Rio Claro registrou 27 casos de dengue nesta semana

Não há registros de chikungunya, zika vírus e febre amarela

Rio Claro confirmou nesta semana 27 novos casos de dengue, conforme boletim divulgado nesta sexta-feira (5) pela Fundação Municipal de Saúde. Neste ano são 352 casos. O município não tem casos neste ano de chikungunya, zika vírus e febre amarela, doenças também transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

Ações preventivas são realizadas pela Fundação Municipal de Saúde em toda a cidade. O trabalho inclui visitas casa a casa, nebulização e vistorias em pontos estratégicos. A comunidade também deve fazer a sua parte e é preciso redobrar os cuidados no combate ao mosquito transmissor, principalmente neste período de chuvas.

O Aedes aegypti se reproduz em água parada. Por isso é essencial eliminar os recipientes e manter os quintais sempre em ordem, além de descartar corretamente os materiais.

RC não registra homicídios há um mês; período é recorde deste ano

Abril deste ano também foi o mês menos violento até agora

As ocorrências de mortes violentas que desde o início deste ano foram frequentes, e praticamente semanais, estagnaram e não são registradas há um mês.

O último caso ocorreu no dia 4 de abril no bairro Consolação. Na ocasião Andrew Luiz Trevisanutto, de 25 anos, foi morto a tiros na Avenida 17 com a Rua 16. Câmeras de monitoramento de residências próximas flagraram o momento em que um homem desceu de um carro e chegou na vítima, que trafegava de bicicleta pelo trecho. Andrew foi atingido por vários disparos de arma de fogo e acabou morrendo após tentar se esconder em uma padaria.

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Imagem: Arquivo JC.

Último homicídio foi registrado no bairro Consolação.

Segurança

Abril também foi o mês menos violento deste ano até o momento com apenas esse homicídio. Já em janeiro foram seis homicídios, fevereiro dois homicídios e em março três mortes violentas.

‘Operação Bijuteria’ prende empresário em Rio Claro

A Polícia Civil de Rio Claro através da Central de Polícia Judiciária prendeu nesta sexta-feira (5) um empresário do ramo de joias que é proprietário de relojoarias e que responde a dezenas de inquéritos
policiais em razão de se apropriar, indevidamente, ao longo de vários anos, de joias, relógios e alianças de ouro de propriedade se seus clientes.

A ‘Operação Bijuteria’ como foi denominada envolveu sete policiais civis e prendeu preventivamente o autor que segundo as investigações deu prejuízo estimado de mais de R$ 250 mil às vítimas somente neste ano.

Casos de raiva em animais na região de Rio Claro levantam alerta

Centro de Controle de Zoonoses de RC afirmou que não tem doses de vacina para campanha, mas que realiza monitoramento

O caso da morte de um cavalo infectado pela raiva em Porto Ferreira e o registro de três casos de raiva em morcego em Piracicaba acenderam o sinal de alerta na área da Saúde em toda a região. A raiva é uma doença infecciosa viral aguda grave, que acomete mamíferos, inclusive o homem, e caracteriza-se como uma encefalite progressiva e aguda com letalidade de aproximadamente 100%. Ela é transmitida para humanos pelo contato com a saliva de um animal infectado, por meio de mordidas, lambeduras ou arranhaduras. No Estado de São Paulo não há registro de raiva humana desde 2018, mas em animais sim.

No caso de Porto Ferreira, como medida preventiva a novos casos, foi feito um levantamento e vacinados cães, gatos e animais de grande porte na região onde ocorreu o caso positivo de raiva. Já em Piracicaba a Secretaria de Saúde mantém a vacinação antirrábica para cães e gatos – contactantes com morcegos – em posto permanente na sede do CCZ durante o ano todo. Em nota, o Centro também informou que está devidamente preparado para realizar ações de bloqueio necessárias em caso de surgimento de algum caso confirmado para a doença em animais, conforme preconizam orientações do Ministério da Saúde e Governo do Estado de São Paulo.

