APJ repudia ataque contra portal de notícias em Franca

Um ataque de hackers ao portal de notícias CGN, que faz cobertura em Franca e região, no Dia do Jornalista – celebrado nessa quarta-feira (7) – motivou uma nota de repúdio da Associação Paulista de Portais e Jornais (APJ). O claro ataque à liberdade de imprensa foi destacado pela entidade que representa dezenas de jornais em todo o Estado de São Paulo. Confira na íntegra abaixo.

Definitivamente uma parcela daqueles que temem a clareza das informações insiste com atitudes agressivas, como o ataque de hackers realizado ao GCN, o maior portal de notícias de Franca e Região, em pleno dia 7 de Abril, quando se comemora o Dia do Jornalista.

Mostrando através dessa atitude, além de seus rancores, também os seus temores, pois com certeza não acreditam em suas ideias e posições, seus autores apenas querem impô-las em vez de apresentá-las, defendê-las e, quem sabe, por meio de diálogo saudável, conquistar apoios, evoluí-las e até mesmo encontrar luz.

Diante de um ato tão primitivo em um momento de tanta evolução, com certeza terão suas autorias investigadas pelas autoridades competentes. De nossa parte, nos convencemos cada vez mais da nossa relevância editorial, que, atacada, se fortalece, justificando o nosso trabalho de levar fatos e ideias para conhecimento geral e debates à luz da opinião pública.

Assim, além do nosso posicionamento de repúdio ao ataque feito ao portal CGN, também manifestamos nosso total apoio e solidariedade ao nosso associado, somando competências para juntos seguirmos em frente nessa tarefa que escolhemos como missão, que é a de informar para bem transformar.

Rio Claro chega a 330 mortes por Covid

Desde o início da pandemia, Rio Claro teve 330 vidas perdidas para a covid. Cinco mortes foram registradas no boletim desta quinta-feira (8), emitido pela Secretaria Municipal de Saúde. As vítimas são quatro idosos e uma mulher, totalizando 29 óbitos neste mês de abril.

O boletim aponta ainda 49 novos casos e o município tem agora 11.619 casos da doença, com 10.330 recuperadas. Dos 959 pacientes que estão em tratamento, 138 estão hospitalizados, o que resulta em 88% de ocupação de leitos. O índice inclui UTI e enfermarias da rede pública e privada.

Isolamento social, higienização frequente das mãos e uso de máscara são as medidas preventivas à covid e devem ser adotadas por todos. A Secretaria de Saúde ressalta que é preciso responsabilidade e conscientização de que no enfrentamento à pandemia deve haver engajamento de toda a comunidade. Para que todos possam superar este momento, é necessário que cada um faça a sua parte.

Samu socorre homem baleado com três tiros no Centenário

Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) socorreu no início da noite desta quinta-feira (8), um homem que encontrava-se baleado pelo Jardim Centenário.

O chamado para o atendimento partiu de um popular e quando os profissionais chegaram até a Rua 2, uma equipe da Polícia Militar já os aguardava. A vítima, um homem de aproximadamente 30 anos, foi encaminhada para o PSMI da Avenida 15. De acordo com o Samu ele está consciente e foi alvejado por três disparos que atingiram a região do pescoço, cervical e clavícula.

A motivação do crime seria uma discussão por barulho e som alto. De acordo com a esposa da vítima, o autor seria um vizinho do casal.

Vacinação continua para pessoas com 68 anos ou mais

Em Rio Claro, a primeira dose da vacina contra a covid continua sendo aplicada nesta sexta-feira (9) em pessoas com 68 anos ou mais. Já a segunda dose da Coronavac/Butantan é aplicada em quem foi vacinado até dia 19 de março. Quem pertence a estes grupos pode procurar um dos quatro pontos de atendimento, que funcionam no Centro Cultural e Faculdade Anhanguera, das 8 às 15 horas, e em dois locais no sistema de drive-thru, em parceria com os hospitais Santa Filomena e Unimed, que vacinam pessoas conveniadas ou não.

“Agradecemos muito a contribuição que estamos recebendo de todos os parceiros, tanto os hospitais Santa Filomena, Unimed e São Rafael, como também a Faculdade Anhanguera, que têm dado importante contribuição para que o município vacine o maior número possível de pessoas”, destaca Giulia Puttomatti, secretária municipal de Saúde.

