Autoridades fazem apelo para que a população não solte balões

Mais de 240 agentes do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado (SIMA), Fundação Florestal, Bombeiros-civis e voluntários atuam desde a manhã deste domingo (22) no combate ao incêndio que atinge o Parque Estadual Juquery, no município de Franco da Rocha.

De acordo com as primeiras informações, a queimada começou após a queda de um balão localizado pelas equipes na área de proteção ambiental. Os trabalhos contam com o apoio de viaturas terrestres, helicópteros e aviões no combate às chamas.

Fabricar, vender, transportar ou soltar balões é considerado crime ambiental (Lei Nº 9.605/98) e coloca em risco a vida humana e toda a biodiversidade. A pena prevista é de detenção de um a três anos ou multa.

Antes do período de estiagem, como medida preventiva, a Fundação Florestal executou mais de 30 mil m³ de aceiros na área e abriu 195 m³ de cacimbas para armazenamento de águas pluviais – medidas que contribuem para evitar que o fogo se alastre. No entanto, a falta de chuvas e as altas temperaturas deixam a vegetação seca e favorecem a propagação das chamas, dificultando o trabalho das equipes.

Outras causas

Na última semana, o Corpo de Bombeiros de Brotas, a Defesa Civil de Itirapina, funcionários de uma empresa e também profissionais que trabalham na Estação Ecológica – uma unidade de conservação de proteção integral,  atuaram em um incêndio de grandes proporções. O fogo começou no bairro Lagoa Dourada em Brotas e provavelmente foi criminoso. Em razão dos ventos, avançou rapidamente e já está atingindo a fauna e a flora da Estação Ecológica.

Por volta das 17h do último dia 10, um incêndio foi registrado na Estrada Velha de Araras, bairro Vila Industrial, próximo ao Ribeirão Claro. A área atingida foi da Floresta Estadual ‘Edmundo Navarro de Andrade’, limítrofe com a Vila Industrial. Nesta época do ano, devido à estiagem, ocorrências passam a ser frequentes em áreas de mata na cidade. Além do dano ambiental, os incêndios comprometem ainda mais a qualidade do ar, agravando os problemas respiratórios.

Estudo da Unesp Rio Claro aponta impactos climáticos sobre aves migratórias na América do Sul

Vitória Silva, do Jornal da Unesp

Pesquisa desenvolvida no Instituto de Biociências do câmpus de Rio Claro da Unesp atestou que as mudanças climáticas causarão impactos significativos sobre aves canoras migratórias na América do Sul, alterando a dinâmica de áreas de reprodução e sítios de invernada (locais de alimentação e repouso durante o período não reprodutivo), que são de extrema importância para a conservação e a manutenção destas espécies.

O trabalho é um extrato da tese de doutorado intitulada “Efeito das mudanças climáticas e do ambiente nas rotas de migração de aves na América do Sul”, defendida pela bióloga Natália Stefanini da Silveira sob orientação dos professores Marco Aurélio Pizo Ferreira (Unesp) e Thadeu Sobral-Souza (UFMT), e foi publicado na edição de maio deste ano da The Condor – Ornithological Applications, periódico científico especializado.

Como existem poucos trabalhos científicos a respeito de pássaros que se reproduzem e migram no Hemisfério Sul, em comparação com seus pares do Hemisfério Norte, os resultados deste estudo estão entre as primeiras evidências sob essa temática, com base em dados de ocorrência de três sabiás (família Turdidae) migratórios na América do Sul.

A pesquisa coletou dados de ocorrência dessas espécies por meio de ciência cidadã, museus e artigos científicos, associando modelos de nicho ecológico e simulações climáticas para predizer modificações futuras nas áreas de reprodução e de invernada do sabiá andino, ou Turdus nigriceps, que migra latitudinalmente e em altitude na Cordilheira dos Andes; do sabiá ferreiro, ou Turdus subalaris, que migra latitudinalmente na Mata Atlântica; e do sabiá-una, ou Turdus flavipes, que migra em altitude na Mata Atlântica.

