Proprietário do salão mostra para a reportagem estragos na estrutura do imóvel provocados pelo vendaval de domingo (19)

Carine Corrêa

Proprietário do salão mostra para a reportagem estragos na estrutura do imóvel provocados pelo vendaval de domingo (19)
Proprietário do salão mostra para a reportagem estragos na estrutura do imóvel provocados pelo vendaval de domingo (19)

Os estragos provocados pelo vento de 87,8 km/h que atingiu Rio Claro na noite do último domingo, dia 19, ainda podem ser vistos pela cidade. No Jardim Progresso II, um salão com vinte pessoas foi parcialmente destruído pelo vendaval. Roberto da Silva, que estava na estrutura, conta que foram momentos de desespero. Por volta das 20h30, telhas e pedaços pesados de madeira que se desprenderam de um sobrado vizinho começaram a cair sobre o salão.

“Na hora do tumulto, pedi para que todos mantivessem a calma. Nos deslocamos para a rua e recebemos abrigo da vizinhança”, relata Roberto. Ele ainda acrescenta que nunca havia visto tamanho estrago. “Um vizinho do salão disse que viu os troncos e as telhas sendo levados pelo vento como se fossem plástico. As toras de madeira caíram no meu carro”, finaliza.

Impasse

Como os materiais partiram do imóvel vizinho, a preocupação de Roberto estava voltada para o prejuízo. Um amigo tentou conversar amigavelmente com o proprietário do sobrado, que alegou não ter condições financeiras para fazer os reparos necessários no salão. O proprietário ainda justificou que os estragos foram causados pelo vento, o que o ausenta da responsabilidade.

A culpa é do vento?

O advogado Sérgio Santoro explica que, em casos de condições climáticas, a responsabilidade solidária cabe – se comprovado o prejuízo – ao proprietário do imóvel de onde partiram os materiais. “Uma ação indenizatória de danos materiais pode ser solicitada na justiça cível, conforme prevê a lei”, salienta Santoro.

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