O caso da morte de um cavalo infectado pela raiva em Porto Ferreira acende o sinal de alerta na área da Saúde em toda a região.

Centro de Controle de Zoonoses de RC afirmou que não tem doses de vacina para campanha, mas que realiza monitoramento

O caso da morte de um cavalo infectado pela raiva em Porto Ferreira e o registro de três casos de raiva em morcego em Piracicaba acenderam o sinal de alerta na área da Saúde em toda a região. A raiva é uma doença infecciosa viral aguda grave, que acomete mamíferos, inclusive o homem, e caracteriza-se como uma encefalite progressiva e aguda com letalidade de aproximadamente 100%. Ela é transmitida para humanos pelo contato com a saliva de um animal infectado, por meio de mordidas, lambeduras ou arranhaduras. No Estado de São Paulo não há registro de raiva humana desde 2018, mas em animais sim.

No caso de Porto Ferreira, como medida preventiva a novos casos, foi feito um levantamento e vacinados cães, gatos e animais de grande porte na região onde ocorreu o caso positivo de raiva. Já em Piracicaba a Secretaria de Saúde mantém a vacinação antirrábica para cães e gatos – contactantes com morcegos – em posto permanente na sede do CCZ durante o ano todo. Em nota, o Centro também informou que está devidamente preparado para realizar ações de bloqueio necessárias em caso de surgimento de algum caso confirmado para a doença em animais, conforme preconizam orientações do Ministério da Saúde e Governo do Estado de São Paulo.

Rio Claro

Procurado, o município afirmou que recebe do governo estadual de 100 a 300 doses de vacina antirrábica mensalmente: “A quantidade enviada não é suficiente para a realização de campanha e as doses que o município recebe são para o uso de rotina, que inclui a vacinação de animais contactantes (cães e gatos que tiveram contato com morcego). As doses excedentes são disponibilizadas para a vacinação de animais cujos proprietários entram em contato com o CCZ e manifestam interesse em vacinar seu cão ou gato. Sempre que o município dispõe das doses é realizada a vacinação gratuitamente. O Centro de Controle de Zoonoses realiza também, como medida preventiva, o monitoramento da raiva. Ao encontrar morcego caído, a população deve acionar o CCZ. Esses morcegos são recolhidos e enviados ao Instituto Pasteur para análise e monitoramento de eventuais casos de raiva. Além de serem vacinados, os cães e gatos que tiveram contato com morcego também são observados pelo CCZ. Neste ano não houve caso positivo de raiva em morcego, cão ou gato”.