Jacaré é achado morto enroscado em tralha de pesca

Um jacaré que vivia solto na represa Buritis, localizada no município de Charqueada, morreu devido a maus tratos sofridos. Não se sabe ainda se foi intencional ou acidental, mas o animal foi achado morto enroscado em tralhas de pesca.

O fato ocorreu dois dias após a instalação de placas orientativas no lago para que a população não se aproxime ou provoque os animais do local. A administração municipal registrou Boletim de Ocorrência na Polícia Civil, que investiga o caso.

“Não podemos afirmar nada no momento. O lago é muito frequentado por pescadores e, no entanto, acreditamos que o jacaré tenha se enroscado”, comenta Marcelo Éric de Almeida Santos, chefe de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Charqueada.

Também chegou ao conhecimento do Policiamento Ambiental que um indivíduo teria caçado o jacaré, conforme imagens divulgadas nas redes sociais. Desta forma, foi realizada diligência na residência do denunciado, que em contato com a esposa forneceu os seus dados pessoais. Foi lavrado o auto de infração ambiental por ato de maus tratos agravada pela morte do animal. A multa prevista é de R$ 6.500,00.

Fotos: Divulgação

Ronaldinho e irmão são autorizados a deixar Paraguai 171 dias após prisão

Carlos Petrocilo, Folhapress

Há quase seis meses presos no Paraguai por entrarem no país com documentos falsos, Ronaldinho Gaúcho e seu irmão Roberto de Assis receberam autorização judicial para voltar ao Brasil. A soltura dos brasileiros foi decidida em audiência no Palácio da Justiça, em Assunção, nesta segunda-feira (24).
O juiz penal de garantias Gustavo Amarilla Arnica concordou com as condições previamente acordadas entre a defesa dos irmãos e o Ministério Público paraguaio.
Ronaldinho terá que pagar uma multa de US$ 90 mil (R$ 503 mil), e Assis, de US$ 110 mil (R$ 615 mil), como reparação de danos ao país.
As duas multas serão descontadas do montante de US$ 1,6 milhão (R$ 8,9 milhões), depositado pelos irmãos em abril numa conta do Banco Nacional como garantia de pagamento da fiança. Com esse depósito, eles deixaram a penitenciária onde ficaram por um mês e passaram a cumprir prisão domiciliar em um hotel de Assunção.
O governo paraguaio deverá devolver o valor restante, de US$ 1,4 milhão (R$ 7,8 milhões), aos brasileiros. O dinheiro da multa, segundo o juiz, será revertido para compras de insumos sanitários para ajudar a mitigar o efeito da pandemia de Covid-19.
Como parte do acordo, ambos também se comprometeram a se apresentar à Justiça do Brasil a cada quatro meses durante um ano (dois no caso de Assis) e informaram como residência fixa um imóvel no Rio de Janeiro, onde poderão ser encontrados nesse período. Também deverão permanecer com os mesmos números de aparelho móvel, inclusive com WhatsApp, ou informa-lo ao judiciário caso ocorra alteração.
Após cinco meses de investigação, o Ministério Público do Paraguai entende que eles cometeram um crime passível de prisão ao entrarem no país com documentos adulterados, mas optou por pedir à Justiça uma suspensão condicional do processo e não apresentar novas denúncias.
No início de setembro, a prisão preventiva da dupla, ocorrida em 6 de março, completaria seis meses, máximo permitido no país.
Na audiência, os promotores diferenciaram as ações dos irmãos. Assis teria sido o responsável por entregar toda a documentação para confecção dos documentos falsos, enquanto Ronaldinho não teria tido nenhuma participação direta na conduta ilegal.
Durante os cinco meses de investigação, também não ficou comprovada, segundo a acusação, a participação deles em outros crimes sob apuração no país.
Ronaldinho e o irmão estão presos em Assunção desde 6 de março, após entrarem no país com passaportes e células de identidade paraguaios adulterados. Nesta segunda-feira, completa-se 171 dias de detenção no Paraguai.
Eles disseram ter sido convidados para uma série de eventos, entre eles a inauguração de um cassino e o lançamento de um livro. Sempre afirmaram acreditar que os documentos eram verdadeiros e que haviam sido entregue a eles como gesto de cortesia.
A prisão preventiva, no entanto, foi mantida, e eles passaram um mês detidos na penitenciária Agrupación Especializada. O ex-jogador virou atração no local ao bater bola com os outros detentos, que lhe ofereceram churrascos.
Em abril, os irmãos foram liberados para o regime de prisão domiciliar. Como não possuem residência na capital paraguaia, se instalaram em um hotel e se tornaram os únicos hóspedes no local por causa da pandemia de Covid-19.
A defesa apresentou vários recursos para libertá-los nesse meio tempo, mas nunca obteve sucesso.Os passaportes foram o ponto de partida para uma investigação mais ampla do Ministério Público, sobre um esquema de evasão de divisas, lavagem de dinheiro e impressão de documentos falsificados que opera no país.
A principal anfitriã da visita dos brasileiros seria a empresária Dalia López, investigada por lavagem e associação ao crime organizado. Ela não se apresentou à Justiça, alegando perseguição política e riscos à saúde por conta da pandemia, e foi considerada foragida.
OUTROS PROBLEMAS DE RONALDINHO
O episódio no Paraguai não foi a primeira vez que Ronaldinho e o irmão tiveram problemas com a Justiça. Em novembro de 2018, ele e Assis chegaram a ter seus passaportes brasileiro e espanhol apreendidos após condenação por um crime ambiental no Rio Grande do Sul.
Eles deveriam pagar mais de R$ 8,5 milhões pela construção de um píer em área de proteção ambiental no lago Guaíba, na capital gaúcha. Como não cumpriram a sentença, tiveram o documento apreendido.
Em setembro do ano passado, um acordo com o Ministério Público do Rio Grande do Sul permitiu que eles recuperassem o documento. Os termos da negociação não foram publicados à época.
Pouco antes de fechar esse acordo, Ronaldinho havia sido nomeado embaixador do turismo brasileiro pela Embratur, instituto ligado ao Ministério do Turismo. A nomeação pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ocorrera mesmo sem o documento que permite viagens ao exterior.

