Jornal Cidade

Representantes das Santas Casas e hospitais filantrópicos de todo o Brasil estiveram reunidos nesta quarta-feira, 20 de março, em Brasília, para discutirem assuntos ligados às linhas de crédito de FGTS, além de ações e programas do Ministério da Saúde. Convidados pelo presidente da Frente Parlamentar Mista, deputado federal Antonio Brito, a Santa Casa de Rio Claro esteve representada pelo vereador Yves Carbinatti. “Eu alinhei alguns outros compromissos que já estavam na minha agenda para poder atender ao convite já que a saúde pública e a Santa Casa e especial são assuntos de grande importância para o nosso município”, comenta Carbinatti.

Também estiveram presentes representantes da Caixa Econômica Federal, do BNDES e do Ministério da Saúde para debater a situação financeira e de gestão das instituições. O objetivo, segundo o coordenador da Frente, é a busca de novos recursos para as entidades com incentivos aos contratos hoje feitos pelo governo federal, estadual e municipal através do Sistema Único de Saúde – SUS. Também foi destaque, as dívidas das Santas Casas de todo o país que hoje já soma 22 bilhões.

No ano passado, através de medidas provisórias, o governo disponibilizou uma linha de financiamento com recursos do FGTS para rolagem das dívidas, porém, a medida ainda não foi regulamentada. Segundo Brito, nos últimos anos 218 instituições fecharam suas portas por dificuldades financeiras. “Sabemos que a Santa Casa de Rio Claro é um exemplo de gestão, porém, também sofre com a defasagem da tabela SUS está que causa um grande déficit”, explica o vereador.

O atual presidente da Confederação Nacional das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Brasil, Edson Rogatti, falou em nome dos federados e cobrou maior reconhecimento do governo federal pelos serviços prestados à população. Segundo ele, as Santas Casas são responsáveis por 60% dos atendimentos SUS e pediu agilidade na regulamentação da atual medida provisória.

Yves Carbinatti estará de volta à Rio Claro nesta sexta-feira, 22 de março e irá se reunir com os diretores da Santa Casa de Rio Claro para fazer um balanço sobre os temas abordados na reunião. “A saúde pública tem sido vítima de um descaso geral em todo o Brasil e como vereador preciso não apenas acompanhar, mas, ajudar e pressionar o poder público para que essas situações sejam resolvidas. A saúde é um direito do povo, previsto na constituição”, comenta.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou em transmissão ao vivo no Facebook feita na quinta-feira, 21, que não toma decisões de governo sozinho e que sempre procura ouvir seus ministros de cada área. Ele destacou que ouve “até a Damares (Alves)” e defendeu o trabalho da titular da pasta de Mulher, Família e Direitos Humanos que, de acordo com ele, “podem achar que é uma ministra com importância não muito grande”.

A sequência de declarações tem sido alvo de críticas nas redes sociais. Usuários questionam o grau de importância que o presidente atribui a Damares, uma das duas únicas mulheres em seu Ministério. A outra é Tereza Cristina, da Agricultura.

“Qualquer decisão minha, eu ouço qualquer ministro da área. Não tomo sozinho, até porque eu posso errar. Tem que ter responsabilidade, é obvio. Até a Damares, por exemplo, que podem achar que é uma ministra com importância não muito grande, mas tem importância”, disse Bolsonaro, direto de Santiago, no Chile. A transmissão tem áudio com qualidade precária.

“A Damares é uma ministra que trata da questão da família, direitos humanos, eu converso muito com ela. Está fazendo um trabalho excepcional no seu ministério. Com o Wagner Rosário (Transparência), a mesma coisa. (Também) com o ministro da Infraestrutura, com o ministro da Defesa. Nosso trabalho é esse. Conversar e chegar à conclusão do que pode ser feito. Tudo que esse governo poderá fazer será feito.”

A Justiça deve julgar hoje, sexta-feira (22) o pedido de Habeas Corpus para reverter a prisão de João Chinen, sócio-proprietário da empresa Rápido SP. O empresário está detido em Piracicaba.

Entenda o caso

O empresário João Chinen, 47 anos, foi preso na manhã da última terça-feira (19) em fase da Operação Passe Livre que investiga fraudes no transporte público de Rio Claro. Ele e seu operador financeiro Fabio Luiz de Queiroz tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça após investigações do Gaeco apontarem que eles, com a ajuda do ex-secretário de Finanças de Rio Claro, Japyr Porto, emitiram certidões falsas para que a empresa Rápido São Paulo fosse beneficiada e fechasse contratos com a Prefeitura de Rio Claro entre os anos de 2013 e 2016. Japyr porém teve a prisão indeferida pelo fato de não exercer mais o cargo, não podendo alterar possíveis documentos e provas.