Oposição erra e CPI do Daae fica no discurso

Antonio Archangelo

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A oposição rechaçou o arquivamento, sob o argumento de que o “povo queria a investigação.

Um erro jurídico na confecção do requerimento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Departamento Autônomo de Água e Esgoto (Daae) de Rio Claro fez “desmoronar” as expectativas na investigação de supostos desmandos da autarquia, sobretudo na elevação das contas de água e esgoto este ano.

De acordo com o relatório, que aprovou o arquivamento da CPI, “concluiu que o pleito de instalação da de uma Comissão Parlamentar de Inquérito está em desacordo com o disposto no artigo 37, do Regimento Interno da Edilidade Rio-clarense, bem como ofende o artigo 15, inciso XIX, da Lei Orgânica do Município de Rio Claro e, principalmente, contraria o dispositivo previsto no parágrafo 3º do artigo 58 da Carta de 1988”.

De acordo com o relatório final, o texto assinado e apresentado pelos vereadores Juninho da Padaria (DEM), Geraldo Voluntário (DEM), Dalberto Christofoletti (PDT) e Calixto (PRP), que elenca 46 tópicos de “irregularidades”, “na verdade são sugestionamentos e requerimentos de notas explicativas”. “Os ilustres 4 edis que subscrevem o protocolado do dia 24 de março almejam nada além do que compilar um extenso rol de documentos e informações”.

Para os procuradores da Câmara, “ao analisarmos a referida propositura, preliminarmente, constatamos que a mesma apresenta 46 itens apontados. A maior parte desses tópicos mostra-se repetitiva e não aponta qualquer irregularidade, sendo que muitos são meramente solicitações de documentos ou indagações sem apontamentos de irregularidades de fatos concretos”, afirma o parecer jurídico.

O relatório final da CPI foi aprovado pelos governistas, com exceção de Dalberto Christofoletti (PDT), que acompanhou Juninho e Geraldo, do Democratas, e Calixto (PRP). O vereador Paulo Guedes (PSDB) se ausentou da sessão durante a votação.

O presidente da Câmara, Agnelo Matos, disse que irá enviar, via ofício, todas as indagações contidas na CPI arquivada para o superintendente do Daae, Geraldo Gonçalves, responder aos vereadores, em forma de requerimento.

O PT também avisou que o superintendente está à disposição para comparecer na Casa e ser questionado sobre as dúvidas dos parlamentares. A oposição rechaçou o arquivamento, sob o argumento de que o “povo queria a investigação”.

Irmãos se tornam celebridades dos games

Valdira Guimarães Augusto

VideoGamer

Os irmãos rio-clarenses Wilson Rafael de Azevedo e Gabriel de Azevedo, conhecidos como Sr. Wilson e Fresh, respectivamente, são tratados como ‘celebridades’ no mundo virtual quando o assunto são jogos eletrônicos. Eles mantêm um canal no YouTube chamado Colônia Contra Ataca, no qual alguns vídeos ultrapassam a marca de 100 mil visualizações.

Wilson tem 24 anos e explica que editava vídeos antes do surgimento do YouTube. Quando decidiu criar o canal Colônia Contra Ataca, escolheu fazer análises de jogos considerados ruins e antigos. “Neste vídeos eu interpreto o Sr. Wilson, uma pessoa miserável que só joga jogos ruins e esquisitos, como, por exemplo, SuperMan64, HongKong97, jogos do Home Alone e versões piratas de Pokémon. Escolhi fazer vídeos de jogos antigos ruins e estranhos por serem mais cômicos. É muito fácil encontrar defeitos hilários nesses tipos de jogos onde posso criar boas piadas nos vídeos. Fora que foi com eles que cresci jogando, então, tenho bastante conhecimento de jogos antigos”, aponta.

Mas o canal abre espaço também para alguns jogos recentes. Wilson destaca que, no Jogos Bons Que Você Não Conhece, faz análises de jogos pouco conhecidos, produzidos por pequenas empresas independentes. Outra série do canal chama-se Odiador Vai Odiar, com um propósito mais cômico. “Até falo de novidades no mundo dos games que deixaram alguns fãs bravos. O último episódio, por exemplo, sobre o novo design do Sonic, que deixou muita gente furiosa”, observa.