Rio Claro

Procurado, o município afirmou que recebe do governo estadual de 100 a 300 doses de vacina antirrábica mensalmente: “A quantidade enviada não é suficiente para a realização de campanha e as doses que o município recebe são para o uso de rotina, que inclui a vacinação de animais contactantes (cães e gatos que tiveram contato com morcego). As doses excedentes são disponibilizadas para a vacinação de animais cujos proprietários entram em contato com o CCZ e manifestam interesse em vacinar seu cão ou gato. Sempre que o município dispõe das doses é realizada a vacinação gratuitamente. O Centro de Controle de Zoonoses realiza também, como medida preventiva, o monitoramento da raiva. Ao encontrar morcego caído, a população deve acionar o CCZ. Esses morcegos são recolhidos e enviados ao Instituto Pasteur para análise e monitoramento de eventuais casos de raiva. Além de serem vacinados, os cães e gatos que tiveram contato com morcego também são observados pelo CCZ. Neste ano não houve caso positivo de raiva em morcego, cão ou gato”.

Restam menos de 15 dias para terminar o Refis do Daae

Condições especiais de pagamento podem ser negociadas por atendimento presencial ou WhatsApp até dia 19 de maio

Os munícipes de Rio Claro devem ficar atentos. Termina no dia 19 de maio, o refinanciamento fiscal (Refis) do Daae. “É uma excelente oportunidade para que os usuários quitem suas dívidas com a autarquia economizando, com várias condições especiais de pagamento”, comenta o superintendente do Daae, Sergio Ferreira.

O Refis do Daae é realizado desde 03 de abril e além do atendimento presencial na sede da autarquia, o usuário pode negociar sem sair de casa, pelo celular ou computador.

Pelo número (19) 99290-6424, atendimentos automatizados são realizados pelo aplicativo de mensagens WhatsApp e dentre a diversa gama de serviços oferecidos pela autarquia, o Refis também está disponível. O horário do atendimento do WhatsApp é das 8 às 18 horas, em dias úteis.

É preciso apresentar cópias do RG e CPF e comprovante de endereço, documento de propriedade do imóvel como escritura, matrícula ou de compra e venda do imóvel. No caso de locatário, deve ser apresentado o contrato de locação, com firma reconhecida em cartório.

Para pessoa jurídica, tanto na categoria comercial como industrial, é necessária também a apresentação do cartão de CNPJ e contrato social por um representante legal da empresa.

Ao final do atendimento via Whatsapp, o usuário deve imprimir o termo do acordo do parcelamento, assinar, digitalizar ou tirar foto e enviar pelo aplicativo.

As negociações do Refis do Daae são para qualquer débito adquirido com a autarquia até 31 de dezembro de 2022 com parcelas em até 100 vezes para pessoa física e em até 200 vezes para empresas.

Com 100% de desconto nos juros e multas para pagamentos à vista e descontos progressivos de acordo com os valores das entradas negociadas caso o usuário prefira negociar pessoalmente, deve comparecer, com os documentos já citados, na sede administrativa do Daae, na Avenida 8-A, 360, Cidade Nova, de segunda à sexta-feira, das 8 às 15h30.

O atendimento é feito através de agendamento pela Central de Atendimento, na linha 0800-505-5200, que funciona 24 horas e atende telefones fixos e celulares.

O Refis do Daae também é uma medida importante para reforçar o caixa da autarquia, viabilizando investimentos necessários para melhorias na captação, tratamento e fornecimento de água em toda a cidade.

Projeto de inclusão levou mais de 200 à exposição de arte sacra

Pessoas sem deficiência usaram vendas para explorar obras pelo tato. Alunos de braile também visitaram a mostra

O programa de inclusão da prefeitura de Rio Claro organizou a presença de cerca de 200 visitantes, entre pessoas com e sem deficiência, na exposição “Arte Sacra para Ver e Sentir”, no Museu Histórico do município. Foram seis encontros, com turmas das escolas Marcelo Schmidt, Armando Grisi, Armando Bayeux e Dom Bosco; do centro dia de referência da pessoa com deficiência, e do curso de braile realizado com apoio do município.

