Câmara aprova aumento de salários em meio a protesto de manifestantes.

Servidores e população em geral compareceram à sessão da Câmara Municipal para protestar contra os reajustes salariais.

Aumento nos subsídios dos vereadores só passará a valer a partir de 2025. Ainda assim, manifestação continua contra a votação que aprovou o reajuste na Câmara de Rio Claro

Uma petição online em manifestação contrária à aprovação do recente reajuste dos subsídios dos vereadores da Câmara Municipal de Rio Claro já conta com mais de 19 mil assinaturas até a noite desta quinta-feira (15). A iniciativa foi protocolada pelo diretório do Psol há duas semanas, através da plataforma Change.org, e solicita a revogação da lei que autorizou o aumento.

Conforme noticiado pelo Jornal Cidade anteriormente, a mudança nos salários dos políticos será válida somente a partir de 2025, quando uma nova legislatura se iniciará e seguirá até 2028, ao final do quarto ano de mandato. Ainda assim, a mudança foi alvo de protesto. A meta é chegar a 25 mil assinaturas. O partido notificará a Mesa Diretora do Poder Legislativo sobre a petição e pretende acionar o Ministério Público, através da Promotoria de Justiça, anexando o abaixo-assinado.

“Toda a população de Rio Claro foi afrontada com o aumento imoral, de 112%, nos subsídios dos vereadores para o próximo mandato (2025 a 2028). E, se não bastasse, aprovaram o pagamento de 13⁰ e férias/recesso a perder de vista. Enquanto isso, os servidores municipais receberam um aumento de 8% parcelados, e profissionais da educação e de outras áreas não recebem, ao menos, o piso salarial de suas categorias”, comenta o presidente da legenda, Vinícius Rodrigues.

No mês de maio, os vereadores do atual mandato aprovaram o projeto de lei que reajustou os subsídios dos parlamentares que vencerem a eleição em 2024. Atualmente o subsídio dos vereadores é de R$ 8,2 mil. A partir de 2025, será de R$ 16,5 mil no primeiro mês e de R$ 17,4 mil a partir do segundo mês.

Os vereadores Moisés Marques (PP), Rafael Andreeta (sem partido), Val Demarchi (União Brasil), Rodrigo Guedes (União Brasil), Thiago Yamamoto (PSD) e Vagner Baungartner (PSDB) votaram contra o aumento em oposição aos demais que foram favoráveis. Em projeto distinto, também foi aprovado o reajuste no Poder Executivo. Os atuais R$ 19,2 mil do subsídio do prefeito chegarão a R$ 28 mil. Do vice-prefeito, de R$ 13,4 subirá para R$ 21 mil e, dos secretários, que hoje estão em cerca de R$ 10 mil, serão de R$ 18 mil. Isso tudo também só a partir de 2025. Nesta proposta, votaram contra apenas Andreeta e Marques.