E é neste universo que os rapazes foram conquistando fãs e hoje são acompanhados virtualmente por milhares de pessoas de diferentes localidades do país. “O pessoal sempre comenta nos vídeos, elogiam e, de vez em quando, nos tratam como ‘Deuses dos Jogos Ruins’, sério, sem exagero. Além disso, o retorno junto a adultos e crianças é incrível. Sempre recebo presentes. Fico até impressionado com o tamanho do carinho das pessoas”, afirma o rio-clarense.

O rio-clarense salienta que, sempre que possível, ele e o irmão participam de eventos voltados ao mundo dos games. “Já fui até convidado para dar palestra em alguns eventos, falando sobre o canal e como começar no YouTube. Mas um evento a que nunca faltamos é a Brasil Games Show, onde existe uma lounge para ‘youtubers’ e lá o pessoal faz fila para tirar fotos conosco e pedir autógrafos.”

E o que começou como hobby hoje, além de ser fonte de renda, é inspiração para um desejo futuro. “Quando o canal crescer mais, tenho o sonho de abrir um estúdio em Rio Claro, apenas para produções de vídeos mesmo. Ainda não sei como pode ser, mas quero produzir meus vídeos lá e até produzir vídeos ou alugar as instalações para outros produtores de vídeo”, planeja o rio-clarense.

PD prevê proteção a nascentes

Ednéia Silva

Na foto, o Rio Corumbataí - uma sub-bacia do Rio Piracicaba, ambos prejudicados pelo “sequestro” de água da região
Na foto, o Rio Corumbataí – uma sub-bacia do Rio Piracicaba, ambos prejudicados pelo “sequestro” de água da região

Na última quinta-feira (3), o Condema (Conselho de Defesa do Meio Ambiente de Rio Claro) entregou à prefeitura a revisão do Plano Diretor de 2007 na questão ambiental. O órgão incluiu na proposta um amplo levantamento sobre os recursos hídricos do município.

Quem explica é o presidente do Condema, Waldemar Bóbbo. Segundo ele, o conselho fez levantamento sobre nascentes, rios, lagoas, lagos e áreas de preservação permanente. A revisão aponta a necessidade de cuidar dos recursos hídricos para que o município não enfrente problemas no futuro.

Bóbbo comenta que Rio Claro está bem com relação ao abastecimento de água. Porém, é preciso ficar atento à situação de Piracicaba, que depende quase totalmente (90%) do Rio Corumbataí para abastecer a cidade. Para ele, há necessidade de estudar o reflorestamento dos rios e nascentes. Somente a bacia do Corumbataí demanda o plantio de cerca de quatro milhões de árvores. O presidente destaca que o reflorestamento não é simplesmente plantar árvores, é necessário conservá-las.

Bóbbo comenta que o município tem investido no reflorestamento das matas ciliares. As duas nascentes que formam o Rio Corumbataí, localizadas em duas fazendas em Analândia, têm projetos de reflorestamento em andamento. O Condema também levantou as áreas de preservação permanente do município onde são proibidas as edificações. Para realizar o trabalho, o conselho contou com o apoio da Unesp e dos professores Maria Inês Pagani e José Carlos Timoni.

De acordo com a prefeitura, ainda existem três frentes de discussão para concluir a revisão do Plano Diretor. Antes do Condema, em fevereiro deste ano, o CDU (Conselho de Desenvolvimento Urbano) já tinha entregue a revisão do PD referente a arquitetura e engenharia.

Concluído o processo de revisão, a prefeitura deverá encaminhar o novo Plano Diretor para a Câmara Municipal. As leis complementares obrigatórias referentes ao parcelamento do solo e zoneamento urbano foram aprovadas no ano passado.

Em nota, a prefeitura informou que a revisão de planos diretores segue diretriz constitucional e do Estatuto da Cidade. “O objetivo da prefeitura com o documento é organizar a cidade com base em um instrumento legítimo que direcione o seu crescimento de forma planejada e sustentável, dentro da sua realidade e do seu momento. Alguns artigos do PD, por exemplo, precisam ser revisados dentro de mais algum tempo, pois passam a ficar ultrapassados diante do crescimento e necessidades que surgem na sociedade”, disse.