No projeto foram realizadas palestras introdutórias sobre inclusão e acessibilidade. Antes das visitas à exposição, visitante foram vendados para que explorassem a mostra pelo tato.

O objetivo foi diversificar o acesso à exposição, levando estudantes, crianças e adolescentes e outros públicos. Ainda foram realizadas dinâmicas em ambientes específicos para   receber pessoas com deficiência visual, deficiência intelectual e transtorno do espectro autista.

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Foto: Divulgação/PMRC.

Paulo Meyer, assessor dos Direitos da Pessoa com Deficiência, explica que “a exposição foi iniciativa para ampliar a inclusão e proporcionar às pessoas sem deficiência uma experiência de aproximação com o universo daquelas com deficiência, e é muito significativa que isso tenha sido feito por meio de uma ação cultural importante como essa exposição”.

O secretário municipal de Cultura, Dalberto Christofoletti, também destaca a iniciativa. “Cultura e inclusão, quando caminham juntas, enriquecem a sociedade de maneira exponencial”, comenta.

A exposição “Arte Sacra para Ver e Sentir”, veio a Rio Claro do Museu de Arte Sacra de São Paulo (MAS/SP). A expografia foi concebida para permitir alto grau de acessibilidade. Os visitantes puderam tocar e conhecer obras de iconografia sacra, raros exemplares de numismática e ourivesaria.

A Secretaria de Cultura, equipe do Museu Histórico e a Assessoria dos Direitos da Pessoa com Deficiência idealizaram dinâmica para receber públicos diversos com ênfase na iniciativa #RioClaroCidadeInclusiva.

SP lança Radar Anticorrupção para ampliar integridade e transparência na gestão pública

Plano apresentado pelo governador Tarcísio será coordenado pela Controladoria Geral do Estado

O Governo de São Paulo lançou na quarta-feira (3), em cerimônia no Palácio dos Bandeirantes, o programa Radar Anticorrupção de prevenção, detecção e combate a irregularidades e atos ilícitos em todas as esferas da administração estadual. O plano foi apresentado pelo governador Tarcísio de Freitas e terá implementação imediata do primeiro conjunto de ações, sob coordenação da Controladoria Geral do Estado (CGE).

“Esta é uma das ações que deixarão legado. Quanto mais transparência, gerenciamento de riscos e capacitação de servidores, há menos desvios na gestão. Não vamos tolerar a corrupção, e quem for surpreendido na corrupção será punido exemplarmente, podem ter certeza. Nós não vamos permitir a contaminação do que é bom no serviço público. Nós queremos que o cidadão seja o grande destinatário dessa política pública com serviços bem prestados, mais baratos, fáceis e ágeis. Vamos avançar muito na questão da integridade e poupar recursos que irão para a educação, saúde e habitação”, afirmou Tarcísio.

O Radar Anticorrupção está estruturado em mais de 80 medidas que serão adotadas pelo Governo do Estado entre 2023 e 2026. A criação do programa cumpre compromisso assumido por Tarcísio para oferecer mais integridade e transparência à gestão estadual e criar diretrizes permanentes de compliance – conjunto de normas legais e éticas, além de regulamentos de governança – para a administração paulista.

Secretário de Economia do Governo Gustavo pede para deixar cargo

É a segunda baixa no alto escalão do Governo Gustavo em menos de um mês. Novo titular da pasta já começou a trabalhar nesta semana na Prefeitura

O alto escalão do governo do prefeito Gustavo Perissinotto (PSD) está sofrendo uma nova baixa em menos de um mês. Além da saída da então presidente da Fundação Municipal de Saúde, Giulia Puttomatti, agora foi a vez do então titular da Secretaria Municipal de Economia e Finanças, Carlos Gilberto Dias Fernandes, pedir para deixar o cargo.

Segundo apurou a reportagem do JC com representantes da gestão no Paço Municipal, o então secretário teve como último dia de expediente a sexta-feira (28) e desde a quarta-feira (3) que Paulo Rossi, também do PSD, circula pela pasta. Economista, Rossi estava até fevereiro deste ano como secretário municipal de Finanças de São Caetano do Sul. Antes, foi titular do mesmo setor nas cidades de Atibaia e Amparo. Também atuou na iniciativa privada. Em 2020, foi candidato a prefeito da cidade de Amparo, mas não acabou eleito.