Rio Claro tem 106 óbitos por Covid-19 e 3.629 casos positivos

Rio Claro confirmou na segunda-feira (24) o óbito de um idoso que estava hospitalizado. Agora são 106 mortes provocadas pela Covid-19 em Rio Claro. Conforme boletim divulgado pela Secretaria de Saúde, o município somou mais oito casos positivos, totalizando 3.629 casos.

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O município tem 60 pessoas hospitalizadas por coronavírus, incluindo casos suspeitos, sendo 21 no Sistema Único de Saúde e 39 na rede particular. Deste total, há 20 pessoas sendo atendidas em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), com 11 no SUS e nove em leitos particulares.

Até o momento, em Rio Claro, 3.189 pessoas se recuperaram da Covid-19.

Governo de SP dispensa tarifa para abertura de novas empresas

O Governador João Doria anunciou nesta segunda-feira (24) que o Estado de São Paulo, por meio da Junta Comercial, suspendeu a cobrança de tarifa para abertura de novas empresas. O objetivo é impulsionar ainda mais o empreendedorismo e estimular a economia, atenuando os impactos na geração de emprego e renda decorrentes da pandemia do coronavírus.

“Essa é mais uma ação do Governo de São Paulo de estímulo à atividade econômica, sobretudo para micro e pequenos empreendedores. Desde o início da pandemia, o Governo do Estado liberou R$ 720 milhões em microcrédito por meio do Banco do Povo e da Desenvolve SP”, afirmou o Governador. “São Paulo representa 36% da economia brasileira. Se recuperarmos a economia de São Paulo, estaremos ajudando a recuperar a economia do Brasil”, acrescentou Doria.

Os novos negócios terão o benefício concedido por 60 dias a partir desta terça (25), após a publicação no Diário Oficial do Estado. A suspensão da cobrança vale para empresas classificadas como Limitada (LTDA), Empresário Individual por Responsabilidade Limitada (EIRELI), Sociedade Anônima (S/A), Empresa pública, Empresário Individual (EI) e Sociedade Cooperativa.

A iniciativa do Estado é contribuir, principalmente, com as pessoas que mais sofreram o desemprego provocado pela pandemia, mas encontraram alternativas e se reinventaram no mercado abrindo seus próprios negócios. As micro e pequenas empresas contribuem de forma decisiva para a geração de emprego e renda em São Paulo e vão gerar novas oportunidades para empreendimentos futuros.