Conforme levantamento divulgado na quinta-feira (8) pela Vigilância Epidemiológica, o município vacinou até o momento 27.465 pessoas, sendo que 11.805 foram vacinadas também com segunda dose.

A ampliação da faixa etária atendida depende do envio de mais doses ao município pelo governo estadual. Até agora, a grade de vacinas enviada ao município contempla pessoas com 68 anos ou mais e segundas doses.

O atendimento nos locais de vacinação tem transcorrido de maneira tranquila, sem aglomerações ou filas. O Centro Cultural fica na Rua 2, 2.880, Vila Operária, e a Faculdade Anhanguera na Avenida 39 com a Rua 22, Bairro do Estádio.

O atendimento em sistema de drive-thru nesta sexta-feira será feito em dois locais a partir das 8h30. A equipe do Santa Filomena realiza drive-thru na entrada principal do Shopping Rio Claro, na Avenida Conde Francisco Matarazzo Junior e a equipe da Unimed atende na Rua 12 entre as avenidas 14 e 12 (prédio da antiga empresa Alexandre Junior).

Para ser vacinada a pessoa deve apresentar cartão SUS, CPF e RG e, em caso de segunda dose, o cartão de vacinação. A comunidade deve ficar atenta às divulgações oficiais sobre a vacinação, realizadas nas redes sociais e nos sites da prefeitura de Rio Claro e da Secretaria de Saúde.

Vacina do Butantan é eficaz contra mutações comuns às variantes P.1 e P.2

A vacina contra a COVID-19 CoronaVac, produzida pelo Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, provou-se eficaz contra a mutação D614G do vírus SARS-CoV-2, que predomina atualmente no mundo e é comum às linhagens B.1.1.28 (da qual derivam as variantes P.1, amazônica, e P.2, surgida no Rio de Janeiro) e B.1.1.33 (da qual deriva a variante N9, descoberta no Brasil recentemente).

As informações foram divulgadas no último sábado (3) no site da Sinovac junto aos resultados consolidados dos quatro estudos clínicos de aplicação do imunobiológico realizados na China, no Brasil e na Turquia desde meados de 2020.

As pesquisas demonstraram que, após a vacinação, a taxa de soroconversão (surgimento de anticorpo específico no sangue de um indivíduo) dos anticorpos neutralizantes contra 12 cepas do SARS-CoV-2 (incluindo a mutação D614G) variou de 80% a 100%. Foram avaliados 80 voluntários e as cepas CZ02, WZL, WGF, ZJY, SSH, JWL, ZYF, HAC, HJL, ZXZ, QHF e NOOR.

Em março, o Butantan já havia divulgado dados iniciais de um estudo realizado em parceria com o Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo, envolvendo 35 pessoas, e que apontava que a CoronaVac era eficaz contra as variantes P.1 e P.2 do novo coronavírus.

As vacinas compostas de vírus inativado, como a CoronaVac, possuem todas as partes do vírus. Isso pode gerar uma resposta imune mais abrangente em relação ao que ocorre com vacinas que utilizam somente uma parte da proteína Spike (utilizada pelo coronavírus para infectar as células). Como a CoronaVac possui uma proteína Spike completa, pode levar a uma proteção mais efetiva contra as variantes que apresentam mutação nesse elemento.

O comunicado da Sinovac também aborda a segurança da CoronaVac, levando em consideração os estudos clínicos realizados nos três países com mais de 14 mil pessoas acima de 18 anos. Com base neles, é possível concluir que as reações adversas mais comuns após a aplicação da vacina são dor no local da aplicação, dor de cabeça e cansaço, e que nenhuma reação adversa grave foi registrada até fevereiro.

Empoderamento feminino será tratado no programa JC Business desta quinta-feira

Toda mulher precisa tomar consciência do poder que tem, da força que emana. Empoderamento feminino é a consciência coletiva, expressada por ações para fortalecer as mulheres e desenvolver a equidade de gênero. Empoderar-se é o ato de tomar poder sobre si.

O tema – que é de grande importância, precisa ser afirmado abertamente e chegar a todos, não só às mulheres, mas principalmente a elas – será tratado no JC Business de hoje, quinta-feira (8), a partir das 19 horas, ao vivo, no Facebook e YouTube do Jornal Cidade.

Maria Angela Tavares de Lima, gerente-geral do Grupo JC de Comunicação e mediadora do programa, receberá Luziane Sartori e Cristiane Gobesso para um bate-papo de altíssimo nível sobre o assunto.