“As três espécies de sabiás enfrentarão grandes reduções no tamanho de suas áreas de reprodução no futuro”, diz Natália Stefanini da Silveira, ligada ao Departamento de Biodiversidade do Instituto de Biociências de Rio Claro e que já trabalhara no mestrado com a temática, estudando como as aves se movimentavam em paisagens fragmentadas. 

O capítulo da tese de doutorado publicado como artigo científico aponta também que, no futuro, locais mais elevados deverão se mostrar como climaticamente mais adequados para essas três espécies; prevê que o sabiá ferreiro sofrerá uma grande diminuição do tamanho de sua área de invernada; e relata um cenário provável no qual o sabiá-una terá sítios de invernada e de reprodução sobrepostos, ou climaticamente semelhantes.

Nossos resultados estão entre os primeiros a mostrar como as mudanças climáticas podem afetar as aves canoras migratórias na América do Sul ao longo do ano, e sugerem que mesmo aves migratórias aparentadas e com requisitos ambientais semelhantes na América do Sul serão afetadas de maneiras diferentes, dependendo das regiões onde se reproduzem e invernam

Natália Stefanini da Silveira, pesquisadora

Ciência cidadã
Para desenvolver esse primeiro capítulo do doutorado, Natália teve como desafio inicial trabalhar sem realizar coleta de campo, em função de dificuldades logística e de infraestrutura. Decidiu usufruir dos dados públicos disponíveis na internet, com o uso de plataformas como, por exemplo, o WikiAves e o eBird, que armazenam bancos de dados baseados em registros de observadores de aves amadores, os birdwatchers. Assim foram verificados os pontos de ocorrência nos quais as aves foram avistadas.

“Sabemos que essas espécies migram e temos ideia de onde são os sítios de invernada e as áreas de reprodução. Fiz a divisão desses pontos de ocorrência baseada no que já existe na literatura científica e nas próprias coletas”, conta.

Além de utilizar dados públicos, a pesquisadora frisa que teve bastante apoio da ciência cidadã, prática que consiste na parceria entre cientistas e colaboradores de fora do meio acadêmico para a coleta de informações para pesquisa, posteriormente examinadas por um especialista para validação.

“Diante das mudanças climáticas, podemos esperar impactos em uma ampla variedade de espécies, com algumas sendo mais afetadas do que outras. A família de pássaros que estudamos (Turdidae) é amplamente conhecida por ser generalista e cosmopolita. Como as espécies especializadas em habitat e dieta serão afetadas ainda é uma questão em aberto”, diz a pesquisadora. “Esperamos que este estudo inspire mais pesquisas sobre a ecologia e conservação de aves migratórias na América do Sul”, afirma.

O artigo intitulado “Future climate change will impact the size and location of breeding and wintering areas of migratory thrushes in South America”, assinado por Natália Stefanini da Silveira, Maurício Humberto Vancine, Alex E Jahn, Marco Aurélio Pizo e Thadeu Sobral-Souza, pode ser acessado pelo link https://academic.oup.com/condor/advance-article-abstract/doi/10.1093/ornithapp/duab006/6237321.

SP tem 402 cidades sem óbitos por Covid-19 na última semana

O Estado de São Paulo identificou 402 municípios sem novas mortes por Covid-19 registradas na última semana, indicando que mais de 62% das cidades paulistas não tiveram vítimas da doença desde 15 de agosto. O balanço reflete o impacto positivo da campanha de vacinação para redução dos casos graves e mortes pela doença. Além disso, 60 municípios não tiveram novos casos confirmados no período.

A constatação foi feita a partir de análise dos dados deste domingo (22) com o anterior (15), disponibilizados para consulta pública no boletim oficial do Governo do Estado. As informações foram registradas pelas 645 cidades paulistas no Sivep, sistema oficial do Ministério da Saúde para notificação dos casos graves e mortes, e no E-SUS, onde são notificados os casos leves.