Empreendedorismo em alta

Dados elaborados pela Junta Comercial apontam um crescimento gradativo nos números de abertura de empresas em São Paulo, mesmo durante a pandemia. A partir de maio, pequenas altas foram registradas. Foram registradas 10.882 novas empresas naquele mês, e em junho o total subiu para 15.918.

Já em julho houve recorde de abertura de empresas em São Paulo neste ano, com 21.788 novos negócios. O número foi superior ao de fevereiro, que até então registrava a maior alta, com 18.042. Também superou as inscrições verificadas em julho de 2019, quando 20.187 empresas foram registradas.

Atendimento

Os serviços da Junta Comercial estão disponíveis pela internet, como acesso ao integrador estadual, consulta de processos, solicitações gerais e certidões no site www.institucional.jucesp.sp.gov.br.

Há também novos serviços para atendimento: o Delivery, em que os documentos são enviados via Correios, e o Drive Thru, com entrega diretamente na sede da Junta e em horário agendado via internet. Em ambos os casos, os usuários podem enviar os processos para abertura, alterações e baixas de empresas.

Cientistas de Hong Kong relatam caso de reinfecção de coronavírus por linhagens diferentes

EVERTON LOPES BATISTA – SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

De acordo com pesquisadores da Universidade de Hong Kong, um homem teve duas infecções causadas por linhagens diferentes do novo coronavírus em um intervalo de quatro meses. Essa é a primeira vez que cientistas comprovam um caso de reinfecção pelo coronavírus Sars-CoV-2 ao demonstrar que os vírus que causaram a primeira e a segunda infecção são diferentes.

Os resultados foram divulgados nesta segunda-feira (24) em uma declaração enviada à imprensa pela Universidade de Hong Kong. O artigo com o relato detalhado do caso foi aceito para publicação na revista científica Clinical Infectious Diseases. Ainda assim, as informações disponíveis até agora precisam ser interpretadas com cautela, já que se trata do relato de apenas um caso.

Um homem de 33 anos de idade, morador de Hong Kong e com bom histórico de saúde teve um novo episódio de Covid-19 após 142 dias da primeira infecção (cerca de quatro meses e meio), diz o artigo, disponibilizado pelos pesquisadores em uma versão prévia.

A primeira infecção, em março, foi sintomática. O paciente apresentou febre, tosse e dor de cabeça por três dias. Ele foi internado no dia 29 de março e teve alta no dia 14 de abril, depois que os sintomas haviam desaparecidos e dois testes do tipo PCR, que detecta o material genético do vírus no corpo, tiveram resultado negativo.

A segunda infecção foi detectada no aeroporto de Hong Kong em 15 de agosto, quando o homem retornava da Espanha, com passagem pelo Reino Unido. O paciente foi internado, mas permaneceu assintomático durante todo o período.

Com amostras dos vírus das duas infecções em mãos, os cientistas fizeram o sequenciamento genético do patógeno e descobriram diferenças nítidas entre os vírus responsáveis pela primeira e pela segunda infecção.

Os cientistas encontraram diferenças em 23 nucleotídeos (elementos que compõem o material genético dos vírus), além de outros fatores que indicam que as infecções foram geradas por cepas diferentes do vírus.

O artigo destaca que o genoma dos vírus da primeira infecção eram semelhantes a amostras colhidas entre a população nos meses de março e abril deste ano. Já os agentes responsáveis pela segunda ocorrência da doença eram parecidos com as amostras coletadas entre julho e agosto.

“Análises epidemiológicas, clínicas sorológicas e genômicas confirmaram que o paciente teve uma reinfecção em vez de uma eliminação persistente do vírus que causou a primeira infecção”, escrevem os pesquisadores no artigo.

“Nossos resultados sugerem que o Sars-CoV-2 pode continuar a circular entre os humanos apesar de uma imunidade coletiva baseada em infecções. Estudos mais aprofundados de pacientes com reinfecção vão colaborar para um melhor desenho de uma vacina”, concluem os cientistas.

Para Natália Pasternak, microbiologista e presidente do Instituto Questão de Ciência, as evidências indicam que se trata de um caso de reinfecção que precisa ser mais bem estudado, mas não deve gerar pânico.

Como a segunda infecção não manifestou sintomas, os dados podem sugerir que a primeira infecção criou proteção no paciente para que ele não desenvolvesse a doença outra vez, afirma a cientista.