Nos bastidores, o entorno do prefeito Gustavo comenta que Carlos já apresentara vontade de deixar o cargo desde o final do ano passado e que o fato vinha sendo protelado. Conhecido por sua postura extremamente técnica, o ex-secretário acumulou algumas desavenças políticas dentro da própria gestão, sobretudo, também dentro do Poder Legislativo, que por vezes criticou o ex-titular por conta de determinadas ações dentro da Economia e Finanças.

De acordo com membros do alto escalão do Poder Executivo, a mudança foi realizada em comum acordo entre Carlos e Gustavo. Ainda, que a chegada de Paulo ocorre de forma a levar um novo modelo de trabalho para a secretaria, que é uma das mais importantes do poder público, já que é a responsável pela formação do Orçamento do município.

Mestrando em Economia pela EESP- FGV, MBA em Finanças Corporativas pela EPGE-FGV e tem graduação em Ciências Contábeis, Paulo Rossi tem 19 anos de experiência nas áreas financeira, de controladoria, investimentos, fluxo de caixa, tesouraria e contabilidade de empresas privadas brasileiras e estrangeiras. Uma das suas primeiras ações junto à equipe da Secretaria Municipal de Economia e Finanças será a elaboração do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2024, último ano do atual mandato do prefeito Gustavo.

Após cirurgia de catarata, 210 pacientes passam por consulta para alta

Atendimento será no Cead e pacientes foram contatados por telefone

Neste sábado (6) os pacientes que participaram do segundo mutirão de cirurgias oftalmológicas organizado pela Fundação Municipal de Saúde de Rio Claro passam por consulta que antecede a alta médica. O atendimento será no Centro de Especialidades e Apoio Diagnóstico (Cead) e os pacientes já foram informados do agendamento.

“A realização das cirurgias eletivas é uma demanda importante que estamos conseguindo atender, reduzindo filas e agilizando o atendimento, como nesses dois mutirões em que cerca de 700 cirurgias oftalmológicas foram feitas”, destaca o prefeito Gustavo.

O contato com os pacientes informando sobre a consulta foi feito pela Central de Acesso Avançado em Saúde (Caas).

“É muito importante que os pacientes compareçam à consulta no dia e local agendados para serem avaliados por especialista”, destaca o médico Marco Aurélio Mestrinel, presidente da Fundação Municipal de Saúde. 

Durante a consulta os cerca de 210 pacientes que realizaram a cirurgia de catarata no segundo mutirão passarão por exame de refração para verificar se há grau residual.

“Nessa consulta o oftalmologista realiza a adequação no grau da lente dos óculos dos pacientes, sendo que na maioria dos casos há diminuição do grau, e, em alguns casos, o uso de óculos pode deixar de ser necessário”, observa Débora Mota Tavares, que coordena o setor de Especialidades da Fundação de Saúde.

Os dois mutirões de cirurgias oftalmológicas foram viabilizados por recursos de emenda parlamentar conseguidos pelo vereador Julinho Lopes a partir de articulação com o deputado estadual Delegado Olim e deputado federal Mauricio Neves.

Cordeiropolense é vice-campeão brasileiro de halterofilismo

A competição foi realizada no Centro Paralímpico Brasileiro, em São Paulo

Cordeirópolis tem um grande representante nacional no halterofilismo paralímpico. Alencar Teodoro foi vice-campeão brasileiro no último dia 15, em competição realizada no Centro Paralímpico Brasileiro, em São Paulo.

O atleta conseguiu levantar 180 e depois 185 quilos em sua categoria, que é a peso pesado. “Com muita luta e dedicação consegui esse honroso segundo lugar. Estou muito feliz por representar Cordeirópolis. Quem me conhece sabe o quanto eu precisei superar os obstáculos da vida para chegar até aqui”, comentou.