Luziane Sartori é idealizadora e fundadora da WISE PLAY – Desenvolvimento de Pessoas e Empresas. Graduada em Engenharia Química pela UFSCar, com Especialização em Administração de Empresas na Fundação Getulio Vargas e MBA numa parceria entre Boston School (Brasil) e Rotman School of Management (Canadá). Por mais de 20 anos trabalhou como Executiva em diversas áreas de grandes empresas, tais como BankBoston, ABN Amro, Creditas e Banco Original. Facilitadora da Metodologia LEGO® SERIOUS PLAY®, relativamente nova no Brasil e no Mundo. Com ela têm a oportunidade de trabalhar tanto individualmente pessoas, como líderes e profissionais de empresas.

Cristiane Gobesso é formada em Educação Física, com Pós-Graduação em Administração de Empresas pela FGV e em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral. Há 12 anos, é Gestora da Unidade do SEST/SENAT de Rio Claro, desenvolvendo projetos de qualificação profissional e qualidade de vida para o setor de transporte.

Apoio

Uai Salgados, Mercado Qualidade, Unimed Smart Help, Tratos Network & Business, Infinita Motors e, também, a Caprem Construtora

Corpo de Bombeiros faz vistoria no novo Fórum

A manhã de ontem, quarta-feira (7), foi marcada por uma visita do tenente Fabio Giovani, comandante do Corpo de Bombeiros de Rio Claro, ao prédio do novo Fórum para uma vistoria.

“Com o projeto pré-aprovado em mãos, onde constam as medidas de segurança ideais para uma edificação como a do novo Fórum, que são rota de fuga, hidrantes, extintores de incêndio, iluminação de emergência e sinalizações de emergência, eu estive realizando a vistoria e fazendo aquele trabalho popularmente conhecido como ‘cara – crachá’. Neste caso, como não foram encontradas irregularidades, eu aprovei. A partir de agora eu só vou aguardar os laudos dos engenheiros que irão analisar entre outras questões principalmente a parte estrutural e elétrica para que, com essa documentação, eu emita o laudo de Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros – o AVCB”, disse o tenente.

Histórico

A construção do novo prédio do Fórum foi iniciada em 2010 e interrompida em julho de 2014, na administração do então prefeito Du Altimari. Depois de quatro anos de paralisação, o governo de Juninho da Padaria conseguiu retomar a obra em 2018, graças a um trabalho conjunto realizado pela administração municipal em parceria com a Secretaria Estadual da Justiça e Cidadania. O prédio está sendo construído na Cidade Judiciária, atrás da Unesp.

Mais de mil cidades têm problemas no abastecimento de oxigênio, diz balanço

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Gestores de saúde de ao menos 1.068 municípios relataram, em um levantamento, preocupação sobre o estoque de cilindros de oxigênio e até mesmo risco de desabastecimento nos próximos dias se a curva de casos de Covid-19 se mantiver em alta e houver novos entraves junto a fornecedores.


Os dados são do Conasems, conselho que reúne secretários municipais de Saúde, e obtido pela reportagem.
Segundo o órgão, o total de municípios com dificuldades pode ser ainda maior, já que apenas uma parte respondeu ao questionário. Ao todo, gestores –como secretários, representantes de hospitais e de outras unidades de saúde que atendem pacientes de Covid– de 2.411 municípios enviaram dados.


O levantamento começou a ser feito nas duas últimas semanas de março, e terminou na terça-feira (6).
O maior impasse é a dependência de cilindros de oxigênio, modelo visto como de maior dificuldade de fornecimento –e apontado por 87% dos municípios como principal estrutura de armazenamento.


Os 1.068 municípios informaram haver risco de desabastecimento em ao menos uma unidade em até dez dias.
Segundo a assessora técnica do conselho, Blenda Pereira, isso indicaria que haveria possibilidade, em parte das cidades, de falta já nos próximos dias, já que algumas respostas vieram ainda no início do balanço. Em outras, o alerta persiste. “Vemos que é um problema nacional”, afirmou.


Recentemente, no entanto, parte dos estados e o Ministério da Saúde adotaram medidas emergenciais para diminuir o risco de uma possível falta, como a distribuição de cilindros extras, o que amenizou a situação.


“Mas, como o número de pacientes ainda cresce, há risco”, diz Mauro Junqueira, secretário-executivo do Conasems. Segundo ele, ações recentes parecem ter ajudado a evitar um problema mais grave. “Ainda é um cenário preocupante, que temos de monitorar”, afirma.


