São Longuinho: vale a pena apelar?

Vivian Guilherme

São Longuinho, São Longuinho, se eu encontrar o item perdido eu dou três pulinhos. Quem nunca se valeu da promessa ao santo protetor dos objetos perdidos em um momento de desespero? Certamente, boa parte dos usuários das linhas de ônibus urbano de Rio Claro já se valeu dessa promessa.

O setor de achados e perdidos da Rápido São Paulo nem de longe lembra o setor do Metrô de São Paulo – que montou um museu com os itens esquecidos -, mas ainda assim registra bom volumes. Segundo João Batista, gerente operacional da empresa, os itens mais esquecidos são os mais corriqueiros como chaves, documentos (principalmente RG) e guarda-chuvas.

Solange Ap. Arcon, responsável pelo setor na Central de Atendimento da Rápido São Paulo, diz que são poucos os itens esquecidos se comparados com o de grandes cidades, mas que tudo que chega é lançado em uma planilha e guardado em local próprio por um período e após os documentos são entregues no correio e as roupas vão para doação.

Dentre alguns casos curiosos, Solange lembra que uma pessoa esqueceu cerca de dez quilos de carne fresca em uma sexta-feira, mas que logo veio buscar. Enquanto a reportagem fazia as fotos, outro item esquecido chegava: uma sacola com sapatos infantis ainda com a etiqueta. João Batista diz que dificilmente é devolvido dinheiro. “Isso só ocorre quando algum funcionário nosso encontra, pois o mais recente foi uma carteira com trinta e nove reais”, lembra. Se alguém perder algo nos ônibus deve procurar a funcionária na recepção da Central de Atendimento e passar a informação do que foi perdido para que ela possa tentar localizar. Após localizado é preenchido um formulário para que a pessoa que vai retirar o objeto encontrado possa assinar que está recebendo a devolução.

‘A Escola Agrícola precisa ser mais valorizada’, diz educadora

Carine Corrêa

 “A escola precisa ser mais valorizada e apoiada pela administração pública”. A frase é da educadora Maria Bernadete Carvalho, ex professora da escola e atualmente docente no Departamento de Educação da Unesp de Rio Claro.

“Esta escola poderia já ser uma referência na região, mas faltou mais atenção por parte da administração. Ao que parece, os que trabalham nela estão sempre à margem das decisões. Quando são chamados para conversar geralmente é para questionar os resultados em Prova Brasil e Saresp. A escola tem sim dificuldades com os resultados, mas isto não se deve à falta de empenho dos educadores. Atualmente, eu, a professora Dalva e três pós-graduandas estamos desenvolvendo um curso de formação para os professores no sentido de implantar um currículo voltado para a agroecologia. Todos estão muito interessados e participativos e, para alavancar o trabalho, só precisam do apoio e reconhecimento por parte da Secretaria Municipal de Educação”, acrescentou a docente.

Por sua vez, a Secretaria Municipal de Educação (SME) informou que trabalha para a continuidade dos trabalhos que são desenvolvidos na unidade. “A Escola Agrícola mostrou ao longo dos anos cumprir papel importante na formação dos alunos. A Secretaria Municipal da Educação reconhece estes valores e trabalha para que, não só a Escola Agrícola, mas toda rede municipal de ensino continue como referência educacional pelo trabalho sério que desenvolve”, declarou a pasta por meio do seu secretário Adriano Moreira.

Recentemente, o deputado estadual Aldo Demarchi informou que articula para Rio Claro a implantação de um curso de Agroecologia. “A nossa ideia é tornarmos a região referência na disseminação de conhecimentos sobre a produção de alimentos isentos de agrotóxicos e adubos químicos. Além de já termos a escola agrícola em Rio Claro, a cidade de Ipeúna conta com o núcleo de pesquisa da Fundação Mokiti Okada, que oferece pós-graduação em Agroecologia. Essa entidade será parceira do Centro Paula Souza e da Prefeitura na implantação do curso técnico de Agroecologia, provavelmente no Horto de Ajapi”.

Os professores se manifestam em defesa da escola no momento em que ela comemora 30 anos de existência afirmando que, “embora muitas coisas tenham mudado ao longo desses anos, o trabalho pedagógico, a preocupação com o desenvolvimento humano e com as questões da terra só se intensificam!”.

Agrofloresta

Segundo informações, atualmente professores da Unesp acompanham a revisão do Projeto Político-Pedagógico e a possibilidade da implantação de uma Agrofloresta na unidade. “Muitas propostas já foram encaminhadas para que ela se autossustente, mas a troca constante de gestão escolar e a recente troca da SME dificultam um olhar mais atento e intenso para a escola”, detalha texto de docentes.