A prefeitura ressalta que o PD orienta o poder público e a iniciativa privada no uso do espaço e do solo e as leis complementam e detalham os mecanismos estabelecidos por ele. “Sem um Plano Diretor, o município cresce sem respeito às normas de sustentabilidade, de caráter social e de igualdade e justiça”, afirma.

A prefeitura conclui dizendo que várias decisões que envolvem o desenvolvimento da cidade já estão sendo tomadas com base em determinações do PD, documento que tem interferência direta da população, o que o torna “fundamental e valioso para as futuras gerações”.

Nova campanha de doação de medula acontece no dia 8

Da Redação

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Pode participar da campanha qualquer pessoa entre 18 e 55 anos, com boa saúde

No próximo dia 8 de abril será realizada nova campanha para cadastramento de doadores de medula óssea no anfiteatro do Hospital São Rafael, localizado na Rua 1 com Avenida 15. A campanha acontece em prol do rio-clarense Israel Chinellato, que ainda aguarda por uma medula compatível para transfusão. De acordo com a esposa de Israel, Andreia Galvani Chinelatto, a campanha acontece das 16h às 21 horas, ou até coletarem 300 amostras, que é máximo que pode ser coletado.

Andreia observa que a primeira campanha realizada no dia 19 de março contou com a participação de muitas pessoas, que se solidarizaram em ajudar Israel ou outras pessoas que estejam passando pelo mesmo problema. Porém, ela comenta que ainda não há informações sobre compatibilidade. “Ainda não sabemos, vai direto para o sistema e se tiver alguma informação a equipe entra em contato com o médico”, diz.

Pode participar da campanha qualquer pessoa entre 18 e 55 anos, com boa saúde. Será preciso preencher cadastro e será retirada uma pequena quantidade de sangue. Caso seja compatível com qualquer pessoa que esteja na lista de espera, o doador será chamado posteriormente.

“As pessoas não precisam ter medo, a doação é um ato de solidariedade, você estará salvando a vida de outra pessoa. Além disso, a procura leva um certo tempo, portanto, quanto mais doadores o Redome – Registro Nacional de Doadores de Medula – tiver, mais chance alguém tem de continuar vivendo”, pontua Andreia.

Café JC: Cônsul-geral do Brasil em Chicago é de Rio Claro

 

Marcelo Lapola

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Paulo César de Camargo é rio-clarense, com 35 anos de carreira no Itamaraty

Diplomata de carreira, ministro de primeira classe com título de embaixador com o cargo de cônsul-geral do Brasil nos Estados Unidos na região de Chicago, Paulo César de Camargo é rio-clarense, com 35 anos de carreira no Itamaraty. Nesta entrevista ao café JC, ele fala um pouco sobre sua trajetória e analisa a importância da realização da Copa do Mundo no Brasil.

JORNAL CIDADE – Fale um pouco sobre sua carreira no Itamaraty. Como surgiu o interesse pela Diplomacia?

PAULO CAMARGO – O interesse pela carreira diplomática começou na verdade com meu pai. Por motivos diversos, ele não teve condições de seguir, mas me inspirou bastante. Sempre gostei muito de ler e, mesmo sendo Rio Claro na época uma cidade bem interiorana, sempre tivemos aqui boas livrarias. Desde essa época em que estudava no Joaquim Ribeiro já me interessava por ler a seção de notícias internacionais dos jornais. Também conseguia ter acesso a revistas americanas, como a Time e a Life.

JC – A entrada no Instituto Rio Branco para estudar diplomacia exigiu muita dedicação?

Sem dúvida. Depois do Ensino Médio no Joaquim Ribeiro, fui estudar Direito em Campinas e lá tive contato com a Aliança Francesa, onde também comecei a aprender o francês. Paralelamente comecei a me dedicar a estudar para o processo de admissão no Instituto Rio Branco. Tive também muita ajuda de professores, como o Chagas e o Jaime Leitão, na orientação a leituras e até na correção de redações. Fiz o vestibular e passei, com 23 anos. Estudei lá por 2 anos.

JC – Quanto tempo de carreira? Fale sobre os principais lugares por onde passou.