Em igual período, Rio Claro registou cinco mortes em decorrência da doença. No entanto, o balanço de 16 de agosto mostrava que era o terceiro dia consecutivo sem óbitos por Covid no município, conforme apontava boletim divulgado pela Secretaria de Saúde.

São Paulo já vacinou mais de 96% de sua população adulta com pelo menos uma dose de vacina contra Covid-19. O Vacinômetro já superou um total de 47,87 milhões doses aplicadas desde o início da campanha, somando 32,85 milhões de primeira dose, 13,87 milhões de segunda e 1,13 milhão de dose única. Mais de 32% da população geral de SP já completou seu esquema vacinal, garantindo proteção completa contra a Covid-19.

O total de pessoas com esquema vacinal contra a Covid-19 completo em Rio Claro chegou a 35,87% da população, num total de 74.623 pessoas que já receberam as duas doses ou vacina que é de dose única. Na última semana foram aplicadas 13.929 doses, a grande maioria delas, 12.823, foram segundas doses.

O levantamento foi divulgado no domingo (22) pela Secretaria Municipal de Saúde, que aponta que 218.180 doses de vacinas foram aplicadas no município. O total de pessoas vacinadas é 148.323, número que inclui as pessoas que estão com esquema vacinal completo e também as pessoas que receberam a primeira dose da vacina.

Rio Claro tem 35 hospitalizados por Covid

Rio Claro não registrou nenhum caso de infecção por coronavírus nas últimas 24 horas e com isso o município mantém 18.825 casos positivos, de acordo com o boletim da Secretaria Municipal de Saúde emitido neste domingo (22). 
O município tem 35 pessoas hospitalizadas e índice de 25% de ocupação de leitos. Dos pacientes internados, 22 estão em unidade de terapia intensiva. Há 181 pessoas em isolamento domiciliar.


Até agora Rio Claro tem 18.085 pessoas recuperadas da Covid-19. Desde o início da pandemia o município registrou 559 óbitos em decorrência da doença.


A Secretaria Municipal de Saúde alerta a população para a importância da vacinação e para que mantenha os cuidados preventivos, com uso de máscara, distanciamento social e higienização frequente das mãos.

Vacinação contra a Covid nesta segunda-feira será para segunda dose

Em Rio Claro, quem tomou a primeira dose da Coronavac/Butantan até 26 de julho deve comparecer nesta segunda-feira (22) ao Centro Cultural para receber a segunda dose. O mesmo vale para as pessoas vacinadas com a Astrazeneca/Fiocruz até 31 de maio.

A vacinação contra a Covid nesta segunda-feira segue exclusiva para a aplicação de segundas doses. Quem está com a segunda dose em atraso ou no prazo deve comparecer ao posto de vacinação para completar o esquema vacinal. O atendimento será exclusivamente no Centro Cultural, das 8 às 19 horas.

A aplicação de primeira dose continua suspensa e o município aguarda envio de novo lote de vacinas pelo governo estadual para retomar este atendimento.

Todos que forem ser vacinados devem levar documento de identidade com foto, CPF, comprovante de residência em Rio Claro e comprovante da primeira dose. A Vigilância Epidemiológica orienta que é permitida a presença de acompanhantes apenas para menores de 18 anos maiores de 60 anos. Orienta ainda que os cuidados preventivos à Covid devem ser mantidos também no posto de vacinação. É obrigatório o uso de máscara e as pessoas devem manter o distanciamento.

Robótica: equipe do Objetivo é bicampeã

A equipe ORC Beta, do Colégio Objetivo Rio Claro, conquistou o bicampeonato na fase estadual da Olimpíada Brasileira de Robótica, realizada no dia 7 de agosto.