Alencar Teodoro afirmou que vive o melhor momento de sua carreira e que mais resultados positivos virão durante o ano. “Toda ajuda para um atleta é bem-vinda. Não treino só em Cordeirópolis. Tenho que me deslocar para São Paulo, onde me aprimoro no CT. Se algum empresário quiser me patrocinar ficaria muito honrado e grato. É uma luta diária e só nós atletas sabemos o quanto é difícil competir em alto nível. Mas tenho fé e acredito que Deus sempre nos dá o melhor. Hoje vivo um grande momento”, completou.

Jogos da Melhor Idade (JOMI) 2023

A 25ª edição deu início no último sábado (29). Cordeirópolis participou da competição com 25 atletas, durante evento que foi realizado até o dia 3 de maio na cidade de Itapira.

Cordeirópolis pertence a 4ª Região Esportiva da competição organizada e realizada pela Secretaria de Esporte do Estado de São Paulo e Secretaria de Desenvolvimento Social. Nesta edição, 36 cidades disputaram medalhas.

OMS declara o fim da emergência de saúde da pandemia de Covid

REINALDO JOSÉ LOPES – SÃO CARLOS, SP E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

“Doença respiratória misteriosa mata dois na China e gera alerta nos EUA”, dizia o título da reportagem no site da Folha. O texto, datado de 17 de janeiro de 2020, falava de “um novo tipo de coronavírus” na cidade chinesa de Wuhan. “As autoridades de saúde locais tentaram tranquilizar a opinião pública: segundo elas, o risco de transmissão entre humanos, se não foi excluído, é considerado baixo.”

Ao menos no início, essa não era uma aposta descabida. Outros coronavírus recém-descobertos, inclusive um que emergira na própria China -o causador da pneumonia atípica Sars, detectado em 2002- tinham causado estragos muito limitados na população humana antes de serem contidos de vez.

Não era o caso do vírus que receberia a designação oficial de Sars-CoV-2. O causador da Covid-19 “aprendeu” a infectar células humanas com relativa eficiência e encontrou diante de si bilhões de potenciais vítimas, sem defesas naturais contra ele.

Nesta sexta-feira (5), após mais de três anos e quase 7 milhões de mortes, a OMS (Organização Mundial de Saúde) declarou que a Covid-19 não é mais uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (Espii).

A indicação de que uma doença representa uma emergência de saúde global se dá por um comitê formado frente a uma possível ameaça. Os membros desse conselho se reúnem e aconselham o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, se a situação representa ou não uma emergência a nível global.

No caso da Covid, isso ocorreu em 30 de janeiro de 2020. Desde então, os membros do comitê mantinham a posição de que a infecção continuava representando um risco mundial. Isso mudou somente com a última reunião, ocorrida nesta quinta (4), em que o grupo observou que a doença não representa mais uma preocupação para a saúde pública a nível mundial.

Adhanom descreveu a decisão como esperançosa. “Eu aceitei esse conselho [do comitê]. É, portanto, com grande esperança que declaro o fim da Covid-19 como uma emergência de saúde global”, afirmou.

Mas o diretor disse que a doença continua representando um risco. “Com isso, não significa que a Covid-19 acabou como uma ameaça global à saúde.”

Se necessário, continuou Adnahom, a pandemia pode voltar a ser uma emergência de saúde. O surgimento de uma nova variante com alto impacto pode ser, por exemplo, devastador. Segundo ele, é necessário manter medidas já conhecidas contra o vírus, como vacinação.

Classificar uma doença como emergência de saúde pública é diferente de uma pandemia. O primeiro termo já é consolidado, enquanto o segundo ainda está em desenvolvimento. Atualmente, a OMS organiza um documento para definir as regras gerais de uma pandemia. Por isso, a organização continua a dizer que a Covid ainda é uma pandemia.

O resultado do contato com a Covid-19 foi a mais devastadora pandemia deste século até agora, responsável por desencadear uma espécie de viagem no tempo epidemiológica -rumo ao passado.
Pela primeira vez desde o começo do século 20, uma das principais causas de morte em países ricos voltou a ser uma doença infecciosa. O mesmo aconteceu em países como o Brasil, nos quais, apesar da desigualdade social, a maior parte das moléstias transmissíveis também tinha sido vencida ou contida.