“É compatível com o tipo de imunidade gerada pelas células T, importantes para combater o novo coronavírus. Elas não impedem uma nova infecção, mas evitam que a pessoa desenvolva a doença”, diz Pasternak.

A pesquisadora pede cautela para interpretação dos dados. “É um caso observado dentre milhões de infectados pelo vírus. Precisamos testar mais pessoas sem sintomas para saber se esse tipo de ocorrência é recorrente. Hoje, não estamos vendo esses casos, e isso pode ser por falta de testes em massa ou por que são casos muito raros”, diz.

Maria Van Kerkhove, líder técnica para Covid-19 da Organização Mundial da Saúde (OMS), disse em entrevista coletiva nesta segunda (24) que esse é um caso provável de reinfecção. “É importante documentar e fazer o sequenciamento do genoma dos vírus, mas ainda não podemos tirar conclusões precipitadas”, afirmou.

“Sabemos que as pessoas produzem resposta imunológica [contra o Sars-Cov-2], mas não sabemos ainda quanto tempo ela dura e nem quão forte ela é. Precisamos de estudos para entender como essa resposta funciona”, concluiu a especialista.

Casos de suspeita de reinfecção pelo Sars-CoV-2 foram relatados, mas nenhum deles teve uma comprovação tão bem documentada como o caso de Hong Kong. Um dos motivos que gera dúvidas sobre os casos suspeitos de reinfecção é que o paciente pode continuar eliminando o vírus do organismo meses após o fim da fase aguda da infecção, e, assim, os testes continuam detectando a presença do patógeno.

Redes públicas de ensino têm até 40% dos professores no grupo de risco

ISABELA PALHARES – SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

Com planejamento para o retorno das aulas presenciais, 16 das 27 unidades da federação não sabem quantos dos professores de suas redes de ensino têm mais de 60 anos ou comorbidades que podem agravar os sintomas do coronavírus. Os estados que fizeram esse levantamento identificaram que até 40% de seus docentes estão neste grupo.

A grande proporção de professores em grupo de risco e que não poderão retornar às escolas fez com que estados e municípios iniciassem a contratação de novos docentes de forma emergencial ou por concursos públicos realizados anteriormente.

Para especialistas e sindicatos de professores, é alarmante o número de estados que nem ao menos sabe quantos dos profissionais da educação não poderiam retornar às escolas neste momento. Segundo eles, a falta de um levantamento indica a falta de organização para a reabertura.

Em Alagoas e na Paraíba, por exemplo, ainda não há previsão de retorno às aulas, mas foi feito o levantamento com os professores para identificar quantos são do grupo de risco para planejar como seria a reabertura. Nos dois estados, mais de 40% dos docentes têm mais de 60 anos ou comorbidades.

Por isso, as duas secretarias já identificaram que o retorno, quando for possível, será no modelo híbrido –ou seja, com aulas presenciais e atividades a distância. Ainda assim, será preciso a contratação de novos docentes para garantir que haja a oferta de todas as disciplinas e em todas as séries presencialmente.

No Paraná, que previa o retorno das aulas em setembro, mas adiou a volta, o levantamento indicou que 30% dos docentes estão no grupo de risco. No Amapá, eles identificaram que 20% dos professores estão nos grupos de maior vulnerabilidade para a doença.

Além da grande proporção de professores nesses grupos, as secretarias também consultaram famílias e profissionais e identificaram que a maioria não se sente seguro para o retorno. Por isso, decidiram adiar por tempo indeterminado a reabertura. As duas secretarias também se preparam para chamar novos candidatos aprovados em concursos anteriores para assumir parte das aulas.

O Amazonas, que já iniciou a reabertura das escolas estaduais, não informou se fez um levantamento e se sabe a quantidade de docentes que estão no grupo de risco. No primeiro dia de retorno às aulas, as escolas enfrentaram greve dos servidores e houve diversas denúncias de desrespeito às regras de distanciamento social.

São Paulo, que tem a volta às aulas previstas para 8 de outubro, não informou se levantou o número de professores e como pretende substituí-los nas atividades presenciais. Na capital paulista, a rede municipal identificou que 10% dos docentes têm mais de 60 anos. O levantamento de quantos têm outras doenças ainda não foi finalizado.

Ainda assim, a Prefeitura de São Paulo já iniciou contratação emergencial que pode alcançar até 20% do quadro de professores para que atuem nas escolas quando as aulas presenciais retornarem, mesmo sem que essa data esteja definida.