Os alunos Gabriel de Oliveira Marques, Levi Felipe Lameu e Matheus Moreira Martelli, orientados pelo professor Jorge Wilian Missono, integraram o time – nível 1 – do maior evento de robótica da América Latina e que classifica equipes para a RoboCup, a principal competição da categoria no mundo.

Na edição 2021, que foi virtual, a missão era realizar o resgate de vítimas de uma situação de desastre utilizando robô virtual em um ambiente simulado. Foi preciso desviar de elementos desconhecidos, retornar de um percurso sem saída, subir e descer níveis para conseguir salvar as vítimas, transportando-as para uma região segura.

“O robô precisa cumprir o percurso da arena que inclui desviar de obstáculos, resgatar as bolinhas para a área segura e chegar até a saída, passando pelos ladrilhos, e ficar parado na linha vermelha por cinco segundos”, explica Levi Lameu.

Mas, que robô era esse que foi utilizado, suas características e pontos fortes? O aluno Gabriel de Oliveira Marques revela os critérios adotados pela equipe para a prova bem-sucedida. “A Olimpíada disponibiliza cinco tipos de robô para a competição. Nós escolhemos o 5 pela qualidade dos seus sensores ultrassônicos, de cores e luz, além de poder ser personalizado por seu atuador (dispositivo que produz movimento). Ele é completo”, justifica Marques.

Responsável pela programação do robô, o aluno Matheus Moreira Martelli ajuda a compreender o processo de desenvolvimento na prática. “Para cada linha de código, o robô segue uma parte do percurso. Cada parte chama uma parte diferente do código para executar a tarefa. Em toda a prova, esses detalhezinhos têm um código diferente”, conta.

ANTT diz que decisão da transferência cabe à Rumo

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), autarquia ligada ao Ministério da Infraestrutura do Governo Federal, informou ao Jornal Cidade que a decisão sobre o local para a transferência da oficina da Rumo do Centro de Rio Claro cabe à própria empresa. Reportagem do JC no último domingo (15) revelou que, segundo a concessionária, o projeto para transferir a estrutura foi estabelecido fora do município e que o contrato de renovação da concessão não especifica a obrigação de levar a oficina para o Jardim Guanabara, como se previa há vários anos.

Segundo a ANTT, a retirada da oficina da região central resultou do estabelecimento de diretriz do formulador de política pública, no caso o próprio Ministério da Infraestrutura, visando à mitigação de conflitos urbanos resultantes do fluxo de trens na área urbana no município. “Nesse sentido, a obrigação [de retirada] cumpre o objetivo de resolução de conflito urbano existente”. A Agência destaca que o contrato prevê a transferência até o fim do ano de 2025, conforme o Jornal Cidade revelou no ano passado.

“O anexo [do contrato] define que os custos totais para as obras serão estabelecidos após autorização, pela ANTT, do projeto a ser apresentado pela concessionária. Desse modo, caberá à concessionária a definição da localização do projeto, considerando aspectos de eficiência operacional e de segurança, e envio dos elementos para autorização pela ANTT”, reitera a autarquia.

No entanto, na semana passada, a Rumo havia informado ao JC que todos os documentos já foram protocolados junto à Agência Nacional de Transportes Terrestres e que o cronograma está seguindo as obrigações previstas em contrato. “Estudos para definir um novo local foram feitos considerando a abrangência da malha ferroviária, disponibilidade de áreas, fornecimento de insumos e critérios operacionais e técnicos. No processo de renovação, a operadora tinha um prazo de apenas um ano para protocolar o projeto de uma nova oficina de vagões, esse projeto foi estabelecido fora do município de Rio Claro”, havia comunicado a empresa.