Já tenho 35 anos de carreira e nesse tempo tive a felicidade de trabalhar em excelentes lugares, como Washington D.C., Montevidéu, em Nova York e Otawa, no Canadá. Fiz também algumas missões à África e fui o responsável pela estruturação administrativa para abrir a primeira embaixada do governo Lula em São Tomé e Príncipe.

JC – Qual sua avaliação das relações entre EUA e Brasil?

Temos relações muito sólidas. Da minha jurisdição em Chicago faz parte um total de dez estados do Meio-Oeste americano. E seja nas universidades, para empresários ou a população americana em geral, é possível encontrar muitas semelhanças do americano com o brasileiro. Somos muito parecidos socialmente. Os americanos gostam muito dos brasileiros.

JC – Os recentes episódios que revelaram que a NSA havia espionado órgãos do governo e a presidente Dilma Rousseff arranharam de algum modo essas relações?

Não diria que arranhou, mas gerou uma justa insatisfação por parte da presidente Dilma Rousseff e do Itamaraty. É algo que acredito que irá ser sanado de certo modo, mesmo porque Brasil e Estados Unidos têm acordos comerciais e de cooperação, em outras áreas, muito sólidos e importantes.

JC – Qual sua visão a respeito do possível término da exigência de vistos para brasileiros viajarem para os EUA?

Essa questão está sob apreciação dos americanos. Eles têm muito interesse em avançar nisso, até mesmo para fortalecer ainda mais nossas relações e incentivar o turismo. Prova disso é a agilidade maior dada pela embaixada americana no Brasil à obtenção de vistos.

JC – A Copa do Mundo ajuda a melhorar nossa imagem externa? É bom para a economia?

Com certeza, ajuda na exposição do País no cenário internacional. Já promovemos muitos eventos nos EUA com o tema Copa do Mundo, visando a atração de investimentos para o nosso País. E os resultados têm sido muito bons.

JC – E se tivermos protestos populares durante a Copa?

Os protestos, feitos de maneira pacífica, são bem vistos pelos americanos, pois veem isso como o exercício da liberdade de expressão em sua essência.

JC – Cidadão do mundo, hoje como vê Rio Claro, sua terra natal?

Rio Claro sempre foi e sempre será meu ponto de referência. É a minha casa. Meus filhos, desde pequenos, quando falávamos em ir ao Brasil, imediatamente eles diziam: “Rio Claro!” Tanto que penso em voltar a morar na minha querida cidade, quando eu me aposentar. Fazer novos amigos e ficar mais perto dos antigos amigos que tenho por aqui.

Mestre da Congada relembra Figueira de São Benedito

Adriel Arvolea

Ariovaldo relembra infância próxima à árvore
Ariovaldo relembra infância próxima à árvore

 

Uma data histórica: 23 de fevereiro de 2014. Os ponteiros do relógio marcavam 17 horas. Um domingo chuvoso castigaria a centenária Figueira de São Benedito, em Rio Claro (SP). O exemplar não resistiu à força dos ventos e parte do tronco cedeu, caindo na via pública, mas sem deixar feridos. Símbolo da libertação e de manifestações culturais, a árvore é considerada um marco para a comunidade negra. O seu crescimento foi acompanhado pelos encontros, festejos e comemorações de irmandades, negros sambistas, macumbeiros e de tantas outras doutrinas. Tradições que se mantiveram ao pé da figueira ao longo de mais um século.

Uns dizem que a árvore tem entre 100 e 120 anos. Mas José Ariovaldo Pereira Bueno é enfático ao afirmar essa idade. “A Figueira tem muito mais que 150 anos. Em 1946, pertencia à Irmandade de São Benedito e era tudo mato naquela área, um areão, e a árvore já existia. Ali acontecia o samba da Umbigada, o Tambu, uma dança folclórica. Ao redor, havia uns espaços fechados, tipo cercados, onde aconteciam os sambas, o Tambu e o Samba-lenço. Então, pequenininho, já entrava no meio das danças, mas fugia quando a polícia chegava”, relembra.