No Rio de Janeiro, onde há previsão de retorno em setembro, também não há nenhum levantamento sobre as condições de saúde dos professores, nem mesmo de quantos têm mais de 60 anos. Na capital fluminense, a única informação levantada é a de que 10% estão acima dos 60, mas ainda não se sabe quantos têm alguma comorbidade.

O mesmo acontece no Distrito Federal, que adiou por tempo indeterminado a reabertura das escolas depois de ter planejado o retorno para 31 de agosto. Segundo o governo, o levantamento da quantidade de professores no grupo de risco será feito, mas diz que não há risco ao atendimento dos alunos já que conta com um banco de mais de 30 mil docentes substitutos.

“Como os estados tomam a decisão de reabrir escolas sem ter informações mínimas, básicas, sobre a condição de seus servidores? Como passar segurança para as famílias de que as crianças estarão em segurança, se eles não conseguem levantar informações tão simples? Simples, mas fundamentais para o planejamento”, disse Ângela Soligo, professora da Faculdade de Educação da Unicamp.

Ela destaca ainda que, além do levantamento entre os professores e servidores contratados pelas secretarias de educação, deveriam ser criados também instrumentos para garantir e fiscalizar que as empresas terceirizadas, de limpeza, alimentação e transporte escolar, também cumpram a orientação da OMS (Organização Mundial da Saúde) de não retornar com funcionários do grupo de risco.

“Não ter e publicizar uma informação tão simples como essa demonstra o grau de desorganização para o retorno. Se não sabem quantos professores são do grupo de risco, não vão saber quantos alunos também são, quantos estão em maior vulnerabilidade. Não transmite segurança nem às famílias e nem aos educadores”, disse Maria Izabel Noronha, presidente da Apeoesp (principal sindicato dos professores de São Paulo) e deputada estadual pelo PT.

Para Heleno Araújo, presidente do CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), esse tipo de informação deveria ser levantada com antecedência, já que ela pode implicar em uma nova demanda financeira, com a contratação de substitutos. “Um diagnóstico bem feito, tanto do ponto de vista da saúde, como financeiro, passa inicialmente por conhecer quem são os seus servidores”.

Morre Xênia Bier, apresentadora que levou feminismo à TV brasileira

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A atriz e apresentadora de TV Xênia Bier morreu, aos 84 anos, nesta segunda-feira (24), devido a complicações causadas pela doença de Alzheimer, que há anos vinha enfrentando.

Bier sofreu uma queda de pressão pulmonar, após ficar 15 dias internada em razão de avanços da doença, informou sua filha, Dani, à Folha de S.Paulo.

Bier teve passagens em diversas emissoras brasileiras. A paulistana iniciou a carreira na TV Cultura, em 1965, onde atuou nas novelas “As Professorinhas”, “Escrava do Silêncio” e “O Moço Loiro”. Depois, apresentou os programas Xênia e Você, exibido na TV Bandeirantes, TV Mulher, na Rede Globo no início da década de 1980, Mulher 88, na Rede Manchete, e Mulheres, na TV Gazeta.

Nos últimos anos, Bier escreveu algums publicações para os sites Ana Maria e M de Mulher, ambos voltados ao público feminino brasileiro.

A apresentadora deixa uma filha, Dani, e uma neta. Ainda não há informações sobre velório, nem enterro.

Rio Claro tem redução de novos casos de Covid-19 pela 4ª semana seguida

Em sua 22ª semana na pandemia do novo coronavírus (entre 17 e 23 de Agosto), Rio Claro registrou 207 novos casos de Covid-19, sendo esse o menor número desde a Semana 13 (de 15 a 21 de Junho).

Além de ser a semana com menos casos em mais de dois meses, a semana passada deu continuidade à constante redução do número de novos casos dos últimos 30 dias. Pela quarta semana seguida, Rio Claro registrou menos casos em relação ao período anterior.

O recorde de novos casos no município foi registrado na 16ª semana de pandemia (6/7 a 12/7), quando foram contabilizados 492 novas contaminações do coronavírus.