Governo Federal

Segundo ANTT, projeto ainda não teria sido apresentado pela Rumo. Na semana passada, empresa disse que o protocolou

Deputado federal Baleia Rossi encaminha ofício à presidência da Rumo para abordar decisão

Diante da repercussão quanto à transferência da oficina de vagões da Rumo para fora de Rio Claro, o deputado federal Baleia Rossi (MDB), também presidente nacional do partido, encaminhou ofício a João Alberto Fernandez de Abreu, presidente da concessionária, para articular um diálogo quanto à manutenção da estrutura ainda nos limites do município.

“Destaco a importância da manutenção e da transferência da antiga oficina e equipamentos do Centro do município de Rio Claro para área de 270 mil m², próxima ao trevo de saída para Piracicaba e ao lado da linha operacional [Jardim Guanabara], uma vez que tal obra é uma reivindicação antiga da população rio-clarense e contribuirá para o desenvolvimento do município e região”, diz o deputado.

A articulação do parlamentar da Câmara dos Deputados atende à reivindicação da ex-vereadora Maria do Carmo Guilherme (presidente estadual do MDB Mulher-SP), do ex-prefeito Du Altimari e dos vereadores da bancada do MDB na Câmara Municipal, Geraldo Voluntário e Hernani Leonhardt.

Após a reportagem do JC na última semana, um ofício assinado em conjunto por todos os vereadores do Poder Legislativo também foi encaminhado à concessionária Rumo na expectativa de que a decisão de se transferir a oficina seja revista de forma que a cidade de Rio Claro continue com a estrutura fora da região central.

Jd. Público segue aguardando reparos

Quem passa pelo Jardim Público de Rio Claro, tradicional cartão-postal do município, tem se deparado há pelo menos cinco meses com uma vista bem diferente da proposta do local, que é ser um espaço agradável e de lazer.

Bancos quebrados, parte da calçada portuguesa destruída, cavaletes espalhados, um enorme tronco caído e um coreto tomado por restos de entulho. Tudo isso começou no dia 7 de março, um domingo, quando após fortes ventos acompanhados de chuva derrubaram um eucalipto de mais de 20 metros de altura. A árvore era uma das mais antigas da principal praça da cidade e estava localizada próxima ao coreto. Apesar do susto, a queda não causou vítimas, mas trouxe muitos problemas.

No dia seguinte, após vistoria, foi constatado que outras duas árvores que estavam próximas ao eucalipto também apresentavam risco de queda e por isso foi realizada uma força-tarefa para que fossem removidas. Para isso, a prefeitura locou dois guindastes de empresa de Piracicaba. Outra empresa, também piracicabana, foi contratada para fazer o corte do exemplar. No total, o serviço todo custou R$ 11 mil. Além disso, equipes da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e departamento de trânsito participaram da operação.

Na época a prefeitura informou que faria um trabalho de revitalização no local, mas quem passa pela área não vê nada perto disso: “O nosso Jardim está feio, abandonado. Se não tem dinheiro, que pelo menos retirem os bancos quebrados. Têm cavaletes encostados. O coreto está imundo, com cheiro forte. Até a hora que um idoso tropeçar nessas pedras soltas, cair, quem sabe daí tomarão alguma providência. As serestas nem poderão ser realizadas aqui. Está acabando a tradição e isso é lamentável.”, disse o aposentado Carlos Sampaio.

O que diz a prefeitura

Em nota, a prefeitura de Rio Claro disse que está providenciando a contratação de empresa para realizar reparos na calçada portuguesa nos trechos do Jardim Público danificados pela queda do eucalipto. Após os reparos, que serão coordenados pela Secretaria Municipal de Obras, a Secretaria Municipal da Agricultura providenciará os serviços de paisagismo.

Média de mortes por covid-19 tem queda de 32% em um mês no país

O Brasil registrou ontem (20) 807 mortes por covid-19, segundo a média móvel de sete dias divulgada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Na comparação com um mês antes, quando houve 1.192 óbitos, observou-se uma queda de 32% na média de mortes diárias.