Líder do Grupo Folclórico Congada e Tambu de São Benedito Rio-clarense, seu Ari, como é conhecido, traz à memória recordações embaixo da sombra da figueira vividas, também, por seus familiares. “Aquela sombra, acolhedora e hospitaleira, era onde meus tataravós faziam oferendas para os orixás. Os negros e escravos faziam suas devoções, cultos e orações junto à árvore. Ali era feito o culto dos negros”, conta. O exemplar, também, é memória viva do crescimento de Rio Claro, pois serviu de pouso para os tropeiros que cortavam a região. “Muitos tropeiros, com suas tropas e boiadas, foram recebidos pela figueira. Além dos cultos dos negros, a árvore era ponto de parada na rota das comitivas”, reforça o líder da Congada.

Parte do tronco da figueira permanece em pé, o que abre discussões quanto ao futuro da árvore: mantê-la como está ou cortá-la com replantio. Independente do destino que se dê ao exemplar, seu Ari acredita na força divina. “Se o vento derrubou a figueira, foi porque Deus quis assim. E Ele, nosso Pai, vai dar condições para que ela se recupere. É algo natural, uma lembrança muito linda que não está acabada. Se foi plantada com carinho, vai se recuperar com o mesmo carinho, se Deus quiser”, diz, confiante.

A intenção do município é preservar o legado histórico-cultural da árvore centenária. Da parte que cedeu, a madeira foi cortada e será conservada, segundo informa a Secretaria de Cultura. “Demos início à preparação dos troncos para que recebam o tratamento químico necessário para sua preservação”, esclarece. Pretende-se, a partir disso, promover concurso público para a produção de obras de arte com as peças estabilizadas.

Boletim de ocorrência pode ser registrado na internet

Carine Corrêa

Utilizando esse recurso, o munícipe evita filas e incômodos associados, como o longo tempo de espera
Utilizando esse recurso, o munícipe evita filas e incômodos associados, como o longo tempo de espera

Além de ser mais prático fazer o registro de boletim de ocorrência via delegacia eletrônica, é também um exercício de cidadania, já que desafoga os plantões policiais.

Quem fornece mais detalhes sobre o passo a passo desse procedimento é o setor de inteligência da Polícia Civil de Rio Claro: “Grande parte das ocorrências registradas está disponibilizada na delegacia eletrônica”, reforça o setor.

Utilizando esse recurso, o munícipe evita filas e incômodos associados, como o longo tempo de espera.

As autoridades explicam sobre a validação do documento via internet: “O boletim eletrônico, registrado online, tem o mesmo valor daquele registrado de maneira presencial, no plantão policial”, destaca novamente o setor.

O departamento policial ainda detalha que, após o registro online, o documento é encaminhado à unidade policial para ser validado. Na unidade, o boletim de ocorrência é conferido por um funcionário e, após a validação, é destinado para o despacho do delegado de polícia titular.

“Ou seja, o mesmo procedimento tomado com relação a boletins elaborados no plantão policial”, reforçam mais uma vez.

É possível o registro de boletim para 13 tipos de ocorrência no site da delegacia eletrônica www.ssp.sp.gov.br/nbo/.

O preenchimento do boletim eletrônico é simples, basta seguir as regras que aparecem na tela, quadro a quadro. Em caso de dúvidas há também uma central de informações que atende através do telefone (0xx11) 3311-3882.

As ocorrências que podem ser registradas na delegacia eletrônica são: desaparecimento de pessoa; roubo/furto de veículo; ameaça; roubos em que não haja danos e/ou vítima de lesão corporal e morte; furto ou perda de documentos; furto ou perda de celular; furto ou perda de placa de veículo; encontro de pessoa desaparecida; injúria, calúnia ou difamação; e casos de acidente de trânsito sem vítima.

Importante lembrar que casos de roubo/furto a estabelecimento comercial ou bancário, roubo/furto a residência e roubo/furto de carga não poderão ser registrados via Delegacia Eletrônica.

A única obrigatoriedade exigida pelo sistema é o fornecimento de um e-mail para que o recebimento do boletim eletrônico seja possível.

Cervejaria de RC lança cerveja Weiss

Marcelo Lapola

prada

Nesta semana a Cervejaria Prada, com sede em Rio Claro, lança sua versão da cerveja Weiss.

Trata-se de uma cerveja de Puro Malte, que leva este nome pois, além de malte de cevada, também é feita com malte de trigo, o que confere a ela características diferenciadas, como a presença dos suaves aromas de banana e cravo.