Rio-clarense é destaque em Portugal

Vivian Guilherme

Foi aos quinze anos que Adriano Nogueira mudou-se de sua cidade natal, Rio Claro, para morar sozinho em Tatuí com outros estudantes. Isso aconteceu porque Adriano, ainda menino, já estava cansado das constantes viagens para o município paulista, local que abriga um dos principais conservatórios de música do Brasil. Um prodígio nos estudos do piano, o jovem foi aceito no Conservatório ainda aos 14 anos e frequentou aulas com Miriam Braga, Cristiane Blóes e Zoraide Mazzulli Nunes. Após um ano de viagens constantes, aconteceu o inevitável e, de Rio Claro para Tatuí, foi apenas um pequeno passo para ganhar o mundo.

Hoje, aos 26 anos, Adriano mora em Lisboa, onde trabalha como pianista, pedagogo do piano, musicólogo e crítico de música. Concluiu a Graduação em Ciências Musicais (Musicologia e Etnomusicologia), na Universidade Nova de Lisboa, em 2015. E, no momento, está na fase final do mestrado, na mesma universidade, onde se prepara para, em breve, defender a tese sobre formação de professores de piano clássico nos países de Língua Portuguesa.

Aprendizado

 “No Conservatório de Tatuí e na Universidade Nova de Lisboa construí os alicerces para a minha carreira profissional. A música, plasmada na minha personalidade, esculpiu a determinação com que hoje olho a vida, essencialmente porque tive de lutar para a ter e perdê-la seria perder-me”, acrescentou o rio-clarense.

Paralelamente à vida acadêmica, tem mantido o trabalho de pianista, em Portugal, com o apoio técnico de Anne Kaasa (Noruega) e Alexei Eremine (Rússia), com concertos solo e música de câmara, com Konstantinus Gianos (Grécia), Adriana Klwtsothra (Grécia), Assunção Soeiro (Portugal), Joana Vasconcelos e Sá (Portugal), entre outros.

Mais recentemente, desenvolveu um trabalho musicológico a partir do acervo de partituras do Museu Nacional da Música, em Lisboa, onde teve a oportunidade de descobrir inúmeras obras não divulgadas de compositores portugueses, europeus e, inclusive, brasileiros. Na sequência desta pesquisa, foi convidado pela instituição para realizar a curadoria de um ciclo de concertos que permitisse a apresentação gradual de algumas das partituras, muitas delas desconhecidas do grande público. Foi a partir desta oportunidade que se foi estruturando a atual série de concertos, denominada “Músicas do Acervo: compositores portugueses e seus contemporâneos”.

“Iniciei os estudos musicais aos 4 anos, nas aulas de musicalização infantil e de instrumentos de teclas. Desde que tenho memória, a música, a dança e o teatro sempre me maravilharam. Mas a música, essa dava um sentido a tudo o que fazia. Nunca houve qualquer tradição musical na minha família. Por isso, todo o meu percurso musical foi acontecendo a partir de um impulso interior, quase sempre em sentido contrário aos planos familiares”, comentou o músico, que também atua como professor de piano no Instituto de Música de Lisboa e na Academia de Música de Telheiras, além de crítico musical para revistas em artigos relativos a pianistas de países de língua portuguesa.

Velo se despede da Copa Paulista com derrota

Laura Tesseti

O Velo Clube de Rio Claro se despediu da Copa Paulista neste sábado (9), com uma derrota. O rubro-verde perdeu do Penapolense por 2 X 0 em partida finalizada por volta das 20h20.

Mais informações sobre o time e sobre o esporte na cidade de Rio Claro na edição impressa do JC de terça-feira (12).

Cachorro é encontrado amarrado na Feena

Laura Tesseti

Um cachorro foi encontrado com suas patas amarradas em uma trilha próxima ao Riberão Claro, no interior da Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade.

As informações foram confirmadas pela Polícia Militar Ambienta, que realizava patrulhamento de rotina pelo local e foi avisada pela base após um transeunte passar pelo local e avistar a situação do animal.

O cachorro foi encontrado imobilizado, sem comida e água. Os agentes de segurança fizeram contato com o Canil Municipal, para onde o animal foi encaminhado após o socorro, para receber os devidos cuidados.

Equipes trabalham para conter incêndio na Estrada de Ajapi

Da Redação

Equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil de Rio Claro trabalham para combater as chamas em um depósito de materiais recicláveis localizado na estrada que liga Rio Claro a Ajapi.

Segundo informações do Capitão Araujo, diretor da Defesa Civil, ainda não existe a necessidade da ajuda de brigadistas. Caso haja, a informação será repassada para a população.

O fogo queima o local desde às 13 horas e as equipes encontram dificuldades devido aos diferentes tipos de material que queimam no local.