Em relação a duas semanas antes, quando houve 900 óbitos, a queda chegou a 10%. Há dez dias, ou seja, desde o dia 11 de agosto (884 mortes), o país vem apresentando uma média diária de mortes inferior a 900.

As 807 mortes observadas ontem também estão no menor patamar desde 7 de janeiro deste ano, quando foram registrados 793 óbitos.

Na comparação com o pico da pandemia, em 12 de abril, quando foram observados 3.124 óbitos, a queda é de quase quatro vezes.

A média móvel de sete dias é calculada somando-se os dados do dia em questão com os seis dias anteriores e dividindo-se o resultado por sete.

VÍDEO: Diaristas sofrem com falta de trabalho e queda na renda

Em casas, apartamentos, escritórios ou fábricas. Elas costumavam estar por toda a parte. A ‘Reportagem da Semana’ deste domingo (22) traz a realidade das diaristas na pandemia da covid-19. Muitas ficaram desempregadas e outras até estão trabalhando aqui e ali, mas por remunerações bem menores, para tentar sobreviver.

Os dados a seguir referem-se a empregadas domésticas, categoria correlata, mas, na prática, bem diferente das diaristas. Ainda assim, servem para ilustrar o drama de quem viu as oportunidades de trabalho minguarem desde que a pandemia começou.

De acordo com a OIT (Organização Internacional do Trabalho), as empregadas sofreram um corte de 34% nos salários no primeiro semestre de 2020. O levantamento também aponta que houve uma contração de 43% em horas de trabalho e 26,6% delas perderam empregos apenas nos seis primeiros meses do ano passado. Considerando apenas aquelas trabalhadoras não registradas, a queda de postos de trabalho foi de 29%.

O Brasil soma o segundo maior número de empregadas domésticas no mundo, com um total de 6,2 milhões de pessoas nesse setor. Mais de 90% são mulheres. Apenas a China, com 22 milhões de domésticas, supera o número brasileiro. Na Índia, em terceiro lugar, são 4 milhões.

Cinco dias de faxina por semana perdidos

Jaqueline Silva de Araújo Uchôa, de 33 anos, moradora do bairro Jardim Maria Cristina, em Rio Claro, contou ao JC que estava acostumada com a rotina de limpeza. Tinha serviço praticamente todos os dias da semana, mas desde o começo da quarentena, a situação ficou diferente.

“Antes [da pandemia] eu fazia várias faxinas semanais. Tinha muitas casas e estabelecimentos comerciais para trabalhar. Mas, de repente, tudo mudou. Agora, meu marido é o único que trabalha aqui e ainda gasta bastante com gasolina, pois a empresa fica em Piracicaba. Tem mês que nem a compra do mês fazemos”, disse.

Jaqueline tem quatro filhas. Três delas são menores de idade: Ana Vitória, de 2 anos, Sara, de 11, Mariana, de 16, e Ester, de 18 anos. A mãe afirmou que a família não se encaixa no Auxílio Emergencial e no Bolsa Família – programas do Governo Federal – o que agrava ainda mais a situação da família.

Para piorar, uma vez que Rio Claro ainda não voltou com as aulas presenciais, as crianças acabam ficando em casa o tempo todo, e o consumo de alimentos, energia elétrica e água ficam mais altos.

“Tudo aumentou com elas em casa. As meninas pedem para eu comprar as coisas e não tenho nenhuma condição. Às vezes falta até o que comer, imagina para outras coisas? Meu coração de mãe fica muito dolorido. Me pego chorando sozinha por não conseguir realizar as coisas básicas que elas pedem”, explicou.

A maranhense que adotou Rio Claro para morar desde os 13 anos, falou que se apega em Deus e tem fé de que, em breve, as coisas vão melhorar.

“Gostaria de uma chance para eu mostrar meu serviço. Tenho fé que isso vai acabar e que novas oportunidades vão surgir”, finalizou.