Será lançada em embalagens de 500 ml, 355 ml, Chope em Keg de 5 litros e Chope em barris convencionais. É um tipo de cerveja que nasceu no sul da Alemanha, de aspecto turvo devido à não filtração.

“A Cerveja Prada Weiss é a nossa sugestão para os consumidores que desejam experimentar cervejas diferentes das que estão acostumados, e entrar no mundo das cervejas especiais”, ressalta Fabio Fray, responsável pelo setor de marketing da Prada.

Segundo ele, por não ser muito amarga, mas ainda assim apresentando complexidade de sabores e refrescância, facilita a apreciação de um “paladar novato”.

Sob o comendo do mestre cervejeiro Celso Höfling, que por mais de 20 anos exerceu a mesma função na Skol-Caracu em Rio Claro, a Cervejaria Prada vem ganhando destaque nacional e internacional .

Pode-se dizer que Celso e a cerveja que fabrica na Prada são herdeiros das mais puras receitas da bebida. Prova disso é a chancela no rótulo de cada cerveja que sai da charmosa e acolhedora fábrica na Avenida 12 entre a Rua 7 e Avenida Visconde do Rio Claro: “Puro Malte”. Seguem a lei da pureza, feita na Alemanha em 1516, que determina a utilização apenas de água, malte e lúpulo”.

Velo vence o Capivariano por 2 a 1 e adia título para a última rodada

Matheus Pezzotti

Velo venceu em casa no último sábado
Velo venceu em casa no último sábado

Precisando apenas de uma vitória para se tornar o campeão da série A-2 na penúltima rodada, o Capivariano foi derrotado pelo Velo Clube por 2 a 1, na manhã do último sábado, no Benitão.

Os três gols aconteceram no primeiro tempo, que teve domínio do Rubro-Verde. No segundo, com um jogador a menos, o time velista segurou a pressão do Leão da Sorocabana e saiu de campo com os três pontos em sua despedida em casa no estadual. Tiago Bernardi abriu o placar para o Velo aos 28 minutos e Valdo ampliou dois minutos depois. Carlão descontou para o Capivariano aos 43 minutos.

O Velo soma 27 pontos e até o fechamento da edição do JC ocupava a sétima colocação, podendo ser ultrapassado por Ferroviária e Monte Azul. Já o Capivariano, que poderia ter saído com o título, se mantém na liderança com 37 pontos, três a mais que o Red Bull, e leva vantagem no número de vitórias (11 contra 9).

O JOGO

O Velo iniciou melhor, roubando bolas no meio de campo e explorando as laterais, enquanto que o Leão da Sorocabana cadenciava a partida, jogava com cautela e acabou dominado pelo Rubro-Verde, que pressionava e chegava com perigo, principalmente pelos lados do campo, um dos pontos fracos do time de Evaristo Piza.

E foi desta maneira que Adriano Garça criou as jogadas para os gols. No primeiro, após jogada do camisa 6, escanteio para o Rubro-Verde. Na cobrança, Paulinho mandou na primeira trave, Valdo desviou e a bola sobrou para Tiago Bernardi apenas tocar para o gol.

Dois minutos depois, novamente em jogada pela esquerda, Garça passou pelo marcador e cruzou à meia altura para Valdo, que apenas escorou para ampliar o placar.

O domínio velista continuou e Garça, em cobrança de falta, acertou o travessão. Porém, mesmo com poucas jogadas ofensivas, Carlão não desperdiçou quando recebeu passe em profundidade e na entrada da área acertou, bateu colocado, tirando do goleiro velista.

No segundo tempo, logo aos três minutos, Marquinhos fez falta em Melinho, recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso.

Com isso, o Leão da Sorocabana fez o que já era esperado, lançou-se ao ataque, ficando apenas com três jogadores na defesa, enquanto que o Velo, com um jogador a menos, recuou, buscando os contra-ataques em velocidade, mas o forte calor fez com que o ritmo do jogo caísse drasticamente.