17h04 ATUALIZAÇÃO – Segundo informações do Corpo de Bombeiros de Rio Claro, o fogo no local já teria sido controlado pelas equipes.

Livro recupera história do Jornal Cidade

Vivian Guilherme

Em fase final de produção, o livro ‘8 Décadas de Jornal Cidade de Rio Claro: Patrimônio Cultural’ resgata a história do jornal que já faz parte da vida dos rio-clarenses. A obra, viabilizada por meio da Lei de Incentivo à Cultura, traz um recorte das principais notícias publicadas no jornal em seus 83 anos de existência na Cidade Azul.

O diretor financeiro do Jornal Cidade, Luis Augusto Magalhães, lembra que se trata de um livro histórico que marca a trajetória dessas oito décadas do Jornal Cidade. “O leitor pode esperar um livro cheio de notícias importantes não só de grandes acontecimentos de 1934 até os dias atuais de nossa cidade e região, mas também diversos fatos da história do Brasil e do mundo contados pelos jornalistas do Jornal Cidade em cada período desta história.”

Segundo Luis Augusto, a ideia para a produção do projeto surgiu depois da execução do livro da “Acirc, 90 anos de história”, publicado em 2012, que contou um pouco da história do comércio da cidade e da própria associação comercial. “A partir daí começamos com a ajuda da Acirc, que foi fundamental nesta história para conseguirmos captar recursos para a execução do livro”, explica.

O diretor financeiro ressalta o apoio primordial da empresa Arteris, que entrou como patrocinadora do projeto. “Gostaria também de agradecer, além da Acirc em nome do presidente Secreta, à Libertan Projetos Culturais, que por meio da Larissa Carnecine de Oliveira conseguiu fazer os trâmites legais para execução do livro, e aos jornalistas responsáveis pela execução do trabalho de pesquisa no Arquivo Público, em nome do Lourenço Favari, que comandou a equipe. Nosso muito obrigado”, completou Luis Augusto.

A superintendente do Arquivo Público de RC, Monica Frandi Ferreira, conta que, em breve, as edições antigas do JC serão digitalizadas pela autarquia. Segundo ela, alguns equipamentos necessários já estão disponíveis e o trabalho deve ser iniciado.

Adolescente é morto a tiros no Jardim Progresso

Da Redação

O setor policial de Rio Claro registrou mais um homicídio no município. Por volta das 4h da manhã deste sábado (9), um jovem de 16 anos foi morto a tiros na Rua 6, no Jardim Progresso.

Segundo informações, o rapaz era morador do bairro Vila Olinda. A Polícia Militar atendeu a ocorrência e encontrou o estudante já morto com disparo no tórax, mão esquerda e abdômen.

No boletim, uma testemunha relatou que ouviu os tiros e foi atingida de raspão por um bala na perna. Essa pessoa foi socorrida a uma unidade hospitalar no Cervezão.

O corpo do morto foi encaminhado ao Instituto Médico Legal, na Avenida da Saudade. Mais informações no JC deste domingo (10).

Oficina redescobre espaços de Rio Claro

Vivian Guilherme

Um universo em constante mutação. É a partir dessa premissa, de que tudo é mutável, que a oficina “Redescobrindo Rio Claro: sem destino” acontece desde 2011. Bruno Camargo explica que os encontros da oficina, que acontecem todas as quintas-feiras, às 13 horas, no Centro Cultural, fazem parte do projeto de extensão chamado “Lambedores de Cultura”, realizado pela Faculdade UNIARARAS, sob supervisão da Profª Drª Simone Aparecida Ramalho.

“Este projeto já acontece há seis anos e é realizado nas cidades de Rio Claro, Santa Gertrudes e, recentemente, em Araras. Baseia-se na ideia do dispositivo CECCO (Centro de Convivência e Cooperativa) e assim como este se sustenta por meio das manifestações artísticas e culturais, uma vez que enxerga nelas o potencial para a convivência com a diversidade”, explica Bruno.

A oficina de Rio Claro teve seu início no ano de 2011, a partir do desejo de frequentadores de um serviço de saúde mental de realizar a exploração da cidade por meio da fotografia. Atualmente, acontece de maneira independente e percorre aleatoriamente as ruas do município, aspectos que ilustram o próprio nome da oficina.

Quem quiser participar da oficina gratuita basta comparecer e encontrar o grupo às quintas-feiras, a partir das 13 horas, no Centro Cultural.

“Reunimo-nos no ponto de encontro e, junto com os frequentadores, discutimos para onde iremos a cada dia. Dessa forma, carregando a câmera fotográfica, caminhamos pela cidade registrando momentos, paisagens, pessoas, objetos, entre tantas outras coisas que muitas vezes passam despercebidas. O que nos revela uma cidade desconhecida por muitos, se não para a maioria. Nesse sentido, podemos afirmar que a cada encontro, mesmo que com as mesmas pessoas e nos mesmos lugares, redescobrimos Rio Claro, uma vez que nem elas, muito menos nós, somos os mesmos”, aponta Bruno.