Avaliação semelhante tem Geraldo Reple Sobrinho, secretário de Saúde de São Bernardo do Campo, no ABC paulista e presidente do Cosems-SP, que reúne gestores municipais do estado.

“Já melhorou, mas ainda não está equacionado. Ainda há algumas regiões em situação crítica”, afirma ele, segundo quem o último balanço feito pela entidade junto aos municípios apontava déficit de 2.578 cilindros.


“São Paulo tem uma grande capacidade de produção. O problema é a logística. Com aumento dos casos, as empresas precisam trocar os cilindros várias vezes. Imagina fazer isso a uma cidade a mais de 50 km [de distância]”, diz.
O problema se repete em outros estados.


“Consumimos 300% a mais do que o normal. O ministério trouxe um carregamento de 340 cilindros, que distribuímos para as cidades em situação mais delicada. Mas a preocupação persiste, porque Mato Grosso tem território grande, e os municípios não conseguem ter estoque. Tem cidades a quase 800 km da distribuidora”, afirma Marco Antônio Felipe, presidente do Cosems-MT.


Secretário de Saúde de Guarantã do Norte (MT), ele diz também sofrer com a distância –e com o impacto do aumento de casos. “Temos um hospital municipal com demanda, e estamos a 230 km do primeiro posto de abastecimento”, relata.

No momento do balanço, a maior parte dos representantes disse ao Conasems que o município ainda conseguia fazer as compras, mas relatava aumento na demanda e dificuldades com fornecedores como pontos de preocupação.
No geral, frases como “tem dias que não há cilindros suficientes para serem abastecidos, e tem dias que o fornecedor não tem estoque de entrega” ou “há dificuldade de manter o estoque” foram enviadas junto às respostas.


O balanço teve adesão sobretudo de cidades de pequeno e médio porte. Entre as capitais que responderam, Macapá (AP) reportou dificuldades.


Segundo Ferreira, do Conasems, o levantamento foi enviado a todos os gestores para investigar a situação também em municípios sem leitos para Covid, mas que têm feito atendimentos por meio de unidades de saúde ou intermediárias.


As dificuldades foram relatadas em todos os estados, incluindo em cidades menores com atendimento apenas nestes locais. Como justificativa, diferentes cidades informaram alta demanda e necessidade de atender pacientes graves em salas adaptadas até que haja transferência para hospitais da região.

“Tivemos que montar alguns leitos em unidades básicas de saúde. E, do dia para a noite, nos vimos tendo que ter 10 a 20 cilindros à disposição”, relata Felipe, do Cosems-MT, sobre a situação em cidades da região.


Em Capistrano (CE), com 17 mil habitantes, por exemplo, não há UTI e antes da pandemia havia cilindros de oxigênio para manter seus dois leitos de internação. Atualmente, são 15 internados, todos com necessidade de oxigênio.
Erika Medeiros, responsável por um hospital de pequeno porte na cidade cearense, disse à pesquisa que há o risco de o município “colapsar a qualquer momento”. Sem cilindros, a prefeitura não tem estoque e diariamente busca oxigênio em Mossoró (RN), a 260 km, e Fortaleza, a 90 km.


Grazielle Resende, diretora do Hospital Municipal de Bom Jesus de Goiás, disse na pesquisa que o gasto de oxigênio aumentou de “forma extrapolada”. “De fato não estamos conseguindo atender de forma eficaz e estamos amedrontados com o possível colapso do atendimento.” A cidade tem 25 mil habitantes.

Segundo Resende, o hospital tem hoje cinco leitos com pacientes com Covid-19 e gasta mensalmente a quantidade utilizada durante todo o ano no período anterior à pandemia.


Apesar disso, para Junqueira, do Conasems, cidades menores estariam mais vulneráveis. Ele diz, contudo, ver sinais de melhora, que ainda precisam ser confirmados.


O balanço do conselho questionou também a falta de outros insumos. Os mais frequentes em baixo estoque foram luvas, máscaras e aventais. “Isso nos preocupou. Além da escassez de oxigênio, o abastecimento de EPIs [equipamentos de proteção individual] também pode estar prejudicado [em alguns locais]”, diz Pereira, do Conasems. O conselho pretende aplicar nova fase de pesquisa para atualizar a situação.

Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que tem ajudado no transporte de cilindros de oxigênio para estados como Acre e Amapá. Mil cilindros também foram distribuídos a Mato Grosso, Rio Grande do Norte, Rondônia e Acre.
A pasta diz ainda ter requisitado mais 500 cilindros de oxigênio para atender outros estados monitorados com baixo nível do insumo. O ministério não informou quais seriam esses locais.


A pasta diz ainda que se prepara para receber 5.133 concentradores de oxigênio, equipamento usado na assistência a pacientes, que serão doados por empresas privadas e devem chegar até 14 de abril.

Sobre os baixos estoques de EPIs, como luvas e máscaras, afirmou que a aquisição desse material cabe aos estados e municípios, mas que fez uma compra de 345 milhões para distribuição “em razão da escassez”.

Dia do Jornalista

Hoje, 7 de abril, comemora-se o Dia do Jornalista. Com tanto obscurantismo, ataque à imprensa e aos jornalistas, não há o que comemorar. Este é o momento de reagir, de resistir ao avanço de ideias retrógradas e ofensivas aos jornalistas e à liberdade de imprensa.

Ontem mesmo, dia em que o Brasil bateu mais um recorde no número de mortos pela Covid-19, chegando à marca trágica de 4.211 mortos, o presidente Bolsonaro ignorou a gravidade da situação e afirmou: que “resolve o problema do vírus em poucos minutos”. E foi ao ataque contra a imprensa: “É só pagar o que os governos pagavam para a Globo, Folha, Estado de São Paulo… Esse dinheiro não é para a imprensa, esse dinheiro é para outras coisas”. E prosseguiu: “Eu cancelei todas as assinaturas de revistas e jornais do governo federal. Acabou. Já entramos no segundo ano sem nada. A gente não pode começar o dia envenenado”.

O comportamento irascível do presidente em relação à imprensa e a jornalistas não muda e demonstra o seu desprezo por análises de articulistas que apontam os gravíssimos erros do presidente na condução da crise e da tragédia que se abate sobre o País nesse mais de um ano de pandemia.

Se ele afirma que o fato de não gastar com anúncios e assinaturas propicia a ele acabar com a pandemia em poucos minutos, por que não fez isso há um ano, ou pelo menos há alguns meses?
Muito pelo contrário, ele se colocou contra o lockdown e a favor de um tratamento precoce, o tal  kit Covid, comprovadamente ineficaz por cientistas sérios, e que, segundo eles, causa graves efeitos colaterais.

O objetivo de Bolsonaro é mais do que claro: apoiar e alimentar uma imprensa servil, não crítica, que ignore a sua maneira de agir e de (des) governar o País.

De pai para filho
Está viralizando nas redes sociais um vídeo em que aparece o Zero 4, Jair Renan, cuspindo no rosto da sua mãe. Esse comportamento agressivo, que faria parte de um desafio, tem muito a ver com a maneira agressiva e hostil com que o seu pai conduz o seu (des) governo.  Enquanto ela lhe dava uns tapinhas, ele ria comemorando o feito.

Encarar essa cuspida como uma brincadeirinha inocente, coisa de criança, significa reduzir todas as ações e falas do presidente e dos outros filhos, como quando Eduardo afirmou que para fechar o Supremo bastavam um cabo e um soldado a pé, como brincadeiras inocentes.

Enquanto eles brincam de criticar a imprensa e o STF, a fome de quase metade da população só aumenta. E não cresce mais devido à solidariedade daqueles que levam essa tragédia a sério, usam máscara, e não estão para brincadeira.

O colaborador é cronista, poeta, autor teatral e professor de redação.

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Total de mortes em SP já é quase igual ao número de nascimentos

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Covid-19 fez diminuir drasticamente a diferença entre os números de nascimentos e mortes registrados na capital paulista no último ano. Pelo menos é o que mostram os dados divulgados pela Arpen-SP (Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo), obtidos pela reportagem no início desta semana.


No mês passado, as 12.779 certidões de óbito registradas nos cartórios da cidade de São Paulo foram equivalentes a 94,9% do número de certidões de nascimento emitidas no mesmo período (13.464). Como comparação, em março de 2020, no início da pandemia, o número de registros de morte representava 55,6%.


No ano anterior à pandemia (de março de 2019 a fevereiro de 2020), as mortes foram equivalentes a 46,4% dos nascidos vivos na capital paulista, segundo os registros da Arpen-SP.


Os números da associação dos cartórios são uma ducha de água fria em quem, apesar de todas as evidências, ainda duvida da matança generalizada provocada pelo coronavírus no último ano.