Além de precisar de casas ou empresas para fazer faxina, Jaqueline relatou que a família precisa de doações de alimentos e roupas para as crianças. Quem puder ajudar, a casa fica no Jardim Maria Cristina na Avenida 14, nº 229. O telefone de Jaqueline é: (19) 99802-1565.

Trabalhando por menos

Também sem auxílio emergencial e com dificuldades para arrumar emprego fixo com registro em carteira, Erica dos Santos Lima, de 35 anos, está aceitando trabalhar informalmente, e por um valor mais baixo para conseguir sobreviver. 

Ela sai de Santa Gertrudes, cidade onde mora, e vai para Rio Claro uma vez por semana, de bicicleta, rumo à única casa de onde não foi dispensada. 

Érica se separou do marido há cinco meses. Ficou com as crianças em casa. São cinco filhos, quatro deles menores de idade: Sophia, de 5 anos, Vinicius, de 13, Arthur, de 15, Gabriel, de 16 e Jhonata, de 17 anos. Ela também viu as despesas aumentarem nesse período de pouco trabalho e sem aulas presenciais.

“Aluguel, energia elétrica, água. Tudo aumentou. Às vezes queremos dar o melhor para os nossos filhos e não conseguimos, né? Temos que nos virar como podemos”, comentou.

Érica explicou que já recebeu o Bolsa Família e auxílio, mas os benefícios foram interrompidos por questões cadastrais, e ela está tentando resolver. “Fiz a solicitação novamente, mas ainda aguardo a resposta do governo”, argumentou.

A diarista fez um apelo aos leitores do Jornal Cidade para que ela consiga mais dias de trabalho, para melhorar um pouco os ganhos e, assim, dar uma vida digna aos filhos.

“Nos lugares em que eu já trabalhei, nunca tive reclamação nenhuma. Sou organizada, gosto de tudo limpinho. Eu tenho muita indicação. Sou digna, nunca mexi em nada de ninguém. Preciso de oportunidade. Se você está acompanhando minha história, me ajude, por favor”, pediu.

Enquanto não arruma faxinas, Érica se vira como pode. Ela faz bolos e doces para o filho mais velho, de 17 anos, sair para vender pelas ruas da cidade. Inclusive, eles aceitam encomendas de moradores de Rio Claro. A família também necessita de doações de alimentos e roupas. Para falar com ela é só ligar no: (19) 99705-8559.

Inédito: artistas circenses vão se apresentar com Orquestra Filarmônica

A Orquestra Filarmônica de Rio Claro convidou os artistas do circo Spanic para se apresentarem durante o concerto inédito que será realizado no dia 3 de setembro, na sede do CIESP, em Rio Claro. O evento vai marcar os 72 anos da entidade e terá como tema central a sigla ESG, um movimento global em prol do meio ambiente, responsabilidade social e governança. Essa será a primeira vez que os artistas participarão de um evento como esse. “Será um grande momento para nós a e primeira vez que vamos nos apresentar com uma Orquestra, uma grande honra sem dúvida. Temos muita gratidão pela cidade que nos acolheu durante todo esse período em que ficamos na cidade”, diz Macaiver Portugal, um dos sócios.

A família Portugal chegou em Rio Claro em março de 2020, dias antes do fechamento dos espetáculos em razão da pandemia. Impedidos de abrirem os portões do circo, tiveram que se reinventar para sobreviver. Uma tarefa nada fácil, mesmo para quem já estava acostumado a viver na estrada e diante do perigo. “Nosso medo era morrer de fome, nunca havíamos passado por nada parecido em toda a nossa vida, nem mesmo quando cai do Globo da Morte”, diz Macaiver.