Confira abaixo a evolução semanal dos casos de Covid-19 em Rio Claro:

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Em evento pró-cloroquina, Bolsonaro diz que jornalista ‘bundão’ tem mais chance de morrer de coronavírus

NATÁLIA CANCIAN E RICARDO DELLA COLETTA – BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)

Com mais de 114 mil mortes provocadas pelo novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) liderou, nesta segunda-feira (24), um evento no Palácio do Planalto para defender que o Brasil está “vencendo a Covid-19” e para fazer apologia ao tratamento com a hidroxicloroquina -medicamento que não têm tido eficácia comprovada para a doença em estudos recentes e com risco de efeitos colaterais.

No ato, ele voltou a criticar a imprensa e disse que jornalistas, se infectados pelo coronavírus, têm mais chance de morrer por ser “bundão”.

O ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, não participou da agenda por estar em compromisso no Ceará.

Referindo-se à repercussão negativa de quando disse em março que, por seu “histórico de atleta”, sentiria apenas uma “gripezinha” se infectado pela Covid, Bolsonaro se referiu a jornalistas com a expressão “bundão”.

“O pessoal da imprensa vai para o deboche [na frase do histórico de atleta]. Mas quando [a Covid] pega num bundão de vocês a chance de sobreviver é menor”, afirmou. “[Jornalista] só sabe fazer maldade, usar caneta com maldade em grande parte. Tem exceções, como aqui o Alexandre Garcia. A chance de sobreviver é bem menor do que a minha”, disse, sinalizando o ex-apresentador da TV Globo e hoje defensor do bolsonarismo nas redes que participou da agenda.

É a segunda vez em um dia que Bolsonaro se refere de forma desrespeitosa a jornalistas. No domingo (23), ao ser questionado sobre depósitos de R$ 89 mil feitos pelo ex-assessor Fabrício Queiroz na conta da primeira-dama, Bolsonaro disse que tinha vontade de encher a cara do repórter com uma porrada.

O presidente também utilizou seu discurso para criticar seu ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), demitido por discordar do mandatário na condução da resposta do governo diante da pandemia.

Diferenças de opiniões sobre o uso da cloroquina foram uma das motivações da demissão.

“Se a hidroxicloroquina não tivesse sido politizada, muitos mais vidas poderiam ter sido salvas”, afirmou o presidente.

A cerimônia, realizada no principal salão de eventos do Palácio do Planalto, reuniu médicos entusiastas da cloroquina.

Entre os que participaram do evento, estão profissionais que ficaram conhecidos por divulgarem vídeos em defesa da cloroquina -alguns com afirmações refutadas por sociedades de especialistas ou em checagens de projetos como o Comprova.

“Com o tratamento precoce, a nossa linda hidroxicloroquina, consegue sim reduzir os danos da Covid-19. Povo brasileiro, não tenha medo dessa medicação”, disse a médica Raíssa Soares, uma das participantes.

Na cerimônia desta segunda, o grupo disse representar “10 mil médicos que ousam pela verdade e pela vida” e em defesa da “linda e velha cloroquina”.
Apesar de dizer que têm evidências que sustentam o uso do medicamento também para a Covid-19, o grupo não apresentou quais seriam esses estudos.

“Mesmo que não as tivéssemos, em tempos de pandemia, o médico pode sim fazer uso de medicamentos off label”, disse o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco.

Bolsonaro participou do evento “Encontro Brasil vencendo a Covid-19”, realizado no Planalto e com transmissão ao vivo pela TV Brasil, emissora do governo.

O encontro ocorre a despeito do alto patamar de mortes que o país ainda registra seis meses depois do início da epidemia.

Até domingo, o país já registrava 114.772 mortes provocadas pelo novo coronavírus. O número de pessoas que já foram infectadas é de 3.605.726.

No mundo, apenas os Estados Unidos têm números piores, com quase 177 mil mortos e mais de 5,7 milhões de casos, de acordo com a Universidade Johns Hopkins.

Dados divulgados pelo Ministério da Saúde apontam que 2.739.035 pacientes conseguiram se recuperar da doença. Outros 752.004 seguem em acompanhamento.

Na tentativa de reduzir o impacto dos números, o Planalto tem divulgado que o país soma um número maior de recuperados em comparação a outros países.

Especialistas, no entanto, alertam que o cálculo é impreciso e atribuem a maior taxa ao maior número de infecções e impacto da doença.

O evento também ocorre em que a curva de casos e mortes ainda segue em aumento em alguns estados. Balanço do Ministério da Saúde divulgado na última semana, por exemplo, apontava seis estados nessa situação nas regiões Sul, Centro-Oeste, Sudeste e Norte.