Em boa parte do mundo, a expectativa de vida chegou a diminuir: pouco mais de dois anos de vida a menos no caso de americanos do sexo masculino, de acordo com um estudo publicado em fevereiro de 2022. Os dados mais conservadores, com testes que detectaram diretamente a ação do vírus, indicam que 6,9 milhões de pessoas morreram de Covid-19 até outubro de 2022. Dessas, mais de 700 mil eram brasileiras.

O número real, porém, pode ser muito maior. Quando são computadas as chamadas mortes em excesso – ou seja, as que superam o que seria esperado segundo tendências normais de mortalidade, sem a pandemia- as vítimas da doença poderiam chegar a 15 milhões.

Segundo a hipótese aceita pela grande maioria da comunidade científica, o Sars-CoV-2 passou a ter acesso a essa multidão global de novos hospedeiros seguindo um script bem conhecido. Todas as principais pistas apontam para uma gênese da pandemia num dos “mercados molhados” de Wuhan -um local onde mamíferos silvestres vivos e sua carne ficavam em contato com animais domésticos e pessoas.
Quase todas as grandes doenças pandêmicas da história parecem ter começado assim: como patógenos (causadores de doenças) cujo reservatório natural era uma espécie de mamífero ou ave. Animais silvestres abrigam imensa diversidade de vírus desconhecidos, e o contato constante com eles em ambientes como o mercado de Wuhan multiplica as chances de que um desses vírus consiga fazer o salto entre espécies.

Concentrações de casos se fizeram notar na cidade chinesa a partir de novembro de 2019, e alguns médicos da região logo alertaram as autoridades de saúde sobre os riscos daquele cenário. Alguns deles, no entanto, chegaram a ser punidos pelo alarmismo, e medidas mais sérias de controle demoraram a ser implementadas. Wuhan é uma metrópole de 11 milhões de pessoas e um movimentado centro de viagens aéreas e por trens de alta velocidade. Em dezembro e na primeira metade de janeiro de 2020, a inexistência de barreiras severas ao deslocamento permitiu que a doença se espalhasse pela China e já começasse a atingir outros países, embora o primeiro caso brasileiro só fosse confirmado no fim de fevereiro daquele ano. A partir daí, a pandemia se tornou muito difícil de conter.

Situações parecidas no passado quase sempre envolveram grandes doses de boataria, crendices e xenofobia, na busca de soluções mágicas para o avanço das mortes e por bodes expiatórios para a situação. No caso da Covid-19, essas reações previsíveis foram potencializadas pelo buraco negro das mídias sociais e pelos movimentos de extrema direita, com destaque para o trumpismo nos EUA e o bolsonarismo no Brasil. O apego ideológico a “liberdades individuais” a todo custo e a ânsia em manter a economia girando fizeram com que esses movimentos sabotassem as principais medidas de prevenção.

O desastre só não foi maior por causa da mobilização sem precedentes da comunidade científica mundial contra a Covid-19, potencializada por investimentos públicos da ordem de dezenas de bilhões de dólares. Em poucos meses, pesquisadores desvendaram detalhes do ciclo de transmissão e replicação (grosso modo, “reprodução) de um vírus antes desconhecido.

Testes de medicamentos já existentes e o desenvolvimento de novos fármacos aconteceram em tempo recorde, um esforço que culminou com a aprovação das primeiras vacinas contra a doença no começo de dezembro de 2020, um ano depois dos primeiros casos em Wuhan. As imunizações se mostraram seguras e eficazes para proteger a população contra internações e mortes, embora não tenham sido capazes de deter a transmissão do vírus até agora.

Com métodos de sequenciamento (“leitura”) de material genético relativamente rápidos e baratos à mão, foi possível monitorar a evolução de um vírus pandêmico em tempo real pela primeira vez na história.