Cartórios da cidade de São Paulo registraram, no mês passado, um volume de óbitos 66,2% maior do que em março de 2020, no início da pandemia no Brasil. Já o número de certidões de nascimento foi apenas 2,71% menor na comparação entre esses dois meses. Na média diária, foram emitidas 434 certidões de nascimento e 412 de óbito no mês passado.


Os óbitos registrados na capital crescem ao mesmo tempo em que o número de mortes provocadas por crimes violentos despencam. Último mês disponível para consulta entre as estatísticas da SSP (Secretaria Estadual da Segurança Pública), fevereiro deste ano teve 34 vítimas de homicídio, ante 61 de igual período de 2020 (queda de 44,3%).


PIOR MARÇO DA HISTÓRIA
A diretora de comunicação da Arpen-SP (Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo), Andreia Ruzzante Gagliardi, afirma que março de 2021 foi o mês com mais mortes registradas na capital paulista desde o início da série histórica de dados da entidade, em 1999.


No ano passado, durante o primeiro pico da Covid-19, a cidade de São Paulo registrou 10.850 óbitos no mês de junho. Ou seja, o aumento, agora, foi de 17,8%. Em 2019, quando a pandemia ainda não havia começado, o pior mês foi julho, com 7.418 mortes.


“Neste início de mês, os cartórios continuam registrando bastante mortes. Estamos numa fase agudíssima da pandemia e, pelo que estamos sentindo, abril também será um mês bastante difícil”, diz Andreia.
Ainda segundo a diretora da Arpen-SP, houve no ano passado um aumento das mortes ocorridas em casa. “A gente imagina que as pessoas estejam com medo de ir para hospitais. Por outro, muitos procedimentos e cirurgias eletivas foram adiadas”, comenta.


LONGO PRAZO
O neurocientista Miguel Nicolelis considera a situação do Brasil como “inacreditável” e estima que os dados devem piorar ainda mais nos meses de abril e maio. “É como se o Brasil tivesse entrado em uma guerra de grandes proporções”, diz.


Ele avalia que a queda na diferença entre os números de nascimentos e de óbitos pode gerar sérias consequências socioeconômicas para o país a longo prazo. “Começa a ter um efeito estrutural que pode se refletir daqui a 20 ou 30 anos, com a redução no número de jovens e da capacidade produtiva do país, da massa de pessoas produtivas poder suportar todo o sistema previdenciário, por exemplo.”


“Esses problemas são alvos de políticas públicas de grande dificuldade para reverter, como acontece no Japão ou em alguns países europeus com taxa de natalidade negativa”, acrescenta o pesquisador.


Além do aumento nos óbitos, Nicolelis e Andreia chamam a atenção para a redução no número de nascimentos. Segundo eles, isso pode ser explicado por uma mudança no planejamento das famílias diante da pandemia, que passam a ter medo de ter filhos neste momento.

O neurocientista considera ainda que a internet tem um papel significativo no aumento do negacionismo -ou seja, na quantidade de pessoas que desacredita na pandemia. Segundo ele, esse tipo de pensamento é impulsionado por meio de fake news transmitidas via redes sociais ou aplicativos de mensagens. “Isso fez com que as pessoas criassem uma visão paralela da realidade na pandemia”, explica.

Governador do Rio veta projeto que mudaria nome do Maracanã para Rei Pelé

SÃO PAULO, SP (UOL-FOLHAPRESS) – O governador em exercício do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PSC), vetou o projeto de lei n° 3489/2021, que mudaria o nome do Maracanã. A decisão foi publicada nesta quinta-feira (8) no Diário Oficial do Estado.


Idealizada por André Ceciliano (PT), deputado e presidente da Alerj, a proposta era substituir “Estádio Mário Filho” por “Estádio Edson Arantes do Nascimento – Rei Pelé”.

No despacho, Castro afirmou que o veto se deu “em atendimento à solicitação do autor” do projeto de lei. Isso porque houve uma repercussão negativa assim que o texto foi aprovado na Alerj (no dia 9 de março), com afirmações de que o foco deveria ser a pandemia, e não o futebol.


Diante disto, Ceciliano, mais tarde, chegou a afirmar publicamente que encaminharia um pedido de veto ao governador.


Em uma sessão recente, o deputado falou aos colegas que a Alerj “em nenhum momento” deixou de discutir ações no combate ao coronavírus.

Jornal Cidade RC
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