Em 2012, Macaiver se apresentava em Londrina quando caiu do Globo da Morte. No dia do acidente, o pai estava no comando do espetáculo e entrou em desespero. “Eu vi que ele não se levantava e comecei a perguntar com ele estava, se tinha ficado paraplégico, mas, esqueci que estava com o microfone aberto, foi uma correria”, lembra ele. Depois de quase duas semanas hospitalizado, e mesmo desenganado pelos médicos, ele voltou andar. “Tenho muita fé e sei que foi um milagre de Deus, eu sempre tento entender qual é a lição que Ele está me mostrando e esse foi um grande aprendizado para mim”, lembra.  “E ficar preso em Rio Claro, uma cidade que nos acolheu e guardou, também é uma obra de Deus. Se fosse em qualquer outro lugar, não sei como teria sido, vamos levar muita saudade”, completa.

A família Spanic é composta por doze integrantes entre pai, mãe, irmãos, filhos e sobrinhos. São  sete gerações que viveram e ainda vivem do picadeiro. “Comecei aos nove anos como palhaço, junto com o meu avô. Meu filho começou da mesma forma e hoje já se arrisca em apresentações mais perigosas, como o Globo da Morte, é assim que vivemos, até onde Deus permitir. Já são 200 anos de tradição”, diz Gilberto Portugal, de 62 anos. “Já pensamos algumas vezes em sair do circo, mas, o circo não sai de nós”, completa o filho.

A última vez que a família parou para discutir se continuariam ou não na estrada foi, justamente, durante a pandemia. Sem público e sem trabalho, foram acolhidos pela cidade e trabalharam nos últimos dezesseis meses como ambulantes e fazendo malabares nos semáforos da cidade. “Nunca nos abandonaram, o medo da fome foi substituído pelo carinho do povo que nos acolheu e ajudou”, lembram eles.

Com as portas novamente abertas e uma redução de 40% no número de expectadores, decidiram não cobrar a entrada como forma de agradecer. “Não temos dinheiro e as pessoas chegam a sugerir que a gente cobre um valor mais baixo pelo ingresso, mas, como vamos fazer isso com um povo que nos ajudou tanto? Não! Vamos manter o espetáculo de graça e cobrar apenas pelo consumo aqui dentro, isso já nos ajuda. E quem não quiser consumir, não tem problema, é bem-vindo da mesma forma”.

No próximo dia 24 de agosto, Macaiver completa 34 anos, o segundo aniversário em Rio Claro, um fato raro para quem vive no circo. “Isso nunca aconteceu, geralmente, a cada aniversário estamos em um lugar diferente”. Além de terem sobrevivido à pandemia, ele considera o concerto com a Orquestra um grande presente. “A cidade vai poder conferir pelo menos quatro números durante o concerto, penso que será belíssimo, para nós será uma grande emoção, só podemos agradecer essa oportunidade”, diz ele.

O Concerto ESG da Orquestra Filarmônica de Rio Claro acontece no dia 3 de setembro no CIESP e será transmitido de forma híbrida, com uma pequena plateia e transmissão ao vivo pelas Redes Sociais, a partir das 19h30. Para mais informações acesse www.ofrc.com.br

Covid faz mais duas vítimas fatais em Rio Claro

Dois óbitos por Covid foram registrados em boletim divulgado neste sábado (21) pela Secretaria Municipal de Saúde de Rio Claro. Das 559 vidas perdidas no município em decorrência da doença, as mais recentes são de um idoso e uma idosa. Com quatro casos registrados nas últimas 24 horas, o município totaliza 18.825 confirmações da doença.

Entre as pessoas que foram infectadas pelo coronavírus, 18.072 estão recuperadas e 168 estão em isolamento domiciliar, com sintomas leves da doença ou assintomáticas. O município registrou neste sábado 25% de ocupação de leitos Covid, com 35 pacientes internados nas redes de saúde pública e particular.

São 12 pacientes em enfermaria e 23 em UTI.A Secretaria Municipal de Saúde alerta a população para a importância da vacinação e para que mantenha os cuidados preventivos, com uso de máscara, distanciamento social e higienização frequente das mãos.

Jornal Cidade RC
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