistão, jogam AA Santana e EC Vasco da Gama/Max Fort.
Pelo Grupo A, o Juventude FC folgará, assim como o Inter Mãe Preta FC. No Grupo B, o América FC ficará no descanso. Em jogo atrasado da sétima rodada, vitória da AA Santana por 3 a 0 sobre o Unidos da Vila.
Áreas estão localizadas em frente à Avenida Marginal 1-JG, próximas à Avenida 5-JG, no Jardim Guanabara I
Duas áreas verdes localizadas no Jardim Guanabara I são refúgio para lazer aos moradores do bairro. Uma delas está localizada entre a Avenida Marginal 1-JG, com a Avenida 5-JG e Rua 8-JG; a outra também margeada pela Avenida Marginal 1-JG fica entre as avenidas 9-JG e 7-JG.
O JC procurou pela nomeação das áreas, se havia em decreto nome para as áreas descritas, entretanto não encontrou nenhuma lei referente aos espaços. A primeira área soma três árvores e uma banca de revistas. Sem bancos, os moradores improvisaram com alguns pedaços de madeira um espaço para se sentar.
No segundo espaço, poucas árvores estão presentes, entretanto o destaque são os diversos brinquedos que estão disponíveis para a comunidade. Apesar da boa conservação do gramado, segundo moradores, a falta de manutenção no playground é um dos problemas apontados, já que os equipamentos são confeccionados em madeira e estão suscetíveis às intempéries.
De acordo com lei aprovada e sancionada este ano pelo Executivo, todos os parquinhos do município devem receber fiscalização, tanto equipamentos em áreas privadas, quanto áreas públicas. O objetivo é evitar acidentes com crianças, como o ocorrido no ano passado com uma criança no bairro Terra Nova.
Segundo informações fornecidas pela assessoria de imprensa da prefeitura de Rio Claro, os locais seguem recebendo manutenção e limpeza periódicas dentro dos serviços da Secretaria de Manutenção e Paisagismo, que atende todas as praças do município em trabalho que é realizado por regiões e acontece ininterruptamente. Sobre melhorias previstas para os locais, a assessoria informa que, por ora, não há novos projetos para essas praças.
Localizado entre o Jardim Santa Eliza e Jardim das Paineiras, o bairro Jardim Figueira soma pouco mais de seis quarteirões
O bairro Jardim Figueira nem aparece em alguns mapas de Rio Claro. Localizado entre o Jardim Santa Eliza e o Jardim das Paineiras, o conjunto habitacional possui pouco mais de seis quarteirões. O Jardim Figueira conta com um dos seis ecopontos instalados no município e, em breve, deve abrigar uma Unidade Básica de Saúde.
Para chegar ao local é possível seguir até o final da Avenida Saburo Akamine, entretanto vale ressaltar que o bairro fica em trecho sem asfalto da mencionada via e, portanto, o acesso é melhor pela Avenida 54, que corta o Jardim das Paineiras e o Jardim Paulista 2.
Moradora do bairro há três anos, Adriana Aparecida Fernandes comenta gostar muito do Jardim Figueira, mas ressalta que sente falta de um espaço de lazer. “Falta uma praça e uma academia ao ar livre.”
Já, Emily Fernanda da Silva Rocha, moradora do local há quatro meses, não tem tantos elogios para o bairro. Aguardando o ônibus em pé com uma criança no colo, ela desabafa: “falta um banco para sentar com as crianças para esperar o ônibus, ficar nesse sol ninguém merece. É preciso mudar tudo, porque está feio”.
A comerciante Rosi Rocha diz que se cansou de reclamar. Morando em trecho no entroncamento do Santa Eliza com o Figueira há 20 anos, ela comenta que os problemas são a limpeza dos terrenos e a manutenção da ponte. “A ponte está interditada por causa de pouca coisa, são só algumas tábuas e está virando um transtorno para quem mora nas chácaras do Bom Retiro, ou no Novo Wenzel e Bonsucesso.”
Bairro
O Grupo JC percorre os bairros da cidade e traz um pouco da realidade de Rio Claro para as páginas do Jornal Cidade. Quer o seu bairro aqui? Entre em contato: 9.9942-4100.
O acidente que matou o cantor sertanejo Cristiano Araújo e sua namorada Allana Moraes Coelho, na madrugada do dia 24 de junho, em Goiás, levanta novamente a discussão sobre a importância do uso do cinto de segurança. A informação de que as vítimas estavam sem o cinto foi confirmada pelo motorista do cantor, Ronaldo Miranda, durante depoimento prestado ao delegado Fabiano Jacomelis, que cuida do caso.
Em uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, entre agosto de 2013 e fevereiro de 2014, o índice de pessoas que não utilizam o cinto é preocupante. O estudo que aconteceu em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que apenas 50,2% da população usa o cinto quando está no banco traseiro de carro, van ou táxi.
Os entrevistados mostram mais consciência quando estão no banco da frente, onde 79,4% das pessoas com 18 anos ou mais dizem sempre usar o item de segurança. Contudo, o cinto na parte traseira do veículo reduz mais o risco de morte, pois, em uma colisão, impede que o corpo dos passageiros seja projetado para frente.