Em três oportunidades, o Rubro-Verde quase marcou. Primeiro com Valdo, que recebeu, entrou na área livre, mas demorou para chutar e foi desarmado. A segunda com Oliveira, que recebeu passe em diagonal dentro da área na direita e bateu forte rasteiro, mas Wanderson mandou para escanteio. Na cobrança Tiago Bernardi testou firme no alto, exigindo uma excelente defesa do goleiro do Capivariano, que pressionava, porém não criava chances claras de gol.

Nos acréscimos, em busca ao menos do empate, o time alvirrubro foi todo para o ataque, mas o Velo, todo fechado, segurou a vitória até o apito final.

“Erramos em alguns jogos, mas fizemos uma boa campanha. Se fosse outro formato, estávamos classificados para a próxima fase, mas vamos manter assim até a última rodada, buscando mais uma vitória para fazermos a melhor campanha do time na série A-2”, disse o zagueiro e capitão Tiago Bernardi, autor do primeiro gol velista no jogo, na saída do campo.

Para os jogos da última rodada das séries A-2 e A-3 não serem realizados no mesmo dia, a Federação Paulista de Futebol (FPF) adiantou os confrontos da A-2 para o sábado.

Com isso, no dia 12 de abril, o Velo Clube jogará contra o União Barbarense, fora de casa, enquanto que o Capivariano tenta garantir o título contra a Itapirense, em casa. Todos os jogos serão disputados às 10 horas da manhã.

Itaqueri da Serra guarda histórias da região

Vivian Guilherme

São cerca de 30 quilômetros que separam Itirapina do Distrito de Itaqueri da Serra. O pequeno vilarejo de apenas uma rua e poucas casas abriga muitas histórias. Foi ali, em 1770, que teve início a cidade de Itirapina e também neste local que chegaram imigrantes portugueses, italianos e africanos.As casas mantém a mesma arquitetura e as ruas – ainda sem asfalto – dão o tom bucólico ao local que, em séculos passados, abrigou dezenas de moradores. Dires Simões de Oliveira, nascida no distrito, lembra que a escola de Itaqueri chegou a receber mais de 40 alunos, na época em que lecionou ali.Repleta de fazendeiros, nos áureos tempo do café, Itaqueri contava com diversos comércios, como conta Dires. “Ali era a farmácia, hoje não tem mais, atrás ali era a escola, ali era a vendinha”, aponta.

A venda da família italiana Feltrin, oferecia mantimentos para a população que vivia no local. “Aqui vivia muita gente, era época do café, foi depois que teve o êxodo rural e muita gente foi embora. Antes o pagamento era feito pela colheita, quando tinha a colheita iam na venda e pagavam”, revela Dires.

Valdomiro Buckler, um dos proprietários da casa que abrigava a venda Feltrin, mantém o local preservado, com as estantes e até mesmo um velho livro no qual eram anotadas as compras da família. Ele lembra que o prédio tem cerca de 120 anos e que o comércio era o principal do distrito, vendendo açúcar, sal, querosene e até mesmo bacalhau.

Outro destaque do vilarejo é a Capela de Nossa Senhora da Conceição da Serra, fundada em 1852. A capela tem grande parte das características originais, com todos os detalhes conservados e até mesmoa imagem de N. S. da Conceição que é de origem portuguesa e esculpida em madeira.

Itaqueri também é famoso por conta de um de seus filhos ilustres, Ulysses Guimarães. Nascido ali, foi ao pé da figueira que o político fez tantos comícios e reuniu pessoas de diversas cidades da região.

Diramar, irmã de Dires e ambas primas de Ulysses, afirma que a última candidatura de Ulysses foi lançada ali na figueira e lamenta o fato de que um quadro com diversas fotos do político foi roubado recentemente. “Ficava aqui na sala um quadro com várias fotos do Ulysses, mas chegamos aqui e não estava mais”, comenta.

Dires revela ainda que era Itaqueri que decidia as eleições de Itirapina. “Ulysses era muito família, eu acho, ele vinha todo ano fazia o comício dele, almoçava aqui em casa e nunca deixava de falar que ele era daqui. Ele era bacana viu”, relembra a aposentada, que é uma das proprietárias da casa ao pé da famosa figueira, ela e a irmã Diramar costumam frequentar o local à passeio com os familiares

Resultado de pesquisa estava errado, diz Ipea

Da Redação

Apesar de erro, estudo ainda aponta que machismo impera em nossa sociedade
Apesar de erro, estudo ainda aponta que machismo impera em nossa sociedade

O Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) divulgou um comunicado nessa sexta-feira (4) em que pede “desculpas” e informa que errou na divulgação de dois resultados do estudo “Tolerância social à violência contra as mulheres”. No dia 27 do mês passado, o instituto divulgou que 65% dos brasileiros apoiava ataques contra mulheres que usam roupas curtas.

