Foto: reprodução Instagram

Folhapress

O tenista suíço Roger Federer anunciou nesta quinta-feira (15) a sua aposentadoria do esporte. Um dos maiores astros do tênis mundial afirmou que a Laver Cup, da próxima semana, será seu último torneio ATP.

“Como muitos de vocês sabem, os últimos três anos me apresentaram desafios na forma de lesões e cirurgias. Trabalhei duro para voltar à plena forma competitiva. Mas também conheço as capacidades e limites do meu corpo e sua mensagem para ultimamente tem sido querido. Tenho 41 anos”, disse Federer no Instagram.

“Joguei mais de 1.500 partidas em 24 anos. O tênis me tratou com mais generosidade do que eu jamais teria sonhado, e agora devo reconhecer quando é hora de encerrar minha carreira competitiva.

“A Laver Cup da próxima semana em Londres será meu último evento ATP. Vou jogar mais tênis no futuro, é claro, mas não em Grand Slams ou no circuito.”

A lendário jogador foi o número 1 do ranking mundial da ATP por 310 semanas. Ele venceu 20 Grand Slams, sendo o terceiro do mundo em troféus atrás de Rafael Nadal (22) e Novak Djokovic (21).

Feitos da carreira Durante algum tempo, o tamanho da lenda de Roger Federer no tênis foi medido principalmente pelos recordes que o atleta de 41 anos estabeleceu ao longo de sua carreira. Para além das marcas, o suíço transcendeu o esporte como nenhum outro.

A biografia “The Master: The Long Run and Beautiful Game of Roger Federer”, escrita pelo jornalista americano Christopher Clarey, aponta alguns caminhos para entender o fenômeno, e o primeiro está no que acontece dentro de quadra. “É como Messi jogando futebol. Você assiste e vê que é elegante, gracioso. Nem precisa jogar tênis para gostar.”

Outra explicação, mais complexa, é o grande arco de emoções humanas preenchido por sua trajetória: o nível de excelência, o choro nas vitórias e derrotas, a exposição pública, o senso de empatia e a vulnerabilidade. Tudo isso compõe o pacote do ícone Roger Federer.

Federer virou um ícone por sua atuação dentro dos limites do esporte. “Poucas controvérsias e poucos vislumbres de sua vida pessoal; muita cordialidade e espírito esportivo”, escreve Clarey no livro.

“Entediante? De modo algum. Como alguém que une pessoas em um mundo dividido poderia ser fonte de tédio?”

Presidente da ATP, Andrea Gaudenzi afirmou que o impacto de Federer e o legado que ele construiu no tênis são enormes. “Ao longo de 24 anos como profissional, Roger trouxe milhões de fãs para o jogo. Ele liderou uma incrível nova era de crescimento e elevou a popularidade do nosso esporte. Poucos atletas transcenderam seu campo dessa maneira. Roger fez com que todos nos sentíssemos orgulhosos e afortunados por fazer parte do mesmo esporte.”

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