Diante das produções fotográficas do grupo foi realizada no ano de 2015 uma exposição em parceria com a Secretaria de Cultura de Rio Claro, no hall do Centro Cultural. Também foi realizado no mês de maio, em comemoração à Semana Nacional de Luta Antimanicomial, uma exposição itinerante em parceria com o Arquivo de Rio Claro, sendo que sua inauguração aconteceu no hall do Paço Municipal e transitou por locais como o próprio Arquivo e o câmpus da Uniararas. Além disso, em 2016, em parceria com o Arquivo, foi produzido um documentário sobre a oficina, que está em finalização.

Kino-Olho concorre no Festival de Veneza

Lucas Calore

O coletivo de cinema rio-clarense Grupo Kino-Olho é um dos 12 concorrentes internacionais da Orizzonti Short Films, mostra paralela que acontece durante a 74ª edição do Festival de Veneza, na Itália, considerado um dos principais do mundo.

O curta-metragem “Meninas Formicida”, uma coprodução do grupo com a produtora francesa Les Valseurs, foi gravado no interior da Floresta Estadual ‘Edmundo Navarro de Andrade’, o antigo Horto Florestal, e é o único representante do Brasil na competição europeia.

https://vimeo.com/228708513

Na sinopse, uma garota que vive num lugar onde o machismo se esconde na cultura, sem face. Ela está no meio desta batalha, entre a humilhação ou se tornar assassina perante esta sociedade, uma violência não declarada, camuflada na rotina supostamente natural.

O diretor João Paulo Miranda Maria está em Veneza, onde o filme foi apresentado oficialmente para o público nessa sexta-feira (8). Neste sábado (9), o público conhecerá o filme vencedor.

Anúncio em poste é alvo da Lei “Cidade Limpa”

Laura Tesseti

É praticamente impossível andar pelas ruas, principalmente da região central de Rio Claro, e não encontrar pelo menos um poste com diversos anúncios e cartazes colados. Mas o que muita gente não faz ideia é que esse tipo de publicidade também é fiscalizado pela Lei “Cidade Limpa”, que engloba diversos pontos, como por exemplo a exposição de publicidade em cavaletes e regula o tamanho de letreiros e fachadas pelo município.

Em nota, a prefeitura informou que a Secretaria de Governo recebe denúncias feitas na Ouvidoria pelos telefones 156, 3526-7105 e o WhatsApp 99495-9124, com informações do caso e o endereço completo.

O infrator é notificado com um prazo de aproximadamente 15 dias para adequações. Passado este período, uma nova fiscalização é feita, passível de multa.

Cavaletes

Fazer propaganda também em cavaletes em canteiros centrais é proibido pela lei e, após denúncia, material é recolhido pela fiscalização.

VÍDEO: Comissão em prol da comunidade rio-clarense

Lucas Calore

A Ordem dos Advogados do Brasil, em sua subseção de Rio Claro, passa a contar com uma novidade. É a Comissão de Análise Política dos Interesses da Comunidade, presidida pelo advogado José Carlos de Carvalho Carneiro. Para Carneiro, a criação da comissão é um aspecto social em que a OAB-RC precisa militar em prol da comunidade.

A Comissão ‘APIC’ vem para defender os direitos dos munícipes. “Por exemplo, estamos recebendo as ‘carretas da saúde’. Merece elogio, mas ao mesmo tempo essa Comissão precisa falar da taxa de iluminação, cuja promessa eleitoral não foi cumprida ainda pelo excelentíssimo senhor prefeito, e a OAB espera que ele a cumpra em benefício da comunidade. A Comissão não tem por finalidade ‘só criticar’, ela pode elogiar também”, disse o advogado. O presidente da APIC ainda completa. “A segurança de Rio Claro melhorou. Na administração anterior, o rio-clarense sentia-se sem apoio, não víamos essa grande quantidade de policiais nas ruas e outras providências que a Secretaria de Segurança tomou e que merecem o apoio da OAB e dessa comissão”, indica.

Uma das missões da APIC é escutar os interesses da população e sugerir aos órgãos constituídos, Prefeitura e Câmara Municipal, o desenvolvimento de trabalho para essa finalidade. Outra frente que será trabalhada refere-se a participar de reivindicações comunitárias.

A entrevista com o presidente da Comissão de Análise Política dos Interesses da Comunidade, advogado José Carlos de Carvalho Carneiro, está disponível no vídeo acima. Confira!

Jornal Cidade RC
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