Denise Cristina Zuzzi Mito, coordenadora do curso de Fisioterapia da Faculdade Anhanguera de Rio Claro, explica sobre a importância do equipamento. “Usar o cinto evita uma alta porcentagem de mortes. Isso é demonstrado por investigações e estudos realizados até hoje. Não pense que estando no assento traseiro do veículo o risco seja menor; a maioria desses passageiros é lançada para fora do veículo ou projetada de encontro ao assento em colisões e, às vezes, acaba por prejudicar o motorista ou o copiloto, levando a sequelas graves, como traumatismo craniano, hemorragia interna, graves escoriações, múltiplas fraturas ou até a morte.”
“Não importa se você irá fazer um trajeto de curta ou longa distância, se é urbano ou pela rodovia. O uso do cinto é obrigatório, os acidentes são imprevisíveis e o equipamento de segurança é necessário em qualquer local do veículo”, fala o capitão Carrijo Jr., da Polícia Rodoviária. “A responsabilidade para que todos os ocupantes utilizem o cinto é do condutor. O não uso gera cinco pontos no prontuário do condutor e o valor da multa é de R$ 127,69 por pessoa sem o cinto”, finaliza.
Unidades que já trabalham o ensino religioso no país abordam ética, moral e cultura
Muito debatido e discutido em Rio Claro, o Plano Municipal de Educação foi sancionado pelo prefeito Du Altimari e divulgado no Diário Oficial no final de junho. Uma vez aprovado pelo Legislativo – em duas tumultuadas sessões camarárias – e promulgado pelo Executivo, o plano segue para a execução de fato, porém não sem antes passar por avaliação da Secretaria de Educação.
Dentre as emendas aprovadas, a que mais chamou a atenção da comunidade foi a inclusão do Ensino Religioso na grade curricular. Questionada sobre o modo como as emendas seriam implantadas efetivamente, a assessoria da prefeitura informou que “as metas e as estratégias do plano serão avaliadas e planejadas”.
Nas redes sociais, muito se debateu sobre o conteúdo dessa nova disciplina. Alguns defendem que todas as religiões devem ser abordadas no processo. Em algumas escolas particulares que já adotaram a disciplina o programa conta com noções básicas de ética, moral e convivência entre os alunos.
Para Pai André, do Templo de Umbanda Vovô Serafim e Ogum Três Espadas de Rio Claro, a questão de religião tem que ser discutida com a família e não na escola. “O jovem na escola tem que aprender a conhecer o seu país, aprender economia, são assuntos mais abrangentes. Temos que entender que o Brasil é um país 100% cristão. Não sou a favor de ensinar religião na escola”, comenta o religioso, que defende o ensino de outra disciplina nas unidades escolares: “sou a favor do ensino de cultura africana nas escolas, o que simboliza o resgate da história e da cultura, é uma questão cultural”.
O padre Antônio Sagrado Bogaz aprova a ideia do ensino religioso, entretanto defende que o conteúdo deve ser focado no fenômeno religioso, e não em doutrinas religiosas. “Não se trata de catequese, que deve ser dada pelas respectivas igrejas, onde seus fiéis participam, se quiserem. Neste caso, o ensino religioso deve ser visto como uma aproximação ética, cultural e humanista do ser humano, como se fosse uma fenomenologia religiosa, sem confessionalidade. Não se trata de ensinar doutrinas particulares das religiões, mas o fenômeno religioso, hoje fundamentado num curso superior chamado ‘ciência das religiões’”, aponta Bogaz.
Na opinião do padre, a inclusão da nova disciplina traz uma proposta de reavaliação dos valores humanos. “Quando observamos os quadros curriculares das escolas, os estudantes são tratados como propostas de progresso e lucro, sem preocupação com os valores humanos. Como consequência disso, temos hoje profissionais e certos cursos superiores que aprendem a manipular o comércio e ganhar dinheiro, mas não têm nenhuma formação ética e humana. Assim, são profissionais mercenários, que não servem o bem comum, mas servem-se da ‘res-pública’ para enriquecimento, tão mais rápido e tanto maior”, acusa o padre.
Para a pedagoga e doutoranda em Educação na Unesp RC, Rosemeire Archangelo, o conteúdo a ser trabalhado no ensino religioso deve se pautar no que diz a legislação. “Não é possível atender apenas uma religião, mas trazer todas as religiões, sem proselitismo. Abordar desde as religiões africanas, cristã, islâmica, deuses venerados pelos indianos, os calendários cristãos, indígenas, maias, entre outras abordagens.
É preciso ficar claro que a legislação não permite abordar apenas um tipo de religião, e que a matrícula deverá ser facultativa para a criança”, comenta a professora que lembra ainda que os vereadores aprovaram a lei e não levaram em conta o impacto financeiro que a implantação do ensino religioso vai causar. “Além disso, não consideraram as prioridades do PME, como a universalização da pré-escola, aumento de vagas na creche e valorização dos professores”, aponta a pedagoga.