Desde o início da pandemia, o presidente vem minimizando o impacto da Covid-19 e defendendo a reabertura de comércios e relaxamento de medidas de isolamento social, na contramão de medidas indicadas pela Organização Mundial de Saúde e cientistas para evitar a transmissão do vírus.

Ao mesmo tempo, o presidente tem reforçado a defesa de medicamentos sem eficácia comprovada para a doença, caso da cloroquina.

A situação levou a queda de dois ministros da Saúde durante a pandemia: Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich. Atualmente, o Ministério da Saúde é comandado de forma interina pelo general Eduardo Pazuello.

Dados de pesquisa Datafolha divulgada após o país chegar a 100 mil mortes, no entanto, mostram que os brasileiros ficam divididos em relação à responsabilidade do presidente por essa marca.

Quase metade deles, 47%, dizem acreditar que o presidente não tem culpa nenhuma pelos óbitos. Os que acham que Bolsonaro tem responsabilidade somam 52% -são 11% os que o veem como principal culpado e 41% os que dizem que ele é um dos culpados, mas não o principal.

A pesquisa foi feita por telefone com 2.065 brasileiros adultos que têm celular, nos dias 11 e 12 de agosto. A marca das 100 mil mortes pela Covid-19 foi atingida no dia 8 de agosto, menos de cinco meses apos o registro da primeira morte decorrente da doença no país.

Nos últimos meses, Bolsonaro e ao menos oito ministros de seu governo foram infectados pelo coronavírus.

A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, também contraiu o vírus. Tanto o presidente quanto a primeira-dama e os ministros não tiveram quadros graves da doença e já se recuperaram.

Dr. Grillo (PL) retira a candidatura a prefeito de Rio Claro

O presidente do Partido Liberal (PL) de Rio Claro, Marco Peres, informou que o então pré-candidato a prefeito pela sigla, o médico Dr. José M. Grillo Neto, está retirando a pré-candidatura ao pleito municipal. Ambos participaram na última semana de uma reunião na direção regional do partido, na capital paulista.

“O partido entendeu que este grande filiado tem sua razão da importância de estar à frente de sua grande obra, a Unimed Rio Claro, entre outras muitas atividades”, comunica. Diante da luta contra a Covid-19, o médico muda totalmente seu projeto no município para os próximos anos, em especial no curto prazo por conta da pandemia.

“O esperamos para projetos futuros no Partido Liberal”, comenta o presidente Tadeu Candelária. Diante da mudança, o PL Rio Claro entregou ao diretório estadual sua nova posição e decide com todos os membros apoiar o pré-candidato a prefeito Gustavo Perissinotto (PSD), engrossando assim a coligação.

Clubes de Rio Claro retomam atividades esportivas com precauções

Após mais de quatro meses com as atividades esportivas paralisadas em razão da pandemia do coronavírus, os clubes de Rio Claro começam a retomada gradual das atividades esportivas.

Os associados começam a voltar timidamente, mas ao chegarem ao local encontram um ambiente seguro para a atividade física.

No Grupo Ginástico Rioclarense, a academia foi transferida para o Salão Social com 1.000m² que é três vezes maior que o espaço utilizado normalmente. Foram estipulados 40 alunos por turma e um limite de seis turmas por dia. As aulas duram 50 minutos com um intervalo de 10 minutos de uma aula para outra para que possa ser feita a higienização da academia.

Nesta segunda (24) retornam as aulas de lutas (Jiu-Jítsu, Muay thai e Taewkondo) com limitações de alunos, sem contato físico e com demarcação no tatame. Para as atividades, um sistema de agendamento online foi implantado, a fim de evitar aglomeração na porta do clube.

Vale destacar que o clube instalou diversos EPIs, com tapetes sanitários, dispenser e totten de álcool em gel, borrifadores de álcool, demarcação no chão com distância de 2m de cada aparelho, entre outros. É obrigatório o uso de máscaras, trazer a própria garrafinha de água (bebedouros não estão disponíveis por questão de segurança) e toalhas.

“A prática de atividade física vai muito além da estética, ela também aumenta a imunidade e previne problemas de saúde. As atividades físicas ajudam a manter a boa saúde mental na quarentena, reduzindo o estresse e a ansiedade, além de proporcionar equilíbrio emocional”, explica Uisner Lucas de Souza, coordenador de Esportes do GG.