Uma sucessão de letras gregas passou a povoar o noticiário, documentando a transformação da cepa original do Sars-CoV-2 de Wuhan. Eram variantes como a gama (a responsável pelas cenas trágicas de pacientes sem oxigênio em Manaus no começo de 2021), a delta (que levou a uma forte recrudescência da doença na Europa e na América do Norte em meados do mesmo ano) e a ômicron.

Por ora, parece que faz sentido colocar um ponto final após a designação dessa última variante. Enquanto formas do Sars-CoV-2 como a gama e a delta surgiram a partir de linhagens independentes entre si, com cada uma delas “descobrindo” seu próprio caminho como parasita cada vez mais eficiente das células humanas, a chegada da ômicron, ao menos por enquanto, encerrou essa dinâmica. Novas variantes, com maior eficiência de transmissão e mais agilidade nos dribles que aplicam ao sistema de defesa do organismo, continuam a surgir, mas todas derivam da ômicron “1.0”.

O fim da emergência global trazida pela Covid-19 está longe de significar que novas ameaças pandêmicas demorarão a aparecer. O avanço da chamada varíola dos macacos (a qual, convém lembrar, não tem nada a ver com os primatas, apesar do nome) deixou isso claro, mesmo com seu impacto mais modesto.

Apesar do ceticismo acerca da origem do Sars-CoV-2, e mesmo que algum dia se demonstre uma ligação entre a gênese do vírus e pesquisas em laboratório, os reservatórios de doenças na natureza continuam sendo muito maiores do que qualquer fonte laboratorial.

Isso significa que novas pandemias continuarão aparecendo onde quer que o contato intenso entre seres humanos e/ou seus animais domésticos, de um lado, e a fauna silvestre, de outro, seja encorajado por fatores econômicos.

A destruição de habitats pelo desmatamento, o tráfico e consumo de animais selvagens ou de produtos derivados deles, o avanço indiscriminado da agropecuária e a crise climática correspondem a uma máquina global de geração de pandemias. O monitoramento constante de patógenos potencialmente perigosos e o investimento em vacinas e fármacos inovadores podem até evitar muitos danos. Mas, sem uma tentativa de desacelerar a máquina, outras medidas vão servir apenas para enxugar gelo.

Inscrições estão abertas para o curso básico online e gratuito Libras

Aulas serão realizadas ao vivo pela plataforma Zoom

Estão abertas as inscrições para o curso básico online e gratuito da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Serão três turmas ministradas por quatro professores surdos: uma com aulas às segundas, quartas e sextas-feiras; outra às terças e quintas-feiras; e outra aos sábados.

A ação é realizada pela Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência em parceria com o Centro de Tecnologia e Inovação (CTI), já qualificou 22,3 mil pessoas de 136 municípios do Estado de São Paulo. Os cursos de Libras beneficiam as mais de 492,9 mil pessoas com deficiência auditiva que vivem no Estado de São Paulo, de acordo com índices da Base de Dados dos Direitos da Pessoa com Deficiência. As inscrições abrem mensalmente e são divulgadas nas redes sociais e no site clicando aqui.

O curso tem o total de 40 horas, divididas em 30 horas ao vivo pela plataforma Zoom, e 10 horas de atividades extras. É necessário o uso de câmera durante as aulas. Para obter o certificado de participação, é preciso ter frequência mínima de 75% das aulas ao vivo, e atingir média final 5 ou superior.

O conteúdo programático é abordado por professores surdos e contempla os seguintes temas: o que é Libras; identidade surda; cultura surda; comunicação: surdo x ouvinte; regionalismos na libras; sistema de notação da Libras; alfabeto manual; sinais pessoais; cumprimentos/saudações; condições climáticas; advérbios de tempo e calendário; singular e plural; animais; expressões faciais; materiais escolares e de escritório; pronomes pessoais, possessivos, demonstrativos e interrogativos; números: cardinais e quantidades; dias da semana; família; sentimentos; horas/duração; ambientes da residência; localidades; direção/perspectiva; meios de transporte; profissões; documentos; verbos; configurações de mão.

Jornal Cidade RC
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