A egressa do curso de Ecologia, Gabriela Rosa, que integra a equipe do projeto (Foto: Reprodução do Youtube).

(Fabio Mazzitelli – Jornal Unesp)

Uma proposta que engloba uma série de melhorias ambientais para o câmpus de Rio Claro da Unesp foi escolhida como uma das seis finalistas de um desafio internacional de inovação criado para valorizar projetos alinhados à Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU).

Desenvolvido por estudantes de pós-graduação sob a coordenação do professor Milton Cezar Ribeiro, do Departamento de Biodiversidade do Instituto de Biociências da Unesp em Rio Claro, o Projeto Araucária dialoga com cinco dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU por meio de três subprojetos planejados pelo grupo unespiano para serem executados no câmpus ao longo da década.

Os subprojetos indicam melhorias na mobilidade dentro do câmpus, com a ampliação e a arborização da ciclovia já existente (ODS Saúde e Bem-Estar e ODS Ação contra a Mudança Climática); atividades de extensão universitária para recuperação de áreas degradadas com técnicas de agrofloresta (ODS Agricultura Sustentável e ODS Vida Terrestre) e a recuperação da vegetação ciliar do Córrego Bandeirantes, curso d’água que vai desaguar no Ribeirão Claro, um dos principais da cidade paulista (ODS Vida na Água).

“Cada câmpus da Unesp tem a sua realidade. Traçamos este projeto para desdobrar algumas ações que já vinham sendo realizadas, como o aumento da cobertura florestal do câmpus, o que melhora as condições para a biodiversidade como um todo. Ampliar e arborizar a ciclovia, além de melhorar a mobilidade, impacta na qualidade térmica dentro do câmpus”, exemplifica o professor Milton Cezar Ribeiro, responsável pelo Laboratório de Ecologia Espacial e Conservação e coordenador do grupo Gira-Sol de extensão universitária.

Na final da segunda edição do Challenge Campus 2030, programada para a próxima sexta-feira (11 de junho), o projeto de Rio Claro vai concorrer com iniciativas de planejamento ambiental para melhorias no espaço físico de câmpus universitários localizados em outros cinco países: Bélgica, Congo, Líbano, Marrocos e Turquia. Inscreveram-se no desafio internacional quase 700 projetos –cerca de 2.000 participantes, no total. A equipe da Unesp é formada por cinco pessoas. “Contamos com o apoio da direção do câmpus. A execução do projeto prevê o envolvimento de alunos de graduação, entidades parceiras, prefeitura e da sociedade em geral”, afirma o professor Milton Cezar Ribeiro.

Pesquisador e docente do curso de graduação em Ecologia, um dos poucos do gênero oferecidos no Brasil, Milton Cezar Ribeiro começou a reflorestar uma área do câmpus universitário há dez anos, em ações de extensão. Situado em uma área de transição entre a Mata Atlântica e o Cerrado, o câmpus de Rio Claro é vizinho à Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade (Feena), administrada pela Fundação Florestal, e seu espaço físico costuma ser bastante utilizado pela população local –não só pela comunidade unespiana.

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