O resultado da pesquisa gerou uma série de campanhas na internet e até a presidente Dilma Rousseff se posicionou sobre o assunto.

Segundo o Ipea, esse erro foi causado pela troca dos gráficos relativos aos percentuais das respostas às frases “Mulher que é agredida e continua com o parceiro gosta de apanhar” e “Mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas”.

Por isso, diferentemente do divulgado, 26% – e não 65% – dos entrevistados concordavam, totalmente ou parcialmente, com a afirmação “mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas”. A maior parte, 70%, discordou total ou parcialmente desta afirmação. 3,4% se disseram neutros.

INVERSÃO

De acordo com o instituto, o outro par de questões cujos resultados foram invertidos refere-se a frases de sentido mais próximo, com percentuais de concordância mais semelhantes e que não geraram tanta surpresa.

O estudo teve como objetivo medir a tolerância social à violência contra as mulheres, fazendo um levantamento de opiniões e percepções da sociedade brasileira sobre questões como o sexismo e a violência contra as mulheres. A pesquisa pediu opiniões sobre a pertinência ou não de intervenção estatal em brigas de marido e mulher, e sobre se comportamentos femininos supostamente influenciam casos de agressão e estupro.

Em sua nota, o Ipea informa que, apesar dos erros nas duas questões, os demais resultados se mantêm, como a concordância de 58,5% dos entrevistados com a ideia de que “se as mulheres soubessem como se comportar, haveria menos estupros”.

Escritora lança livro infantil sobre bullying

Vivian Guilherme

livros
Elisandra já foi responsável pela organização do evento “Faça Amizades, Bullying Não” e também criadora de um grupo no Facebook com o mesmo nome

A escritora Elisandra Pauleli prepara o lançamento de seu primeiro livro, “Betinho, O Porquinho Cenógrafo”. Destinado ao público infantil, o livro tem por objetivo o ensino de combate ao bullying através de práticas altruístas e responsáveis.

Elisandra conta que enviou a proposta do livro para várias editoras para que fosse feita uma análise editorial e comercial, e ele foi aprovado por duas editoras. “Acabei fechando contrato com a editora portuguesa Chiado”, revela a autora.

Engajada no assunto, Elisandra já foi responsável pela organização do evento “Faça Amizades, Bullying Não” e também criadora de um grupo no Facebook com o mesmo nome.

Foi nesse grupo que Elisandra conheceu virtualmente a ilustradora Claudia Stoy. “Não nos conhecemos pessoalmente, nosso primeiro encontro pessoal será no dia do lançamento do livro, e mesmo assim ela que se prontificou a ilustrar o meu livro, foi uma parceria que me gerou muitas alegrias, pois sem seu apoio não conseguiria publicá-lo”, destaca.

O livro é indicado para crianças de quatro a oito anos de idade. E o enredo conta a história de um porquinho.

Segundo o enredo, Betinho era um porquinho feliz, que gostava muito de música e artes. Porém, na escola, encontrava dificuldade para fazer amigos, pois o julgavam diferente, só porque apreciava se vestir com roupas coloridas.

Tudo mudou quando a direção da escola ficou sabendo o que estava acontecendo, através dos próprios alunos, que recusaram a ajuda de Betinho na produção do cenário de uma peça teatral que encenariam.

Com a aprovação de professores e da diretoria, Betinho pôde mostrar seu talento criando um cenário original que despertou em todos a vontade de participar, e provou que a maneira de se vestir não fazia dele um mau colega de classe.

Elisandra comenta que se trata de uma história simples, que aborda temas atuais de extrema importância: bullying e preconceito.

O lançamento do livro estava marcado para o início do abril, mas teve sua data alterada, devido a atrasos no departamento de comunicação da editora.

Jornal Cidade RC
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