No Floridiana Tênis Clube o protocolo é parecido. São seis horários disponíveis para a academia e a dinâmica de treinos foi adaptada para uma hora por aluno. É obrigatório o uso de máscaras, trazer toalha e garrafa de água de casa e as aulas terão intervalo para higienização do local. As aulas de alongamento, funcional, condicionamento físico e outras serão realizadas em espaço aberto e com número limitado de pessoas de hora em hora. As quadras de tênis estão abertas todos os dias das 6h às 9h e das 17h às 20h.

“A importância desta retomada para prática das atividades físicas oferecidas pelo Floridiana agrega para que nossos associados se sintam acolhidos e retomem em segurança a prática presencial e regular dos exercícios físicos. Para a saúde mental também é de suma importância, já que muitos neste período sentiram-se desmotivados após o período longo de quarentena e portanto afastados do clube. Retornamos com as mudanças cabíveis e necessárias e com certeza de braços abertos e motivados para acolher a todos no dia a dia das aulas, reiterando dentro do distanciamento e segurança que o momento ainda necessita”, explicou Rafael Vieira de Paula, coordenador de Esportes do clube.

Doria inclui área de escola em Ajapi em pacote de venda

O Governo do Estado de São Paulo incluiu uma área de 45 mil metros quadrados, localizada no Distrito de Ajapi, em Rio Claro, no pacote de vendas de imóveis do projeto de lei que estabelece medidas voltadas ao ajuste fiscal e ao equilíbrio das contas públicas estaduais. De autoria do governador João Doria (PSDB), a proposta tramita em regime de urgência desde o último dia 13 de agosto na Assembleia Legislativa.

A proposta engloba uma série de medidas que o Estado pretende aplicar para dar solução a um déficit orçamentário da ordem de R$ 10,4 bilhões previstos para o exercício de 2021. Em uma lista de quase 60 imóveis de propriedade do Estado que serão postos à venda, caso o projeto seja aprovado pelos deputados estaduais, está esse que hoje abriga a Escola Municipal “Laura Penna Joly”.

Inconsistência

No entanto, há certa inconsistência na matéria, que cita a possível alienação do terreno “excluída a área da escola municipal”. A reportagem do JC fez um levantamento dos dados e descobriu através de emissão de certidão de laudo venal do município que não há registro de construção naquele referido extenso terreno. Porém, já de acordo com outra certidão emitida pelo cartório de Registro de Imóveis de Rio Claro, a Fazenda do Estado adquiriu o referido terreno por desapropriação no ano de 1969 para a construção de um prédio para implantar o Centro Rural de Ajapi.

Décadas depois, no ano de 1991, uma lei de autoria do então prefeito Azil Brochini transformava em Escola Municipal de Educação Infantil as três classes isoladas existentes no Distrito de Ajapi. Em 1997, o então prefeito Cláudio de Mauro sancionou a lei que denominava a respectiva unidade de ‘Professora Laura Penna Joly”. Não foram encontrados, até o momento, documentos que provam que o terreno em questão fora doado ou cedido para a Prefeitura de Rio Claro formalmente.

Tratativas

De acordo com o secretário municipal de Educação, Adriano Moreira, o Governo do Estado ainda não notificou a pasta sobre a pretendida venda e que iniciará uma tratativa para que ocorra a regularização da documentação para que o município tenha oficialmente a titularidade da área. O laudo do município estima que o valor venal do imóvel esteja em R$ 940 mil.

Fontes do mercado imobiliário estimam, no entanto, que o terreno possa valer ao menos R$ 3 milhões. Dois deputados estaduais, José Aprígio (Podemos) e Ênio Tatto (PT), apresentaram emendas no projeto solicitando a supressão do artigo que prevê o pacote de vendas de imóveis do Estado de São Paulo. A proposta deve ser votada em breve na Assembleia Legislativa (Alesp).

Imbróglio

A reportagem do JC contatou o Conselho de Patrimônio Imobiliário do Governo do Estado no início da última semana para questionar sobre a situação envolvendo a escola que está no terreno estadual. Até o fechamento desta edição não obteve retorno

Reunião

Após a publicação da reportagem na edição impressa do JC nesse domingo, o prefeito Juninho da Padaria anunciou que se reúne com o Governo de São Paulo na terça-feira para que ocorra tratativa na solução da questão.

Jornal Cidade RC
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